MED — CLM 08: Síndrome Da Imunodeficiência Flashcards

1
Q

Qual é o mecanismo fisiopatológico do HIV?

A

• Resposta: O HIV é um retrovírus que destrói os linfócitos T CD4. Após entrar na célula, o RNA viral é convertido em DNA por transcriptase reversa, integrado ao DNA da célula hospedeira pela integrase, e novos vírus são produzidos e liberados, destruindo as células CD4.

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2
Q

Quais são os principais medicamentos da terapia antirretroviral (TARV)?

A

• Resposta: Tenofovir (TDF), Lamivudina (3TC), Dolutegravir (DTG). Esses medicamentos inibem a transcriptase reversa, integrase e protease, bloqueando a replicação viral.

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3
Q

Quais são os efeitos adversos do Tenofovir (TDF)?

A

• Resposta: Nefrotoxicidade, osteoporose e síndrome de Fanconi (falência do túbulo contorcido proximal).

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4
Q

O que é PrEP (Profilaxia Pré-Exposição)?

A

• Resposta: É a prevenção contínua com Truvada (Tenofovir + Emtricitabina) para grupos de risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH), casais sorodiscordantes e profissionais do sexo, entre outros.

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5
Q

O que é PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e como é administrada?

A

• Resposta: PEP é o uso de TARV após exposição ao HIV, administrada até 72h após a exposição (idealmente em 2h), com 3TC + TDF + DTG por 28 dias.

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6
Q

Quais são as orientações para o manejo de uma gestante com HIV durante o parto se a carga viral for ≥ 1000 cópias/ml? Quando indicamos cesárea nessa paciente ?

A

• Resposta: Administrar AZT IV a partir de 3h antes da cesárea eletiva na 38ª semana. A cesariana é recomendada se a bolsa estiver íntegra e dilatação < 4 cm.

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7
Q

Como manejar uma gestante HIV+ com carga viral < 1000 cópias/ml?

A

• Resposta: Administrar AZT IV no momento do parto, que pode ser cesárea ou vaginal, dependendo da indicação obstétrica.

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8
Q

Quais são as recomendações para a amamentação em mães com HIV?

A

• Resposta: A amamentação é contraindicada, independentemente da carga viral, para evitar a transmissão vertical.

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9
Q

Quais são as doenças oportunistas mais comuns relacionadas ao CD4 < 200?

A

• Resposta: Pneumocistose, neurotoxoplasmose, candidíase esofágica, e tuberculose extrapulmonar.

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10
Q

Como prevenir a pneumocistose em pacientes com HIV?

A

• Resposta: Profilaxia com Sulfametoxazol-Trimetoprima (Bactrim) é indicada quando o CD4 < 200, três vezes por semana.

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11
Q

Síndrome de Reconstituição Imune (SRI): o que é ?

A
  1. Síndrome de Reconstituição Imune (SRI): Ocorre após o início da TARV, quando a recuperação imunológica provoca uma exacerbação da resposta inflamatória, agravando doenças oportunistas subjacentes.
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12
Q

Transmissão Vertical do HIV - quando temos o maior risco de transmissão e as indicações de via de parto de acordo com a carga viral

A

Transmissão Vertical do HIV: A maior chance de transmissão do HIV ocorre no momento do parto. Se a carga viral for ≥ 1000 cópias/ml, é indicada cesárea eletiva com AZT IV. Se for < 1000 cópias/ml, o parto pode ser vaginal com uso de AZT IV, conforme a indicação obstétrica.

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13
Q
  1. Doenças Oportunistas e CD4: CD4 / Sintomas / tratamento
    Pneumocistose:
A

• Pneumocistose: CD4 < 200. Sintomas incluem tosse seca e hipoxemia. Tratamento com Bactrim e corticóides se PaO2 ≤ 70.

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14
Q

Doenças Oportunistas e CD4: CD4 / Sintomas / tratamento
Neurotoxoplasmose

A

• Neurotoxoplasmose: CD4 < 100. Sintomas neurológicos focais, lesões com realce anelar na TC. Tratamento com sulfadiazina e pirimetamina.

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15
Q

Doenças Oportunistas e CD4: CD4 / Sintomas / tratamento
Neurocriptococose

A

• Neurocriptococose: CD4 < 100. Meningite subaguda com febre e cefaleia, pressão liquórica elevada. Tratamento com Anfotericina B e Flucitosina.

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16
Q

Como é feito A PrEP sob demanda ?

A

• PrEP: Truvada (Tenofovir + Emtricitabina) para grupos de risco. Pode ser contínuo ou sob demanda (2+1+1), antes de exposições planejadas.

