Paraganglioma Flashcards

1
Q

Qual o conteúdo do Forame Jugular?

A

Conteúdo do forame jugular:

  • IX, X e XI
  • Veia jugular inferior
  • Seio petroso inferior
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2
Q

Quais estruturas adjacentes ao Forame Jugular?

A

Estruturas adjacentes:

  • Carótida Interna (anterior)
  • Nervo Facial VII e vestibulococlear VIII (lateral)
  • Canal do Hipoglosso XII (medial)
  • Orelha Média (superior)
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3
Q

Quais as 3 lesões mais comuns do Forame Jugular?

A
  • Paragangliomas (principal)
  • Schwannomas
  • Meningioma

Outras menos comuns incluem: colesteatoma, condrossarcoma, condroma, carcinoma, adenocarcinoma, lipoma, cordoma, cisto ósseo aneurismático, linfagioma, granuloma inflamatório, metástase, rabdomiossarcoma, tumor carcionoide e melanoma.

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4
Q
  • Qual o conceito de Paraganglioma?
  • São benignos ou malignos?
  • Qual sua incidência?
A
  • Tumores de estruturas neuroendócrinas derivadas de células das cristas neurais denominadas paragânglios que estão presentes na vizinhança de estruturas vasculares e neurais do organismo.
  • São benignos, mas pelo comportamento e emissão de “metástases” pode ser considerado de comportamento agressivo.
  • É um tumor raro (1 para 1 milhão) sendo 0,6% dos tumores de CCP.
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5
Q

Quais as diferenças clínicas dos tumores esporádicos para os tumores hereditários?

A

ESPORÁDICOS

  • Mulheres (5:1) de 60-70 anos
  • Tipo + comum
  • Crescimento lento
  • Não produz catecolaminas
  • Multifocalidade baixa (9-35% dos casos )
  • Invasão intracraniana baixa (0-15% ao diagnóstico)
  • Taxa de malignidade variável, em geral baixa (de 2-5%)

HEREDITÁRIOS

  • JOVENS, 20-30 anos
  • Corresponde a 7-9% dos paragangliomas
  • MULTICÊNTRICOS em 30-80% (mais de um tumor presente)
  • Tendência maior à MALIGNIDADE
  • Antecedente pessoas de outros tumores
  • PODE ESTAR ASSOCIADO A NEM II e PRODUZIR CATECOLAMINAS (CA medular de tireoide, feocromocitomas e hiperparatireoidismo, mutação RET), NF tipo I (tumores café com leite, pele, paragangliomas), doença de Von Hippel-Lindau, (cérebro, retina, feocromocitomas), Síndrome de Carney, paragangliomas familiares.
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6
Q
  • O diagnóstico costuma ser rápido?
  • Quais os sintomas mais precoces?
  • Como pode se apresentar ao exame físico?
  • O que é Sinal de Brown?
  • Costumam apresentar sintomas relacionados a catecolaminas, assim como feocromocitoma?
  • Quais pares cranianos pode afetar?
A
  • Do início dos sintomas até o diagnóstico pode levar de 3,3 a 6 anos.
  • Sintomas precoces são ZUMBIDO PULSÁTIL e HIPOACUSIA (SINTOMAS MAIS COMUNS)
  • Pode se apresentar como um TUMOR CERVICAL PALPÁVEL (com ou sem frêmito) ou TUMOR RETROTIMPÂNICO AVERMELHADO.
  • SINAL DE BROWN de Brown é o esbranquiçamento do tumor sob pneumo-otoscopia (diferentemente do Sinal de Schwartze, mancha vermelha da otoesclerose ativa, que não se modifica com pneumo-otoscopia).
  • Raramente são produtores de catecolaminas (embora os casos hereditários possam fazer isso com mais frequência, e nesse caso, paciente pode ter rash cutâneo, crise hipertensiva nem taquicardia).
  • Quando pega par craniano, costuma acometer: VII, IX, X, XI e XII.

Obs: geralmente tumores mais baixos pegam IX, X, XI, XII, e os mais altos, que pegam fenda timpânica e mastoide VII e VIII par. Se levar à HIC, pode acometer também V e VI.

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7
Q

Cite achados gerais tomográficos e 2 sinais clássicos desse tumor.

A
  • Tumor homogêneo, bem delimitado, com INTENSO GANHO PÓS-CONTRASTE que ocupa o forame jugular com erosão óssea.

Sinais clássicos:

  • EROSÃO DA ESPINHA DO FORAME JUGULAR
  • INVASÃO ÓSSEA TIPO PERMEAÇÃO.
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8
Q

Qual o achado demonstrado na TC abaixo?

A

Erosão da espinha do forame jugular (normal na imagem abaixo).

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9
Q

Quais os achados da RM?

