Mama - Conceitos Gerais Flashcards
Quais os 4 principais fatores de risco para câncer de mama em homens?
1) Mutações em BRCA2 e PALB2;
2) Síndrome de Klinefelter;
3) Níveis baixos de testosterona (criptorquidia e trauma testicular);
4) Aumento da relação estrogênio:testosterona (obesidade e cirrose).
Qual a % de câncer de mama relacionada a genes de alta penetrância (BRCA1 e BRCA2)?
5 a 10%.
Qual o gene BRCA que confere o maior risco para câncer de mama?
BRCA1, com 55-70% de risco. Para BRCA2, o risco é de 45-70%.
Qual o gene BRCA que confere o maior risco para câncer de ovário?
BRCA1, com 40-45% de risco. Para BRCA2, o risco é de 15-20%.
Qual o gene BRCA que confere o maior risco para câncer de pâncreas e câncer de próstata?
BRCA2.
Síndrome autossômica dominante, caracterizada por PV em TP53 e associada a um risco de 90% de desenvolver neoplasias ao longo da vida?
Síndrome de Li-Fraumeni.
Qual o principal subtipo de sarcoma relacionado ao tratamento com RT em câncer de mama?
Angiossarcoma.
Síndrome autossômica dominante caracterizada por macrocefalia, hamartomas, autismo e triquilemomas, com aumento do risco para neoplasias de mama, endométrio, tireóide, rins e cólon? Qual o gene relacionado?
Síndrome de Cowden. PTEN.
A mutação germinativa de qual gene predispõe ao câncer gástrico difuso herediário e ao câncer lobular invasivo da mama?
CDH1.
Após quanto tempo da descontinuação da TRH que uma mulher volta a ter o risco habitual para câncer de mama?
Após 2 anos.
Após quanto tempo do término da RT que o risco de câncer de mama começa a aumentar?
8~10 anos após o término do tratamento.
Para mulheres que receberam irradiação do tórax entre os 10 e 30 anos, quando deve ser iniciado o rastreamento para câncer de mama? Como realizá-lo?
Iniciar 8 anos após o término da RT. Recomenda-se RM de mamas anualmente a partir dos 25 anos e mamografia anualmente a partir dos 30 anos (intercalar).
Quais as 3 proliferações mamárias benignas que aumentam o risco para câncer de mama?
Hiperplasia ductal atípica (4x), hiperplasia lobular atípica (4x) e carcinoma lobular in situ (10x).
Lesões proliferativas benignas sem atipia podem aumentar o risco de câncer de mama?
Não.
Para qual mutação BRCA é possível atrasar a faixa etária indicada para SOB redutora de risco? Para quanto?
BRCA2. Estender para 40-45 anos.
A SOB é capaz de reduzir em quantos % o risco de câncer de ovário? E de mama (BRCA 1 e 2)? Há benefício em mortalidade geral e câncer-específica?
85%. 40% para BRCA1 e 60% para BRCA2. Sim.
A mastectomia bilateral profilática é capaz de reduzir em quantos % o risco de câncer de mama? Há benefício em mortalidade geral?
90%. Não.
Quais os 2 SERMs e os 2 IAs estudados como quimioprofilaxia? Qual o tempo proposto de uso?
SERMs: Tamoxifeno 20mg e Raloxifeno 60mg.
IAs: Anastrozol 1mg e Exemestano 25mg.
Todos com indicação de 5 anos de uso.
Quais as 2 principais indicações de quimioprofilaxia em câncer de mama, segundo guideline da ASCO?
1) Diagnóstico prévio de HLA ou CDIS;
2) Alto risco pelas calculadoras. Exemplos: NCI Breast Cancer Risk em 5 anos > 3% ou IBIS / Tyrer-Cuzick Risk em 10 anos > 5%.
Qual a frequência de screening recomendada pela American Cancer Society? e pelo NCCN, Society of Surgical Oncology e American College of Radiology? E pela USPSTF e MS?
ACS: MMG anual entre 45 e 54 anos. Após, screening anual ou bianual;
NCCN, SSO e ACR: MMG anual a partir dos 40 anos;
USPSTF e MS: MMG bianual entre 50 e 74 anos.
Quais os 3 principais subgrupos de pacientes que devem incluir a RM de mamas anual como método de rastreio?
1) BRCA1/2 mutadas ou aquelas não testadas com risco >20% na BRCAPRO;
2) Irradiação de tórax entre 10 e 30 anos;
3) Síndrome de Li-Fraumeni ou Cowden.
Qual a diferença entre doença multifocal e doença multicêntrica?
Multifocal: 2 ou mais focos de doença em um mesmo quadrante;
Multicêntrica: 2 ou mais focos de doença em quadrantes separados.
Após neoadjuvância, se houver apenas presença de ILV ou acometimento linfonodal isolado em peça cirúrgica, ainda pode-se dizer que houve pCR?
Não.
