Bexiga Flashcards
Qual o agente infeccioso relacionado a infecções crônicas do trato urinário e associado a risco de neoplasia de bexiga?
Schistossoma haematobium.
Obs.: Principalmente associado a histologia de CEC.
Qual o antineoplásico mais intimimamente relacionado ao aumento do risco para câncer de bexiga?
Ciclofosfamida.
Qual o analgésico que, quando utilizado cronicamente, pode aumentar o risco de câncer de bexiga?
Fenacetina.
De forma geral, qual o principal fator de risco para câncer de bexiga?
Tabagismo.
Quais as 2 principais exposições ambientais associadas a risco aumentado de neoplasia de bexiga?
Aminas aromáticas e Arsênico.
Quais as 2 principais síndromes genéticas associadas ao câncer urotelial?
Síndrome de Lynch e Cowden.
Obs.: Lynch associada principalmente a trato urinário alto.
Qual o padrão de imunohistoquímica típico dos tumores uroteliais?
IHQ positiva para uroplaquina III, GATA-3, p63 e CK 7.
Quais os 2 principais genes envolvidos na progressão de lesões de bexiga de baixo grau para alto grau?
TP53 e RB1.
Quantos % dos tumores de bexiga não músculo-invasivos irão recorrer?
70% dos casos.
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “T” dos casos:
A) Tumores que invadem a camada muscular
B) Tumores que invadem a lâmina própria ou muscular da mucosa;
A) T2
B) T1
Paciente submetido à RTU com amostragem inadequada da camada muscular. Qual a conduta?
Repetir RTU em 4-6 semanas.
Por que devemos realizar estadiamento de neoplasia de bexiga com TC ou RNM de abdome antes do procedimento de RTU?
Devido ao risco de adenopatia inflamatória relacionada ao procedimento de RTU, com risco de sobrestadiamento.
Qual a grande limitação da RTU na determinação do “T” no câncer de bexiga?
A RTU limita-se a definir se a doença é músculo-invasiva ou não.
Obs.: Ressecções mais extensas tem o risco de perfuração da bexiga.
Quantos % dos tumores de bexiga são diagnosticados em estádio localizado?
75-80% dos casos.
Quais os 4 principais quimioterápicos que podem ser utilizados na instilação intravesical após RTU em pacientes com NMIBC?
Epirrubicina, Doxorrubicina, Mitomicina e Gencitabina.
Quais as 2 principais condições que podem contraindicar a realização da QT intravesical pós-RTU?
Ressecções muito extensas e/ou suspeita de perfuração da bexiga.
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “N” dos casos:
A) Metástase para 1 linfonodo em pelve verdadeira
B) Metástase para múltiplos linfonodos na pelve verdadeira
C) Metástase para linfonodo da cadeia ilíaca comum.
A) N1
B) N2
C) N3
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
Primário solitário < 3cm E Ta/G1 E ausência de componente de carcinoma in situ (CIS).
Baixo risco.
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
- T1 ou G3 ou CIS
- Ta/G1/G2 que sejam múltiplos, recorrentes ou grandes ( >3cm).
Alto risco.
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
- T1G3 com CIS múltiplos, grandes e/ou recorrentes
- T1G3 com CIS na topografia de uretra prostática
- Histologia não urotelial
- Falha a BCG.
Muito alto risco.
Obs.: Muito alto risco são os pacientes que combinam fatores de alto risco.
Método diagnóstico de escolha para tumores uroteliais?
Cistoscopia com biópsia.
Quais os 5 critérios de inelegibilidade a platina?
- ClCr < 60
- Insuficiência cardíaca NYHA > III
- ECOG > 2 ou KPS < 60-70%
- Neuropatia periférica > G2
- Perda auditiva > G2
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de baixo risco?
QT intravesical única 24h pós RTU e seguimento.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de risco intermediário?
QT intravesical única 24h após RTU + BCG intravesical por 1 ano.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de alto risco?
QT intravesical única 24h após RTU + BCG intravesical por 1-3 anos.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de muito alto risco?
Considerar cistectomia imediata ou manejar como alto risco e indicar cistectomia se falha à BCG.
