Triagem Auditiva Neonatal Universal Flashcards

1
Q

Sobre a Triagem Neonatal Universal:

  • A perda auditiva se situa em qual colocação em relação às doenças congênitas mais comuns?
  • Qual a incidência de deficiência auditiva bilateral em crianças de que apresentam baixo risco e naquelas em UTI neonatal?
  • Qual período a criança tem maior potencial para recuperação das deficiências auditivas?
A
  • Primeiro lugar! Pode ser até 30x mais comum que fenilcetonúria por exemplo.
  • Incidência de 1-3 a cada MIL nascidos vivos (Baixo risco), podendo subir MUITO para 2-4 a cada CEM nascidos vivos (UTI neonatal).
  • Nos primeiros 2 anos de vida (porém essa recuperação é ainda maior antes dos 6 meses devido a maior neuroplasticidade).
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2
Q

Quais os 4 objetivos do Joint Comitee On Infant Hearing (JCIH) de 200/2007 para perda auditiva?

A

1- Triagem

2- Diagnóstico

3- Intervenção

4- Reabilitação

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3
Q

Que tipo de perda a TANU visa identificar?

A
  • Perda uni ou bilateral
  • PAC, PANS ou PAM
  • 35dB ou mais
  • Frequências da fala (500-4000Hz.
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4
Q

Sobre a TANU:

  • O que a portaria GM/MS n. 2073 (2014) trouxe de importante para a TANU no Brasil?
  • O que trouxe as portarias GM/MS n. 587 e 589 (também de 2014)?
  • A TANU é responsabilidade apenas dos centros credenciados de alta complexidade?
A
  • 2073: Política Nacional de Atenção á Saude Auditiva. IMPLANTAR em todas as unidades federadas (estados brasileiros).
  • 587 e 589: Diretrizes para CREDENCIAR serviços de ALTA complexidade e para ATENDIMENTO da deficiência auditiva entre 0-3 anos de idade.
  • Não. A TANU é uma atividade prevista para centros credenciados em média e alta complexidade, contudo, é de responsabilidade tanto dos centros de alta complexidade quanto ATENÇÃO BÁSICA a avaliação e intervenção dos RN identificados como de risco para deficiência auditiva.

A Associação Brasileira de Audiologia (ABA) deu o pontapé inicial para o Comitê Multiprofissional de Saúde Auditiva (COMUSA) em 2007, com membros da ABORL produzirem as diretrizes da TANU 2012 (citadas no tratado).

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5
Q

Qual a regra 1-3-6 da TANU?

A
  • Abranger TODOS os neonatos (acesso universal) até 1 MÊS de vida (preferencialmente ANTES da alta hospitalar), independentemente de ter os exames disponíveis na maternidade ou não (nesse caso feitos na UBS).
  • Caso haja FALHA no TESTE-RETESTE, fazer avaliação médica e audiológica em no máximo 3 MESES de vida.
  • Intervenção imediatamente após diagnóstico ou até no máximo 6 MESES de vida
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6
Q
  • O que é cross-check (conceito utilizado em TANU)?
  • Sobre protocolos de testes, existem testes em paralelo e em série. Qual o método tem melhor desempenho e qual é usado na TANU?
A

Cross-check:

  • Estratégia em que somente 1 teste isolado não define diagnóstico preciso da perda auditiva.

Formas de testar:

  • Em paralelo = 2 ao mesmo tempo.
  • Em série = 1 após resultado do outro (esse é o feito na TANU).

São equivalentes em desempenho, variáveis apenas em tempo de execução (em série permite menos testes para decisão e portanto menos tempo).

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7
Q

Quais são os 11 critérios que servem como INDICADORES DE RISCO para deficiência auditiva de acordo com a tabela do tratado?

A

Existe uma estimativa de que 10% dos nascidos vivos tenham indicadores de risco para decifiência auditiva (IRDA), citados abaixo:

  • 1- PREOCUPAÇÃO DOS PAIS (em relação audição e desenvolvimento).
  • 2- HISTÓRICO FAMILIAR (de perda auditiva permanente). Diretriz inclui também cosanguinidade (não citada no tratado).
  • 3- INTERNAÇÃO > 5 DIAS EM UTI ou se realizar algum dos seguintes procedimentos, independentemente do tempo: ECMO, VENTILAÇÃO ASSISTIDA, MEDICAÇÃO OTOTÓXICA (GENTAMICINA, TOBRAMICINA, FUROSEMIDA), HIPERRUBILINEMIA COM NECESSIDADE DE EXSANGUINEOTRANSFUSÃO. Diretriz inclui também anóxia perinatal grave, apgar baixo e baixo peso ao nascer (não citada no tratado).
  • 4- INFECÇÃO INTRAUTERINA (como citomegalovirus, rubéola, sífilis, toxoplasmose, HIV, herpes).
  • 5- MALFORMAÇÕES CRANIOFACIAIS (orelha externa, osso temporal).
  • 6- ACHADOS FÍSICOS TIPICAMENTE SINDRÔMICOS (mecha branca, por exemplo).
  • 7- SÍNDROMES ASSOCIADAS A DÉFICIT AUDITIVO (waadenburg, alport, pendred, usher, jervell, entre outras)
  • 8- DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS OU NEUROPATIAS (ataxia de Friedereich, Charcot-Marie-Tooth, Hunter)
  • 9- INFECÇÃO NEONATAL COM CULTURA POSITIVA (associadas a perda aduitiva, como meningites virais ou bacterianas)
  • 10- TRAUMATISMO CRANIANO (fraturas da base e osso temporal que requeiram hospitalização)
  • 11- QUIMIOTERAPIA
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8
Q

