Malfomações (Orelha Média e Interna) Flashcards

1
Q

Sobre as malformações da orelha média:

  • Cite as 3 principais.
  • Qual malformação é associada à osteogenese imperfeita?
A

Formas mais comuns:

  • AUSÊNCIA OU HIPOPLASIA DE CAIXA TIMPÂNICA (comum na Treacher-Collins)
  • MALFORMAÇÕES DE CADEIA OSSICUALAR (ausência dos ossículos, alteração na forma, fixação da cadeia).
  • MALFORMAÇÕES DE JANELA (ausência de janela oval ou fixação de estribo)

Osteogenese imperfeita:

  • A fixação do estribo é comum na Síndrome de Van Der Hoeve (vista na osteogenesis imperfecta). Paciente também poderá ter fragilidade óssea e esclera azulada. Estapedectomia não costuma ter bons resultados no longo prazo.
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Q

Sobre as malformações de orelha interna:

  • Podem ser divididas em quais 3 tipos?
  • Elas são responsáveis por qual porcentagem dos casos de surdez congênita?
A
  • Membranosa, Osteomembranosa e Ósseas.
  • Respnsáveis por 20% dos casos de surdez congênita.
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3
Q

Sobre as malformações de orelha interna:

  • Qual tipo não é visto visto por exames de imagem?
A
  • MEMBRANOSAS (Bing, Scheibe e Alexander).

Ocorrem em nível microscópico. Às vezes notadas apenas no posmortem por histologia. Clinicamente, acompanham quadros de surdez hereditária associados ou não a determinadas síndromes.

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4
Q

Sobre as anomalias membranosas (Alexander, Bing e Scheibe), responda:

  • Qual o defeito em cada uma?
  • Qual a mais comum?
  • Quais síndromes associadas a cada uma delas?
A

Tipos e defeitos:

  • BING (displasia vestibulococlear): afeta órgão de Corti, mácula, sáculo e utrículo. Pode ser vista nas síndromes de Usher e Jervell.
  • SCHEIBE (displasia cocleosacular): afeta órgão de Corti e sáculo. Pode ser vista na Usher, Jervel, Waadenburg e Edwards (trissomia do 18).
  • ALEXANDER (displasia da espira basal da cóclea): afeta giro basal da cóclea, com o restante do labirinto normal. Portanto, sudez apenas em altas frequências.

Tipo mais comum:

  • SCHEIBE

Observação:

  • Segundo o tratado, além de ser a membranosa mais comum, Scheibe também é considerada a ANOMALIA MAIS COMUM DA ORELHA INTERNA.
  • Porém, segundo a literatura internacional, como não existe confirmação por imagem, a SAVA é considerada a mais comum.
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5
Q

Sobre as anomalias OSTEOMEMBRANOSAS:

  • Cite o nome de 5 malformações.
A
  • Aplasia da orelha interna (Michel)
  • Aplasia Coclear
  • Hipoplasia Coclear
  • Divisão Incompleta
  • Cavidade Comum
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6
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o nome da anomalia osteomembranosa da imagem abaixo?
  • Quando ocorre?
  • Como diferenciar de uma labirintite ossificante?
  • Quais suas 3 associações mais comuns?
  • Implante coclear é indicado?
A

Nome:

  • DEFORMIDADE DE MICHEL (APLASIA DE CÓCLEA E LABIRINTO).

Quando ocorre:

  • Ocorre antes da quarta semana de gestação (quando a orelha interna termina sua formação).

Como diferenciar da labirintite ossificante?

  • Na labirintite ossificante podemos ver promontório sempre presente e estruturas da orelha interna presente porém ossificadas. Na Michel, não vemos essas estruturas.

Associações:

  • TALIDOMIA
  • ANENCEFALIA
  • SD. DE KLIPPEL-FEIL (fusão congênita de 2 ou mais corpos vertebrais, por volta de 3-8 semanas).