Quais as 4 contra-indicações absolutas à realização da BCG intravesical?
- Primeiras 2 semanas pós RTU
- Hematúria macroscópica
- Após cateterização uretral traumática
- Infecção de trato urinário
Como é realizada a fase de indução com BCG no tratamento de tumores não músculo invasivos?
6 instilações semanais de BCG intravesical.
Qual conduta deve ser realizada 4 semanas após término da fase de indução com BCG?
Nova RTU com biópsia e citologia urinária.
Obs.: Grau de resposta influenciará se paciente entrará em fase de manutenção, re-indução ou troca de tratamento.
Qual a conduta em pacientes que obtiveram resposta completa após BCG de indução?
BCG de manutenção.
Qual a conduta que deve ser indicada em paciente que não atingiu resposta à BCG de indução e mantém-se não músculo invasivo?
Re-indução com BCG.
Terapia baseada em vetor adenoviral não replicante aprovada para tratamento de pacientes com neoplasia de bexiga não músculo invasiva refratários à BCG com componente de CIS?
Nadofarogene firadenovec.
Qual o principal distúrbio hidroeletrolítico observado em pacientes com derivações urinárias pós cistectomia radical?
Acidose metabólica hipocalêmica hiperclorêmica.
Qual é o tratamento cirúrgico de escolha para neoplasia de bexiga músculo-invasiva?
Cistectomia radical com Linfadenectomia pélvica bilateral e derivação urinária.
Quais pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo serão candidatos à terapia adjuvante pós-cistectomia radical?
pT3-4 ou pN+.
Para quais pacientes com tumores de bexiga deveremos considerar estratégia de tratamento neoadjuvante?
T2-T4a + Elegíveis a cisplatina.
Conforme dados reportados no SWOG 8710, quais os ganhos com MVAC neoadjuvante seguido de cistectomia x cistectomia upfront em pacientes T2-4aN0M0?
Ganhos em pCR e SG (naqueles pacientes que atingiram resposta patológica completa)
Conforme dados de metanálise, quais os ganhos com uso de quimioterapia neoadjuvante à base de platina em comparação a Cirurgia upfront em pacientes com doença músculo-invasiva?
Ganho em SG da ordem de 5% em 5 anos a favor da neoadjuvância.
Em pacientes inelegíveis a cisplatina, pode-se trocar por carboplatina no cenário de neoadjuvância sem prejuízo de resposta?
Não - Carboplatina associada a desfechos inferiores.
Quais os 5 critérios obrigatórios que devem ser preenchidos para protocolo de preservação de bexiga?
- Carcinoma com histologia urotelial
- Doença músculo invasiva
- Doença localizada (preferencialmente T2-T3a)
- Não candidatos à cistectomia ou que recusem tratamento cirúrgico
- Bexiga com função preservada
Como é realizado o tratamento trimodal para preservação de bexiga?
RTUb máxima > QT + RT > Nova citologia urinária + RTUb
Qual quimioterapia deve ser preferencialmente associada à RT no protocolo de preservação de bexiga?
CDDP + RT
Qual a dose padrão de RT empregada no protocolo de preservação de bexiga?
40 - 45Gy em toda a bexiga, uretra prostática e drenagem linfática pélvica.
Conduta se ausência de resposta ou progressão durante protocolo de preservação de bexiga?
Cistectomia radical com linfadenectomia de resgate.
Em cenário de primeira linha de câncer de bexiga metastático, existe diferença entre backbone de quimioterapia com GC x MVAC?
Não - Diferentemente do cenário neoadjuvante, GC é considerado equivalente à MVAC em termos de SG, com menor toxicidade.
Qual o estudo de fase III que avaliou o uso de Avelumabe de manutenção em pacientes sem PD após 4-6 ciclos de quimioterapia à base de platina no cenário metastático?
JAVELIN Bladder 100.
Conforme dados reportados no JAVELIN Bladder 100, quais foram os ganhos vistos com o uso de Avelumabe de manutenção em pacientes com neoplasia de bexiga sem progressão a platina?
Ganho em SG, independentemente do PD-L1.
