Melanoma Flashcards

1
Q

V ou F: o melanoma ocupa a 5ª posição no ranking de incidência entre homens e mulheres nos EUA e em até 84% dos casos será diagnosticado em estadio localizado (I e II).

A

Verdadeiro.

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2
Q

Quais os 2 fototipos, com base na classificação de Fitzpatrick, mais relacionados ao melanoma?

A

Fitzpatrick I e II. O fenótipo típico é definido por pele branca, olhos claros e cabelos ruivos.

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3
Q

V ou F: a incidência e a mortalidade por melanoma é maior em mulheres.

A

Falso. É maior em homens.

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4
Q

Qual tipo de exposição solar é a mais danosa ao melanócito e correlacionada com maior risco para melanoma: intermitente ou crônica?

A

Intermitente.

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5
Q

Qual o gene mais comumente alterado em melanoma cutâneo?

A

BRAF V600E.

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6
Q

Por quê a diminuição da expressão proteica de genes supressores de tumor, como PTEN, CDKN2A, APC/CTNNB1 e NRASQ61, associa-se a pior prognóstico?

A

Em geral, são mutações associadas a menor incidência de linfócitos infiltrantes em tumor e, consequentemente, pior resposta ao tratamento sistêmico.

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7
Q

Quantos % dos melanomas são hereditários? Qual o gene envolvido e a síndrome mais frequentemente diagnosticada nestes casos?

A

10% dos melanomas. O gene mutado é o CDKN2A, associada a FAMMM (síndrome do nevo displásico; “familial atypical multiple mole melanoma syndrome”).

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8
Q

Para portadores de FAMMM, a partir de qual idade está indicado início de screening? Qual o método recomendado?

A

Screening a partir dos 10-12 anos de idade com dermatoscopia anual.

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9
Q

Quais os 2 principais critérios diagnósticos para FAMMM?

A
  1. História familiar de ≥ 2 parentes com melanoma cutâneo ou câncer de pâncreas ou câncer de mama;
  2. Múltiplos melanomas primários em idade precoce.
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10
Q

Qual a principal forma de prevenção do melanoma?

A

Uso diário de protetor solar (HR: 0,27).

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11
Q

Identifique o estadiamento “T” do melanoma nos casos abaixo:

a) < 0,8mm, com ulceração;
b) < 0,8mm, sem ulceração;
c) 2-4mm;
d) 1-2mm;

A

a) pT1b;
b) pT1a;
c) pT3;
d) pT2.

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12
Q

Identifique o estadiamento “T” do melanoma nos casos abaixo:

a) 0,8 - 1mm;
b) > 4mm;
c) Melanoma “in situ”.

A

a) pT1b;
b) pT4;
c) pTis.

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13
Q

Identifique o estadiamento “N” do melanoma nos casos abaixo:

a) 1 linfonodo sentinela;
b) 1 linfonodo clínico;
c) Satelitose, microssatelitose ou metástase em trânsito;
d) ≥ 4 sentinelas, sem satelitose.

A

a) N1a;
b) N1b;
c) N1c;
d) N3a.

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14
Q

Identifique o estadiamento “N” do melanoma nos casos abaixo:

a) 1 linfonodo sentinela ou clínico + satelitose, microssatelitose ou metástases em trânsito;
b) 2-3 linfonodos sentinelas, sem satelitose;
c) 2 linfonodos sentinelas ou clínicos ou linfonodos coalescentes, com satelitose;
d) 2-3 linfonodos clínicos, sem satelitose.

A

a) N2c;
b) N2a;
c) N3c;
d) N2b.

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15
Q

Identifique o estadiamento “M” do melanoma nos casos abaixo:

a) Metástases para pulmão;
b) Metástases para SNC;
c) Metástases para pele ou partes moles;
d) Metástase visceral não-SNC.

A

a) M1b;
b) M1d;
c) M1a;
d) M1c.

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16
Q

A partir da interpretação do TNM, identifique o estadiamento do melanoma nos casos abaixo:

a) Qualquer “T” com “N” positivo, incluindo satelitose;
b) Qualquer “T” e qualquer “N” com “M” positivo;
c) pT1aN0M0;
d) pT1b-pT2aN0M0;

A

a) III;
b) IV;
c) IA;
d) IB.

