Bexiga #2 Flashcards

1
Q

Qual é o estadiamento T2 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Invasão da camada muscular própria.

T2a (1/2 interna) e T2b (1/2 externa) da camada muscular.

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2
Q

Qual é o estadiamento T3 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Invasão do tecido perivesical.

T3a (invasão microscópica) e T3b (invasão macroscópica) do tecido perivesical.

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3
Q

Qual é o estadiamento T4 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Invasão de órgãos adjacentes (próstata, vesículas seminais, útero, vagina) ou parede pélvica/abdominal.

T4a (invasão de próstata, vesículas seminais, útero, vagina) e T4b (invasão da parede pélvica/abdominal).

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4
Q

Qual é a definição de N1 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Metástase em 1 linfonodo na pelve verdadeira.

Linfonodos perivesicais, obturatórios, ilíacos internos/externos ou pré-sacrais.

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5
Q

Qual é a definição de N2 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Metástases em múltiplos linfonodos na pelve verdadeira.

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6
Q

Qual é a definição de N3 no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Metástases em linfonodos da cadeia ilíaca comum.

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7
Q

Como é classificado M1a no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Metástase à distância em linfonodos além da cadeia ilíaca comum.

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8
Q

Como é classificado M1b no câncer de bexiga segundo AJCC?

A

Metástases à distância não-linfonodais.

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9
Q

Como é definido o estadiamento 0a no câncer de bexiga?

A

Ta N0 M0.

Carcinoma papilar não-invasivo, sem metástases.

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10
Q

Como é definido o estadiamento II no câncer de bexiga?

A

T2a/T2b N0 M0.

Invasão da camada muscular própria, sem metástases.

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11
Q

Quais são as características do tumor de baixo risco na classificação EAU?

A

Primário, solitário, Ta/G1, < 3 cm, sem CIS.

Classificação de risco para tumores superficiais da European Association of Urology.

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12
Q

Quais são as características do tumor de alto risco na classificação EAU?

A

T1, G3, CIS ou múltiplos/recorrentes/grandes Ta/G1/G2.

Tumores Ta/G1/G2 precisam ser múltiplos, recorrentes e grandes (>3cm) para serem considerados alto risco.

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13
Q

Quais são as características do tumor de muito alto risco na classificação EAU?

A

T1G3 com CIS, múltiplo/grande/recorrente T1G3, ou falha à BCG.

Também inclui T1G3 com CIS na uretra prostática e CA uroteliais com histologia não-típica.

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14
Q

Quais exames de imagem são necessários para estadiamento do câncer de bexiga?

A

TC tórax/abdome/pelve com fase excretora.

RM de pelve pode ser alternativa em alérgicos a contraste ou com contraindicação à TC.

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15
Q

Qual é a importância da segunda RTU no câncer de bexiga de alto grau?

A

Lesão residual é encontrada em 33-53%, necessitando nova RTU após 4-6 semanas.

RTU = Ressecção Transuretral.

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16
Q

Quais critérios tornam um paciente inelegível à cisplatina?

A

ClCr < 60 mL/min, ICC ≥ III, ECOG ≥ 2, neuropatia ou perda auditiva ≥ grau 2.

ClCr = Clearance de creatinina; ICC = Insuficiência cardíaca classe funcional NYHA.

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17
Q

Qual o tratamento para câncer de bexiga superficial de baixo risco?

A

Instilação intravesical única de quimioterápico após RTU.

Mitomicina C, gencitabina ou doxorrubicina podem ser utilizados com eficácia semelhante.

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18
Q

Qual o tratamento para câncer de bexiga superficial de risco intermediário?

A

Instilação intravesical de BCG por 1 ano.

Dose recomendada é 1/3 (40 mg) durante um ano.

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19
Q

Qual o tratamento para câncer de bexiga superficial de alto risco?

A

Instilação intravesical de BCG por 1 a 3 anos.

Dose full (120 mg) durante 3 anos é o padrão recomendado pela EORTC.

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20
Q

Qual o tratamento para câncer de bexiga superficial de muito alto risco?

