Tumores do Ápice Petroso Flashcards
Sobre as Lesões e Tumores de Ápice Petroso:
- Qual o formato e localização dessa região?
- Qual porcentagem de indivíduos com ápice petroso pneumatizado?
- Qual o risco dessa pneumatização ocorrer na porção mais infralabiríntica?
- Forma de pirâmide na porção mais medial do osso petroso (maneira oblíqua na base do crânio, com ápice anteromedial e base posterolateral).
- É pneumatizado em 30% dos indivíduos
- Quando essa pneumatização ocorre na região infralabiríntica, a orelha média se comunica com o ápice petroso e isso facilita a disseminação de infecções (gerando a petrosite).
Sobre as Lesões e Tumores de Ápice Petroso:
- Cite as principais estruturas que se relacionam anatomicamente com a pirâmide petrosa.
- Canal de Dorello e Cavo de Meckel (ápice).
- Assoalho da fossa média (superior).
- Seio petroso inferior e fossa jugular (lateralmente).
- Ângulo-pontocerebelar, conduto auditivo interno e aqueduto vestibular (medialmente)
- Cóclea, canal do tensor do tímpano e carótida interna (perto da sua base).
Sobre as Lesões e Tumores de Ápice Petroso:
- Onde se localizam o Canal de Dorello e Cavo de Meckel em relação à primâmide petrosa?
- Qual o conteúdo dessas duas estruturas?
Em uma visão de cima do ÁPICE petroso (corte axial), podemos traçar uma linha em cima do conduto auditivo interno para separar a região anterior e posterior:
- Região ANTERIOR (é a região anterocarotídea, contém mais osso esponjoso com medula óssea) e vai possuir o CANAL DE DORELLO (contém o ABDUCENTE, sendo uma dobra dural, não óssea, mais medialmente) e CAVO DE MECKEL (contém o gânglio de Gasser que contém as raízes do TRIGÊMEO, mais anterossuperior).
- Porção POSTERIOR é mais densa (maior parte da capsula óptica, chamada região perilabiríntica).
Sobre as Lesões e Tumores de Ápice Petroso:
- Cite exemplos (11).
Lesões relacionadas aos canais neurovasculares:
- Schwannomas
- Malformações de carótida interna
Lesões sem alargamento do ápice petroso:
- Pneumatização assimétrica
- Efusão
- Encefaloceles
Lesões com alargamento, mas não agressivas:
- Granulomas de colesterol
- Mucoceles
Lesões agressivas:
- Colesteatoma
- Petrosite
- Condrossarcoma
- Histiocitose de células de Langerhans.
Sobre as Lesões e Tumores de Ápice Petroso:
- Quais são as 3 mais comuns?
- Como costuma ser o quadro clínico de um paciente com lesão no ápice petroso?
Correspondem a 90% das lesões dessa região:
- GRANULOMA DE COLESTEROL (PRINCIPAL)
- COLESTEATOMA
- MUCOCELE
Quadro clínico:
- Assintomático ou sintomas inespecíficos (hipoacusia, zumbido, cefaleia, diplopia, otorreia, espamos, paresia ou paralisia facial). Em geral o otorrino solicita uma audiometria. A partir dos achados da audiometria, acaba pedindo exame de imagem e acha uma lesão nessa região.
Sobre Granuloma de Colesterol:
- Qual sua definição?
- É encontrada em que perfil de paciente?
- Qual a clínica?
- Qual o achado de RM?
- Qual a indicação de cirurgia e qual acesso adotar?
Definição:
- Cisto intraósseo com fluido escuro e viscoso associado a tecido de granulação em seu interior contendo CRISTAIS BIRREFRINGENTES.
Pacientes:
- Pacientes com OMC e ápice sempre PNEUMATIZADO.
Clínica:
- Cerca de 65% têm perda auditiva com zumbido ou plenitude aural.
- Mais de 50% têm tontura.
- Cerca de 1/3 tem cefaleia (mais RETRORBITÁRIA, mas pode ser temporaparietal generalizada).
- Cerca de 20% com ESPASMOS FACIAIS ou dormências (VII ou V par).
Diagnóstico:
- TC mostra erosão com bordos livres.
- RM com T1 HIPER e T2 HIPER e AUSÊNCIA de captação de contraste.
Tratamento:
- Cirurgia infralabiríntica (preserva audição) caso paciente sintomático.
Sobre Colesteatoma:
- É comum ou raro nessa região?
- Qual outro nome dado (principalmente por neurocirurgiao) quando afeta essa região?
- Quais suas duas etiologias?