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17
Q

A partir da interpretação do TNM, identifique o estadiamento do melanoma nos casos abaixo:

a) pT2b-pT3aN0M0;
b) pT4bN0M0;
c) pT3b-pT4aN0M0.

A

a) IIA;
b) IIC;
c) IIB.

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18
Q

Quais as 3 principais indicações de pesquisa do linfonodo sentinela?

A
  1. Breslow > 0,8 - 1mm;
  2. Breslow < 0,8-1mm, porém com presença de qualquer um dentre: ulceração, índice mitótico > 1/mm² , nível de Clark IV / V ou invasão angiolinfática;
  3. Breslow subestimado por margem profunda positiva.
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19
Q

Indique a amplicação de margem correta, conforme Breslow, para os casos abaixo:

a) Melanoma “in situ”;
b) Breslow < 1mm;
c) Breslow 1,1 - 2mm;
d) Breslow > 2mm.

A

a) 0,5-1cm;
b) 1cm;
c) 1-2cm;
d) 2cm.

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20
Q

Frente a uma suspeita de melanoma, qual o tipo de biópsia recomendado estudo anatomopatológico?

A

Biópsia excisional, sempre que possível.

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21
Q

Embora não seja conduta padrão, indique 2 situações em que pode ser recomendada biópsia incisional ou “punch biopsy” para diagnóstico de melanoma?

A
  1. Lesões muito extensas;
  2. Lesões em regiões cuja biópsia excisional culminte em prejuízo estético ou funcional (exemplo: face e extremidades).
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22
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 2001 pacientes com melanoma cutâneo sem envolvimento linfonodal clínico e comparou a estratégias de pesquisa de linfonodo sentinela seguida por linfadenectomia, caso positivo x observação, sem pesquisa de LS? Houveram ganhos em OS?

A

MSLT-I (Multicenter Selective Lymphadenectomy Trial 1). Não, não houveram ganhos em OS (papel prognóstico do LS).

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23
Q

Quais os 2 principais estudos de fase III que randomizaram pacientes com melanoma e LS positivo para linfadenectomia ou observação? Quais os desfechos encontrados em termos de OS e SLDm?

A

DeCOG-SLT (Deutsche Dermatologische Cooperative Oncology Group Sentinel Lymph Node Trial) e MSLT-II (Multicenter Selective Lymphadenectomy Trial 2). Estudo negativo para OS ou SLDm com a abordagem cirúrgica radical.

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24
Q

Sabendo-se da ausência de benefício em OS da linfadenectomia em pacientes com LS positivo, para quais 3 subgrupos de pacientes esta estratégia fica reservada?

A
  1. Pacientes incapazes de realizar seguimento clínico ou que não possuem acesso fácil ao serviço de saúde;
  2. Linfonodo com depósito tumoral > 1mm;
  3. Linfonodo de localização intraparenquimatosa.
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25
Q

Qual a conduta padrão para o paciente com linfonodo clínico?

A

Linfadenectomia regional radical.

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26
Q

Qual a conduta padrão para o paciente com doença regional não nodal (satelitose, microssatelitose ou metástase em trânsito)?

A

Ressecção cirúrgica e discutir, preferencialmente em board multidisciplinar, indicação de adjuvância.

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27
Q

Quais as 2 opções de tratamento preferíveis para casos com doença regional não nodal extensa em membros?

A
  1. Controle local com terapia de perfusão ou infusão em membro isolado;
  2. Tratamento sistêmico.
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28
Q

Para pacientes submetidos a linfadenectomia regional, há papel para radioterapia adjuvante? O que demonstraram os estudos ANZMTG 01.02 e TROG 0201?

A

Com bases nestes estudos, RT adjuvante reduziu a recorrência linfonodal na área irradiada, sem ganhos em OS ou SLD comparado a observação.

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29
Q

Qual o principal agente quimioterápico utilizado nas técnicas de perfusão e infusão de membro para tratamento de doença regional não nodal extensa?

A

Melfalan.

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30
Q

Quais os 2 principais estudos que avaliaram o uso de imunoterapia para a adjuvância de pacientes com melanoma ressecado estádios IIB e IIC? Qual a droga utilizada em cada estudo e por quanto tempo era mantida?