Qual o estudo que avaliou o uso de Pembrolizumabe em monoterapia para pacientes com câncer de bexiga inelegível a platina em cenário de primeira linha?
KEYNOTE 052.
Quais os 2 principais estudos de imunoterapia em segunda linha do carcinoma urotelial metastático após terapia com platina?
KEYNOTE 045: Pembrolizumabe;
IMvigor 211: Atezolizumabe.
Conforme dados reportados no KN-045, quais foram os ganhos vistos com o uso de Pembrolizumabe em segunda linha de carcinoma urotelial após progressão a platina?
Ganho em SF, PFS e duração de taxa de resposta.
Qual distúrbio hidroeletrolítico é característico do uso de erdafitinibe?
Hiperfosfatemia.
Qual a patologia ocular que está intimamente associada ao uso de Erdafitinibe?
Descolamento do epitélio pigmentar da retina.
Quais as alterações consideradas ativadoras de FGFR em carcinoma urotelial?
Mutação do FGFR3 ou fusões no FGFR2 ou FGFR3.
Quantos % dos casos de tumores de bexiga não-músculo invasivos (NMIBC) se tornarão invasivos (MIBC)?
Aproximadamente 10-15% dos casos.
Paciente submetido à RTU com diagnóstico de lesão de alto grau / alto risco ou CIS. Qual a conduta?
Repetir RTU em 4-6 semanas.
Obs.: 33-53% dos pacientes terão lesão residual
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “T” dos casos:
A) Tumores que invadem tecidos perivesicais
B) Tumores que invadem a próstata, vesículas seminais, vagina ou a parede abdominal;
C) Carcinoma papilar não-invasivo.
A) T3
B) T4
C) Ta
Como devemos realizar estadiamento do câncer de bexiga?
TC TAP com contraste endovenoso e fase excretora.
Existem ganhos com a realização de estadiamento sistêmico com RNM de abdome ao invés de TC de abdome no câncer de bexiga?
Não - Exames com mesma sensibilidade. RNM fica reservada apenas para casos de alergia a contraste.
Qual estudo avaliou o uso de Gencitabina intravesical dentro de 24h após RTU em pacientes com diagnóstico presuntivo de NMIBC de alto risco?
SWOG S0337.
Conforme dados do SWOG S0337, quais os ganhos com o uso de Gencitabina intravesical 24h pós RTU em pacientes com NMIBC?
Ganho em sobrevida livre de recorrência.
Por quanto tempo o quimioterápico intravesical deve ser mantido após realização de RTU?
2 horas.
Em quais 2 subgrupos de pacientes a citologia oncótica urinária apresenta maior sensibilidade?
Tumores de alto grau e/ou CIS.
Conforme dados de metanálise, quais os ganhos com o uso de QT intravesical em comparação a placebo pós RTU?
Ganho em sobrevida livre de recorrência da ordem de 13% a favor de QT intravesical.
Quais os 4 grupos de Linfonodos que são caracterizados como pertencentes a “pelve verdadeira”?
- Obturatório
- Perivesical
- Ilíaca interna / externa
- Pré-sacral
Como deve ser realizada a fase de manutenção de BCG em pacientes com NMIBC de alto risco que obtiveram resposta completa?
Instilações semanais por 3 semanas consecutivas nos meses 3,6,12,18,24,30 e 36.
Qual a diferença de dose de BCG que deve ser ofertada entre pacientes de alto risco e risco intermediário?
Alto risco - “Full dose” - 120mg
Baixo risco - “Split dose (1/3)” - 40mg
Paciente com achado de CIS em cistoscopia de controle após BCG de indução é considerado falha ao tratamento?
Não.
Qual as 2 possíveis condutas que podem ser tomadas em pacientes com achado de CIS após fase de indução de BCG?
Re-indução com BCG ou realizar o primeiro ciclo de manutenção e observar.
Obs: 55-84% dos pacientes irão evoluir com resposta completa.
Qual a definição de uma terapia adequada à BCG?
Pelo menos 5 das 6 instilações de indução e pelo menos 2 instilações de manutenção.
Quais os 3 principais conceitos que definem refratariedade à BCG?