17
Q

Efeitos adversos: Tenofovir

A

• Tenofovir (TDF): nefrotoxicidade, osteoporose, síndrome de Fanconi.

18
Q

Efeitos adversos: Efavirenz

A

• Efavirenz (EFV): efeitos neuropsiquiátricos (sonhos vívidos, pesadelos).

19
Q

Efeitos adversos: Dolutegravir

A

• Dolutegravir (DTG): interação com anticonvulsivantes e rifampicina.

20
Q

Uma gestante HIV positiva fez uso de TARV regular durante toda a gestação e, na 34ª semana, sua carga viral foi indetectável. O parto foi normal, sem complicações. Como deve ser o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como a mãe estava em TARV regular e com carga viral indetectável no terceiro trimestre, o RN é considerado de baixo risco. O manejo consiste na administração de AZT oral por 28 dias. A amamentação deve ser contraindicada, e o RN deve receber fórmulas substitutivas.

21
Q

Uma mulher HIV positiva chega em trabalho de parto na 37ª semana, sem ter realizado acompanhamento pré-natal adequado. Sua carga viral é desconhecida. Qual deve ser a abordagem terapêutica para o recém-nascido?

A

• Resposta: Como a carga viral da mãe é desconhecida, o RN é considerado de alto risco. O manejo inclui a administração de AZT + 3TC + Raltegravir (RAL) por 28 dias. A amamentação é contraindicada e deve-se seguir o protocolo de profilaxia pós-exposição. A mãe também deve iniciar TARV imediatamente após o parto.

22
Q

Uma gestante HIV positiva com 38 semanas de gestação apresenta uma carga viral de 2000 cópias/ml, apesar de estar em TARV. O obstetra opta pela cesariana eletiva. Como deve ser o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como a carga viral materna é ≥ 1000 cópias/ml, o RN é considerado de alto risco. A conduta indicada é AZT + 3TC + Raltegravir (RAL) por 28 dias. Além disso, a mãe deve receber AZT IV a partir de 3 horas antes da cesárea, e o parto deve ser cuidadosamente monitorado para minimizar o risco de transmissão vertical.

23
Q

Uma gestante HIV positiva, que não realizou tratamento antirretroviral durante a gravidez, entra em trabalho de parto com 36 semanas de gestação. Qual deve ser a abordagem terapêutica para o recém-nascido?

A

• Resposta: Neste caso, o RN é considerado de alto risco, já que a mãe não fez TARV durante a gravidez. O tratamento indicado é AZT + 3TC + Nevirapina (NVP) por 28 dias. O RN não deve ser amamentado, e a mãe deve iniciar TARV imediatamente após o parto. Deve-se também monitorar o RN para sinais de infecção.

24
Q

Uma mulher HIV positiva faz uso regular de TARV, mas sua carga viral é de 800 cópias/ml na 36ª semana de gestação. O parto será cesárea eletiva. Qual o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como a carga viral materna é < 1000 cópias/ml, o RN é considerado de baixo risco. O manejo indicado é AZT oral por 28 dias. A cesárea deve ser realizada conforme a indicação obstétrica, e a mãe deve continuar com a TARV. A amamentação é contraindicada.

25
Q

Uma gestante HIV positiva em trabalho de parto não fez o acompanhamento pré-natal, e o parto acontece prematuramente, com 33 semanas de gestação. Como deve ser o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como o parto ocorreu antes de 34 semanas e a mãe não fez acompanhamento pré-natal, o RN é considerado de alto risco. O manejo recomendado é apenas AZT por 28 dias, já que o esquema com 3TC e Nevirapina (NVP) é contraindicado em RNs menores de 34 semanas. A amamentação é contraindicada, e deve-se monitorar o RN cuidadosamente.

26
Q

Uma gestante HIV positiva com carga viral indetectável no terceiro trimestre opta pelo parto vaginal. Qual será o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como a mãe tem carga viral indetectável e está em TARV regular, o RN é considerado de baixo risco. O manejo inclui AZT oral por 28 dias, e a amamentação deve ser contraindicada. O parto vaginal é permitido neste cenário, seguindo a indicação obstétrica.

27
Q

Uma gestante HIV positiva com carga viral desconhecida realiza parto normal não programado. Como deve ser o manejo do recém-nascido?

A

• Resposta: Como a carga viral é desconhecida, o RN é considerado de alto risco. O manejo inclui a administração de AZT + 3TC + Raltegravir (RAL) por 28 dias. A mãe deve iniciar TARV imediatamente e a amamentação é contraindicada.