A
  1. KEYNOTE 716: pembrolizumabe adjuvante por 1 ano;
  2. CheckMate 76K: nivolumabe adjuvante por 1 ano.
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31
Q

O estudo de fase III KEYNOTE 716 randomizou 976 pacientes com melanoma ressecado estádio IIB ou IIC para receberem pembrolizumabe por 1 ano ou placebo. Quais os 2 principais desfechos reportados por este estudo?

A

Reportados ganhos em SLR (HR: 0,61) e SLM (HR: 0,64).

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32
Q

O estudo CheckMate 76K foi um fase III que randomizou 790 pacientes com melanoma ressecado estádio IIB ou IIC, em 2:1, para receberem nivolumabe 480mg a cada 4 semenas por 1 ano ou placebo. Quais os 2 principais ganhos relatados com esta estratégia?

A

Reportados ganhos em SLR (HR: 0,42) e SLM (HR: 0,47).

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33
Q

Quais os 2 principais estudos que avaliaram o uso de imunoterapia para a adjuvância de pacientes com melanoma estádios III e IV ressecado? Qual a droga utilizada em cada estudo e por quanto tempo era mantida?

A
  1. KEYNOTE 054: pembrolizumabe por 1 ano;
  2. CheckMate 238: nivolumabe por 1 ano.
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34
Q

V ou F: assim como o KEYNOTE 716 para o melanoma ressecado estádios IIB ou IIC, o KEYNOTE 054 reportou apenas ganhos em SLR e SLM para a população de estádios III ou IV ressecado.

A

Verdadeiro.

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35
Q

Com relação ao estudos KEYNOTE 054 e CheckMate 238, qual a diferença quanto ao braço comparador destes estudos?

A

KEYNOTE 054: placebo;
CheckMate 238: ipilimumabe 10mg/kg.

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36
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 870 pacientes e avaliou a combinação de dabrafenibe e trametinibe x placebo para a adjuvância de pacientes com melanoma ressecado estádio III mutados para BRAF V600E ou V600K? Por quanto tempo era mantido tratamento? Quais os 2 principais ganhos relatados?

A

Estudo COMBI-AD. Tratamento era mantido por 1 ano. Após 5 anos, foram reportados ganhos em SLR (52 x 36%) e SLM (65 x 54%).

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37
Q

Com base no estudo COMBI-AD, quais os 2 subgrupos de pacientes, do ponto de vista molecular, que derivaram maior benefício da adjuvância com dabrafenibe e trametinibe?

A
  1. Portadores de melanoma com baixa carga tumoral somática (TMB);
  2. Pacientes com alta ativação da via do IFN-α pela expressão gênica (os 5 principais genes são: IFNG, CXCL9, CXCL10, CXCL1L e GBP1).
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38
Q

Qual foi o único estudo de fase III que comprovou ganho em OS para a adjuvância de melanoma? Qual a droga utilizada neste estudo?

A

EORTC 18071, com ipilimumabe 10mg/kg.

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39
Q

Qual foi a primeira droga a demonstrar ganho em SLR na adjuvância do melanoma? Cite os 3 principais estudos que a avaliaram.

A

Interferon α em altas doses. Os principais estudos foram o E1684, E1690 e E1694.

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40
Q

Embora os estudos KEYNOTE 054 e COMBI-AD tenham incluído pacientes com melanoma ressecado estádio III para avaliar a adjuvância, houve um sugrupo, dentro do estádio III, que não foi incluído. Qual foi este subgrupo?

A

Subgrupo de pacientes estádio IIIA com depósito tumoral < 1mm em linfonodo.

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41
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 1833 pacientes com melanoma estádios IIIB-IIID ou IV ressecado para comparar a estratégia de ipilimumabe e nivolumabe x nivolumabe? O estudo foi positivo ou negativo?

A

CheckMate 915. Estudo negativo para o EP1º de SLR e também para OS. Com isto, fica estabelecido a ausência de benefício da dupla imunoterapia para a adjuvância.

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42
Q

De forma crítica, o que pode ter contribuído com o resultado supreendentemente negativo com ipilimumabe e nivolumabe na adjuvância no estudo CheckMate 915?

A

A principal crítica ao esudo foi a dose muito baixa de ipilimumabe no braço experimental - 1mg/kg a cada 6 semanas.