A
  • T1 HIPO (com captação intensa à injeção de gadolínio e áreas de “SIGNAL VOID”, ou seja, perda de sinal)
  • T2 HIPER (com aspecto clássico de “SALT AND PEPPER”. Esse não é um achado patognomônico, estando presente em tumores muito vascularizados, com metástases de CA de tireoide e Rim por exemplo).
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10
Q

Qual o corte ponderado da RM abaixo e qual o achado característico?

A

T1 pós contraste (intensa captação, áreas de signal void).

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11
Q

Qual o corte ponderado da RM abaixo e qual o achado característico?

A

T2 (salt and pepper)

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12
Q

Qual exame padrão-ouro?

A
  • ANGIOGRAFIA DIGITAL (AD): mostra tumor hipervascular, de RÁPIDO enchimento arterial e esvaziamento venoso, associado a INTENSO BLUSH tumoral. É exame diagnóstico que também pode ser feito para EMBOLIZAÇÃO pré-operatória.
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13
Q

Qual o vaso mais acometido, visto pela angiografia?

A

Artéria FARÍNGEA ASCENDENTE (principal nutridora do paraganglioma, ramo da carótida externa).

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14
Q

Cite o nome da classificação utilizada para ajudar na localização e determinar o tratamento dos Paragangliomas?

A

Classificação de FISH

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15
Q

Cite o macete para decorar
a classificação de Fish

A

Dica: “V”ertical (V tem 2 perninhas, logo é C2) e “Horizontal” (H tem 3 perninhas, logo é C3)

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16
Q
  • Qual a primeira opção de tratamento?
  • No caso de cirurgia, com quantos dias antes se faz embolização?
  • Qual o principal acesso?
  • Quando teremos tumor irresecável e qual a conduta nesses casos?
A
  • A 1° opção sempre é CIRURGIA, devendo avaliar tamanho, idade, estruturas acometidas, morbidades. Se o paciente for jovem (ou seja, o tumor ainda tem muito tempo para crescer), se o tumor for produtor de catecolamina, agressivo e de crescimento rápido, cirurgia está bem indicada. Se tumor bilateral, indicado ressecção APENAS se não lesionar estruturas nobres, especialmente neurais.
  • EMBOLIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 2-5 DIAS ANTES (pode afetar pares cranianos devido a irrigação).
  • Acesso indicado é INFRATEMPORAL TIPO A DE FISCH.

Obs: Fish A (fenda timpânica) deve fazer acesso intracanal ou retroauricular. Se acometer carótida acessos cervicais.

  • Se invasão intracraniana e envolvimento da artéria basilar e/ou seio cavernoso, se idoso ou sem condição clínica: tumor IRRESSECÁVEL. Indicar RADIOTERAPIA ADJUVANTE ISOLADA.
17
Q

De quanto em quanto tempo devo pedir RM após cirurgia?

A

Controle pós cirúrgico feito com RM com 1 ano, 3 anos e 5 anos. Depois, feito a cada 5 anos.

18
Q

A radioterapia para Paragangliomas é curativa?

A

É apenas PALIATIVA e não curativa. Faz fibrose dos vasos nutrientes do tumor para tentar cessar o crescimento. Pode ser feita por 2 métodos:

  • Método externo convencional fracionado .
  • Radiocirurgia estereotáxica (Destaque para a gamma knife).

Além dos casos irresecáveis, aqueles em que foi feito ressecção mas apresentou crescimento tumoral e tornou-se sintomático, é indicado radioterapia. Se sangramento importante também, tanto a embolização quanto radioterapia pode ser feita.

19
Q

Cite se schwannomas são comuns nessa região e qual seria o quadro clínico.

A

Incidência:

  • Raro nessa região.

Quadro:

  • Mulheres de 30-60 anois, com sintomas tardios e inespecíficos (surgem quando a lesão alcança tamanho considerável, sendo difícil caracterização exata do nervo de origem). Quando ocorre nessa região, pega os pares cranianos baixos (IX, X, XI).

Diagnóstico:

  • T1 ISO (em relação ao cérebro) e T2 HIPO (em relação ao LCR). Fica HIPERINTENSO PÓS-CONTRASTE. Existe uma classificação para essas lesões (foto), mas é pouco utilizada.
  • TC com alargamento da região, sem erosão evidente.

Tratamento:

  • Cirurgia, se possível curativa (tumor benigno, fazer ressecção parcial, radioterapia e observação assistida).
20
Q

Cite se Meningioma é comum nessa região e qual seria o quadro clínico.

A
  • Muito raro nessa região (apenas 100 casos retratados na literatura). Provém de células aracnóideas próximas ao bulbo da VJI, sendo caracterizados como “meningiomas ectópicos”.
  • Invade orelha média com perda auditiva (PAM, PAC ou PANS), déficit do VII nervo craniano, zumbido e até presença de tumor retrotimpânico (semelhante ao paraganglioma).
  • TC e RM de aspecto ósseo misto permeativo / esclerótico e erosão. Na RM, ausência de flow voids e calcificação intratumoral.
  • Cirurgia é a única opção de cura, com boa taxa de ressecção total. Pode ser feita radioterapia primária ou adjuvante.