Qual a histologia de câncer de mama que costuma acometer mulheres mais idosas e apresentar-se como doença multifocal e bilateral?
Lobular.
Qual a histologia de câncer de mama mais associada a padrão atípico de invasão de serosas, ovários, meninges e TGI? Qual a explicação fisiopatológica?
Lobular. Perda de E-caderina relacionada a mutação CDH1.
Indique o prognóstico como “bom” ou “ruim”, conforme as histologias abaixo:
1) Tubular;
2) Cribriforme;
3) Carcinoma lobular pleomórfico;
4) Micropapilífero;
1) Bom;
2) Bom;
3) Ruim;
4) Ruim;
Lembrando que as histologias de bom prognóstico precisam ser ao menos 90% puras na amostra para conferir o prognóstico favorável.
Quais exames de imagem devem ser solicitados para estadiar pacientes com câncer de mama estadios I e II?
Nenhum.
Quais exames de imagem devem ser solicitados para estadiar pacientes com câncer de mama estadios II e III?
TC T/A/P + C.O ou PET/CT com FDG de corpo inteiro.
Qual a prevalência de CDIS na população feminina? Qual a sua principal característica na MMG?
20%. Calcificações.
Caso não seja tratado, qual a % de casos que CDIS que podem evoluir para uma doença invasiva?
15-50%.
CDIS possui indicação de avaliação de HER-2 em IHQ?
Não. Apenas para ER.
Qual a margem cirúrgica adequada para CDIS?
≥ 2mm.
Quais as pacientes com CDIS e RE+ que podem ser poupadas de HT adjuvante?
As submetidas a mastectomia bilateral.
Quais os ganhos com o uso de HT adjuvante em CDIS? Há benefício em OS?
Redução da recorrência em mama ipsilateral e contralateral. Não há benefício em OS.
Defina o estadiamento “T”:
a) Tumor < 1mm em dimensão;
b) Tumor entre 5-10mm;
c) Tumor > 50mm.
a) T1mi;
b) T1b;
c) T3.
Defina o estadiamento “T”:
a) Tumor entre 20-50mm;
b) Tumor entre 10-20mm;
c) Tumor com acometimento de parede torácica / pele;
d) Carcinoma inflamatório / “peu de orange”.
a) T2;
b) T1c;
c) T4a / T4b;
d) T4d.
Defina o estadiamento “N”:
a) Metástase para LFN axilares ipsilaterais moveis níveis I e II;
b) Metástase para LFN mamário interno sem linfonodo axilar;
c) Metástase para LFN axilar porém fixo e coalescente;
d) Metástase cadeia infraclavicular.
a) cN1;
b) cN2b;
c) cN2a;
d) cN3a.
Defina o estadiamento “N”:
a) Metástase para LFN axilar + LFN mamária interna;
b) Metástase LFN supraclavicular.
a) cN3b;
b) cN3c.
Defina o estadiamento “N”:
a) Metástase em 1-3 linfonodos axilares;
b) Metástase em 4-9 linfonodos axilares;
c) Metástase em > 10 axilares ou infraclavicular / supraclavicular.
a) pN1a;
b) pN2a;
c) pN3a / pN3c.
Qual o principal efeito colateral associado ao Ácido Zoledrônico? E ao Denosumabe?
Disfunção renal. Hipocalcemia.
Qual o principal fator prognóstico para o tumor filóide?
Margem cirúrgica (>1cm).
Qual a principal modalidade de tratamento do tumor filóide?
Ressecção cirúrgica.
Qual o tratamento adjuvante indicado para o tumor filóide?
Nenhum. Não há indicação de HT, RT ou QT adjuvantes.
Indique o prognóstico como “bom” ou “ruim”, conforme as histologias abaixo:
1) Mucinoso;
2) Apócrino;
3) Metaplásico;
4) Medular;
5) Adenoide cístico.
1) Bom;
2) Ruim;
3) Ruim;
4) Bom;
5) Bom.
Lembrando que as histologias de bom prognóstico precisam ser ao menos 90% puras na amostra para conferir o prognóstico favorável.
Qual o risco populacional habitual de uma mulher desenvolver câncer de mama no decorrer de sua vida?
13% (1 em cada 8 mulheres).
Qual gene pode estar relacionado ao aumento do risco de câncer de mama e câncer colorretal?
CHEK2.
Além de BRCA1/2, quais genes podem indicar a mastectomia bilateral profilática? E a SOB redutora de risco?
Mastectomia: TP53, PALB2 e CDH1;
SOB: PALB2 (45-50 anos).
Qual o ganho com a RT adjuvante em CDIS? Há benefício em OS?
Menor recorrência local ipsilateral. Não.
Qual o nome do estudo que avaliou o descalonamento da quimioprofilaxia em CDIS, CLIS ou HDA para a dose de 5mg de Tamoxifeno por 3 anos?
TAM-01 trial.
Qual a diferença entre a indicação de quimioprofilaxia para CDIS em comparação a CLIS ou HDA?