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43
Q

Há um estudo de fase II com 3 braços que incluiu 167 pacientes portadores de melanoma estádio IV ressecado para ipilimumabe e nivolumabe x nivolumabe x placebo. Qual o nome deste estudo? Qual as doses avaliadas? Qual o EP1º?

A

IMMUNED trial. As doses foram: ipilimumabe 3mg/kg + nivolumabe 1mg/kg x nivolumabe 3mg/kg x placebo. O EP1º de RFS foi favorável para os braços de imunoterapia.

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44
Q

Com relação aos critérios de elegibilidade dos estudos KEYNOTE 054 e CheckMate 238, quais estádios foram incluídos em cada um destes estudos?

A

KEYNOTE 054: IIIA (> 1mm de doença em linfonodo) - IIIC ressecados.
CheckMate 238: IIIB - IV ressecados.

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45
Q

Baseado no estudo CheckMate 238, qual o principal ganho reportado com o uso de nivolumabe adjuvante para o melanoma estádios IIIB-IV ressecados? Houveram ganhos em OS?

A

Ganho em SLR (51 x 41%) após follow-up de 4 anos. Estudo negativo para OS.

46
Q

V ou F: a RT adjuvante para pacientes portadores de melanoma estádios III ou IV ressecado garante ganhos em controle local e PFS.

A

Falso. Ganho apenas em controle local. Negativo para RFS, OS e com maior toxicidade (linfedema).

47
Q

Cite os 3 principais estudos que avaliaram o tratamento neoadjuvante em melanoma.

A

PRADO, OpACIN-Neo e S1801.

48
Q

V ou F: o INMC (International Neoadjuvant Melanoma Consortium) foi pioneiro em demonstrar o benefício da neoadjuvância ao compilar 6 estudos randomizados, com um total de 189 pacientes portadores de melanoma estádio III, e reportar ganhos em pCR e RFS com o uso de imunoterapia ou terapia-alvo neoadjuvantes.

A

Verdadeiro. Apesar da grande heterogeneidade dos estudos avaliados, houveram ganhos em pCR (47 x 37%) e RFS (89 x 50%) em 2 anos.

49
Q

O estudo de fase II PRADO (Personalized Response-Driven Adjuvant Therapy After Complete Surgical Resection of High-Risk Stage III Melanoma) incluiu pacientes portadores de melanoma estádios IIIB-IIID para avaliar a escolha da adjuvância com base na resposta ao tratamento neoadjuvante. Qual era o tratamento oferecido e por quantos ciclos era mantido?

A

Ipilimumabe 1mg/kg + nivolumabe 3mg/kg (flipped dose) por 2 ciclos neoadjuvantes.

50
Q

Ainda sobre o estudo PRADO, qual a % de pacientes que atingiram uma MPR com o tratamento neoadjuvante? Cite outros 2 desfechos favoráveis alcançados.

A

Neste estudo, 61% atingiram MPR. Outros desfechos positivos incluíram SLR e SLMD.

51
Q

Qual o estudo de fase II que incluiu 313 pacientes portadores de melanoma estádios III ou IV ressecáveis e os randomizou para pembrolizumabe neoadjuvante x adjuvante? Quantas doses eram administradas antes e após a cirurgia?

A

Estudo SWOG S1801. Eram administrados 3 ciclos de 200mg a cada 3 semanas antes e 15 ciclos após a cirurgia.

52
Q

Considerando o cenário do melanoma oligometastático, cite 2 opções de tratamento local.

A

SBRT e metastasectomia cirúrgica.

53
Q

Para pacientes com 1-3 metástases cerebrais, há superioridade de WBRT quando comparada a SBRT ou metastasectomia cirúrgica?

A

Não. Em um fase III, não houveram diferenças nos desfechos falha intracraniana ou a distância entre as técnicas.

54
Q

Com base no estudo de fase III conduzido pelo ECOG, há dados de segurança para a combinação de iBRAF e RT intracraniana? Qual a conduta recomendada pelo consenso?

A

Não. Estudo ECOG reportou possibilidade de piora de toxicidade cutânea, principalmente. Recomendação de suspender iBRAF + iMEK 3 dias antes e 3 dias após a RT hipofracionada ou 1 dia antes e após SRS.

55
Q

Quais foram as 2 primeiras drogas utilizadas no tratamento do melanoma avançado?

