Bexiga Flashcards
Qual o agente infeccioso relacionado a infecções crônicas do trato urinário e associado a risco de neoplasia de bexiga?
Schistossoma haematobium.
Obs.: Principalmente associado a histologia de CEC.
Qual o antineoplásico mais intimimamente relacionado ao aumento do risco para câncer de bexiga?
Ciclofosfamida.
Qual o analgésico que, quando utilizado cronicamente, pode aumentar o risco de câncer de bexiga?
Fenacetina.
De forma geral, qual o principal fator de risco para câncer de bexiga?
Tabagismo.
Quais as 2 principais exposições ambientais associadas a risco aumentado de neoplasia de bexiga?
Aminas aromáticas e Arsênico.
Quais as 2 principais síndromes genéticas associadas ao câncer urotelial?
Síndrome de Lynch e Cowden.
Obs.: Lynch associada principalmente a trato urinário alto.
Qual o padrão de imunohistoquímica típico dos tumores uroteliais?
IHQ positiva para uroplaquina III, GATA-3, p63 e CK 7.
Quais os 2 principais genes envolvidos na progressão de lesões de bexiga de baixo grau para alto grau?
TP53 e RB1.
Quantos % dos tumores de bexiga não músculo-invasivos irão recorrer?
70% dos casos.
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “T” dos casos:
A) Tumores que invadem a camada muscular
B) Tumores que invadem a lâmina própria ou muscular da mucosa;
A) T2
B) T1
Paciente submetido à RTU com amostragem inadequada da camada muscular. Qual a conduta?
Repetir RTU em 4-6 semanas.
Por que devemos realizar estadiamento de neoplasia de bexiga com TC ou RNM de abdome antes do procedimento de RTU?
Devido ao risco de adenopatia inflamatória relacionada ao procedimento de RTU, com risco de sobrestadiamento.
Qual a grande limitação da RTU na determinação do “T” no câncer de bexiga?
A RTU limita-se a definir se a doença é músculo-invasiva ou não.
Obs.: Ressecções mais extensas tem o risco de perfuração da bexiga.
Quantos % dos tumores de bexiga são diagnosticados em estádio localizado?
75-80% dos casos.
Quais os 4 principais quimioterápicos que podem ser utilizados na instilação intravesical após RTU em pacientes com NMIBC?
Epirrubicina, Doxorrubicina, Mitomicina e Gencitabina.
Quais as 2 principais condições que podem contraindicar a realização da QT intravesical pós-RTU?
Ressecções muito extensas e/ou suspeita de perfuração da bexiga.
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “N” dos casos:
A) Metástase para 1 linfonodo em pelve verdadeira
B) Metástase para múltiplos linfonodos na pelve verdadeira
C) Metástase para linfonodo da cadeia ilíaca comum.
A) N1
B) N2
C) N3
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
Primário solitário < 3cm E Ta/G1 E ausência de componente de carcinoma in situ (CIS).
Baixo risco.
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
- T1 ou G3 ou CIS
- Ta/G1/G2 que sejam múltiplos, recorrentes ou grandes ( >3cm).
Alto risco.
Defina a classificação de risco conforme a EAU:
- T1G3 com CIS múltiplos, grandes e/ou recorrentes
- T1G3 com CIS na topografia de uretra prostática
- Histologia não urotelial
- Falha a BCG.
Muito alto risco.
Obs.: Muito alto risco são os pacientes que combinam fatores de alto risco.
Método diagnóstico de escolha para tumores uroteliais?
Cistoscopia com biópsia.
Quais os 5 critérios de inelegibilidade a platina?
- ClCr < 60
- Insuficiência cardíaca NYHA > III
- ECOG > 2 ou KPS < 60-70%
- Neuropatia periférica > G2
- Perda auditiva > G2
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de baixo risco?
QT intravesical única 24h pós RTU e seguimento.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de risco intermediário?
QT intravesical única 24h após RTU + BCG intravesical por 1 ano.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de alto risco?
QT intravesical única 24h após RTU + BCG intravesical por 1-3 anos.
Qual tratamento de escolha para carcinoma urotelial não músculo invasivo de muito alto risco?
Considerar cistectomia imediata ou manejar como alto risco e indicar cistectomia se falha à BCG.
Quais as 4 contra-indicações absolutas à realização da BCG intravesical?
- Primeiras 2 semanas pós RTU
- Hematúria macroscópica
- Após cateterização uretral traumática
- Infecção de trato urinário
Como é realizada a fase de indução com BCG no tratamento de tumores não músculo invasivos?
6 instilações semanais de BCG intravesical.
Qual conduta deve ser realizada 4 semanas após término da fase de indução com BCG?
Nova RTU com biópsia e citologia urinária.
Obs.: Grau de resposta influenciará se paciente entrará em fase de manutenção, re-indução ou troca de tratamento.
Qual a conduta em pacientes que obtiveram resposta completa após BCG de indução?
BCG de manutenção.
Qual a conduta que deve ser indicada em paciente que não atingiu resposta à BCG de indução e mantém-se não músculo invasivo?