A

Considerar cistectomia imediata, especialmente após falha da BCG.

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21
Q

Quais são as contraindicações absolutas ao uso de BCG intravesical?

A

Primeiras 2 semanas após RTU, hematúria, cateterização traumática ou ITU sintomática.

ITU = Infecção do Trato Urinário.

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22
Q

Qual o tratamento neoadjuvante padrão para doença músculo-invasiva (T2-T4a)?

A

MVACdd 3 a 6 ciclos ou GC 4 ciclos.

MVACdd = MVAC dose densa; GC = Gencitabina + Cisplatina.

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23
Q

Qual a importância do tratamento neoadjuvante com quimioterapia baseada em cisplatina?

A

Aumenta sobrevida em 5 anos em 5% e reduz risco de morte em 14%.

Meta-análise com 3005 pacientes (HR 0,86; IC 95% 0,77-0,95; p = 0,003).

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24
Q

Qual o tratamento cirúrgico padrão para doença músculo-invasiva?

A

Cistectomia radical + linfadenectomia pélvica bilateral.

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25
Q

Qual o tratamento adjuvante para doença de alto risco (T3-4 e/ou N+) sem neoadjuvância?

A

GC 4 ciclos, MVACdd 3-4 ciclos ou nivolumabe por 1 ano.

Nivolumabe para doença residual músculo-invasiva após QT neoadjuvante.

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26
Q

Quais são os critérios para indicação de estratégia de preservação da bexiga?

A

Carcinoma urotelial T2-T3a localizado, sem hidronefrose, CIS extenso ou tumor multifocal.

Ideal para pacientes não candidatos à cistectomia ou que recusem tratamento cirúrgico.

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27
Q

Em que consiste a terapia multimodal para preservação da bexiga?

A

RTU máxima seguida de QT + RT, com avaliação após 40-45 Gy.

Se resposta completa ou parcial, prosseguir QT+RT até 60-64 Gy. Se não resposta, cistectomia radical.

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28
Q

Qual esquema quimioterápico preferencial para preservação da bexiga?

A

CDDP + RT.

Alternativas: 5-FU + Mitomicina + RT ou Gencitabina + RT para pacientes com baixo PS ou função renal alterada.

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29
Q

Qual a taxa de resposta aproximada com a terapia multimodal de preservação da bexiga?

A

70% de resposta, com 20-30% necessitando cistectomia radical e SG de 55% em 5 anos.

Dados compilados de estudos do RTOG, MGH e estudo britânico BC2001.

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30
Q

Qual o tratamento de primeira linha para câncer de bexiga avançado em pacientes elegíveis à cisplatina?

A

Esquema GC seguido de Avelumabe ou MVACdd seguido de Avelumabe.

Outras opções: GC + Nivolumabe ou Enfortumabe vedotina + Pembrolizumabe.

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31
Q

Qual o benefício do avelumabe de manutenção após QT com platina no Javelin Bladder 100?

A

Aumento da sobrevida global (21,4 vs 14,3 meses; HR 0,56).

Benefício ocorreu independentemente do status do PD-L1.

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32
Q

Qual o tratamento de primeira linha para câncer de bexiga avançado em pacientes inelegíveis à cisplatina?

A

Enfortumabe vedotina + Pembrolizumabe ou Gencitabina + Carboplatina seguido de Avelumabe.

Pembrolizumabe em monoterapia se PD-L1 positivo.

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33
Q

Quais os resultados do estudo EV-302 com Enfortumabe vedotina + Pembrolizumabe?

A

Aumento de SLP (12,5 vs 6,3 meses) e SG (31,5 vs 16,1 meses).

Comparado com QT padrão (GC ou Gem/Carbo). HR para SG 0,47; p<0,001.

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34
Q

Quais os resultados do estudo Checkmate 901 com GC + nivolumabe?

A

Aumento da SG (21,7 vs 18,9 meses) e SLP (7,9 vs 7,6 meses).

HR para SG 0,78; p=0,02. Nivolumabe é mantido após completar 6 ciclos de QT.

