PANS Infecciosa Flashcards

1
Q
  • Quais tipos de agentes são os mais comuns na PANS infecciosa?
  • Qual a relação com os casos de surdez súbita?
A
  • Virais são mais comuns. Chegam a ser responsáveis por 18% dos casos de surdez congênita e também são os principais nos casos de surdez adquirida.
  • Todos os anos, 10 a cada 100.000 indivíduos tem surdez súbita e os agentes infecciosos são os maiores suspeitos de serem a causa, especialmente virais.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Sobre o Citomegalovírus (congênito):

  • Qual sua importância?
  • Qual a porcentagem de casos com infecção silenciosa?
  • Quais as 4 características da perda auditiva?
  • Porque a perda ocorre mais em agudos?
  • Essa perda pode ocorrer após quantos anos do nascimento?
A

Importância:

  • Agente mais relacionado a causa infecciosa de surdez congênita nos EUA (Incidência de 1-2 casos para cada 100 nascidos vivos)

Taxa de sintomas:

  • MAIS DE 95% TEM QUADRO SILENCIOSO e menos de 5% tem a doença grave (inclusão citomegálica).

Tipo de perda:

  • BILATERAL
  • SIMÉTRICA
  • SEVERA
  • ALTAS FREQUÊNCIAS

Porque agudos:

  • Local mais afetado (demonstrado por histopatológico) é o GIRO BASAL (por isso perda maior em altas frequências). Lembras das “cordas do violão, na base é agudo).

Ocorrência da perda:

  • Perda auditiva pode ocorrer nos 3 PRIMEIROS ANOS (provas auditivas recorrentes para screening são recomendadas).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Sobre o Citomegalovírus (congênito):

  • Qual o principal método diagnóstico e o prazo para ser solicitado?
  • Cite outros métodos diagnósticos (2).
  • Qual a droga de escolha para tratamento e quando é indicada?
  • Ela consergue reverter a perda auditiva?
A

Padrão-ouro:

  • ISOLAMENTO VIRAL NA URINA OU SALIVA (esse método deve ser solicitado com o prazo máximo de ATÉ 2 SEMANAS DE VIDA, sendo considerado o PADRÃO-OURO). Passado esse período, o diagnóstico se torna mais difícil e não saberemos diferenciar se foi infecção congênita ou perinatal.

Outros métodos:

  • DETECÇÃO DO DNA VIRAL POR PCR (urina, sangue e LCR e tecidos infectados).
  • SOROLOGIA (IgM anti-CMV no cordão umbilical ou no sangue do bebê, não adianta pedir o materno). Presente em 75% dos casos.

Tratamento:

  • GANCICLOVIR EV por 6 semanas. Se infecção congênita confirmada e sintomática.
  • NÃO REVERTE lesões da orelha interna (PANS) e encefálicas (CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual outra doença cursa com surdez e calcificações em tomografia de crânio e faz diagnóstico diferencial com CMV?

A

TOXOPLASMOSE (protozoário).

  • Além de surdez, gera CORIORRETINITE, CALCIFICAÇÕES GROSSEIRAS DIFUSAS e HIDROCEFALIA.
  • Diagnóstico por sorologia (2-3 primeiros meses). Se IgG positivo, podemos solicitar teste de avidez da IgG (se vier baixa indica infecção recente). A presença de IgG negativo com 1 ano de idade exclui a doença.
  • Tratada com Sulfadiazina, Pirimetamina e Ácido folínico durante 12 meses (mesmo pacientes assintomáticos. Pode ser associada corticoterapia.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Sobre a Rubéola (congênita):

  • Qual trimestre tem maior risco de casos graves e surdez?
  • Qual a tríade desses casos?
  • Quais as características da perda?
  • Como fazer o diagnóstico?
  • Qual o tratamento?
A

Época:

  • Infecção materna no PRIMEIRO TRIMESTRE tem risco maior de perda auditiva (50% das crianças sintomáticas vão apresentar perda auditiva).
  • Infecção no segundo e terceiro trimestres cursam com infecção mais silenciosa (20-30% podem ter surdez).

Tríade:

  • SURDEZ (manifestação mais comum)
  • MALFORMAÇÕES CARDÍACAS (persistência de canal aterial, estenose de artéria pulmonar)
  • CATARATA

Tipo de perda auditiva:

  • BILATERAL
  • ASSIMÉTRICA*
  • DISCRIMINAÇÃO VOCAL RUIM*
  • Pode ser progressiva.
  • Afeta mais cóclea que vestíbulo.