- Qual a clínica e PARES CRANIANOS mais afetados?
- Quais exames solicitar para diagnóstico?
- QuaIs os 4 achados de RM por difusão?
- Qual o tratamento?
Prevalência:
- É raro nessa região, correspondendo a 4-9% das lesões no ápice petroso (mas está entre as top 3 causas).
Outro nome:
- Tumor Epidermóide.
Etiologias:
- CONGÊNITO (remanescentes celulares epiteliais embrionárias com desenvolvimento anormal do primeiro arco branquial ou células multipotenciais embrionárias ou células da cápsula ótica ectópicas)
- ADQUIRIDO (proveniente da orelha média).
Clínica:
- Perda auditiva, paralisia ou paresia facial, tontura, otorreia, parestesia do trigêmeo, diplopia.
- Os nervos cranianos mais afetados são V, VII e VIII (por compressão e isquemia).
Diagnóstico:
- TC (erosão do ápice petroso com bordos livres e material de densidade de partes moles).
- RM por difusão (exame padrão-ouro).
Ressonância:
- T1 HIPO
- T2 HIPER
- Sem captação de contraste (em T1)
- LESÃO HIPERINTENSA (FLAIR)
- Restrição a difusão (DWI).
A ausência de captação de contraste ajuda a afastar malignidades. A hiperintensidade na sequência em FLAIR ajuda a distinguir de cistos aracnóides e líquor, que também aparecem com T1 hipo e T2 hiper.
Tratamento:
- Cirurgia é o tratamento de escolha (seja via translabiríntica ou infra-labiríntica).
Sobre Mucocele:
- É comum ou raro nessa região?
- Qual a clínica esperada?
- Qual o achado de RM?
- Qual o tratamento e quando é indicado?
Prevalência:
- Muito mais comum nos seios paranasais. Formam-se quando o espaço aerado fica obstruído por muco.
Clínica:
- Perda auditiva, vertigem, cefaleia, plenitude aural, dor e espasmo facial.
Diagnóstico:
- TC mostra erosão com perda de septações ósseas.
- RM com T1 ISO e T2 HIPER e sem captação de contraste.
Tratamento:
- Drenagem caso paciente sintomático (assintomáticos só acompanhar, devido risco de meningites quando faz ressecção intradural).
Sobre Cistos Aracnoides:
- Qual o conceito?
- Qual a prevalência?
- Qual a clínica ?
- Qual o achado de RM?
- Qual o tratamento?
- São lesões congênitas da membrana aracnóide que se expandem com as secreções do LCR.
- Representa 1% das lesões intracranianas (3% em crianças).
- É um achado de imagem, em geral assintomático. Se sintomas: hipoacusia, vertigem, zumbido, cefaleia e desequilíbrio.
- Na RM se comporta como o LCR (vai ser T1 HIPO, T2 HIPER, sem captação de contraste).
- Em pacientes sintomáticos, fazer cirurgia por shunt ou via retrossigmoidea com ampla marsupialização.
Sobre as Encefaloceles:
- Qual o conceito?
- Qual a clínica ?
- Qual o achado de RM?
- Qual o tratamento?
- Protusão da aracnoide ou da dura-máter e conteúdo cerebral. Causada por elevação na pressão intracraniana. Pode erodir cápsula ótica e conduto auditivo interno.
- Cefaleia e otorreia ou rinorreia liquórica.
- TC com extensiva erosão óssea e RM igual ao cisto e LCR.
- Sintomáticos devem ser submetidos á cirurgia via fossa média, com obliteração da cavidade com godura ou músculo.
Sobre Abscessos e Petrosite:
- Ainda é um evento comum?
- Qual sua etiologia?
- A Síndrome de Gradenigo. que pode ocorrer nesses casos, é composta por 3 achados obrigatórios. Quais são eles?
- Qual o achado da RM?
- Qual o tratamento?
Ocorrência:
- É raro após a introdução dos ATB.
Etiologia:
- Se OMA: Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Streptococcus B-hemolítico.
- Se OMC ou osteomielite de base de crânio: Staphylococcus e Pseudomonas.
Síndrome de GRADENIGO:
- DOR RETRORBITÁRIA
- OTORREIA
- PARALISIA DO ABDUCENTE
Diagnóstico:
- TC com opacificação e destruição das células aeradas do ápice petroso (mastoide perde seu trabeculado)
- RM com T1 HIPO e T2 HIPER, com realce periférico pós-contraste (é um abscesso).
Tratamento:
- ATB IV e miringotomia com aspiração e cultura da orelha média (se OMC, associar mastoidectomia).