Re-indução com BCG.
Terapia baseada em vetor adenoviral não replicante aprovada para tratamento de pacientes com neoplasia de bexiga não músculo invasiva refratários à BCG com componente de CIS?
Nadofarogene firadenovec.
Qual o principal distúrbio hidroeletrolítico observado em pacientes com derivações urinárias pós cistectomia radical?
Acidose metabólica hipocalêmica hiperclorêmica.
Qual é o tratamento cirúrgico de escolha para neoplasia de bexiga músculo-invasiva?
Cistectomia radical com Linfadenectomia pélvica bilateral e derivação urinária.
Quais pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo serão candidatos à terapia adjuvante pós-cistectomia radical?
pT3-4 ou pN+.
Para quais pacientes com tumores de bexiga deveremos considerar estratégia de tratamento neoadjuvante?
T2-T4a + Elegíveis a cisplatina.
Conforme dados reportados no SWOG 8710, quais os ganhos com MVAC neoadjuvante seguido de cistectomia x cistectomia upfront em pacientes T2-4aN0M0?
Ganhos em pCR e SG (naqueles pacientes que atingiram resposta patológica completa)
Conforme dados de metanálise, quais os ganhos com uso de quimioterapia neoadjuvante à base de platina em comparação a Cirurgia upfront em pacientes com doença músculo-invasiva?
Ganho em SG da ordem de 5% em 5 anos a favor da neoadjuvância.
Em pacientes inelegíveis a cisplatina, pode-se trocar por carboplatina no cenário de neoadjuvância sem prejuízo de resposta?
Não - Carboplatina associada a desfechos inferiores.
Quais os 5 critérios obrigatórios que devem ser preenchidos para protocolo de preservação de bexiga?
- Carcinoma com histologia urotelial
- Doença músculo invasiva
- Doença localizada (preferencialmente T2-T3a)
- Não candidatos à cistectomia ou que recusem tratamento cirúrgico
- Bexiga com função preservada
Como é realizado o tratamento trimodal para preservação de bexiga?
RTUb máxima > QT + RT > Nova citologia urinária + RTUb
Qual quimioterapia deve ser preferencialmente associada à RT no protocolo de preservação de bexiga?
CDDP + RT
Qual a dose padrão de RT empregada no protocolo de preservação de bexiga?
40 - 45Gy em toda a bexiga, uretra prostática e drenagem linfática pélvica.
Conduta se ausência de resposta ou progressão durante protocolo de preservação de bexiga?
Cistectomia radical com linfadenectomia de resgate.
Em cenário de primeira linha de câncer de bexiga metastático, existe diferença entre backbone de quimioterapia com GC x MVAC?
Não - Diferentemente do cenário neoadjuvante, GC é considerado equivalente à MVAC em termos de SG, com menor toxicidade.
Qual o estudo de fase III que avaliou o uso de Avelumabe de manutenção em pacientes sem PD após 4-6 ciclos de quimioterapia à base de platina no cenário metastático?
JAVELIN Bladder 100.
Conforme dados reportados no JAVELIN Bladder 100, quais foram os ganhos vistos com o uso de Avelumabe de manutenção em pacientes com neoplasia de bexiga sem progressão a platina?
Ganho em SG, independentemente do PD-L1.
Qual o estudo que avaliou o uso de Pembrolizumabe em monoterapia para pacientes com câncer de bexiga inelegível a platina em cenário de primeira linha?
KEYNOTE 052.
Quais os 2 principais estudos de imunoterapia em segunda linha do carcinoma urotelial metastático após terapia com platina?
KEYNOTE 045: Pembrolizumabe;
IMvigor 211: Atezolizumabe.
Conforme dados reportados no KN-045, quais foram os ganhos vistos com o uso de Pembrolizumabe em segunda linha de carcinoma urotelial após progressão a platina?
Ganho em SF, PFS e duração de taxa de resposta.
Qual distúrbio hidroeletrolítico é característico do uso de erdafitinibe?
Hiperfosfatemia.
Qual a patologia ocular que está intimamente associada ao uso de Erdafitinibe?
Descolamento do epitélio pigmentar da retina.
Quais as alterações consideradas ativadoras de FGFR em carcinoma urotelial?
Mutação do FGFR3 ou fusões no FGFR2 ou FGFR3.
Quantos % dos casos de tumores de bexiga não-músculo invasivos (NMIBC) se tornarão invasivos (MIBC)?
Aproximadamente 10-15% dos casos.
Paciente submetido à RTU com diagnóstico de lesão de alto grau / alto risco ou CIS. Qual a conduta?
Repetir RTU em 4-6 semanas.
Obs.: 33-53% dos pacientes terão lesão residual
Conforme a classificação da AJCC 8ª edição, dê o “T” dos casos:
A) Tumores que invadem tecidos perivesicais
B) Tumores que invadem a próstata, vesículas seminais, vagina ou a parede abdominal;
C) Carcinoma papilar não-invasivo.
A) T3
B) T4
C) Ta