MED — CLM 14: Síndrome álgica II — Cefaléias, AVEh, tumores, meningite Flashcards

1
Q

Como diferenciar uma cefaléia primária de uma secundária ?

A

Exame físico normal !!

  • Primária — tem que surgir assim
    • Diagnóstico realizado por meio da anamnese, sem necessidade de neuroimagem
    • Caracterizada por crises de dor de cabeça, que acontecem de forma recorrente.
    • O exame físico é normal
  • Secundária
    • Doença gerando cefaléia
    • Demandam de investigação profunda
    • Sinais de alarme
      • Início 50-55 anos
      • Súbita — associado a hemorragia
      • Caráter progressivo — tumores
      • Doenças sistêmicas: HIV e câncer
      • Sinal focal: representação clínica de uma lesão neurológica local’
        • Lesão da cápsula interna a esquerda: face, braço e perna paralisado, porém mantém sendo um sinal focal
      • TCE recente
      • Papiledema: edema secundário a hipertensão intracraniana
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2
Q

Quais são as principais cefaléias primárias ?

A

Migrânea ou enxaqueca / tensional / salvas

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3
Q

Cefaléia tensional: Características da dor, tempo de duração, tratamento abortivo e profilático

A
  • Dor opressiva, bilateral, leve-moderada, que dura de 30 minutos a 7 dias.
    • Não interfere nas atividades diárias.
  • Não é comum ter sintomas associados
    • Pode ter foto/fonofobia ou náusea
    • Não é comum ter mais de um deles de forma conjunta

Tratamento
* Abortivo
* Analgésicos comuns e AINE
* Profilático: ≥ 2 dias crise / semana
* Temos que ter um nexo temporal para utilizar.
* Amitriptilina 10mg ao deitar.

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4
Q

Migrânea: tratamento abortivo e profilático

A
  • Abortivo
    • Leves-moderados: analgésicos comuns e AINE
    • Moderados-graves: triptanos
      • Sumatriptano
    • Outras opções — normalmente mais grave
      • Metoclopramida por via venosa.
      • Dexametasona: diminui a recorrência
    • Antagonista do CGRP (Rimegepant e Ubrogepant) — profilaxia / crises
    • Lasmiditan: contra-indicação ao triptano
  • Profilático
    • 3-4x ao mês
    • Atenolol/propanolol
      • Vagotônicos, BAV, doença vascular periférica grave — não podemos usar
    • Bloqueador de canal de cálcio de ação central (Flunarizina) — cuidado com idosos
    • Anticonvulsivantes:
      • Valproato
      • Topiramato
    • Antidepressivos: amitriptilina
    • Antagonista do receptor CGRP — Erenumabe.
    • Qual escolher ?
      • Flunarizina, valproato e amitriptilina — aumentam o desejo por carboidrato
        • Paciente obeso — pode agravar o aumento de peso
      • Obeso —> Topiramato.
        • Anticonvulsivante
        • Parestesia é o evento mais comum
        • Dose de 25mg/dia, com titulação lenta de 25-50mg / semana até o máximo de 100mg duas vezes ao dia ou a dose mais alta tolerada
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5
Q

Cefaléia em salvas:
1- Público mais atingido
2- Característica da dor
3- Duração
4- Sintomas autonômicos associados (3 pelo menos)
5- Tratamento abortivo e profilático
6- Diagnóstico diferencial

A

Cefaléia em salvas
* Mais comum em homens de meia idade, desencadeado por álcool.
Clínica
* Dor em facada, unilateral — periorbitária, que é insuportável.
* Dura de 15-180 minutos, ocorrendo 1-2x/dia
* Associado ao consumo de álcool
* Sintomas autonômicos (principalmente no lado acometido)
* Hiperemia conjuntival
* Lacrimejamento
* Congestão nasal
* Sudorese facial
* Miose
* Ptose
* Edema palpebral
Tratamento
* Abortivo
* Oxigênioterapia: máscara facial 7-10L/min
* Triptano: Suma SC / Intra-nasal ou Zolmitriptano intra-nasal
* Profilaxia
* Indicação: não depende do nexo temporal
* Verapamil em altas doses — 1 lugar
* Valproato
* Prednisona
* Na primeira crise, após estabilização clínica, solicitamos uma TC
* Diagnóstico diferencial —> trombose do seio cavernoso.

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6
Q

O que é uma cefaléia hemicrânia paroxística

A

Cefaléia em salvas que dura de 2-30 minutos, com cerca de 5 crises ao dia e sem tratamento agudo. Usamos Indometacina para profilaxia

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7
Q

Arterite temporal:
1- Segundo nome
2- Quadro clínico característico
3- Doença reumática associada
4- Clínica
5- Diagnóstico
6- Tratamento
7- Acompanhamento

A

Arterite Temporal — de células gigantes
* Idosa com febre + dor temporopariental
* > 50 anos
* Associado com a polimialgia reumática (40%)
* Dor muscular simétrica da articulação proximal da cintura escapular e cintura pélvica
* Dificuldade de elevar os membros.
* É uma doença articular, com inflamação das bursas articulares.

Clínica
* Febre
* Cefaléia temporal
* Claudicação de mandíbula
* Déficit da acuidade visual — pega ramos da artéria oftálmica / ciliar posterior > perde a visão

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8
Q

Arterite temporal:
1- Diagnóstico
2- Tratamento
3- Acompanhamento

A

Diagnóstico
* Padrão ouro — biópsia da artéria temporal
* Nem sempre ela está acometida — Biópsia pode ser negativa
* Ultrassonografia com doppler da artéria temporal
* Boa sensibilidade e especificidade, sendo menos invasivo
* VHS/PCR — elevados, na fase agudo
* Fazemos no acompanhamento — vemos a atividade da doença

Tratamento
* Corticóide: Prednisona 1mg/Kg/dia por 12 meses
* Tocilizumabe — usamos para poupar o uso prolongado de corticoide
* Anticorpo monoclonal anti-IL-6
* Vamos ter uma melhora laboratorial rápida e uma melhora clínica lenta (contrário do corticóide)
* VHS e PCR negativam, muitas vezes, no primeiro dia — ruim para acompanhar

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9
Q

Meningite bacteriana aguda:
1- Principais etiologias nos adultos
2- Etiologia nos RN
3- Idosos

A
  • Etiologia: S. Pneumoniae / Neisseria meningitidis e H. Influenzae
    • Pneumococco — top 1 do Brasil atualmente
  • Coloniza a via aérea superior e, a depender da virulência e da defesa do organismo, vão progredir

Recém-nascidos
* Streptococcus grupo B, E. Coli e Listeria
* Listéria: extremos de idade
* Coloniza idosos e RN

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10
Q

Meningite bacteriana aguda:
1- Clínica
2- Exame físico
3- Diagnóstico

A

Clínica
* Febre
* Rigidez de nuca
* Cefaléia
* Alteração do estado mental
* Outros — associado a meningococcemia
* SIADH (déficit da Na)
* Crise convulsiva
* Rash
* Petéquias
* Meningite evolui para meningoencefalite — chegou no encéfalo
* Exame físico
* Kernig: flexão da perna dolorosa
* Brudzinski: Cabeça vem primeiro (B)
* Flexão cervical gerando elevação dos membros inferiores (movimento de retirada)

Diagnóstico
* Clínica + exame de Liquor (punção lombar)
* A punção lombar pode predispor a herniação
* Se imunocomprometido / edema de papila bilateral / alteração do nível de consciência / déficit neurológico focal / histórica de TCE prévio —> temos que fazer uma TC de crânio antes da punção

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11
Q

Meningite Bacteriana aguda: Como esperamos o líquor ?

A
  • Pressão de abertura > 18 cmH20
    * Ao entrar com a agulha > saída do líquor > acoplo um manômetro e vemos a estimativa da PIC
    • Aumento da celularidade — predomínio de polimorfonucleares
      • Neutrófilos
      • Normal até 4/mm3
    • Proteínas aumentadas — > 45
    • Glicose < 40
      • A glicose do líquor é relacionado a glicose sérica, representando 2/3 em relação ao valor sérico
    • Cultura positiva em > 80% dos casos
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12
Q

Líquor com diplococos gram negativo: pensamos em ?
Líquor com diplococos gram positivos: pensamos em…

A
  • Bacterioscopia pelo gram, positivo em > 60%.
    * Diplococo gram : Neisseria meningitidis = meningococco
    * Diplococco gram positivo: Pneumococco
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13
Q

Líquor:
1- Líquor com aspecto de linfomononucleares + glicose normal

A

Viral

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14
Q

Meningite bacteriana
1- Tratamento: idades de corte e diferenças
2- quando e por que usar ATBterapia

A

ATB — 5-7 dias. Adultos 7 dias
* RN até 2-3 meses:
* Streptococcus do grupo B, Listeria e E. Colli
* Cefalosporina de 3º geração
* Ceftriaxona — cuidado com o Kernicterus
* Escolha: Cefotaxima + ampicilina (Listeria)
* 3M até 50-55 anos
* Ceftriaxona + Vancomicina = Pneumococo
* > 50-55 anos ou doença debilitante (Listeria)
* Ceftriaxona + Vancomicina + Ampicilina

Corticoide
* Dexametasona: 1ª dose antes da 1ª dose do ATB
* Usamos para diminuir sequelas

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15
Q

Meningite bacteriana: quando e como fazemos a quimioprofilaxia

A

Qumioprofilaxia para meningite Bacteriana
* Antes do Pneumococco chegar no encéfalo, ele começou na via aérea.
* O benefício está em meningococo e Haemophilus
* Doença meningocócica: fazemos para todos os contatos
* Feito para todos que tiveram contato prolongado (>8 horas) de sete dias antes do início dos sintomas e até 24 horas até o início da ATBterapia adequada
* Profissionais da saúde sem EPI quando vai manipular a via aérea.
* Mesmo vacinado, fazemos a profilaxia
* Deve ser feita o mais cedo possível, idealmente em um período < 24 horas depois da identificação do caso índice
* Após 14 dias, normalmente não fazemos
* Escolha: Rifampicina 600mg 12/12 horas por 2 dias
* Alternativa: Ceftriaxona 250mg IM DU / ciprofloxacino 500mg VO DU / Azitromicina — alternativo: 500mg VO, dose única
* Meningite por Haemophilus
* Todos os contatos, desde que haja:
* Criança < 4 anos além do caso índice e não vacinado
* Criança imunodeprimida:
* Usamos Rifampicina 600mg 1x dia por 4 dias.

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