Para CDIS deve-se pesquisar, obrigatoriamente, a presença de RE. Para as demais lesões não há necessidade.
Para quem está indicada a adjuvância com agente modificador ósseo? Com qual droga e por quanto tempo?
Pós-menopausa ou com critérios por DMO. Utilizar Ácido Zoledrônico a cada 6 meses ou anual por 3-5 anos (SBOC) ou 2-3 anos (ASCO - estudos SUCCESS A e SWOG S0307).
Qual o ganho com o uso de Ácido Zoledrônico adjuvante na pós-menopausa?
Redução de metástases ósseas e redução de mortalidade por câncer de mama.
Segundo dos estudos ABCSG-18 e D-CARE, qual o ganho com o uso de Denosumabe adjuvante?
Redução de fraturas. Não há impacto em DFS ou OS.
Na vigência de metástases ósseas, quais agentes modificadores ósseos podem ser usados? Qual a dose e periodicidade?
Desonumabe 120mg, mensal ou ácido zoledrônico 4mg, mensal ou trimestral.
Qual o agente modificador ósseo que pode cursar com uma síndrome “flu-like”?
Ácido Zoledrônico.
Qual o método padrão-ouro para preservação de fertilidade em mulheres pré-menopausadas?
Criopreservação e FIV.
Com o intuito de preservar a fertilidade de forma mais rápida, qual medicação pode ser ofertada até, no mínimo, 1 semana antes do início da QT?
Agonistas de GnRH.
Qual estudo avaliou o uso de agonistas de GnRH em pacientes com RH - com o intuito de preservação de fertilidade?
POEMS trial.
Para mulheres que desejam gestar durante a HT, após quanto tempo é seguro parar o tratamento? Até quanto tempo de pausa? Qual o nome do estudo que autoriza esta estratégia?
Após 18-30 meses. Por até 2 anos. POSITIVE trial.
Qual o período de tempo que define um câncer de mama na gestação?
Diagnóstico durante a gestação ou até 1 ano após o parto.
Qual a explicação fisiopatológica para o pior prognóstico do câncer de mama após o parto em relação ao diagnosticado durante a gestação?
Teoria da involução glandular predispõe a biologia mais agressiva de doença.
Quanto ao câncer de mama em gestantes, quais os métodos de estadiamento recomendados para T < 5cm, N0 e subtipo não agressivo?
Rx de tórax + US de abdome + RM com difusão de coluna e bacia.
Quanto ao câncer de mama em gestante, quais os métodos de estadiamento recomendados para T> 5cm, N+ ou subtipo agressivo?
TC de tórax de baixa dose + RM com difusão de abdome, coluna e bacia ou RM de corpo inteiro.
Caso seja indicada RM para estadiamento durante a gestação, quais as considerações que devem ser feitas?
Sem gadolíneo e com difusão.
Quais os 2 exames com o menor risco de exposição à radiação ionizante para o feto? E quais os 3 exames de maior risco?
Menor: Rx de tórax e MMG;
Maior: PET/CT, cintilografia óssea e TC de abdome.
Qual modalidade de tratamento é segura no primeiro trimestre de gestação? Há possibilidade de RT?
Cirurgia. RT apenas em casos selecionados, com esquema hipofracionado e proteção adequada do feto.
A gestante recém-diagnosticada com câncer de mama, no primeiro trimestre, pode considerar abortamento? A interrupção da gestação altera o prognóstico?
Sim. Não.
É seguro realizar pesquisa de LS em gestantes? Qual método?
Sim. Utilizar Tecnécio em baixa dose no mesmo dia da cirurgia.
A partir de qual trimestre está autorizado o uso de QT em gestante? Quando deve-se interromper o tratamento?
A partir do segundo trimestre. Interromper com 35s e/ou 2-3 semanas antes da data do parto.
Quais as 4 QTs que podem ser utilizadas com segurança durante a gestação? Pode-se utilizar esquemas dose-dense?
Antraciclinas, taxanos, carboplatina e ciclofosfamida. Não.
Pode-se utilizar terapia anti-HER-2 ou HT durante a gestação? E G-CSF?
Não. Sim.
Embora possa ser utilizada com segurança, qual a QT com a maior penetração transplacentária?
Carboplatina.
Apesar de muito raro, qual procedimento deve ser solicitado após a resolução do parto de uma mulher com câncer de mama durante a gestação?
Estudo anatomopatológico da placenta.
Para o cálculo da dose de QT, qual peso deve-se utilizar em gestantes: o peso atual, o ideal ou o pré-gestacional?
Atual.
Qual exame laboratorial pode ser solicitado para avaliação de reserva ovariana?
Dosagem do hormônio anti-mülleriano.
Quanto tempo dura o processo de estimulação ovariana controlada com início randomizado (aquele que não depende do ciclo menstrual)? Deve-se fazer antes ou após início de QT?
2 semanas. Sempre antes.