Implante:

  • Nesse caso não adianta por implante coclear (não tem cóclea), precisa ser IMPLANTE DE TRONCO ENCEFÁLICO.
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7
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o nome dessa anormalidade osteomembranosa?
  • É possível realizar implante coclear?
A

Nome:

  • APLASIA COCLEAR (ausência da cóclea, que ocorre a partir de 4-5 semanas de gestação). É rara, a cóclea não existe, o vestíbulo e canais semicirculares são anormais e na TC ocupam posição posterior ao conduto auditivo interno.

Implante:

  • NÃO TEM CÓCLEA NEM NERVO AUDITIVO. NÃO TEM COMO FAZER IMPLANTE COCLEAR. Precisa ser implante de tronco encefálico.
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8
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o nome dessa anormalidade osteomembranosa?
  • Posso realizar implante coclear?
A
  • HIPOPLASIA COCLEAR.

A cóclea já está presente, porém pouco desenvolvida (geralmente redonda, e pequena, com cerca de 6mm).

  • Implante coclear deve ser individualizado (não tem contraindicação absoluta).

O tratado não informa os tipos da tabela abaixo, portanto não cobram em prova. Mas saber que os formatos podem variar.

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9
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o achado abaixo?
A
  • Divisão incompleta tipo I.

Cóclea e vestíbulo seriam císticos e vazios com uma pequena septação entre eles (o que difere da cavidade comum).

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10
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o nome dessa malformação?
  • Qual sua importância?
  • O que deveria estar presente (e não está)?
  • Qual outra malformação é muito associada?
  • Quais as 3 síndromes mais associadas a ela?
  • Pode fazer implante?
A
  • Divisão Incompleta do Tipo II (MALFORMAÇÃO DE MONDINI).

O tratado chama de MALFORMAÇÃO DE MONDINI, embora só possamos usar essa denominação quando há a tríade: divisão incompleta tipo II, SAVA e leve dilatação vestibular.

  • Anomalia mais comum das malformações cocleares, responsável por mais de 50%.
  • CÓCLE APRESENTA APENAS 1 GIRO E MEIO, COM O GIRO MÉDIO E APICAL SUBSTITUIDOS POR UM CISTO.
  • Quase sempre associada à SD. DO AQUEDUTO VESTIBULAR ALARGADO (SAVA).
  • Pendred, Waardenburg e Di George.
  • Casos selecionados podem ser beneficiados com AASI ou na impossibilidade destes, com implante coclear.
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11
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o achado abaixo?
A
  • Divisão incompleta tipo III.

Tem padrão recessivo ligado ao X. Ausência de modíolo e do septo entre cóclea e CAI. Comum ter SAVA e cápsula óptica com endósteo espesso.

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12
Q

Sobre as anomalias osteomembranosas:

  • Qual o achado abaixo?
  • Pode fazer implante coclear?
A
  • CAVIDADE COMUM.

Apresenta-se com disacusia grave ou profunda.

  • PODE TEORICAMENTE FAZER IMPLANTE COCLEAR (tentativa, podendo dar certo ou não, com risco inclusive de Gusher: súbita saída de líquido perilinfático).
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13
Q

Cite o nome das 4 principais anomalias ÓSSEAS.

A
  • Deiscência do CSC superior
  • Aqueduto vestibular alargado
  • Aqueduto coclear alargado
  • Malformação do CAI (alargamento ou estenose).
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14
Q

Sobre as anomalias ósseas:

  • Qual o nome dessa malformação?
  • Qual sua clínica?
  • Quais seus achados específicos de audiometria, VEMP e TC?
  • Qual o principal diagnóstico diferencial?
  • Cite tratamentos clínicos e 4 opções cirúrgicas.
A

Nome:

  • DEISCÊNCIA DE CSC SUPERIOR

As deiscências de canal semicirculares são mais comuns no canal superior. No canal lateral são mais atribuídas à otite media crônica e ao colesteatoma. Já no canal posterior são raras, e costumam estar associadas ao canal superior.