Quais 4 fatores devo ter cuidado pois NÃO estão inclusos como indicadores de risco?

A
  • Prematuridade
  • Getação de alto risco
  • Gemelaridade
  • Icterícia LEVE / fototerapia
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9
Q

Sobre a TANU:

  • Qual a meta de efetividade e o mínimo aceito para os métodos eletrofisiológicos aplicados na TANU?
  • Quais os dois métodos utilizados?
A
  • Meta de 100% e no mínimo 95% dos nascidos vivos.
  • Emissões Otoacústicas (EOA) e BERA.
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10
Q
  • Quais EOA são utilizadas para TANU?
A
  • São utilizadas as evocadas do tipo transientes ou por produtos de distorção.

As espontâneas não são usadas pois podem estão presentes em apenas 50% das orelhas com limiar auditivo normal.

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11
Q
  • As EOA conseguem quantificar a perda auditiva?
  • Somente haverá EOAT se o limiar auditivo do paciente for a partir de qual valor?
  • Somente haverá EOAPD se o limiar auditivo do paciente for a partir de qual valor?
  • Qual o período mais adequado para fazer o exame?
  • Cite 3 vantagens da EOA como teste para TANU.
A
  • Não. A idéia é avaliar integridade coclear, e não quantificar a perda (mas pode dar uma estimativa dependendo do exame feito).
  • Inferior a 20-25 dB para EOAT
  • Inferior a 45-55 dB para EOAPD (pode não identificar perdas leves).
  • Entre 24-48 horas.

Antes de 24h costuma dar 5-20% de falha (vérnix, cerume, líquido amniótico, alterações da orelha média) e após 48h dá 3% de falha.

  • Exame rápido, de baixo custo e sem necessidade de sedação.
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12
Q

Qual a justificativa para a maior taxa de reteste para EOA em relação ao BERA?

A

EOA é mais susceptível para alterações como vérnix, cerume, líquido amniótico, tecido mesenquimal.

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13
Q
  • Qual o objetivo do BERA na TANU?
  • É obrigatório sono ou sedação para realizar este exame?
  • Qual é preferível entre sedação e sono natural?
  • O BERA quantifica perda auditiva?
  • Qual sua maior vantagem e desvantagem para a TANU?
A
  • Avaliar integridade das vias auditivas até o tronco encefálico.
  • Sim (não existe interferência do exame na criança acordada ou dormindo, mas precisa que ela colabore).
  • O sono natural é preferível em relação à sedação (o exame é um pouco mais demorado e trabalhoso).
  • Sim, quantifica (diferentemente das EOA).
  • Maior acurácia (falha < 4%) porém custo mais elevado que das EOA.
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14
Q
  • Qual é a onda considerada limiar dependente no BERA e porquê?
  • Qual onda a que tem o processo maturacional mais rápido (valores próximos ao do adulto mais rápido)?
  • A ausência de registro de BERA nos primeiros meses de vida pode ser achado normal?
  • O que percebemos com a latência da onda V no BERA durante a época de maturação?
A
  • A ONDA V (leminisco lateral) é a mais presente e por isso considerada limiar dependente (serve para saber se a intensidade do estímulo fornecido é suficiente para ativar o sistema auditivo).
  • A ONDA I (nervo auditivo distal, próximo ao modíolo) é a que tem o processo mais rapido de maturação (processo de mielinização). No final do primeiro mês já tem um valor bem próximo ao do adulto.
  • Sim, pode representar processo maturacional, mas é necessário comparar registros de BERA em sessões periódicas de avaliação.
  • Ela tem um aumento da latência. Essa latência vai diminuindo conforme a criança vai envelhecendo (imagem).
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15
Q
  • Qual a intensidade disponível nos equipamentos de BERA?
  • Quais níveis de intensidade sonora de perda auditiva o BERA pode deixar de identificar?
  • Qual a diferença das EOA e do BERA em relação às perdas sensoriais e neurais e nas neuropatias auditivas?
  • EOA pode avaliar ototoxicidade para as crianças que fizeram uso de medicamentos com esse risco?
A
  • Em torno de 94-100 dBNA.
  • O BERA não detecta perdas abaixo de 35-45 dB e pode não detectar perdas acima de 80 dB (devido ao nível de intensidade disponível nos aparelhos, sendo indicado nesse caso Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável / RAEE para avaliar reserva coclear, se necessário por exemplo, indicar implante coclear).
  • EOA avalia apenas perdas sensoriais. BERA pode avaliar perdas sensoriais e neurais, Por isso na neuropatia auditiva podemos ter POSITIVIDADE de EOA mas BERA estará AUSENTE!
  • Sim pode avaliar, vendo a integridade coclear por meio das CCE (e também é útil para PAIR precoce).
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16
Q

Qual este exame e seu laudo?

A

BERA. Ausência de resposta bilateral (vermelho direito e azul esquerdo).

17
Q

Sobre o algorítimo da TANU:

  • Qual exame solicitamos para criança SEM indicadores de risco?
  • Se a criança passa neste exame, qual a conduta?
  • E se ela falhar, qual a conduta e as possibilidades frente a essa conduta?
A
  • EOA
  • Orientações gerais sobre saúde auditiva e acompanhar marcos de desenvolvimento.
  • RETESTE com BERA em até 30 dias (e se passar no BERA, orientar e acompanhar. Se falhar, encaminhar para serviço de referência para diagnóstico audiológico).

Observação: essas diretrizes são do tratado. Se abrirmos o protocolo de 2012, caso haja falha na primeira EOA, eles realizam uma segunda EOA antes de ir para o BERA.

18
Q

Sobre o algorítimo da TANU:

  • Qual exame solicitamos para criança COM indicadores de risco?
  • Se passar neste exame, qual a conduta?
  • Se falhar, qual a conduta?
A
  • BERA logo de cara.
  • Se passar no BERA, orientar e acompanhamento familiar, porém MONITORAR A FUNÇÃO AUDITIVA ATÉ 3 ANOS DE IDADE (PROFISSIONAL CAPACITADO).
  • Se falhar no BERA encaminhar para serviço de referência para diagnóstico audiológico (SEM NECESSIDADE DE RETESTE).

Observação: essas diretrizes são do tratado. Se abrirmos o protocolo de 2012, caso haja falha na primeiro BERA, eles realizam um reteste com segundo BERA em até 30 dias.

19
Q
  • Uma TANU normal exclui a possibilidade de deficiência auditiva?
  • Se triássemos apenas crianças com indicadores de risco, qual a porcentagem de crianças com deficiência deixarão de ser identificadas?
A
  • Não, especialmente naquelas tardias ou progressivas.
  • Cerca de 50%
20
Q

Quais os principais sinais de criança com problema auditivo?

A

Não atende à voz materna, não ri, não procura a fonte sonora, choro descontrolado, não acorda com sons intensos, não se alegra nas horas da s mamadas, não desenvolve linguagem com padrão esperado, uso excessivo de gestos, desatenção, necessidade de aumentar som do rádio e televisão.

21
Q
  • Podemos fazer uma consulta ou necessita mais de uma para avaliar a deficiência quando recebemos o paciente na atenção especializada?
  • Qual porcentagem em que não definimos uma causa específica?
A
  • Necessário mais de uma consulta.
  • Cerca de 30 a 40% não terá causa definida.
22
Q

Temos obrigatoriedade de avaliar causa genética?

A

Causa genética não é obrigatório investigar segundo a COMUSA, mas é importante considerar!

23
Q

Com qual idade pedimos audiometria comportamental, lúdica e tonal / vocal?

A
  • Comportamental = 6 meses a 2 anos
  • Lúdica = 2 a 4 anos
  • Tonal e Vocal = 4 anos adiante
24
Q

Quais outros exames podem ser solicitados além dos exames da TANU e audiometria?

A

Imitanciometria (avaliar orelha média), reflexo estapediano, exames de imagem (TC e RM), testes genéticos, entre outros.

25
Q
  • Para confirmarmos uma deficiência auditiva, temos obrigatoriedade de realizar o BERA?
  • Uma vez encaminhado para avaliação audiológica pelo otorrinolaringologista, qual o tempo ideal para confirmar a deficiência?
  • E para adaptar um AASI após confirmada a surdez?
  • Qual o período para intervenção caso seja necessária?
A
  • Sim, pelo menos 1 BERA deve ser realizado para confirmação (SEMPRE).
  • ATÉ 45 dias do encaminhamento para confirmação.
  • Temos até 1 mês a partir dessa confirmação para adaptar o AASI (ele deve ser prioridade, para aquisição da linguagem, mesmo que o maior propósito seja implante coclear).
  • A intervenção (lembrando da regra 1-3-6) deve ser feita em até 6 meses (incluindo desde remoção de cerume, passando por tratamentos de otites, AASI, cirurgias até mesmo implante coclear).