CCP - localizado e metastático Flashcards

1
Q

Considerando as neoplasias de trato aerodigestivo, quais os 2 principais sítios anatômicos de segundos tumores primários?

A

Pulmão (principal) e esôfago.

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2
Q

Qual o principal subsítio de neoplasia de cabeça e pescoço mais associado ao surgimento de um segundo primário?

A

Hipofaringe.

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3
Q

V ou F: CCP é mais frequente em homens, com proporção de 2,5:1 em relação às mulheres (varia conforme o sítio - chega a 7:1 em laringe). Possui mediana de idade de 60 anos ao diagnóstico e histologia escamosa em 85-95% dos casos.

A

Verdadeiro.

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4
Q

Quais os 6 sítios anatômicos designados como “cavidade oral” e que podem portar um primário?

A

Assoalho da boca, língua oral, mucosa bucal, rebordo alveolar, palato duro e trígono retromolar.

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5
Q

Quais os 3 sítios anatômicos designados como “faringe” e os seus limites?

A
  1. Nasofaringe (1): superfície superior do palato mole;
  2. Orofaringe (5): superfície inferior do palato mole, úvula, base na língua, amígdalas e parede posterior da faringe;
  3. Hipofaringe (3): seio piriforme, região pós-cricóide e parede posterior.
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6
Q

Quais as 2 síndromes genéticas hereditárias relacionadas a CCP?

A

Anemia de fanconi e disceratose congênita.

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7
Q

Paciente feminina, pós-menopausada, com quadro prolongado de anemia, disfagia cervical e membrana em hipofaringe evoluiu com CEC de cavidade oral. Qual condição predispôs ao câncer?

A

Síndrome de Plummer-Vinson. Relaciona-se com CEC da região pós-cricóide de hipofaringe, cavidade oral e esôfago.

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8
Q

V ou F: dietas pobres em vitamina A e B e higiene dentária e bucal precárias aumentam o risco de CCP.

A

Verdadeiro.

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9
Q

Qual o sítio de CCP mais relacionado a exposições ocupacionais, como níquel, cromo, rádio, gás mostarda e produtos de curtimento do couro e marcenaria?

A

Sítio sinonasal.

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10
Q

Identifique o sítio anatômico de CCP de acordo com a cadeia de drenagem acometida:

  1. Área submentoniana e submandibular (I), pescoço superior (II) e médio (III);
  2. Pescoço superior e médio (II e III);
  3. Pescoço superior e trígono posterior (II e V);
  4. Não dissemina para o pescoço.
A
  1. Cavidade oral;
  2. Orofaringe e laringe (exceto glote);
  3. Nasofaringe;
  4. Tumores sinonasais e de laringe glótica.
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11
Q

V ou F: doença linfonodal confinada ao pescoço inferior e região supraclavicular (IV e V) pode indicar primário de tireóide ou abaixo da clavícula.

A

Verdadeiro.

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12
Q

Complete:
A proteína __ inativa o gene supressor tumoral p53;
A proteína __ inativa o gente supressor tumoral __.

A

As proteína E6 inativa o gene supressor tumoral p53;
A proteína E7 inativa o gente supressor tumoral Rb1.

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13
Q

A proteína E7, ao fosforilar Rb, libera um fator transcricional que será responsável por permitir a passagem do ciclo celular de G1 para S. Qual é este fator transcricional?

A

E2F.

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14
Q

Qual a definição elaborada pela AJCC, CAP e ASCO para imunohistoquímica positiva para superexpressão de p16?

A

Expressão positiva ≥ 70% das células tumorais com intensidade moderada ou intensa.

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15
Q

Existe uma pequena chance de discordância entre a IHQ para p16 e o teste de DNA para HPV de alto risco. Qual a % aproximada de casos em que isso pode ocorrer?

A

5%.

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16
Q

V ou F: a testagem para p16 deve ser ofereciada para todos os pacientes com CCP.

A

Falso. Benefício se restringe a orofaringe.

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17
Q

Qual vírus está fortemente associado ao carcinoma nasofaríngeo?

A

EBV.

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18
Q

Qual o método preferencial de pesquisa de EBV?

A

Hibridização in situ de Epstein-Barr-encoding region (EBER).

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19
Q

Quais as 2 lesões pré-neoplásicas mais comuns da mucosa oral?

A

Leucoplasia (mais frequente) e eritroplasia.

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20
Q

V ou F: a maior parte das leucoplasias de mucosa oral são malignas.

A

Falso. Até 80% são benignas.

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21
Q

Qual o principal sítio de metástases do carcinoma nasofaríngeo?

A

Ossos.

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22
Q

Cite 3 contextos em que RM será preferida em relação a TC em CCP.

A
  1. Acometimento de base do crânio;
  2. Carcinoma nasofaríngeo;
  3. Tumores sinonasais.
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23
Q

Qual a % de casos de pacientes com primários desconhecidos e que se apresentam com acometimento cervical que são identificados pelo PET/CT?

A

30%.

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24
Q

Qual o procedimento de escolha para obtenção de material histopatológico para avaliação de linfonodos cervicais?

A

PAAF.

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25
Q

Indique o “T”, conforme TNM, com base em princípios gerais para CCP:

  1. Primário de cavidade oral ≥ 4cm;
  2. Paralisia de corda vocal por primário de laringe ou hipofaringe;
  3. Primário de nasofaringe com acometimento de músculos adjacentes (pterigóide medial ou lateral; pré-vertebral).
A
  1. T3;
  2. T3;
  3. T2.
26
Q

Quais os 4 critérios anatômicos que definem irressecabilidade do primário em CCP.

A
  1. Acometimento de base do crânio;
  2. Fixação à fáscia pré-vertebral;
  3. Envolvimento da carótida;
  4. Envolvimento do músculo pterigóide.
27
Q

Indique o “N”, conforme TNM, para primário de orofaringe p16+:

  1. Metástase em ≥ 1 linfonodo ipsilateral, todos < 6cm;
  2. Linfonodos contralaterais ou bilaterais;
  3. Linfonodo ≥ 6cm.
A
  1. N1;
  2. N2;
  3. N3.
28
Q

V ou F: de forma geral, o tratamento com modalidade única (cirurgia ou RT) é o padrão para os estadios I, II ou III de baixo volume (T1-2N1; N < 3cm) p16-negativo e para o estadio I p16-positivo de orofaringe.

A

Verdadeiro.

29
Q

Com relação ao manejo do pescoço, qual a diferença entre a linfadenectomia radical / abrangente e a linfadenectomia radical modificada?

A

A linfadenectomia radical / abrangente envolve a dissecção em bloco dos 5 níveis linfonodais (I-V) + esternocleidomastóideo + veia jugular interna + nervo acessório. Caso qualquer uma destas estruturas seja preservada, é dito “modificado”.

30
Q

Entre 2004 e 2014, 596 pacientes portadores de CEC com estádios T1-T2 foram recrutados por D’Cruz et al e randomizados em 1:1 para dissecção cervical eletiva x dissecção apenas no momento da recidiva nodal. Após 3 anos, qual método garantiu maiores OS (80% x 67,5%) e PFS (69,5% x 45,9%)?

A

Dissecção cervical eletiva.

31
Q

Qual a dose padrão da RT adjuvante? Em até quantas semanas da cirurgia deve ser iniciada? E se houverem margens positivas e/ou EEC, qual o ajuste na dose?

A

60Gy. Deve ser iniciado em até 6 semanas. Na presença de margens positivas ou EEC, é ofertado um boost de dose até 66Gy.

32
Q

Cite o principal benefício e o malefício da modalidade IMRT para CCP.

A

Benefício: menor incidência de xerostomia;
Malefício: maiores taxas de fadiga.

33
Q

Como são caracterizadas as técnicas de hiperfracionamento e fracionamento acelerado de RT?

A

Hiperfracionamento: 2 frações por dia;
Fracionamento acelerado: 2 ou mais frações por dia, espaçadas por > 6 horas e em 6 dias da semana.

34
Q

Dados de 3 estudos de fase III e 1 metanálise de 5 estudos randomizados com 1773 pacientes demonstraram o benefício de se ofertar uma terapia tripla para a indução quando comparada a cisplatina + 5-FU. Qual foi esta terapia tripla? Quantos ciclos são recomendados?

A

TPF (docetaxel + cisplatina + 5-FU) por 3 ou 4 ciclos.

35
Q

Qual o principal quimioterápico utilizado como radiossensibilizante? Quais os 2 esquemas de doses mais utilizados?

A

Cisplatina. Doses de 40mg/m² semanais ou de 100mg/m² a cada 21 dias (dose alvo de 200mg/m²).

36
Q

Há um estudo de fase II/III que incluiu 356 pacientes portadores de CEC localmente avançado, inelegíveis à cisplatina, e os randomizou para QRT ou RT isolada, garantindo ganhos em DFS (42 x 30%) e OS (25,5 x 15,3 meses) para o braço QRT. Qual a QT utilizada e a respectiva dose avaliada?

A

Docetaxel 15mg/m².

37
Q

Qual o anti-EGFR que pode ser ofertado como radiossensibilizante, com ganho em OS (49 x 29,3 meses) e redução de 30% do risco de recorrência? Qual a peculiaridade com relação ao rash cutâneo e a resposta?

A

Cetuximabe. Pacientes com rash cutâneo > grau 2, derivaram maior benefício de sobrevida (HR: 0,49).

38
Q

V ou F: como radiossensibilizantes, cisplatina e cetuximabe possuem ação em metástases à distância.

A

Falso. Apenas cisplatina.

39
Q

V ou F: três diferentes ensaios clínicos randomizados, RTOG 1016, De-escalate, e TROG 12.01, estabeleceram a superioridade da cisplatina em comparação ao cetuximabe para câncer de orofaringe relacionado ao HPV.

A

Verdadeiro.

40
Q

Qual o estudo de fase III que incluiu 891 pacientes com CCP estádios III ou IV e os randomizou para a combinação de cetuximabe e cisplatina com RT x cisplatina com RT, não encontrando benefícios em OS e PFS com a terapia combinada?

A

RTOG 0522.

41
Q

Quais os 3 critérios utilizados pelo RTOG para definir o paciente de alto risco e, portanto, candidato a QRT adjuvante?

A

> 2 linfonodos, extensão extracapsular e margens positivas.

42
Q

Quais os 5 critérios utilizados pelo EORTC para definir o paciente de alto risco e, portanto, candidato a QRT adjuvante?

A

Margens positivas, EEC, invasão angiolinfática, invasão perineural e, para orofaringe, linfonodo em níveis IV ou V.

43
Q

Quais os 2 critérios considerados como indicação absolutada para QRT adjuvante?

A

Margens positivas e EEC.

44
Q

Para os pacientes com linfonodos positivos que foram tratados com QRT, qual o método de imagem de escolha para avaliação de resposta? Em quanto tempo deve ser solicitado?

A

PET/CT. Realizar após 3 meses do tratamento.

45
Q

O trial conduzido pela VALCSG (Veterans Affairs Laryngeal Cancer Study Group) foi pioneiro em avaliar a preservação de órgão em laringe. Neste estudo, pacientes com CCP localmente avançado (T2-T4) eram randomizados para QT de indução com cisplatina + 5-FU por 3 ciclos seguido de RT x laringectomia total seguida de RT. O estudo foi positivo para a preservação de órgão?

A

Sim. Cerca de 2/3 dos pacientes ficaram livres de laringectomia total.

46
Q

Quais os 2 principais critérios de TNM que predizem falha da estratégia de preservação de órgão em laringe?

A

Tumores “T4” e “N2”.

47
Q

Em seguimento ao estudo VALCSG, o Intergroup RTOG 91-11 recrutou 547 pacientes com CEC de laringe localmente avançado (T2-T4 de baixo volume) e os randomizou para 3 braços: RT isolada (70 Gy) x QRT com cisplatina (100 mg/m²; 70Gy) x QT de indução com cisplatina + 5-FU por 3 ciclos seguida de RT. Qual o EP1º deste estudo? Qual braço reportou maior benefício?

A

O EP1º foi taxa de preservação da laringe. O braço com maior benefício foi o de QRT concomitante com cisplatina (88%), seguido por indução (75%) e RT isolada (70%).

48
Q

Com base no RTOG 91-11, qual braço de tratamento conferiu as maiores taxas de controle locorregional: QRT com cisplatina x indução com cisplatina + 5-FU por 3 ciclos seguida de RT x RT isolada?

A

QRT (78%), seguido por indução (61%) e RT isolada (56%).

49
Q

Além de doença “T4”, qual outra contraindicação absoluta ao emprego da estratégia de preservação de órgão em laringe?

A

Laringe disfuncional.

50
Q

Dentre os 3 tipos de carcinoma nasofaríngeo definidos pela WHO (queratinizante, não queratinizante e indiferenciado), qual o mais relacionado ao tabagismo? E quais os com maior propensão para metástases a distância?

A

Tabagismo: queratinizante (tipo 1);
Metástases: não queratinizante (tipo 2) e indiferenciado (tipo 3).

51
Q

Estudo de fase III conduzido por Chen et al incluiu 508 pacientes portadores de NPC estádios III ou IV não metastático (exceto T3-T4N0) para QRT com cisplatina semanal seguida por cisplatina 80mg/m² + 5-FU 800mg/m² a cada 4 semanas por 3 ciclos x QRT isolada. Após follow-up de 37,8 meses, houveram diferenças em sobrevida livre de falha?

A

Não (86 x 84%).

52
Q

Com relação ao tratamento sequencial, qual a quimioterapia de indução preferida para NPC?

A

Cisplatina + gemcitabina.

53
Q

Qual o tratamento padrão para NPC estádio I?

A

RT isolada.

54
Q

Quais pacientes portadores de NPC são melhores candidatos ao tratamento sequencial?

A

Doenças extensa e volumosa (T4, N3 ou linfonodos supraclaviculares).

55
Q

Com base no estudo de fase III conduzido por Zhang et al em 362 pacientes com NPC R/M, qual o melhor doublet de QT: cisplatina + gemcitabina x cisplatina + 5-FU? Quais os ganhos?

A

Cisplatina + gemcitabina. Ganhos em PFS (HR: 0,55 - 11 x 7 meses).

56
Q

Quais os 2 estudos de fase III e os respectivos imunoterápicos avaliados em combinação com o doublet de cisplatina + gemcitabina em pacientes com NPC metastáticos?

A

Jupiter-02: toripalimabe;
Captain: camrelizumabe.

57
Q

Qual o nome do estudo de fase III que incluiu 882 pacientes portadores de HNSCC R/M e os randomizou em 1:1:1 para pembrolizumabe monoterapia x pembrolizumabe + 5-FU + cis ou carboplatina x regime EXTREME? Quais eram os 2 EP1º’s deste estudo?

A

KEYNOTE 048. EP1º’s consistiam em não-inferioridade de OS de pembrolizumabe x EXTREME e superioridade de OS para pembrolizumabe + QT x EXTREME nas populações CPS ≥ 20 e CPS ≥ 1.

58
Q

Quais quimioterápicos compõem o regime EXTREME?

A

Cis ou carboplatina + 5-FU + cetuximabe.

59
Q

V ou F: o estudo de fase III EXTREME incluiu 440 pacientes com HNSCC R/M e os randomizou em 1:1 para cis ou carboplatina + 5-FU com ou sem cetuximabe. Este estudo demonstrou ganhos apenas em PFS (5,6 x 3,3 meses), mas não em OS para a adição de cetuximabe.

A

Falso. Também houveram ganhos em OS (10,1 x 7,4 meses).

60
Q

Considerando a toxicidade de 5-FU, qual classe de quimioterápicos pode ser ofertada em substituição sem comprometer a OS?

A

Taxanos (paclitaxel + cisplatina, por exemplo).

61
Q

Quais os dois estudos de fase III e os respectivos imunoterápicos validados para HNSCC que progrediram a terapia baseada em platina?

A

KEYNOTE 040: pembrolizumabe;
CheckMate 141: nivolumabe.

62
Q

Quais as 2 principais características dos pacientes melhores candidatos a reirradiação? Qual a modalidade de RT preferível?

A

Intervalo ≥ 2 anos entre os cursos de RT e aqueles que passaram por ressecção. SBRT é a modalidade preferível.