MED — OBS 01: Sangramentos Da Primeira E Segunda Metade Da Gestação Flashcards

1
Q

• Pergunta: Quais são as principais causas de sangramento na primeira metade da gestação?

A

• Resposta: Abortamento, gestação ectópica e doença trofoblástica gestacional.

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2
Q

• Pergunta: Qual a principal causa de abortamento espontâneo?

A

• Resposta: Anomalias cromossômicas, sendo a trissomia do 16 a mais comum.

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Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico do abortamento?

A

• Resposta: Cólica abdominal e sangramento vaginal.

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4
Q

• Pergunta: Como é classificado o abortamento precoce e tardio?

A

• Precoce: < 12 semanas.

•	Tardio: > 12 semanas.
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5
Q

1- O que é uma gestação anembrionada ?
2- Quais anormalidades podem gerar esse tipo de gestação ?
3- Quais os critérios diagnósticos ?
4- Tratamento

A

1- A gestação anembrionada, também conhecida como ovo cego ou gestação anembrionária, é uma forma de gravidez não viável em que ocorre a formação do saco gestacional, mas não há desenvolvimento do embrião. Nesse tipo de gestação, o saco gestacional cresce até um certo ponto, mas o embrião nunca se forma, ou para de se desenvolver precocemente, antes de ser visualizado por ultrassonografia.

2- Causada por anormalidades cromossômicas que impedem o desenvolvimento adequado do embrião. Essas anormalidades podem ocorrer devido a defeitos na fertilização ou problemas no desenvolvimento inicial das células embrionárias.

3- O diagnóstico é feito principalmente por ultrassonografia transvaginal, utilizando critérios específicos para diferenciar uma gestação anembrionada de uma gestação normal. Os principais critérios diagnósticos incluem:
- Saco gestacional ≥ 25mm sem embrião
- Saco gestacional ≥ 18mm sem vesícula vitelínica
- Não visualização do embrião após 7-10 dias de acompanhamento (exame de controle)

4- A conduta é pautada em três possíveis intervenções: Conduta expectante, tratamento medicamentoso com misoprostol e intervenção cirúrgica (Curetagem ou AMIU)
-AMIU: principalmente em falha medicamentosa ou complicações locais/sistêmicas

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6
Q

• Pergunta: O que caracteriza o abortamento retido?

A

• Resposta: Colo fechado, ausência de batimento cardíaco embrionário (BCE-), embrião ou saco gestacional presente no ultrassom.

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7
Q

• Pergunta: Qual o tratamento do abortamento incompleto?

A
  • Inevitável, incompleto, retido e infectado
    • Cólon aberto = interveção
    • Esvaziamento uterino
      • Cirúrgico
        • AMIU (Aspiração manual intra-uterina): Escolha até 12 semanas
      • Curetagem: alternativa a AMIU
        • Colher de metal > raspagem da parede e retirada do material
      • Clínico : > 12 semanas: necessidade de expulsão
        • Misoprostol
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8
Q

• Pergunta: Qual a conduta no abortamento infectado?

A

• Resposta: Esvaziamento uterino com antibiótico-terapia (clindamicina).

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9
Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico da gestação ectópica?

A

• Resposta: Atraso menstrual, dor abdominal e sangramento vaginal discreto.

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10
Q

• Pergunta: Qual o tratamento cirúrgico indicado para gestação ectópica rota?

A

• Resposta: Salpingectomia via laparotomia.

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11
Q

• Pergunta: Quais são os critérios para uso do metotrexato na gestação ectópica? (4)

A

• Resposta: Massa < 3,5 cm, B-hCG < 5000, embrião sem batimento cardíaco e estabilidade hemodinâmica.

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12
Q

• Pergunta: Quais são os fatores de risco para gestação ectópica?

A

• Resposta: Doença inflamatória pélvica, cirurgia tubária prévia, endometriose e uso de DIU.

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13
Q

• Pergunta: Quais são os achados ultrassonográficos da gestação ectópica?

A

• Resposta: Útero vazio, anel tubário e, às vezes, pseudossaco gestacional.

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14
Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico da mola hidatiforme?

A

• Resposta: Sangramento indolor, útero aumentado para a idade gestacional, vômitos excessivos, presença de cistos tecaluteínicos e “tempestade de neve” no ultrassom.

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15
Q

• Pergunta: Quais são os tipos de mola hidatiforme e suas características?

A
  • Completa: 46XX/XY = mais indiferenciado
    • Todos os gênes de origem paterna (XX é o mais encontrada)
    • Fecundação em um óvulo sem material genético
      • Portanto, sem formação de feto
      • BhCG muito elevado
    • Cisto tecaluteínicos: relação com bhCG muito alto — altamente presente aqui
    • USG: Ecos amorfos
    • Neoplasia trofloblástica: 10-30%
  • Incompleta: 69XXY/XXX/XYY
    • Fecundação, ao mesmo tempo, de um óvulo por dois espermatozoides — material triplóide.
    • Pode ou não formar embrião, pois tem material genético materno e paterno
    • BhCG pouco elevado
    • Raramente temos cistos tecaluteínicos
    • USG: Ecos dispersos + feto
    • Neoplasia trofoblástica: 5-10%
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16
Q

• Pergunta: Quais são os tipos de mola hidatiforme e suas características?

A

• Completa: 46XX ou 46XY, ausência de tecido fetal, BhCG muito elevado, alto risco de malignização.
• Incompleta: 69XXX ou 69XXY, presença de tecido fetal, BhCG menos elevado.

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17
Q

• Pergunta: Como é feito o acompanhamento pós-tratamento da mola hidatiforme?

A

• Resposta: Dosagem semanal de BhCG até negativação em três exames consecutivos e, depois, dosagem mensal por 6 meses.

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18
Q

• Resposta: Dosagem semanal de BhCG até negativação em três exames consecutivos e, depois, dosagem mensal por 6 meses.

A

• Resposta: Suspeita de malignização; iniciar quimioterapia com metotrexato.

19
Q

• Pergunta: Em que situação a laparoscopia está contraindicada em gestação ectópica?

A

• Resposta: Quando há instabilidade hemodinâmica.

20
Q

• Pergunta: Qual o critério ultrassonográfico para diagnóstico de gestação inviável?

A

• Resposta: Saco gestacional ≥ 25 mm sem embrião ou embrião com CCN ≥ 7 mm sem BCF

21
Q

• Pergunta: Quais são as principais causas de sangramento na segunda metade da gestação? (2)

A

• Resposta: Descolamento prematuro de placenta (DPP) e placenta prévia.

22
Q

• Pergunta: O que é o descolamento prematuro de placenta (DPP)?

A

• Resposta: Separação da placenta normoinserida antes da expulsão fetal, após 20 semanas de gestação.

23
Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico do DPP?

A

• Resposta: Dor abdominal súbita, sangramento vaginal escuro, hipertonia uterina (útero lenhoso) e sofrimento fetal.

24
Q

• Pergunta: Quais são os fatores de risco para DPP?

A

• Resposta: Hipertensão arterial, tabagismo, uso de cocaína, polidrâmnio, trauma abdominal e idade materna avançada.

25
Q

• Pergunta: Qual a conduta em casos de DPP com feto morto?

A

• Resposta: Parto vaginal, exceto se houver indicação de cesariana pela demora no trabalho de parto.

26
Q

• Pergunta: Quais são as complicações do DPP (mãe) — sistêmicos e locais ?

A

• Resposta: Choque hipovolêmico, coagulação intravascular disseminada (CIVD), insuficiência renal aguda e útero de Couvelaire (útero com sangramento difuso).

27
Q

• Pergunta: O que é a placenta prévia?

A

• Resposta: Inserção da placenta no segmento inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o orifício interno do colo uterino.

28
Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico da placenta prévia?

A

• Resposta: Sangramento vermelho vivo, indolor, sem sofrimento fetal.

29
Q

• Pergunta: Qual a conduta em casos de placenta prévia com sangramento abundante?

A

• Resposta: Parto cesáreo de emergência.

30
Q

• Pergunta: Qual a conduta em gestantes com placenta prévia estáveis e sem sangramento significativo?

A

• Resposta: Conduta expectante, com internação e uso de corticóides para maturação pulmonar se pré-termo.

31
Q

• Pergunta: Quais são os fatores de risco para placenta prévia?

A

• Resposta: Cesárea anterior, cirurgias uterinas prévias, idade materna avançada, multiparidade e tabagismo.

32
Q

• Pergunta: O que é acretismo placentário?

A

• Resposta: Aderência anormalmente firme da placenta ao útero, invadindo o miométrio.

33
Q

• Pergunta: Como é classificado o acretismo placentário?

A

• Resposta:
• Acreta: invade apenas o endométrio.
• Increta: invade o miométrio.
• Percreta: atravessa a serosa e atinge órgãos adjacentes.

34
Q

• Pergunta: Qual o tratamento do acretismo placentário?

A

• Resposta: Histerectomia após a cesárea.

35
Q

• Pergunta: O que é a rotura uterina?

A

• Resposta: Ruptura completa ou parcial do útero, geralmente em pacientes com cicatriz uterina prévia (cesariana).

36
Q

• Pergunta: Qual o quadro clínico clássico da rotura uterina?

A

• Resposta: Dor súbita e intensa, parada súbita das contrações, bradicardia fetal e choque materno.

37
Q

• Pergunta: O que é a vasa prévia?

A

• Resposta: Ruptura de vasos fetais que cruzam o orifício interno do colo uterino, com sangramento fetal após a ruptura das membranas.

38
Q

• Pergunta: Qual o tratamento da vasa prévia?

A

• Resposta: Cesárea de emergência.

39
Q

• Pergunta: O que é a rotura de seio marginal?

A

• Resposta: Trauma de vasos periféricos da placenta, causando sangramento discreto, autolimitado e indolor.

40
Q

• Pergunta: Como se diagnostica a rotura de seio marginal?

A

• Resposta: Diagnóstico definitivo apenas por exame histopatológico.

41
Q

• Pergunta: Em que situação se utiliza amniotomia no DPP?

A
  • Amniotomia
    • Amniotomia sempre é feita
      • Reduz a compressão da cava inferior
      • Dificulta ampliação do descolamento
      • Melhora hipertonia
      • Coordena contrações
      • Identifica hemoâmnio
      • Diminui a pressão intrauterina
      • Diminui o risco de Coagulopatias
      • Induz ou acelera o trabalho de parto.
42
Q

• Pergunta: Quais são os sinais e sintomas de iminência de rotura uterina?

A

• Resposta: Dor intensa, anel de Bandl (distensão visível na parte inferior do útero), parada das contrações e bradicardia fetal.

43
Q

• Pergunta: Qual a conduta em pacientes com diagnóstico de placenta prévia e sangramento no final da gestação?

A

• Resposta: Realizar cesárea, pois a placenta prévia contraindica o parto vaginal.