Nexo de causalidade Flashcards

1
Q

Quais são as teorias adotadas acerca do nexo de causalidade? Qual delas foi adotada pelo código penal brasileiro?

A
  • Teoria da equivalência dos antecedentes causais
  • Teoria da causalidade adequada
  • Teoria da imputação objetiva

A teoria da conditio sine qua non (condição sem a qual não) foi adotada como regra.

A teoria da causalidade adequada foi adotada como exceção

A teoria da imputação objetiva não é adotada expressamente pelo código penal, mas é entendida pela doutrina como uma teoria complementar a teoria da causalidade adequada e à teoria da equivalência dos antecedentes.

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2
Q

Na teoria da equivalência dos antecedentes, a condição pode ser dada como sinônimo de causa.

A

Correto, considera-se causa (condição) a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

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3
Q

Art. 13 do CP

A

Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

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4
Q

A teoria da equivalência dos antecedentes, tem a chamada regressão ad infinitum, por causa do elemento subjetivo como filtro.

A

A teoria da equivalência dos antecedentes, teria a chamada regressão ad infinitum, caso não houvesse o elemento subjetivo como filtro.

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5
Q

Como a teoria da causalidade adequada foi adotada pelo código penal brasileiro?

A

Somente na hipótese de concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produziu o resultado (art. 13 § 1º)

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6
Q

No que se trata a causalidade adequada, a resolução das concausas é feita pela teoria da equivalência dos antecedentes.

A

Como regra, no que se trata a causalidade adequada, a solução das concausas é feita pela teoria da equivalência dos antecedentes.
Ex.:
Em uma concausa absolutamente independente preexistente: Júnior coloca um veneno letal no açaí da Thifanny, esse veneno faria efeito 12h depois da ingestão, mas, antes que começasse a fazer efeito, Thifanny se envolve em uma briga de rua e toma uma facada, vindo a morre.
A pergunta é: se a conduta de Júnior for removida, Thifanny vai morrer do mesmo jeito? Sim. Logo, Xuninho Parafal não vai responder por homicídio consumado, porque a conduta dele não foi a causa da morte.

A resolução das concausas é feita com base na teoria da equivalência dos antecedentes nos seguintes casos:

  • Concausa absolutamente independente preexistente (afasta o nexo causal)
  • Concausa absolutamente independente concomitante (afasta o nexo causal)
  • Concausa absolutamente independente superveniente (afasta o nexo causal)
  • Concausa relativamente independente preexistente
  • Concausa relativamente independente concomitante

Mas NÃO é resolvida nos casos:

  • Concausa relativamente independente superveniente
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7
Q

Em uma concausa relativamente independente preexistente, o agente responde por quê?

A

Responde pelo resultado, mesmo diante desta concausa, com base na teoria da equivalência dos antecedentes.
Ex.:

Thifanny dá uma facada em Júnior que é hemofílico, Júnior é socorrido, mas por conta de sua enfermidade, morre.
Se a ação de Thifanny fosse removida, Xuninho Parafal morreria? Não, então ela vai responder por homicídio consumado (mesmo que a morte tenha sido potencializada pela hemofilia), já que a conduta dela foi imprescindível para o resultado morte. A conduta de Thifanny foi causa.

A hemofilia é preexistente e o agente pode responder de duas formas:

Se ele conhecer a condição de hemofílico do agente passivo [homicídio consumado]

Se ele não conhecer a condição de hemofílico do agente passivo [tentativa]

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8
Q

Em uma concausa relativamente independente concomitante, o agente responde por quê?

A

Ex.:

Em uma discussão sobre frutas saudáveis, Thiffany puxa um revólver e começa a atirar contra dona Olinda, que corre e, em razão dos tiros, tropeça na própria bengala, rachando crânio ao bater a cabeça e morre.

Ao remover a conduta dolosa de Thiffany, dona Olinda teria falecido? Não, logo, não rompe o nexo causal e Thiffany responde pelo nexo causal.

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9
Q

Resultado no que se trata as concausas supervenientes relativamente independentes

A
  • Concausa superveniente relativamente independente que não produziu sozinha o resultado [resultado será imputado ao agente].
  • Concausa superveniente relativamente independente que produziu, por si só, o resultado. [resultado NÃO será imputado ao agente].
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