A

Dacarbazina e IL-2 em altas doses.

56
Q

Qual foi o primeiro imunoterápico avaliado no tratamento do melanoma avançado de forma isolada ou em combinação a vacina HLA-A 0201–restricted
gp100 vaccine pelo fase III MDX-020-010?

A

Ipilimumabe 3mg/kg.

57
Q

Qual o nome do fase II que incluiu 540 pacientes com melanoma avançado após 4 meses de progressão a ≥ 2 doses de ipilimumabe ou iBRAF + iMEK para receberem pembrolizumabe ou quimioterapia? Quais as 2 doses de pembrolizumabe avaliadas?

A

KEYNOTE 002. Avaliadas as doses de 2mg/kg e 10mg/kg de pembrolizumabe.

58
Q

Qual o EP1º do estudo KEYNOTE 002? Embora não tenha sido desenhado com este propósito, houve diferença entre as doses de pembrolizumabe 10mg/kg e 2mg/kg?

A

EP1º de PFS foi positivo quando comparado a QT em 6 meses (34 x 38 x 16%). Não houveram diferenças entre as doses.

59
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 834 pacientes portadores de melanoma avançado e os randomizou para 3 braços que poderiam pembrolizumabe ou ipilimumabe para a primeira linha? Quais as doses avaliadas?

A

KEYNOTE 006. Avaliou pembrolizumabe 10mg/kg a cada 2 semanas ou 3 semanas ou ipilimumabe 3mg/kg a cada 3 semanas.

60
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 418 pacientes portadores de melanoma avançado, BRAF selvagens, e que assegurou o papel de nivolumabe 3mg/kg x dacarbazina para primeira linha? Qual o EP1º? Foi um estudo positivo?

A

CheckMate 066. EP1º de OS em 1 ano, positivo para nivolumabe (HR: 0,42 - 72,9 x 42,1%).

61
Q

Frente ao sucesso da imunoterapia monodroga para a primeira linha avançada, surgiu, em 2017, um fase III que randomizou 945 pacientes em 1:1:1 para as estratégias de ipilimumabe 3mg/kg + nivolumabe 1mg/kg x nivolumabe 3mg/kg x ipilimumabe 3mg/kg. Qual foi este estudo? Houveram ganhos para IpiNivo?

A

CheckMate 067. Ganhos para IpiNivo em relação a PFS (HR: 0,43 - 11,5 x 6,9 x 2,9 meses) e ORR (58 x 44 x 19%).

  • Extra: com follow-up de 6,5 anos, reportados ganhos em OS para IpiNivo (mOS: 72 meses).
62
Q

Visando estabelecer a dose mais segura e eficaz de IpiNivo, um estudo de fase IIIb/IV incluiu 360 pacientes e os randomizou para ipilimumabe 3mg/kg + nivolumabe 1mg/kg (dose padrão) x ipilimumabe 1mg/kg + nivolumabe 3mg/kg (“flipped dose”). Qual foi EP1º deste estudo?

A

CheckMate 511. EP1º foi taxas de eventos adversos ≥ grau 3, com benefício a favor da “flipped dose” (34 x 48%).

63
Q

Qual o estudo de fase II/III que randomizou 714 pacientes portadores de melanoma metastático ou irressecável para a estratégia de nivolumabe + relatlimabe x nivolumabe monodroga? Qual o EP1º? Foi um estudo positivo?

A

RELATIVITY 047. EP1º foi PFS, com resultado positivo para a combinação (HR: 0,75 - 10,1 x 4,6 meses).

64
Q

Após resultados promissores em estudos iniciais, T-VEC (talimogene laherparepvec - imunoterápico para aplicação intralesional) foi avaliado por um importante fase III que comparou o seu uso combinado a pembrolizumabe x pembrolizumabe monodroga em 692 pacientes com melanoma estádios IIIB-IVM1c. Qual o EP1º deste estudo? Foi um resultado positivo?

A

MASTERKEY 265. EP1ºs eram PFS e OS, com resultados negativos.

65
Q

Considerando um cenário com disponibilidade de T-VEC, quais os 2 critérios mínimos referentes a lesão para considerar o seu uso?

A

Tamanho ≥ 1cm e ser acessível à punção direta ou guiada por US.