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35
Q

Quais opções de tratamento de segunda linha após progressão à QT na primeira linha?

A

Pembrolizumabe, Atezolizumabe ou Durvalumabe.

Pembrolizumabe mostrou ganho de SG em estudo fase III com melhor perfil de toxicidade.

36
Q

Quais opções de tratamento de segunda linha após progressão à imunoterapia na primeira linha?

A

Enfortumabe-vedotina (preferencial), Vinflunina ou monoterapia com taxanos.

Taxanos incluem Paclitaxel, Docetaxel, Pemetrexede ou Paclitaxel ligado à albumina.

37
Q

Qual tratamento para pacientes com câncer de bexiga avançado e mutação FGFR3 ou fusão FGFR2/3?

A

Erdafitinibe.

Estudo fase 2 mostrou 40% de resposta objetiva em pacientes previamente tratados.

38
Q

Qual o esquema de seguimento para câncer de bexiga de baixo risco?

A

Cistoscopia aos 3 meses, se negativo, após 9 meses e então anual por 5 anos.

39
Q

Qual o esquema de seguimento para câncer de bexiga de alto risco?

A

Cistoscopia + citologia urinária a cada 3 meses por 2 anos, depois semestralmente até 5 anos.

Após 5 anos, seguimento anual.

40
Q

Qual o regime de dose de BCG para tumores de alto risco?

A

Dose full (120 mg) durante 3 anos.

Recomendado pela EORTC como padrão para tumores de alto risco.

41
Q

Qual o regime de dose de BCG para tumores de risco intermediário?

A

Dose 1/3 (40 mg) durante um ano.

Não há justificativa para manter esta terapia por mais tempo nos pacientes de risco intermediário.

42
Q

Quais são os critérios para instilação vesical de quimioterápico pós-RTU?

A

Deve ser realizada em até 24h após o procedimento, sem perfuração vesical.

A droga deve ser mantida por cerca de 1-2 horas.

43
Q

Qual o perfil de paciente ideal para preservação de bexiga?

A

Tumor unifocal < 5cm, ressecção completa na RTU, sem hidronefrose.

Também ideal: sem CIS extenso e bexiga com função preservada.

44
Q

Qual o esquema de RT para preservação de bexiga?

A

40-45 Gy iniciais, depois boost de 10-15 Gy na bexiga e 10 Gy no tumor.

Alternativa: Protocolo UK com 64 Gy em 32 frações em toda a bexiga.

45
Q

O que deve ser avaliado após 40-45 Gy na estratégia de preservação da bexiga?

A

Nova citologia urinária + RTU para verificar resposta (completa, parcial ou progressão).

Se resposta completa/parcial: continuar RT+QT; se progressão: cistectomia radical.

46
Q

Que estudo demostrou benefício da terapia adjuvante em câncer de bexiga?

A

Estudo EORTC 30994 mostrou melhora da sobrevida livre de progressão.

ASCO recomenda QT adjuvante baseada em cisplatina para doença T3-T4 ou N+ sem neoadjuvância prévia.

47
Q

Qual o esquema de gencitabina e cisplatina (GC) padrão para câncer de bexiga?

A

Cisplatina 70 mg/m² EV D1 + Gencitabina 1.000 mg/m² EV D1, D8 e D15 a cada 4 semanas.

48
Q

Qual o esquema de MVAC dose densa (MVACdd) para câncer de bexiga?

A

Metotrexato, Vimblastina, Doxorrubicina e Cisplatina com Filgrastima a cada 2 semanas.

Metotrexato 30 mg/m² D1, Vimblastina 3 mg/m² D2, Doxorrubicina 30 mg/m² D2, Cisplatina 70 mg/m² D2.

49
Q

Qual o esquema de cisplatina com radioterapia para preservação de bexiga?

A

Cisplatina 70 mg/m² EV D1 e D22 da RT (+ 1 dose adicional se prosseguir).

50
Q

Qual o esquema alternativo ao CDDP+RT para pacientes com baixo performance status?