- T1G3 aos 3 meses
- TaG3 ou CIS em 3 meses e que persiste com 6 meses mesmo após reindução ou primeiro ciclo de manutenção
- NMBIC de alto grau persistente após tratamento adequado
Qual a dose e posologia que deveremos ofertar MVACdd?
Metotrexato 30mg/m² D1
Vimblastina 3mg/m² D2
Doxorrubicina 30mg/m² D2
Cisplatina 70mg/m² D2
Esquema deve ser realizado a cada 2 semanas por 4-6 ciclos com suporte de Filgrastim D3-D9.
Qual a dose e posologia que deveremos ofertar GC full dose?
Cisplatina 70mg/m² D1
Gencitabina 1000mg/m² D1,D8 e D15
Esquema é realizado a cada 4 semanas por 4 ciclos.
Qual a dose e posologia que deveremos ofertar GC split dose?
Cisplatina 35mg/m² D1 e D8
Gencitabina 1000mg/m² D1 e D8
Esquema é realizado a cada 3 semanas por 4 ciclos.
Conforme dados do estudo do grupo EORTC, qual a dose e por quanto tempo deve ser ofertado BCG intravesical em NMIBC de risco intermediário?
BCG 40mg por 1 ano
Obs.: Tratamento com dose e tempo reduzido foi não inferior a BCG 120mg e/ou por 3 anos, sendo escolha neste subgrupo.
Conforme dados do estudo do grupo EORTC, qual a dose e por quanto tempo deve ser ofertado BCG intravesical em NMIBC de alto risco?
BCG 120mg por 3 anos
Obs.: Apresentou menor risco de recorrência em comparação a BCG 40mg e/ou por 1 ano.
Qual a principal deficiência vitamínica observada em pacientes que realizaram derivação urinária com neobexiga?
Deficiência de vitamina B12 - Uso de segmento do íleo para reconstrução, com consequente menor absorção.
Quais 2 subgrupos clínicos de pacientes possuem contra-indicação a BCG intravesical?
Cirróticos e Imunossuprimidos.
Qual a definição de um paciente com NMIBC BCG recorrente?
Recorrência de NMIBC alto risco dentro dos primeiros 12 meses após término do tratamento com BCG.
Quais os 2 principais tratamentos que podem ser ofertados em pacientes que apresentaram falha a BCG?
Gencitabina + Docetaxel intravesical ou Pembrolizumabe.
Qual estudo avaliou o uso de Pembrolizumabe por 2 anos em pacientes com NMIBC de alto risco após falha a BCG que recusaram ou eram unfit para cistectomia?
KeyNote-057.
Conforme dados do KN-057, quais os ganhos com uso de Pembrolizumabe por 2 anos em pacientes com NMIBC de alto risco que falharam a BCG?
Ganhos em taxa de resposta e duração de resposta a favor de Pembrolizumabe.
Qual a modalidade de tratamento de escolha para pacientes com neoplasia de bexiga músculo-invasiva?
QT neoadjuvante seguida de Cistectomia radical com Linfadenectomia.
Quais os 2 principais esquemas de quimioterapia neoadjuvante que podem ser ofertados para pacientes com doença músculo-invasiva?
MVACdd x 4-6 ciclos ou GC x 4 ciclos.
Qual o nome do estudo que comparou MVACdd x GC em pacientes com neoplasia de bexiga músculo-invasiva?
VESPER Trial.
Conforme dados do SWOG e EORTC, quais os principais ganhos com o uso de QT neoadjuvante a base de platina em comparação a cirurgia upfront em pacientes com doença músculo-invasiva?
Ganho em resposta patológica completa, considerada um surrogate de melhor prognóstico em termos de sobrevida global.
Quais pacientes foram incluídos no VESPER trial para comparação de estratégias de MVACdd x GC em cenário adjuvante e neoadjuvante?
Cenário neoadjuvante - T2-T4aN0
Cenário adjuvante - T3-4 ou N+
Conforme dados reportados no VESPER trial, houveram diferenças entre os esquemas com MVACdd x GC no cenário adjuvante de pacientes com doença músculo-invasiva?