66
Q

Para o cenário metastático, houveram 2 grandes estudos de fase III que compararam a combinação de dabrafenibe + trametinibe x iBRAF monodroga. Quais foram estes 2 estudos e qual o braço comparador em cada um deles?

A

COMBI-d: dabrafenibe + trametinibe x dabrafenibe;
COMBI-v: dabrafenibe + trametinibe x vemurafenibe.

67
Q

V ou F: os estudos COMBI-d, COMBI-v e coBRIM reportaram desfechos bastante semelhantes em termos de PFS, OS e ORR quando comparados a iBRAF monodroga.

A

Verdadeiro.

68
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 577 pacientes portadores de melanoma estádios IIIB-IV e os randomizou em 1:1:1 para a estratégia de encorafenibe + binimetinibe x encorafenibe x vemurafenibe?

A

COLUMBUS trial. Na mesma linha dos demais estudos, positivo para ORR, PFS e OS.

69
Q

Referente ao estudo COLUMBUS, foram avaliadas 2 doses de encorafenibe: 450mg e 300mg. Houveram diferenças, em termos de desfechos oncológicos, entre as doses?

A

Sim. Reportados ganhos em ORR e PFS a favor da dose de 450mg, sem diferenças em OS.

70
Q

Há a possibilidade de combinarmos iBRAF + iMEK + imunoterapia, configurando uma terapia tripla? Caso sim, qual estudou avaliou esta estratégia e qual a combinação estudada?

A

Sim. Combinação avaliada pelo estudo de fase III IMspire150 com atezolizumabe + vemurafenibe + cobimetinibe x vemurafenibe e cobimetinibe.

71
Q

O estudo de fase II CheckMate 204 incluiu 94 pacientes portadores de melanoma com metástases para SNC e avaliou o uso de ipilimumabe 3mg/kg + nivolumabe 1mg/kg. Neste estudo, qual o tamanho permitido das metástases? Houveram diferenças entre as coortes A (assintomáticos) e B (sintomáticos)?

A

Eram permitidas metástases cerebrais de 0,5-3cm. A coorte A atingiu o EP1º de taxa de resposta intracraniana (55%), além de ganhos em PFS e OS. Na coorte B, os resultados foram menos expressivos.

72
Q

Para pacientes em vigência de colite imunomediada refratária ao uso de corticóides, quais os 2 imunossupressores de escolha? E na situação de hepatite imunomediada?

A

Colite: infliximabe ou vedolizumabe;
Hepatite: micofenolato de mofetila.

73
Q

Dentre as toxicidades imunomediadas, qual costuma ter a cinética mais precoce, com média de surgimento de 2 semanas para a terapia combinada e 5 semanas para imunoterapia monodroga?

A

Toxicidade cutânea.

74
Q

Cite as 2 toxicidades imunomediadas que apresentam a cinética mais tardia, com média de surgimento de 10 semanas com a terapia combinada e 15 semanas com a imunoterapia monodroga?

A

Toxicidades pulmonar e renal.

75
Q

Quais as 3 principais toxicidades relacionadas ao uso dos iMEK (trametinibe, cobimetinibe e binimetinibe)?

A
  1. Cardiotoxicidade: redução da fração de ejeção, principalmente;
  2. Toxicidade ocular: retinopatia serosa central;
  3. Pneumotoxicidade: pneumonite e doença pulmonar intersticial.
76
Q

Quais os 5 efeitos colaterais mais prevalentes com a combinação de iBRAF + MEK?

A

Náuseas, diarréia, rash cutâneo, artralgia e fadiga.

76
Q

Qual a combinação de iBRAF + iMEK mais correlacionada a picos febris? Costuma surgir com quanto tempo de uso?

A

Dabrafenibe + trametinibe. A média de tempo para surgimento da febre é de 19 dias de uso da combinação.

77
Q

O estudo DREAMseq foi um fase III que incluiu 265 pacientes portadores de melanoma metastático BRAFV600 mutados para avaliar o melhor sequenciamento de tratamento: ipilimumabe + nivolumabe (braço A) ou dabrafenibe + vemurafenibe (braço B) e, na progressão, alternar os tratamentos para dabrafenibe + trametinibe (braço C) ou ipilimumabe + nivolumabe (braço D). Qual foi o EP1º deste estudo?