Diagnóstico:

  • Isolamento do vírus ou do RNA na urina fresca ou cultura de orofaringe com até 2 semanas de vida.
  • Sorologia IgM no sangue
  • Títulos elevados de anticorpos anti-rubéola em criança não vacinada.

Tratamento:

  • Não há. Prevenir infecção materna com vacinação.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Sobre a Caxumba:

  • A perda auditiva ocorre no início ou final da parotidite?
  • Qual é o tipo de perda?
  • Pode haver sintomas vestibulares?
  • Como se faz diagnóstico?
  • Qual o tratamento?
A

Relação com parotidite:

  • A perda auditiva ocorre NO FINAL DO QUADRO DE PAROTIDITE.

Tipo de perda:

  • SÚBITA
  • UNILATERAL (80%)
  • PROFUNDA
  • ALTAS FREQUÊNCIAS
  • Sintomas vestibulares (ressonância magnética mostra NEURITE DO VIII PAR com realce desse nervo, e teste vestibular mostra hipofunção)

Diagnóstico:

  • Isolamento do vírus da caxumba da saliva ou LCR
  • RT-PCR
  • Elevação de 4x ou mais dos títulos séricos de anticorpos anticaxumba entre as amostras da fase aguda e do período de convalescença.

Tratamento:

  • Sem tratamento específico. O uso de CORTICOTERAPIA pode melhorar a audição. Melhor prevenção é a com vacina.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Sobre o Sarampo:

  • Era responsável por qual porcentagem ne perdas auditivas na era pré-vacina?
  • Quais as características da PANS (4)?
  • Quais outras 2 doenças otológicas que leva a perda auditiva e o sarampo pode estar relacionado?
  • Como diagnosticar?
  • Qual o tratamento?
A

Antes da vacina:

  • 3 a 10% causavam perda auditiva.

Perda auditiva:

  • CONCOMITANTE AO RASH
  • BILATERAL
  • ASSIMÉTRICA
  • Costuma ser irreversível
  • Altas frequências
  • SINTOMAS VESTIBULARES (70% com respostas calóricas ausentes. Também ocorre concomitantes ao rash).

Outra doença associada:

  • Osteoblastos e pré-osteoblastos de focos de OTOESCLEROSE têm estruturas
    filamentares semelhantes ao nucleocapsídeo de paramixovírus.
  • Relação com HIDROPSIA ENDOLINFÁTICA TARDIA.

Diagnóstico:

  • Isolamento Viral (cultura de orofaringe)
  • Detecção do RNA viral em tecido afetado.
  • Swab de Orofaringe, Conjuntiva ou Cavidade Oral
  • Demonstração de aumento nos títulos de anticorpos por sorologia de 4x, quando comparadas às amostras da fase aguda com a fase de convalescença.

Tratamento:

  • Antivirais sem benefício.
  • Corticoide controverso.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Sobre o Herpes Simples:

  • Qual o nome do gânglio que pode infectar e tornar-se latente?
  • Como é feito o diagnóstico?
  • É mais comum infecção perinatal ou congênita?
A
  • Gânglio espiral. Sua relação com perda auditiva é controversa, sendo um teoria avaliada nos quadros de surdez súbita.
  • Diagnóstico por cultura do vírus (sangue, LCR, urina, fezes ou PCR). Sorologia é limitada.
  • Infecção perinatal é mais comum que a congênita. (essa última se manifesta com vesiculas, alterações oculares e micro ou hidrocefalia, tratada com aciclovir).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Sobre o Herpes Zoster:

  • Qual a incidência do acometimento cocleo-vestibular?
  • Qual os achados da Sd. do Ramsay-hunt?
A
  • Cerca de 25% dos pacientes apresentam alterações cocleares e vestibulares causadas pela migração de células inflamatórias para a orelha interna, gânglio espiral e vestibular.
  • Vesículas no pavilhão + PFP + perda auditiva (em 25%).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Sobre a Sífilis (adquirida):

  • Como a perda se manifesta nos casos secundários e terciários?
  • Quais sinais (relacionados a vestibulopatia) podem estar presentes?
  • Como é feito diagnóstico e tratamento?
A

Tipos de perda:

  • Secundária = perda auditiva súbita, progressiva e bilateral. Pode ser simétrica
  • Terciária = PANS bilateral progressiva, flutuante. Pode mostrar na audiometria CURVA PLANA e ASSIMETRIA. Audiometria com DISCRIMINAÇÃO RUIM (DESPROPORCIONAL AOS LIMIARES AUDITIVOS).
  • Sinal de Hennebert e Túlio (testes de fístula) podem vir presentes, assim como prova calórica reduzida.
  • Diagnóstico por testes treponêmicos e não treponêmicos. Tratada com Pen G Benzatina ou Cristalina.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Sobre a Sífilis (congênita):

  • Qual o risco de adquirir a doença nas mães infectadas?
  • Qual a diferença da sífilis precoce x tardia?
  • Qual a diferença na perda auditiva precoce x tardia?
  • Pode haver sintomas vestibulares?
  • Como é o diagnóstico?
  • Como é o tratamento?
A

Risco:

  • 50% de risco

Tipos de sífilis congênita:

  • Sífilis congênita precoce (< 2 anos): rinite serossanguinolenta, lesões mucocutâneas, lesões ósseas.
  • Sífilis congênita tardia (> 2 anos): bossa frontal, fronte olímpica, tíbia em sabre, dentes de Hutchinson, Nariz em Sela.

Tipos de perda:

  • Precoce (nascimento ou até 3 anos de idade): PANS profunda, bilateral e SIMÉTRICA. Tem PIOR PROGNÓSTICO.
  • Tardia (dos 8 aos 20 anos): PANS, flutuante, progressiva e ASSIMÉTRICA.
  • Pode haver sinais de hidropsia endolinfática, zumbido e tontura Ménière-like, assim como na forma adquirida.
  • Diagnóstico: VDRL (sangue periférico), punção lombar e radiografia de ossos longos.
  • Tratamento: penicilina G benzatina IM ou penicilina cristalina IV.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Sobre a Febre Lessa (citada no tratado, mas não existe no Brasil), comente o que você sabe a respeito.

A

Adenovirose típica da África ocidental pela contaminação com urina de roedores. Causa febre hemorrágica e meningite asséptica. A doença é caracterizada por sinais e sintomas sistêmicos, tais como febre, fraqueza, seguidas de dor lombar, tosse e faringite. Curso com PANS moderada a grave (55dB) na fase de convalescença. Pode ser súbita.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Sobre as Meningites Bacterianas:

  • Quais os principais agentes?
  • Qual deles tem maior risco de perda auditiva?
  • Qual a região mais susceptível da orelha interna?
  • Surdez profunda nessa doença está relacionada a qual complicação?
  • Como tratar?
A

Agentes:

  • Streptococcus pneumonie (20%) > Haemophilus influenzae (12%) > Neisseria meningitidis (5%)
  • O pneumococo é o que causa maior risco de surdez.

Região mais susceptível:

  • A região mais susceptível aparentemente é a ESCALA TIMPÂNICA do giro basal da cóclea. Ocorre degeneração do órgão de Corti e do labirinto membranoso com posterior ossificação. Infecção ocorre pela janela redonda ou pode ocorrer por aqueduto coclear patente ou extensão do meato acústico interno.

Complicação:

  • LABIRINTITE SUPURATIVA
  • A surdez profunda (10%) pode ocorrer devido a supuração principalmente da da cóclea (49%) ou do labirinto (25%).
  • Posteriormente pode mineralizar a cóclea.

Tratamento:

  • ATB amplo espectro (dose de SNC) e CORTICOTERAPIA (reduz risco de perda auditiva pelo penumococo).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais as causas do achado abaixo?

A

OSSIFICAÇÃO DA CÓCLEA E LABIRINTO: na labirintite o agente atinge a escala timpânica, vindo do espaço subaracnoide (meningite), do osso temporal (osteomielite) ou da orelha média (OMA). A migração de macrófagos para o espaço paralinfático, dando origem à formação de granulomas e invasão de fibroblastos e tecido cicatricial gera esse achado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

No caso de perda auditiva pós-infecciosa em imunocomprometidos (HIV):

  • Qual o risco de PANS e quais infecções oportunistas podem causar?
  • Se sintomas vestibulares associados, pensar em qual infecção associada?
A

No caso de pacientes com AIDS cerca de 49% pode apresentar PANS em altas frequências.

  • Eles podem desenvolver infecções fúngicas ou bacterianas da orelha interna por apresentarem maior suscetibilidade a OTITES MÉDIAS.
  • Algumas doenças oportunistas podem causar PANS súbita ou progressiva bilateral (criptococose).

Se sintoma vestibular associado é obrigatório investigar OTOSSÍFILIS associada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly