Mama - Metastático Flashcards
Qual a principal indicação para biopsia de sítio metastático no câncer de mama?
Primeira manifestação de doença metastática ou diagnóstico incerto.
Também considerada quando resultado modifica significativamente o manejo terapêutico.
Quais exames de imagem são essenciais no estadiamento inicial do câncer de mama metastático?
TC tórax/abdome, cintilografia óssea e RM crânio se sintomas neurológicos.
PET/CT pode ser útil em casos selecionados quando exames convencionais são inconclusivos.
Quando a RM de crânio está indicada em pacientes assintomáticas com câncer de mama metastático?
Em tumores HER2-positivo ou triplo-negativo.
Estes subtipos apresentam maior probabilidade de metástases cerebrais, justificando o rastreamento.
Qual o tratamento de primeira linha padrão para câncer de mama metastático RH+/HER2-?
Inibidor de aromatase + inibidor de CDK4/6.
Os três iCDK4/6 disponíveis (palbociclibe, ribociclibe e abemaciclibe) demonstraram benefício significativo em SLP.
Qual o ganho em sobrevida global do ribociclibe + letrozol na primeira linha RH+/HER2-?
12,5 meses (63,9 versus 51,4 meses, HR 0,76).
Estudo MONALEESA-2 foi o primeiro a demonstrar ganho de SG com iCDK4/6 em primeira linha.
Como tratar câncer de mama metastático RH+/HER2- em mulheres pré-menopausadas?
Supressão ovariana + inibidor de aromatase + inibidor de CDK4/6.
Estudo MONALEESA-7 mostrou benefício em SLP e SG nesta população.
Quando considerar hormonioterapia exclusiva (sem iCDK4/6) na primeira linha RH+/HER2-?
Doença indolente, baixo volume, metástases não-viscerais e longo intervalo após adjuvância.
Mesmo nestas situações, iCDK4/6 mostram superioridade em desfechos de sobrevida.
Qual a melhor opção após progressão a IA+iCDK4/6 em tumores RH+/HER2- com mutação PIK3CA?
Fulvestranto + Alpelisibe.
Estudo SOLAR-1 mostrou SLP de 11 vs 5,7 meses (HR 0,65, p<0,001).
Qual a opção após progressão a IA+iCDK4/6 em tumores RH+/HER2- sem mutação PIK3CA?
Exemestano + Everolimo ou Fulvestranto + Capivasertibe.
Terapia sequencial com agentes endócrinos isolados pode ser considerada se longa resposta prévia.
O que define resistência endócrina primária no câncer de mama?
Recorrência <2 anos de HT adjuvante ou progressão <6 meses na doença metastática.
A resistência secundária ocorre após estes períodos e indica melhor prognóstico.
Qual o tratamento padrão de primeira linha para câncer de mama HER2-positivo metastático?
Trastuzumabe + Pertuzumabe + Taxano.
Estudo CLEOPATRA mostrou SG mediana de 56,5 meses vs 40,8 meses (HR 0,68).
Qual o tratamento de segunda linha para câncer de mama HER2+ metastático?
Trastuzumabe-deruxtecana (T-DXd).
Estudo DESTINY-Breast03 mostrou superioridade ao T-DM1 (HR 0,28 para SLP).
Qual o tratamento após progressão a T-DXd em pacientes com câncer de mama HER2+?
T-DM1 (se não usado previamente).
Alternativas incluem trastuzumabe + capecitabina, lapatinibe + capecitabina ou tucatinibe + trastuzumabe + capecitabina.
O que define um tumor HER2-low no câncer de mama?
IHQ HER2 1+ ou IHQ 2+ com ISH negativo.
Representa aproximadamente 55-60% dos tumores anteriormente classificados como HER2-negativo.
Qual o papel do trastuzumabe-deruxtecana (T-DXd) em tumores HER2-low?
Aumenta SLP e SG comparado à quimioterapia convencional.
Estudo DESTINY-Breast04 mostrou HR 0,51 para SLP e HR 0,64 para SG.
Qual o tratamento de primeira linha para câncer de mama triplo-negativo com PD-L1 CPS≥10%?
Pembrolizumabe + Quimioterapia.
Estudo Keynote-355 mostrou aumento de SG de 16,1 para 23 meses (HR 0,73).
Qual o tratamento para câncer de mama metastático com mutação germinativa BRCA1/2?
Olaparibe ou Talazoparibe.
Estudos OlympiAD e EMBRACA mostraram superioridade aos quimioterápicos convencionais em SLP.
O que caracteriza uma crise visceral no câncer de mama metastático?
Disfunção orgânica grave com risco iminente de morte por metástases.
Inclui insuficiência hepática, linfangite pulmonar extensa ou metástases cerebrais sintomáticas.
Qual o tratamento de primeira linha para câncer de mama metastático HER2+ após recaída precoce?
T-DXd ou T-DM1.
Considerar recaída precoce quando ocorre nos primeiros 6 meses após término da terapia adjuvante.
Quais as opções de quimioterapia após resistência a antraciclinas e taxanos?
Capecitabina, eribulina, gencitabina, vinorelbina ou platinas.
Monoterapia é geralmente preferível para minimizar toxicidades, exceto em crise visceral.
Qual a melhor opção para metástases cerebrais em câncer de mama HER2+?
Tratamento local seguido por T-DM1 ou tucatinibe+trastuzumabe+capecitabina.