A

5-FU + Mitomicina + RT ou Gencitabina + RT.

5-FU 500 mg/m² D1-5 e D16-20 + Mitomicina-C 12 mg/m² D1, ou Gencitabina 100 mg/m² semanal.

51
Q

Qual o esquema de Gencitabina e Carboplatina para câncer de bexiga avançado?

A

Carboplatina AUC 5 D1 + Gencitabina 1.000 mg/m² D1 e D8 a cada 3 semanas.

52
Q

Qual o esquema de Enfortumabe vedotina para câncer de bexiga avançado?

A

1,25 mg/kg/dose EV D1, D8 e D15 a cada 28 dias.

53
Q

Qual o esquema de Avelumabe na manutenção após platina para câncer de bexiga?

A

Avelumabe 800 mg EV a cada 2 semanas após 4-6 ciclos de QT baseada em platina.

54
Q

Qual o esquema de Pembrolizumabe para câncer de bexiga avançado?

A

Pembrolizumabe 200 mg EV a cada 3 semanas ou 400 mg EV a cada 6 semanas.

55
Q

Qual o esquema de Nivolumabe para câncer de bexiga avançado?

A

Nivolumabe 240 mg EV a cada 2 semanas ou 480 mg EV a cada 4 semanas.

56
Q

Qual o esquema de Avelumabe para câncer de bexiga avançado?

A

Avelumabe 800 mg EV a cada 2 semanas após 4-6 ciclos de QT baseada em platina.

57
Q

Qual o esquema de Enfortumabe vedotina + Pembrolizumabe para câncer de bexiga avançado?

A

Enfortumabe vedotina 1,25 mg/kg D1 e D8 + Pembrolizumabe 200 mg D1 a cada 3 semanas.

58
Q

Como é definido o tumor de risco intermediário segundo a EAU?

A

Tumores não classificáveis como baixo ou alto risco.

59
Q

Qual o perfil de sensibilidade da citologia urinária no diagnóstico de câncer de bexiga?

A

Alta sensibilidade para tumores de alto grau e CIS.

A especificidade do exame chega a 90% com examinadores experientes.

60
Q

Qual a taxa de resposta objetiva do Erdafitinibe em tumores com alterações em FGFR?

A

40% de resposta objetiva em pacientes previamente tratados.

Indicado para mutação FGFR3 ou fusão FGFR2/3. Estudo fase II com 99 pacientes.

61
Q

Qual o ganho de sobrevida global do Enfortumabe vedotina comparado à QT padrão após falha de platina e imunoterapia?

A

Ganho significativo de SG comprovado em estudo randomizado fase III.

Estudo EV-301: mediana de SG 12,9 vs 9,0 meses; HR 0,70; p=0,001.

62
Q

Quais são os principais fatores de risco para câncer de bexiga?

A

Tabagismo, exposição a aminas aromáticas, arsênico, infecção por Schistosoma haematobium.

O tabagismo é o principal fator de risco. Ciclofosfamida e fenacetina também aumentam o risco.

63
Q

Quais síndromes genéticas estão associadas ao câncer urotelial?

A

Síndrome de Lynch e síndrome de Cowden.

Síndrome de Lynch está associada principalmente ao trato urinário alto.

64
Q

Qual o padrão de imunohistoquímica típico dos tumores uroteliais?

A

Positividade para uroplaquina III, GATA-3, p63 e CK 7.

65
Q

Quais genes estão envolvidos na progressão de lesões de bexiga de baixo para alto grau?

A

TP53 e RB1.

66
Q

Qual a taxa de recorrência dos tumores de bexiga não-músculo invasivos?

A

Aproximadamente 70% dos casos recorrem.

Cerca de 10-15% dos casos de tumores não-músculo invasivos se tornarão invasivos (MIBC).

67
Q

Como é realizada a fase de indução com BCG no tratamento de tumores não-músculo invasivos?

A

6 instilações semanais de BCG intravesical.

68
Q

Qual conduta deve ser realizada 4 semanas após término da fase de indução com BCG?