Não - Resultados equivalentes em termos de sobrevida global.
Conforme dados reportados no VESPER trial, houveram diferenças entre os esquemas com MVACdd x GC no cenário neoadjuvante de pacientes com doença músculo-invasiva?
Sim - Ganho estatisticamente significativo em sobrevida global a favor de MVACdd no cenário neoadjuvante.
No estudo VESPER, qual dos esquemas entre MVACdd x GC foi melhor tolerado pelos pacientes?
GC - Maior número de pacientes conseguiu receber os ciclos de tratamento tanto no cenário neoadjuvante quanto adjuvante.
Qual possível viés pode justificar o benefício em OS com MVACdd observado no estudo VESPER?
Desequilíbrio na dose de platina ofertada - MVACdd era realizado por 6 ciclos, enquanto GC por apenas 4 ciclos.
Conforme dados vistos no VESPER e COXEN, entre MVACdd e GC, qual dos esquemas consegue ofertar maiores taxas de resposta patológica completa?
MVACdd.
Qual a conduta padrão para pacientes que possuem indicação de neoadjuvância, entretanto, são inelegíveis a cisplatina?
Cistectomia radical com Linfadenectomia e discutir adjuvância após.
Qual estudo de fase II avaliou o uso de Enfortumabe-vedotin em cenário neoadjuvante de pacientes músculo-invasivos inelegívies a platina?
EV-103.
Conforme dados do EV-103, quais os ganhos com uso de Enfortumabe-vedotin em cenário neoadjuvante de pacientes inelegíveis a platina e músculo-invasivos?
Ganhos em resposta patológica completa e downstaging tumoral.
Obs.: Ainda não adotado na prática clínica, porém demonstra atividade de Enfortumabe-vedotin neste cenário.
Qual estudo avaliou o uso de Nivolumabe adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva após neoadjuvância ou cistectomia radical?
CheckMate-274.
Quais pacientes foram incluídos nos estudos de imunoterapia adjuvante (CM274, Imvigor010, AMBASSADOR)?
Neoadjuvante - ypT2-4 ou ypN+
Cistectomia upfront - pT3-4 ou N+
Conforme dados reportados no CM274, quais foram os ganhos vistos com uso de Nivolumabe adjuvante por 1 ano em pacientes com doença músculo invasiva?
Ganho em sobrevida livre de doença e sobrevida livre de metástase a distância de forma independente do PD-L1.
Qual estudo avaliou o uso de Pembrolizumabe adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva após neoadjuvância ou cistectomia upfront?
AMBASSADOR Trial.
Conforme dados do AMBASSADOR, quais os ganhos com uso de Pembrolizumabe adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva?
Ganho em sobrevida livre de doença, com dados de sobrevida global ainda imaturos.
Qual estudo avaliou o uso de Atezolizumabe adjuvante em pacientes com neoplasia de bexiga músculo invasiva após neoadjuvância ou cistectomia upfront?
IMvigor010.
Houve benefício com o uso de Atezolizumabe adjuvante por 1 ano em pacientes com doença músculo-invasiva, conforme dados reportados no IMvigor010?
Não - Estudo negativo para seu endpoint primário de sobrevida livre de doença, tanto na população ITT quanto na PD-L1 > 1%.
Análise pós-hoc do estudo IMvigor demonstrou que um subgrupo de pacientes apresentou maiores benefícios com o uso do Atezolizumabe adjuvante. Qual era este subgrupo de pacientes?
Pacientes com ctDNA positivo apó cistectomia radical.
Qual o subgrupo de pacientes que parece derivar maior benefício do uso do Pembrolizumabe adjuvante, conforme dados do AMBASSADOR?
Pacientes PD-L1 negativos.
Quais 4 subgrupos de pacientes são considerados “ideais” para receberem protocolo de preservação da bexiga?
- Ressecção completa do tumor na RTUb
- Sem hidronefrose ou alteração de função renal
- Tumor unifocal e < 5cm
- Sem CIS associado
Quais 2 opções de esquemas de QT podem ser realizados de forma concomitante a RT no protocolo de preservaçao de bexiga em pacientes com baixa performance?