A

EP1º foi OS em 2 anos.

78
Q

Com relação ao sequenciamento do tratamento do melanoma metastático BRAFV600 mutado, qual a recomendação do estudo DREAMseq?

A

A recomendação é a de oferecer ipilimumabe + nivolumabe como primeira linha (braço A x braço B), com ganhos em OS em 2 anos (71,8% x 51.5%).

79
Q

V ou F: embora a radiação UV seja o principal fator de risco ambiental para melanoma cutâneo, pacientes imunossupressos (portadores de outras neoplasias, como LNH ou leucemia linfocítica crônica; HIV; ou transplantados de órgãos sólidos) também estão sob maior risco.

A

Verdadeiro.

80
Q

Cite 2 lesões que são consideradas precursoras de melanoma e que podem portar mutações associadas ao desenvolvimento deste câncer.

A

Nevo atípico (OR: 17,4) e nevo comum (OR: 1,02).

81
Q

Do ponto de vista oncogenético, qual a forma de herança da FAMM?

A

Herança autossômica dominante com penetrância incompleta.

82
Q

V ou F: a instabilidadade genômica e o elevado TMB em melanoma ocorrei por 2 motivos principais: primeiro, as etapas enzimáticas intermediárias que levam à produção de melanina são pró-oxidativas; e, segundo, a melanina inibe paradoxalmente as enzimas envolvidas em vários tipos de reparo de DNA.

A

Verdadeiro.

83
Q

Embora mutações germinativas em CDKN2A sejam as principais incriminadas para o melanoma familial, cite outros 3 genes que podem ser pesquisados e que aumentam o risco para melanoma.

A

BAP1 (OR: 17,3), MITF (variante Mi-E318K - OR: 4,8) e MC1R (OR: 2,4 para cabelos ruivos e OR: 1,3 para os demais).

84
Q

V ou F: atualização do estudo MSLT-I demonstrou, após follow-up de 10 anos que, para pacientes com melanoma de espessura intermediária (1,5 - 3,5mm) ou alta (> 3,5mm), a estratégia de pesquisa de LS garantiu ganhos em SLD.

A

Verdadeiro.

85
Q

Caso seja preferível seguimento clínico de pacientes com linfonodo sentinela positivo, quais 2 exames de imagem devem ser solicitados para acompanhamento?

A

US de axilas e US dermatológico.

86
Q

Dentre os especialistas, aponta-se muito um viés de seleção nos pacientes que participaram dos estudos DeCOG-SLT e MSLT-II. Qual é este viés?

A

A maioria dos pacientes apresentavam tumores primários finos.

87
Q

Quais os pacientes que podem se beneficiar da estratégia de RT adjuvante após linfadenectomia?

A

Pacientes com muito alto risco de recorrência locorregional: múltiplos linfonodos / linfonodos coalescentes ou presença de extensão extracapsular.

88
Q

Baseando-se no estudo PRADO, a partir da resposta patológica alcançada com o tratamento neoadjuvante, como era definida a adjuvância em cada uma das 3 situações?

A
  1. MPR: follow-up com TC e US a cada 12 semanas;
  2. pPR: dissecção linfonodal terapêutica (TLND) –> TC a cada 12 semanas;
  3. pNR: TLND –> nivolumabe a cada 4 semanas ou dabrafenibe + trametinibe ± RT –> TC a cada 12 semanas.
89
Q

Quais foram os critérios utilizados no estudo PRADO para definir resposta patológica maior (MPR), parcial (pPR) ou ausência de resposta (pNR) ao tratamento neoadjuvante?

A

MPR: ≤ 10% de células tumorais viáveis;
pPR: > 10 e ≤ 50% de células tumorais viáveis;
pNR: > 50% de células tumorais viáveis.

90
Q

V ou F: o EP1º do estudo SWOG S1801 foi OS, com resultado positivo para pembrolizumabe neoadjuvante.

A

Falso. O EP1º foi RFS, a qual foi positiva. Estudo negativo para OS.

91
Q

Quais os 2 EP1ºs do estudo KEYNOTE 006? Foram resultados positivos?

A

PFS em 6 meses (HR: 0,58 - 47,3 x 46,4 x 26,5%) e taxas de OS em 12 meses (HR: 0,63 - 74,1 x 68,4 x 58,2%), ambos positivos.