Estudo HER2CLIMB mostrou benefício do tucatinibe mesmo em pacientes com metástases cerebrais ativas.
Qual o papel do sacituzumabe govitecana no câncer de mama triplo-negativo metastático?
Indicado após progressão a pelo menos duas linhas prévias.
Estudo ASCENT mostrou SG de 12,1 vs 6,7 meses (HR 0,48).
Qual a abordagem recomendada para metástases ósseas exclusivas no câncer RH+/HER2-?
Hormonioterapia + agente ósseo (denosumabe ou bifosfonato).
Considerar adição de iCDK4/6 para retardar progressão para doença visceral.
Quais as principais toxicidades do abemaciclibe comparado aos outros iCDK4/6?
Maior incidência de diarreia e fadiga, menor toxicidade hematológica.
Monitorar função hepática e considerar antidiarreicos profiláticos no início do tratamento.
Qual o tratamento após múltiplas linhas hormonais em câncer RH+/HER2-?
Quimioterapia em monoterapia ou T-DXd se HER2-low.
Sacituzumabe govitecana mostrou benefício no estudo TROPiCS-02 mesmo em tumores RH+.
O que é doença oligometastática no câncer de mama?
Presença de 1-5 metástases, geralmente com abordagem multimodal.
Tratamento locorregional pode proporcionar sobrevida prolongada em casos selecionados.
Qual o benefício do atezolizumabe no câncer de mama triplo-negativo com PD-L1 positivo?
Aumento de SLP e SG quando combinado ao nab-paclitaxel.
Estudo IMPassion130 utilizou o anticorpo Ventana SP142, considerando PD-L1 ≥ 1% nas células imunes.
Como definir o intervalo ideal de avaliação de resposta no câncer de mama metastático?
A cada 3-4 meses ou antes se houver sintomas sugestivos de progressão.
Ajustar frequência conforme agressividade tumoral e resposta ao tratamento.
Qual a importância da mutação ESR1 no câncer de mama metastático?
Associada à resistência a inibidores de aromatase.
O estudo EMERALD mostrou benefício de elacestranto especialmente em pacientes com esta mutação.
Quais fatores modificam a escolha da primeira linha para câncer de mama metastático?
Subtipo tumoral, intervalo livre de doença, tratamento prévio e sítios metastáticos.
Estado funcional, comorbidades e preferências da paciente também devem ser considerados.
Qual o benefício das platinas no câncer de mama triplo-negativo com mutação BRCA?
Maior taxa de resposta e tempo até progressão versus taxanos.
Estudo TNT mostrou vantagem específica no subgrupo com mutação BRCA1/2.
Qual é a melhor sequência de tratamento endócrino após uso de IA no câncer de mama?
Fulvestranto ou exemestano, preferencialmente combinados com terapias-alvo.
A resistência cruzada entre diferentes IAs é comum, favorecendo mudança de classe farmacológica.
Como identificar pacientes elegíveis para uso de alpelisibe?
Presença de mutação no gene PIK3CA no tumor primário ou metastático.
A mutação pode ser identificada em tecido tumoral ou por biópsia líquida (ctDNA).
Quais as principais toxicidades do everolimo?
Estomatite, pneumonite, hiperglicemia e fadiga.
Considerar corticosteroides tópicos profiláticos para estomatite e monitoramento respiratório regular.
Qual a importância do status menopausal na escolha da hormonioterapia?
Define necessidade de supressão ovariana nas pré-menopausadas.
O status pode mudar durante o tratamento, especialmente após quimioterapia, requerendo reavaliação periódica.
Como definir a resposta clínica à hormonioterapia?
Melhora de sintomas, redução de marcadores tumorais ou estabilização radiológica.
A estabilização prolongada (≥6 meses) é considerada benefício clínico mesmo sem resposta RECIST.
Qual a indicação do tucatinibe no câncer de mama HER2+?
Pacientes com metástases cerebrais ou progressão a duas ou mais linhas.
Estudo HER2CLIMB mostrou aumento de SG com HR 0,73 (p=0,004) versus placebo.
Qual a indicação do neratinibe no câncer de mama HER2+?
Após progressão a pelo menos duas linhas com anti-HER2.
Geralmente combinado com capecitabina, com toxicidade gastrointestinal significativa (diarreia).
Qual o impacto dos bifosfonatos nas metástases ósseas?
Redução de eventos relacionados ao esqueleto e da dor óssea.
O denosumabe mostrou-se superior ao ácido zoledrônico na prevenção destes eventos.
Como abordar dor óssea refratária em pacientes com metástases ósseas?
Radioterapia paliativa, opióides, bloqueios analgésicos e radiofármacos quando apropriado.
A radioterapia em dose única é geralmente tão eficaz quanto esquemas fracionados para controle da dor.
Como manejar derrame pleural sintomático no câncer de mama metastático?
Toracocentese, pleurodese ou cateter pleural de longa permanência.
A escolha depende do prognóstico, reexpansão pulmonar e performance status da paciente.
Qual o papel do rebiopsia no câncer de mama metastático?
Confirmar diagnóstico, reavaliar biomarcadores e identificar mecanismos de resistência.
Particularmente importante na primeira recidiva ou em padrões atípicos de progressão.
O que são anticorpos conjugados e seu papel no câncer de mama?
Anticorpos ligados a quimioterápicos que agem diretamente nas células tumorais.
T-DXd e sacituzumabe govitecana revolucionaram o tratamento de HER2-low e triplo-negativo, respectivamente.