Canal Anal Flashcards

1
Q

Qual a histologia mais frequente no câncer de canal anal?

A

CEC - 80% dos casos.

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2
Q

Quais os 4 principais fatores de risco associados ao câncer de canal anal?

A
  1. Infecção pelo HPV
  2. Infecção pelo HIV
  3. Imunossupressão
  4. Tabagismo
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3
Q

Quais os dois principais subtipos de HPV associados ao câncer de canal anal?

A

HPV subtipos 16 e 18.

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4
Q

Dada sua íntima relação com o vírus HPV, após diagnóstico de câncer de canal anal, quais outros sítios devem ser pesquisados por risco de neoplasias concomitantes (“campo de cancerização”)?

A

Câncer de colo de útero e vulva (mulheres) e Câncer de pênis (homens).

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5
Q

Qual exame sorológico sempre deve ser solicitado em pacientes com câncer de canal anal?

A

Sorologia para HIV.

Obs.: Sempre solicitar consentimento por parte do paciente.

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6
Q

Quais exames de imagem devem ser solicitados para estadiamento do câncer de canal anal?

A

TC tórax + TC de abdome com contraste ou PET/CT FDG + RNM de pelve.

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7
Q

No estadiamento do câncer de canal anal, existe benefício na realização de PET/CT FDG?

A

Sim - Conduta não é obrigatória ou consenso, entretanto, altera status linfonodal em até 28% dos casos.

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8
Q

Quais dois elementos do exame físico sempre devem ser realizados ativamente na avaliação de pacientes com câncer de canal anal?

A

Toque retal e palpação de linfonodos inguinais.

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9
Q

Método preferencial para avaliação de doença linfonodal suspeita?

A

Punção por agulha fina (PAAF).

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10
Q

Com relação ao estadiamento TNM, dê a classificação “T” dos seguintes casos:

A) Tumor < 2cm

B) Tumor > 5cm

A

A) T1
B) T3

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11
Q

Com relação ao estadiamento TNM, dê a classificação “T” dos seguintes casos:

A) Tumor entre 2-5cm

B) Tumor que invade órgãos adjacentes (vagina, uretra, bexiga)

C) Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (doença de Bowen ou neoplasia intraepitelial anal graus II-III)

A

A) T2
B) T4
C) Tis

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12
Q

Qual o tratamento preferencial para pacientes com câncer de canal anal estadiamentos Tis ou T1N0 que não acomete o esfíncter anal?

A

Ressecção transanal com margens negativas.

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13
Q

Conforme estudo retrospectivo em banco de dados da SEER, existe diferença entre realizar QTRT definitiva ou Ressecção transanal em pacientes com câncer de canal anal inicial (Tis ou T1N0)?

A

Não - dados demonstram resultados equivalentes entre ambas estratégias.

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14
Q

Qual a margem cirúrgica preconizada caso optado por ressecção transanal?

A

Margem de pelo menos 1cm.

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15
Q

Qual o tratamento preferencial de pacientes com câncer de canal anal localmente avançado (T2-4N0 ou N+)?

A

QTRT concomitante definitiva.

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16
Q

Qual o esquema e posologia de QTRT preferencial para tratamento de tumores de canal anal localmente avançados?

A

“Esquema de Nigro”

Mitomicina 12mg/m² D1 + 5-FU 1000mg/m² em 24h D1-4 e D29-32 concomitante a Radioterapia.

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17
Q

Quais os dois estudos que compararam estratégia de RT isolada versus RT concomitante a Mitomicina e 5-FU em CEC de canal anal > T1?

A

UKCCCR e EORTC 22861.

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18
Q

Conforme dados reportados no UKCCCR, existe ganho em SG ao se comparar QTRT com Mitomicina + 5-FU à RT isolada em CEC de canal anal localmente avançado?

A

Não - Ganhos apenas em recidiva local e mortalidade câncer-específica. Negativo para SG.

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19
Q

À semelhança no UKCCCR, houve ganho de SG ao se comparar QTRT com Mitomicina + 5-FU em versus RT isolada no EORTC 22861 em pacientes com câncer de canal anal localmente avançado?

A

Não - Estudo também negativo para SG, com ganho restrito a taxa de remissão, SLP e sobrevida livre de colostomia.

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20
Q

Com relação ao papel da mitomicina, quais 2 desfechos apresentaram ganho no RTOG/ECOG ao se comparar RT + 5-FU x RT + 5-FU + Mitomicina em pacientes com câncer de canal anal localmente avançado?

A

Ganhos em sobrevida livre de colostomia e SLD a favor de Mitomicina.

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21
Q

É possível substituir 5-FU por Capecitabina na fase de concomitância a RT no tratamento do câncer de canal anal localmente avançado?