Sintomas:

  • Hipoacusia, ZUMBIDO PULSÁTIL, autofonia, pressão na orelha, HIPERACUSIA, diplacusia, zumbidos, FENÔMENO DE TÚLIO (vertigem em sons altos), SINAL DE HENNEBERT (vertigem com pressão no conduto externo).

Exames:

  • PAC (com GAP nos sons graves até 2.000 Hz)
  • Timpanometria é normal, com curva tipo Amas com REFLEXO ESTAPEDIANO PRESENTE (indica que não se deve à orelha média).
  • O VEMP pode mostrar latência REDUZIDA, AMPLTIUDE DE ONDAS AUMENTADAS e limiar de estimulo BAIXO (achados muito específicos, quase patognomônicos)
  • TC DE ALTA RESOLUÇÃO COM CORTE OBLÍQUO SAGITAL (plano de Poschl) fecha o diagnostico (falta da cobertura óssea da cúpula do canal e contato com fossa média).

Tratamento clínico:

  • O tratamento pode ser feito com drogas supressoras labirínticas, nas queixas de tonturas.

Tratamento cirúrgico:

  • Reconstrução do assoalho de fossa média (técnica antiga, em desuso)
  • OCLUSÃO DA LUZ DO CSS (feito via fossa média ou transmastoidea, é a MAIS REALIZADA).
  • Timpanostomia para Tubo de Ventilação.
  • Oclusão de janelas (oval ou redonda).
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15
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da DCSC?

A

Fístula perilinfática. também é uma síndrome de terceira janela. Mas nesse causo teríamos PANS e ausência de gap aero-ósseo.

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16
Q

Sobre as anomalias ósseas:

  • Qual o nome dessa malformação óssea?
  • Quais as duas formas de confirmar pela tomografia?
  • Qual o quadro clínico?
  • Quais síndromes estão associadas?
  • Qual o tratamento indicado?
A

Nome:

  • Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA).

Como confirmar:

  • DIÂMETRO AUMENTADO (igual ou superior a 1,5mm na sua porção média ou 2mm).
  • DIÂMETRO MAIOR QUE DO CANAL SEMICIRCULAR POSTERIOR (na TC Axial com cortes tomográficos obtidos na altura do canal semicircular lateral).

Quadro clínico:

  • Quase sempre o problema é bilateral e simétrico. PANS ou PAM, progressiva ou súbita, flutuante ou contínua, congênita ou precoce na criança ou tardia no adulto. (clássico é criança com PANS progressiva flutuante).
  • DEVEMOS INVESTIGAR EM TODA PERDA MISTA EM CRIANÇA!
  • Não existe relação entre a perda auditiva e grau de alargamento,

Síndromes associadas:

  • MONDINI, Pendred, Swartze, Braquio-otorrenal e surdez ligada ao X.

Tratamento:

  • AASI ou IMPLANTE COCLEAR (tratamentos cirúrgicos foram abandonados, não sendo mais realizados).
17
Q

Qual o nome dessa malformação óssea?

A
  • Aqueduto Coclear Dilatado

Comunicação entre o espaço subaracnóideo e a porção anterior à janela redonda, predispõe gusher ao realizar a cocleostomia para implante coclear.

18
Q

Qual o tamanho normal do Conduto Auditivo Interno e quais valores indicam alargamento ou estenose dele?

A

O conduto normal é entre 2-8mm, logo:

  • Estenose < 2mm
  • Alargamento > 8mm

Pode gerar PANS progressiva ou súbita, flutuante ou não, zumbidos e às vezes vertigem.

19
Q

Qual o achado abaixo?

A

Estenose do canal do nervo coclear (se < 1,5mm). Não está presente no tratado. Existe chance de hioplasia do nervo coclear, mas não contraindica implante.

20
Q

Qual o nome da síndrome em que temos hipogenesia do rochedo do osso temporal?

A

Síndrome de Heller