MED - CLM 19: Distúrbios Da Hemostasia Flashcards
- Qual é o tipo de sangramento mais associado à disfunção da hemostasia primária? (Clínica)
• Resposta: Sangramentos de pele e mucosas, como epistaxe, gengivorragia e petéquias.
- Qual exame avalia o funcionamento da hemostasia primária?
• Resposta: Tempo de sangramento, que normalmente varia entre 3-7 minutos.
- Em que momento geralmente ocorrem os sangramentos na hemostasia secundária?
• Resposta: Os sangramentos da hemostasia secundária tendem a ser tardios e profundos, afetando músculos e articulações.
- Um paciente apresenta hematomas extensos e hemartrose. O tempo de sangramento está normal, mas o TTPA está prolongado. Qual o provável distúrbio?
• Resposta: Hemofilia, uma doença da hemostasia secundária, frequentemente associada a sangramentos articulares (hemartrose) e prolongamento do TTPA.
- Um paciente com plaquetopenia isolada, sem anemia ou leucocitose, apresenta sangramento em mucosas. Qual o diagnóstico mais provável?
• Resposta: Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI). A PTI é caracterizada por plaquetopenia isolada, causada por autoanticorpos que atacam as plaquetas.
- Uma criança desenvolveu uma púrpura petequial após uma infecção viral. O hemograma mostra apenas plaquetopenia. Qual a conduta inicial?
• Resposta: Observação. Em crianças, a PTI é frequentemente autolimitada e relacionada a infecções virais, com melhora espontânea.
- Um adulto com PTI crônica e plaquetopenia grave (plaquetas < 20.000) apresenta sangramento. Qual o tratamento de escolha?
• Resposta: Corticosteroides orais. O tratamento inicial para PTI em adultos com sangramento grave ou plaquetopenia importante é a imunossupressão com corticoides.
- Uma mulher de 30 anos apresenta febre, anemia hemolítica microangiopática (esquizócitos), plaquetopenia e confusão mental. Qual o diagnóstico provável?
• Resposta: Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT). A PTT é uma microangiopatia trombótica que cursa com anemia hemolítica, plaquetopenia, e pode apresentar manifestações neurológicas e febre.
- Qual exame é essencial no diagnóstico da PTT?
• Resposta: Esfregaço de sangue periférico, que mostra esquizócitos (hemácias fragmentadas), característicos da anemia hemolítica microangiopática.
- Qual o tratamento de primeira linha para a PTT?
• Resposta: Plasmaférese. A remoção do plasma ajuda a eliminar os autoanticorpos contra a ADAMTS-13, evitando a formação de microtrombos.
- Uma criança apresenta disenteria (diarreia com sangue), anemia hemolítica e insuficiência renal aguda após infecção por E. coli. Qual o diagnóstico?
• Resposta: Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU). A SHU é causada pela produção de uma toxina (Shigatoxina) que lesiona o endotélio, levando à trombose microvascular e insuficiência renal.
- Qual a tríade clássica da SHU?
• Resposta: Plaquetopenia, anemia hemolítica e insuficiência renal aguda.
- Um paciente adulto com função renal normal apresenta hemorragia e o TTPA prolongado. O TAP está normal. Qual o diagnóstico mais provável?
• Resposta: Hemofilia A ou B. Hemofilias afetam a via intrínseca da coagulação, prolongando o TTPA, mas sem alterar o TAP.
- Um paciente adulto com hemofilia A apresenta sangramento grave após trauma. Qual a conduta inicial?
• Resposta: Reposição do fator VIII. Em pacientes com hemofilia A, o tratamento consiste na administração do fator VIII.
- Qual exame avalia a via extrínseca da coagulação?
• Resposta: TAP (Tempo de Protrombina) e INR.
- Um paciente em uso de varfarina apresenta INR > 10, sem sangramento ativo. Qual a conduta?
• Resposta: Suspender a varfarina e administrar vitamina K oral. A vitamina K reverte a ação dos anticoagulantes cumarínicos.
- Um paciente apresenta plaquetopenia e trombose após o uso de heparina. Qual o diagnóstico provável?
• Resposta: Trombocitopenia Induzida por Heparina (HIT). A HIT é uma reação imune mediada por anticorpos contra o complexo heparina-PF4, levando à ativação plaquetária e formação de trombos.
- Qual é o tratamento inicial para HIT?
• Resposta: Suspender a heparina e iniciar outro anticoagulante, como dabigatrana ou rivaroxabana.
- Um paciente em diálise crônica apresenta sangramentos frequentes. Qual é a principal causa?
• Resposta: Disfunção plaquetária por uremia. Pacientes urêmicos apresentam plaquetas com adesão e agregação prejudicadas, levando a sangramentos.
- Qual é o tratamento para disfunção plaquetária em pacientes urêmicos?
• Resposta: Desmopressina (DDAVP), que aumenta a liberação do fator de von Willebrand, melhorando a função plaquetária.
- Qual é o principal papel do fator de von Willebrand (FVW)?
• Resposta: O FVW é responsável pela adesão plaquetária e também protege o fator VIII da degradação.
- Uma mulher jovem apresenta menorragia intensa e anemia ferropriva. O TTPA está prolongado. Qual o diagnóstico mais provável?
• Resposta: Doença de von Willebrand (DvW), uma doença que afeta tanto a adesão plaquetária quanto a hemostasia secundária, associada ao déficit do fator VIII.
- Qual é o exame diagnóstico para doença de von Willebrand?
• Resposta: Teste de atividade do FVW e teste da ristocetina.
- Como tratar um paciente com doença de von Willebrand antes de um procedimento cirúrgico?
• Resposta: Desmopressina (DDAVP), que aumenta a liberação do fator de von Willebrand endotelial.
- Qual é o efeito da aspirina na hemostasia primária?
• Resposta: A aspirina inibe a produção de tromboxano A2, um mediador responsável pela agregação plaquetária, comprometendo a função plaquetária.
- Uma mulher de 35 anos apresenta sangramento espontâneo nas gengivas e plaquetopenia severa após uso prolongado de heparina. Qual o diagnóstico?
• Resposta: Púrpura Trombocitopênica Induzida por Heparina (HIT), que envolve formação de anticorpos contra o complexo heparina-Fator Plaquetário 4.
- O que significa um TAP prolongado com TTPA normal?
• Resposta: Indica defeito na via extrínseca da coagulação, podendo estar associado à deficiência de vitamina K ou uso de cumarínicos.
• Resposta: Indica defeito na via extrínseca da coagulação, podendo estar associado à deficiência de vitamina K ou uso de cumarínicos.
• Resposta: Coagulopatia por insuficiência hepática. O fígado é responsável pela produção da maioria dos fatores de coagulação.
Quando suspeitamos de HIT ?
HIT: Deve ser suspeitada em pacientes que apresentam trombocitopenia 5 a 10 dias após o início da heparina.
Qual a diferença entre hemofilia A e B ?
- Hemofilia A e B: Associadas ao prolongamento do TTPA e sangramentos profundos. Hemofilia A é por deficiência do fator VIII, enquanto a B é por deficiência do fator IX.