A

Sim - Dados de metanálise demonstram taxas de resposta completa em 6m de até 88% com Capecitabina.

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22
Q

Qual estudo buscou comparar estratégia combinada de QTRT com Cisplatina (RT + 5-FU + Cisplatina) em comparação a Mitomicina (RT + 5-FU + Mitomicina)?

A

ACT II.

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23
Q

Conforme dados reportados no ACT II, existe diferença entre esquemas de QTRT com fluoropirimidina combinada Mitomicina ou Cisplatina em tratamento de canal anal localmente avançado?

A

Não - Estudos demonstrou iguais taxas de resposta completa e sobrevida livre de colostomia entre os dois braços.

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24
Q

Qual esquema e posologia de QTRT concomitante de escolha para tratamento de câncer de canal anal localmente avançado na indisponibilidade da Mitomicina?

A

Cisplatina 60mg/m² D1 e D29 + 5-FU 1000mg/m² infusional em 24h D1-4 e D29-32.

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25
Q

No ACT II também foram realizadas avaliação de resposta clínica em 3 momentos diferentes - 11, 18 e 26 semanas. Qual foi a conclusão deste estudo com relação ao tempo que devemos aguardar resposta nestes pacientes?

A

Sempre aguardar até 26 semanas na ausência de PD

Obs.: Enquanto apenas 52% dos pacientes apresentaram resposta na semana 11, este número subiu para 78% na semana 26.

26
Q

Qual o cutoff de tempo que podemos aguardar resposta completa após tratamento com QTRT concomitante em câncer de canal anal localmente avançado?

A

26 semanas.

27
Q

Quais dois principais subgrupos de pacientes podem necessitar de redução de dose de QTRT ou descalonamento de tratamento?

A

Idosos multicomórbidos e pacientes HIV positivos com CD4 < 200

28
Q

Quais as três possíveis formas de se descalonar tratamento em pacientes frágeis ou HIV positivos?

A
  1. Redução de dose da QTRT
  2. RT associada apenas a 5-FU
  3. RT isolada (última opção)
29
Q

Com quanto tempo após término de QTRT concomitante deve ser realizada a primeira avaliação de pacientes com canal anal?

A

8-12 semanas após término da QTRT.

30
Q

Paciente com câncer de canal anal localmente avançado, tendo sido submetido a QTRT. Em primeira avaliação (8-12 sem), apresentando resposta completa. Qual a conduta?

A

Manter seguimento.

31
Q

Paciente com câncer de canal anal localmente avançado, tendo sido submetido a QTRT. Em primeira avaliação (8-12 sem), apresentando ausência de resposta. Qual a conduta?

A

Manter seguimento trimestral até resposta completa.

Obs.: Conforme dados do ACT II podemos aguardar até 26 semanas para resposta.

32
Q

Paciente com câncer de canal anal localmente avançado, tendo sido submetido a QTRT. Em primeira avaliação (8-12 sem), apresentando progressão de doença. Qual a conduta?

A

Cirurgia de resgate - Ressecção abdominoperineal.

33
Q

Quantos porcento dos casos de câncer de canal anal apresentarão evolução com doença metastática?

A

10-25% dos casos.

34
Q

Qual o principal sítio de metástase do câncer de canal anal?

A

Fígado.

35
Q

Quais dois principais fatores anatomopatológicos são de mau prognóstico, com maior risco de recidiva de doença após tratamento com QTRT concomitante?

A

Tumores >5cm e N+.

36
Q

Com relação a dose de radioterapia, qual a dose recomendada para câncer de canal anal localmente avançado conforme dados da ESMO, ESTRO e NCCN?

A

Dose > 45Gy.

Obs.: O esquema de Nigro empregava apenas 30Gy de radioterapia.

37
Q

Com relação a radioterapia, qual conduta complementar é recomendada para pacientes com doença “mais” localmente avançada, isto é, T3-4 ou N+?

A

Além da dose recomendada de 45Gy, recomenda-se boost de 10-14Gy (Totalizando 55-59Gy).

38
Q

Extrapolando-se dados do câncer de colo de útero, qual a recomendação para tratamento do câncer de canal anal com acometimento do linfonodo para-aórtico?

A

QTRT com campo estendido.

39
Q

Apesar de alta morbidade, qual a porcentagem de casos de câncer de canal anal que serão curados com a ressecção abdominoperineal de resgate após recidiva de doença?

A

25-40% dos casos.

40
Q

A mitomicina possuí efeito radiossensibilizante?

A

Não!

Obs.: Este foi o principal motivo que impulsionou os estudos de substituição de Mitomicina por Cisplatina que, entretanto, foram negativos.