Gencitabina ou 5-FU + Mitomicina em concomitância a RT.
Com relação a RT no protocolo de preservação de bexiga, qual conduta adicional pode ser realizada em pacientes que apresentam resposta completa ou parcial após término de 40-45Gy?
Boost adicional de 10-15Gy em toda a bexiga seguida de boost de 10Gy no tumor (Dose total - 64-65Gy).
Conforme dados do EORTC 30994, quais os ganhos da quimioterapia adjuvante em pacientes com doença músculo-invasiva?
Ganho em SLP a favor de QT adjuvante.
Paciente com neoplasia de bexiga músculo-invasiva, submetida à cistectomia radical upfront, com achado em AP de pT2N0. Qual a conduta?
Observação.
Obs.: Adjuvância só deverá ser oferecida a partir de pT3-4 ou pN+.
Atualmente, quais os 3 principais estudos que embasam o tratamento de primeira linha do câncer de bexiga metastático em pacientes elegíveis a cisplatina?
- EV-302 - Enfortumabe-vedotin + Pembrolizumabe
- CM-901 - Cisplatina + Gencitabina + Nivolumabe seguido de Nivolumabe de manutenção
- JB-100 - Quimioterapia a base de platina seguida de Avelumabe de manutenção
Quais os 2 esquemas de tratamento que são preferenciais para uso em primeira linha de câncer de bexiga em pacientes inelegíveis a cisplatina?
- EV-302 - Enfortumabe-vedotin + Pembrolizumabe
- JB-100 - Carboplatina + Gencitabina seguida de Avelumabe de manutenção
Quais 2 tratamentos que podem ser oferecidos em pacientes inelegíveis a platina (tanto cisplatina quanto carboplatina)?
Pembrolizumabe ou Atezolizumabe monoterapia.
Qual estudo, apresentado na ESMO 2023, avaliou o uso de Enfortumabe-vedotin associado a Pembrolizumabe em primeira linha de câncer de bexiga?
EV-302.
Conforme dados reportados no EV-302, quais os ganhos vistos com a combinação de EV + Pembrolizumabe em comparação a Quimioterapia em primeira linha de bexiga?
Ganhos em SG, SLP, taxa de resposta e duração de taxa de resposta.
Conforme análises de subgrupo do estudo EV-302, houveram diferenças nos resultados de acordo com eligibilidade a cisplatina?
Não - EV + Pembrolizumabe com ganho significativo tanto em pacientes elegíveis quanto inelegíveis a cisplatina.
Conforme análises de subgrupo do estudo EV-302, houveram diferenças nos resultados de acordo com expressão de PD-L1?
Não - EV + Pembrolizumabe com ganho independente do PD-L1.
Quais as 4 principais toxicidades que devem ser vigiadas com o uso da combinação de Enfortumabe-vedotin + Pembrolizumabe?
- Hiperglicemia
- Rash cutâneo
- Neuropatia periférica
- Secura ocular
Como deve ser realizada a fase de manutenção de BCG em pacientes com NMIBC de risco intermediário que obtiveram resposta completa?
Instilações semanais por 3 semanas consecutivas nos meses 3,6 e 12.
Qual estudo, apresentado na ESMO 2023, avaliou o uso de Nivolumabe associado a Cisplatina + Gencitabina em primeira linha de câncer de bexiga?
CheckMate-901.
Conforme dados do CM-901, quais os ganhos vistos com o uso do Nivolumabe em associação à quimioterapia e de manutenção em primeira linha de tumor de bexiga?
Ganhos em SG, SLP e taxa de resposta em comparação a quimioterapia.
Com relação aos critérios de inclusão para o CM-901, este estudo também permitia a inclusão de pacientes inelegíveis a cisplatina?
Não - Estudo validado apenas na população elegível a cisplatina.
Qual foi o possível viés apontado no estudo CM-901 que pode ter justificado a superioridade de Nivolumabe em comparação ao braço controle de quimioterapia?
Não era permitido o uso de Avelumabe de manutenção no braço controle.
Qual era a dose e periodicidade do Avelumabe utilizado no JB-100?