92
Q

V ou F: no estudo KEYNOTE 006, embora pembrolizumabe tenha sido associado a ganhos em PFS e OS, ipilimumabe foi superior em termos de ORR, inclusive com menor toxicidade.

A

Falso. Pembrolizumabe teve melhor ORR (33,7 x 32,9 x 11,9%) e menor toxicidade ≥ grau 3 (13,3 x 10,1 x 19,9%).

93
Q

Comparando indiretamente os estudos RELATIVITY 047 e CheckMate 067, o que podemos concluir quanto ao perfil de toxicidade?

A

Perfil de toxicidade favorável para nivolumabe + relatlimabe (19 x 49% ≥ grau 3).

94
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 495 pacientes portadores de melanoma estádios IIIC-IV para receberem vemurafenibe + cobimetinibe x cobimetinibe?

A

Estudo coBRIM.

95
Q

O estudo de fase III IMspire 150 avaliou a combinação tripla de atezolizumabe + vemurafenibe + cobimetinibe x vemurafenibe + cobimetinibe em 514 pacientes com melanoma estádios IIIC-IV. Qual foi o EP1º deste estudo? Foi um resultado positivo?

A

EP1º de PFS, com resultado positivo para a combinação (HR: 0,78 - 15,1 x 10,6 meses).

96
Q

Paciente em uso de dabrafenibe + trametinibe evolui com picos febris. Qual a conduta recomendada?

A

Conduta padrão envolve uso de AINE e hidratação, entretanto, pode ser necessária interrupção temporária da medicação e administração de corticoesteroide

96
Q

V ou F: no estudo IMspire 150, a combinação de atezolizumabe + vemurafenibe + cobimetinibe produziu ganhos em OS quando comparada a vemurafenibe + cobimetinibe.

A

Falso. Embora numericamente chamativo, o ganho não foi estatisticamente significativo (39 x 25,8 meses).

97
Q

Sobre o estudo DREAMseq, qual o EP2º que também corroborou para a decisão de iBRAF + iMEK apenas após a progressão a ipilimumabe + nivolumabe em portadores de melanoma metastático BRAFV600 mutados?

A

Reportadas maiores ORR (47,8 x 29,6% - braço C x braço D) quando comparado a imunoterapia após a progressão.

98
Q

Quantos porcento dos melanomas são do tipo não-cutâneo?

A

5%.

99
Q

Alteração molecular frequentemente vista em pacientes com Melanoma de Mucosa?

A

Mutação em cKIT.

100
Q

Mutações em quais dois genes são características do Melanoma Uveal?

A

GNAQ e GNA11.

101
Q

Qual mutação NUNCA devemos pedir para pacientes com Melanoma Uveal?

A

BRAF! Estes tumores não apresentam mutação em BRAF - Considerado mau uso de recurso.

102
Q

Tratamento preferencial do Melanoma de Mucosa localizado?

A

Ressecção cirúrgica com margens negativas.

103
Q

Independentemente do sítio anatômico envolvido, o melanoma de mucosa possuí ______ prognóstico que o melanoma cutâneo.

A

Independentemente do sítio anatômico envolvido, o melanoma de mucosa possuí pior prognóstico que o melanoma cutâneo.

104
Q

Quais as duas principais justificativas do Melanoma de mucosa não apresentar respostas satisfatórias com o uso da imunoterapia?

A

Menor incidência de positividade de PD-L1 e menos linfócitos infiltrantes tumorais.

105
Q

Perfil de expressão genética utilizado para dividir subtipos de baixo risco (classe 1) e alto risco (classe 2) do Melanoma Uveal?

A

DecisionDx-UM.

106
Q

Alteração molecular em qual gene está associada a pior prognóstico / fenótipo agressivo do Melanoma Uveal?

A

BAP-1.

107
Q

Terapia alvo que pode ser utilizada no Melanoma de mucosa?

A

Imatinibe
Extra: Em pacientes com mutação de KIT.

108
Q

Tratamento cirúrgico de escolha do Melanoma Uveal localizado?

A

Enucleação ocular.

109
Q

Tratamento contra receptor de célula T que pode ser utilizado em pacientes com Melanoma uveal metastáticos com HLA-A02:01?

A

Tabentafusp.