41
Q

Qual a modalidade de radioterapia de preferência para tratamento do câncer de canal anal?

A

IMRT.

42
Q

O estudo RTOG 9811 comparou estratégia de RT + 5-FU + Mitomicina versus Cisplatina, com adição de QT de indução com 2 ciclos de 5-FU + Cisplatina no braço com esta mesma droga. Houveram diferenças entre estes braços?

A

Sim - Mitomicina foi superior em SLD e sobrevida livre de colostomia em comparação a Cisplatina.

Obs.: Estudo muito criticado - Pacientes não foram randomizados para QT de indução (apenas braço investigacional recebeu), sendo esta estratégia sabidamente detrimental em câncer de canal anal.

43
Q

Qual a dose e posologia do esquema preferencial de primeira linha para câncer de canal anal?

A

Carboplatina AUC 5 + Paclitaxel 80mg/m² D1, D8 e D15 q28 dias

44
Q

Qual o nome do estudo randomizado que validou estratégia de Carboplatina + Paclitaxel em primeira linha de canal anal?

A

InterAAct trial.

45
Q

Pacientes com Adenocarcinoma de canal anal também se beneficiam dos tratamentos de CEC de canal anal?

A

Não - Pacientes com Adenocarcinoma de canal anal devem ser conduzidos como câncer de reto.

46
Q

Qual o sintoma mais comum em câncer de canal anal?

A

Sangramento (45% dos casos).

47
Q

No estudo InterAAct, Carboplatina + Paclitaxel conseguiu atingir ganho em SG em comparação a Cisplatina + 5-FU em primeira linha de canal anal?

A

Não - Ganho foi apenas numérico em SG, entretanto, com taxas de resposta semelhantes e menor toxicidade, se tornando opção preferencial.

48
Q

Vacina contra HPV reduz risco de câncer de canal anal?

A

Sim - Apesar de não existirem estudos randomizados, a vacina é recomendada como forma de profilaxia, tendo em vista sua associação causal com vírus HPV.

49
Q

Além de Carbo/Taxol, quais outros três esquemas de quimioterapia possuem validação para tratamento de câncer de canal anal em primeira linha?

A
  1. FOLFICIS
  2. DCF modificado
  3. Cisplatina monodroga.
50
Q

Qual estudo buscou avaliar estratégia combinada de quimioimunoterapia com DCF modificado + Atezolizumabe em primeira linha de canal anal?

A

Scarce-Prodige 60.

51
Q

Existe ganhos em se associar imunoterapia em primeira linha de canal anal, conforme dados reportados no Scarce-Prodige60?

A

Não - Estudo negativo em seus desfechos de sobrevida global, sobrevida livre de progressão e taxa de resposta.

52
Q

Conforme dados de estudos de fase II, quais duas imunoterapias podem ser utilizadas em segunda linha de canal anal?

A

Nivolumabe e Pembrolizumabe.

Obs.: Tratamentos não aprovados pela ANVISA.

53
Q

Qual o principal ganho com o uso do esquema DCF em pacientes com canal anal?

A

Ganho expressivo em taxa de resposta - 89%.

Obs.: Ressalta-se aumento importante de toxicidade, devendo esquema ser reservado para pacientes fit e sintomáticos ou com complicações do quadro.

54
Q

Quais três esquemas de quimioterapias são considerados ativos em 2ª Linha de canal anal?

A
  1. FOLFIRI
  2. 5-FU + Mitomicina
  3. Paclitaxel monodroga
55
Q

Qual exame de imagem é recomendado no primeiro ano de seguimento de pacientes com câncer de canal anal?

A

RNM de pelve.

56
Q

V ou F: Pacientes com oligoPD podem ser candidatos à metastasectomia, SBRT ou ablação por radiofrequência associados ou não a quimioterapia, devendo-se as condutas serem discutidas de forma multidisciplinar.

A

Verdadeiro - Abordagens das oligoprogressões não são consenso nestes pacientes.

57
Q

Até quantos centímetros acima da linha denteada os tumores ainda são considerados como de canal anal?

A

Até 2cm.

58
Q

Qual o limite superior anatômico do canal anal?

A

Anel anorretal.

59
Q

Para quais linfonodos drenam estruturas acima da linha denteada?

A

Linfonodos mesorretais e ilíacos internos.

60
Q

Para quais linfonodos drenam estruturas abaixo da linha denteada?

A

Linfonodos inguinais superficiais e ilíacos externos.

61
Q

Qual o principal efeito adverso associado a mitomicina?

A

Mielossupressão tardia - geralmente se inícia cerca de 4 semanas após infusão.