Avelumabe 10mg/kg a cada 2 semanas até PD ou toxicidade limitante.
Quais 2 estudos avaliaram a combinação de IO à quimioterapia em primeira linha de neoplasia de bexiga?
- KN-361 - Pembrolizumabe + quimioterapia a base de platina
- IMvigor130 - Atezolizumabe + quimioterapia a base de platina
Quais os 2 principais sintomas vistos com o uso da terapia com BCG de manutenção em pacientes com NMIBC?
Dores articulares e sintomas urinários (hematúria, disúria).
Quais os 2 critérios utilizados na prática clínica como contra-indicação a platina (cisplatina e carboplatina)?
ECOG > ou igual a 3 e ClCr < 30.
Quais os 2 componentes que fazem parte do escore prognóstico de Barjolin em pacientes com câncer de bexiga?
Metástases viscerais e ECOG PS > 2.
Conforme dados reportados no KN-361 e IMvigor130, houveram ganhos com a adição de imunoterapia à quimioterapia a base de platina em primeira linha de bexiga?
Não - Ambos estudos negativos para desfecho de SG.
Obs.: IMvigor com ganho em SLP, entretanto, com baixa relevância clínica, da ordem de 1.9 meses.
Conforme análises de subgrupo do JAVELIN Bladder 100, houveram diferenças de ganhos em pacientes que realizaram 4 ou 6 ciclos de quimioterapia?
Não - Ganho de SG estatisticamente significativo tanto em pacientes que receberam 4 quanto 6 ciclos.
Conforme análises de subgrupo do JAVELIN Bladder 100, houveram diferenças de ganhos em pacientes de acordo com o grau de resposta à quimioterapia (DE X RP X RC)?
Não - Ganho de SG independente do grau de resposta, entretanto, com maior magnitude nàqueles com resposta completa.
Qual a terapia de segunda linha de escolha em pacientes com carcinoma urotelial após progressão a EV + Pembrolizumabe?
Quimioterapia a base de platina.
Qual estudo de fase III comparou o uso de Erdafitinibe x Quimioterapia (naqueles previamente expostos a imunoterapia) ou x Imunoterapia (naqueles não expostos) em linhas avançadas de bexiga?
THOR.
Conforme dados da Coorte 2 do THOR, existe ganho com o uso de Erdafitinibe em comparação a Imunoterapia em pacientes com carcinoma urotelial não expostos à imunoterapia?
Não - Erdafitinibe foi não inferior a Pembrolizumabe em termos de OS ou PFS.
Conforme dados da Coorte 1 do THOR, existe ganho com o uso de Erdafitinibe em comparação a Quimioterapia em pacientes com carcinoma urotelial previamente expostos à imunoterapia?
Sim - Erdafitinibe associado a ganhos em SG, SLP e taxa de resposta em comparação a quimioterapia.
Qual outro anticorpo droga-conjugado encontra-se aprovado em linhas avançadas de carcinoma urotelial com ganhos em taxa de resposta?
Sacituzumabe-govitecan.
Obs.: Não aprovado no Brasil.
Qual estudo avaliou o uso de Quimioterapia adjuvante com Platina + Gencitabina em pacientes com carcinoma urotelial de trato urinário alto pós-nefroureterectomia e ressecção linfonodal?
POUT Trial.
Com relação aos critérios de inclusão do POUT Trial, quais estádios clínicos eram permitidos para receber tratamento adjuvante?
T2-4N0-3.
Conforme dados reportados no POUT Trial, quais foram os ganhos com o uso de quimioterapia adjuvante a base de platina em pacientes com neoplasia de trato urinário alto?
Ganho apenas em SLD, sem ganho em SG.
Existe benefício com o uso de esquemas de terapia tripla (PCG) em comparação a doublet de platina em câncer de bexiga avançado ou neoadjuvante?
Ganho apenas em taxa de resposta, sem diferenças em SLP ou SG e com maior toxicidade
Conforme o NCCN, para quem encontra-se aprovado o uso de Pembrolizumabe em primeira linha de câncer de bexiga metastástico?
Pacientes inelegíveis à quimioterapia, independentemente do PD-L1.