Sobre Condrossarcoma:
- É comum?
- Cite 4 etiologias.
- Qual o quadro clínico?
- Quais os achados sugestivos na TC?
- O que vem na RM?
- Qual o tratamento?
Prevalência:
- São raros. (0,15% dos tumores intracraniano / 6% base de crânio). Derivam de restos de cartilagem o longo da fissura esfenopetroclivosa.
Etiologias:
- Espontâneo (mais comum)
- Doença de Ollier (transtorno não hereditário esporádico, no qual há múltiplos endocondromas que geralmente se desenvolvem na infância).
- Síndrome de Maffuci (doença esporádica caracterizada pele presença de endocondromas múltiplos associados a hemangiomas múltiplos).
- Doença de Paget (turnover anormal e crônico do esqueleto, com áreas de osso expandido e amolecido) e Osteocondroma.
Quadro:
- Diplopia, cefaleia e Rouquidão. Menos comumente pode ter perda auditiva, tontura, plenitude aural, disfagia, paralisias ou parestesias faciais e perda visual.
Diagnóstico:
- Lesão de crescimento lento e diagnóstico tardio.
- TC = Áreas de calcificação, com padrão característico de “ANÉIS e ARCOS”.
- RM = T1 HIPO (ou ISO) e T2 HIPER. Presença de captação heterogênea com gadolíneo.
- Biópsia pode ter os tipos histológicos: convencional, células claras, mixoide, mesenquimal e indiferenciado. e o prognóstico é dividido histologicamente em 3 níveis: Grau 1 (taxa de sobrevida em 5 anos é de 90%), Grau 2 (81%) e Grau 3 (43%).
- A imunohistoquímica é importante para diferenciar do condroma condróide (condrossarcoma NÃO coram para o antígeno epitelial ou citoqueratina).
Tratamento:
- Cirúrgico + RT adjuvante. Radiocirurgia se ressecção incompleta.
Sobre Cordoma:
- De onde se originam?
- Onde geralmente se localizam?
- Qual sexo e idade afeta mais?
- Qual a clínica?
- Qual achado de TC?
- Qual padrão característico de RM?
Prevalência:
- Tumores raros. Originam de remanescentes de notocorda que foram os núcleos pulposos dos discos intervertebrais.
Localização:
- Linha média = 1/3 deles é localizado no clivus.
Idade:
- Homens e raramente após os 40 anos. Crianças é mais agressivo e mais metástase.
Quadro clínico:
- Diplopia, cefaleia e déficit de NC baixos.
Diagnóstico:
- TC com uma lesão destrutiva centrada no clivus. Trabéculas ósseas podem ser vistas e calcificações podem ocorrer na variante condroide. Impregnação por contraste.
- RM = T1 HIPO e T2 HIPER com impregnação variável pelo gadolínio e padrão do tipo “COLMEIA”.
- Biópsia mostra tumores acinzentados, semitransparentes e multilobulados. Presença de imunohistoquímica de S100 e CITOQUERATINA.
Tratamento
- Cirurgia + RT (ressecção total ocorre em < 50% dos casos).
Sobre Meningioma:
- Qual perfil de paciente costuma afetar?
- Qual o quadro?
- Como é visto na TC e RM?
- Qual o tratamento?
- Mulheres de meia idade e idosas e histórico de exposição à radiação.
- Meningiomas petroclivais podem causar cefaleia, dor facial, hipoacusia, perda de equilíbrio e vômitos. Os NC mais afetados são V, VII e VIII.
- TC = HIPEROSTOSE da base do crânio e bem fixados à dura-máter.
- RM = Massas sésseis, extra-axiais, com contiguidade dural. Apresenta-se com T1 ISO e T2 HIPO, com captação de contraste.
- Cirurgia + RT
Sobre as Metástases:
- Qual porcentagem afeta essa região quando vai para osso temporal?
- Qual idade predomina?
- Quais as queixas?
- Quais as formas de disseminação?
- Quais os principais sítios primários?
- Qual o achado de imagem?
Prevalência:
- Cerca de 82,9% das metástases de osso temporal ocorrem em ápice petroso.
- Entre 50-70 anos.
Quadro:
- Vertigem, paresia facial, zumbido, otalgia, otorreia, massa no MAE e nistagmo.
- Disseminação Hematogênica (leucemia e linfoma) ou extensão direta (massas intra ou extracranianas).
Origem:
- MAMA (PRINCIPAL), seguido por PULMÃO, PRÓSTATA, MELANOMA E RINS.
- Imagem: depende do tumor primário (mas frequentemente erosão óssea e impregnação por contraste).