A

Nova RTU com biópsia e citologia urinária.

O grau de resposta influenciará se paciente entrará em fase de manutenção, re-indução ou troca de tratamento.

69
Q

Como deve ser realizada a fase de manutenção com BCG em pacientes com resposta completa?

A

Instilações semanais por 3 semanas consecutivas nos meses 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36.

Para risco intermediário, a manutenção é reduzida apenas para os meses 3, 6 e 12.

70
Q

Qual a definição de terapia adequada à BCG?

A

Pelo menos 5 das 6 instilações de indução e pelo menos 2 instilações de manutenção.

71
Q

Quais conceitos definem refratariedade à BCG?

A

T1G3 aos 3 meses, TaG3/CIS persistente aos 6 meses, ou alto grau persistente após tratamento adequado.

72
Q

Quais tratamentos podem ser ofertados em pacientes com falha à BCG?

A

Gencitabina + Docetaxel intravesical ou Pembrolizumabe.

O estudo KEYNOTE-057 avaliou pembrolizumabe por 2 anos em NMIBC de alto risco após falha à BCG.

73
Q

Qual distúrbio hidroeletrolítico é observado em pacientes com derivações urinárias pós-cistectomia?

A

Acidose metabólica hipocalêmica hiperclorêmica.

Também pode ocorrer deficiência de vitamina B12 em pacientes com neobexiga devido ao uso de segmento ileal.

74
Q

Quais pacientes com câncer de bexiga têm contraindicação à BCG intravesical?

A

Cirróticos e imunossuprimidos.

75
Q

Quais as principais toxicidades da terapia com BCG de manutenção?

A

Dores articulares e sintomas urinários (hematúria e disúria).

76
Q

Qual estudo avaliou o uso de Nivolumabe adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva?

A

CheckMate-274.

Demonstrou ganho em sobrevida livre de doença e sobrevida livre de metástase independente do PD-L1.

77
Q

Qual estudo avaliou o uso de Pembrolizumabe adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva?

A

AMBASSADOR Trial.

Demonstrou ganho em sobrevida livre de doença, com dados de sobrevida global ainda imaturos.

78
Q

O que define paciente com NMIBC BCG recorrente?

A

Recorrência de NMIBC de alto risco dentro dos 12 meses após término do BCG.

79
Q

Quais os resultados do estudo EV-302 para câncer de bexiga metastático?

A

Ganhos em SG, SLP, taxa de resposta com Enfortumabe-vedotina + Pembrolizumabe vs. QT.

Benefício foi independente da elegibilidade à cisplatina e da expressão de PD-L1.

80
Q

Quais as principais toxicidades de Enfortumabe-vedotina + Pembrolizumabe?

A

Hiperglicemia, rash cutâneo, neuropatia periférica e secura ocular.

81
Q

Quais estudos avaliaram a combinação de imunoterapia à quimioterapia em primeira linha de câncer de bexiga?

A

KEYNOTE-361 (Pembrolizumabe) e IMvigor130 (Atezolizumabe).

Ambos estudos foram negativos para desfecho de sobrevida global.

82
Q

Para quais pacientes o Erdafitinibe demonstrou benefício em câncer de bexiga avançado?

A

Pacientes com alterações ativadoras em FGFR (mutação FGFR3 ou fusão FGFR2/3).

Estudo THOR mostrou ganho em SG, SLP e taxa de resposta vs. QT em pacientes previamente expostos à imunoterapia.

83
Q

Qual distúrbio hidroeletrolítico é característico do uso de Erdafitinibe?

A

Hiperfosfatemia.

Também pode causar descolamento do epitélio pigmentar da retina.

84
Q

Qual estudo avaliou o tratamento adjuvante em carcinoma urotelial de trato urinário alto?

A

POUT Trial.

Demonstrou ganho em sobrevida livre de doença, sem ganho em sobrevida global para pacientes T2-4N0-3.

85
Q

Quais os componentes do escore prognóstico de Barjolin em câncer de bexiga?

A

Metástases viscerais e ECOG PS > 2.