OBSTETRÍCIA - PRÉ NATAL Flashcards

1
Q

Qual a agenda recomendada para uma paciente de risco habitual?

A

-Até 28 semanas: consultas mensais.
-28-36 semanas : consultas quinzenais.
-36-41 semanas (36 semanas até o parto): consultas semanais.
*A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre
*Mas se por algum motivo a paciente desencadeia uma comorbidade, por exemplo uma hipertensão ou uma diabetes, essa agenda mínima vai precisar ser modificada

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2
Q

Em caso de impossibilidade da agenda recomendada, quantas consultas precisa fazer no mínimo?

A

*1º trimestre: 1 consulta
*2º trimestre: 2 consultas
*3º trimestre: 3 consultas. Devendo somar no mínimo 6 consultas.

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3
Q

Como faz o cálculo da idade gestacional?

A
  • Utilizamos a data da última menstruação (DUM) para cálculo da idade gestacional.
    -Se desconhecida: USG TV.
    -Se discordância entre DUM e USG TV, considerar DUM:
  • 1º trimestre: se diferença < 1 semana.
  • 2º trimestre: se diferença < 2 semanas.
  • 3º trimestre: se diferença < 3 semanas.
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4
Q

Como faz o cálculo da DPP?

A

-Cálculo DPP: regra de Naegele:
-Somar 7 ao número de dias.
- Janeiro-março: somar 9 ao número de mês.
- Abril-dezembro: diminuir 3 do número do mês.
*Exemplo 1: DUM: 20/02/2021; DPP: 27/11/2021.
*Exemplo 2: DUM: 20/05/2021; DPP: 27/02/2022.
*Exemplo 3: DUM: 25/04/2021 (se somar 25 + 7 = 32 dias), porém abril tem 30 dias, logo o mês referência deve ser maio. O mês será maio 5 -3 = 2 (fevereiro); DPP: 02/02/2022.

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5
Q

Onde é feito o pré natal de baixo risco?

A

Na UBS

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6
Q

Verdadeiro ou Falso
Se há identificação de situação de risco → pré-natal de alto risco em unidade de referência.

A

Verdadeiro

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7
Q

O que se enquadra como pré natal de baixo risco com relação às características individuais e às condições sociodemográficas?

A
  • Idade menor do que 15 anos e maior que 35 anos.
  • Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a
    agentes físicos, químicos e biológicos, estresse.
  • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez.
  • Situação conjugal insegura.
  • Baixa escolaridade.
  • Condições ambientais desfavoráveis.
  • Altura menor que 1,45 metros.
  • IMC de baixo peso, sobrepeso ou obesidade (tipo 1 e 2).
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8
Q

O que se enquadra como pré natal de baixo risco com relação a gravidez atual?

A
  • Ganho de peso inadequado.
  • Infecção urinária.
  • Anemia.
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9
Q

O que se enquadra como pré natal de baixo risco com relação a história reprodutiva anterior?

A
  • Passado de CIUR (crescimento intrauterino restrito - são bebês que crescem pouco na gravidez),
    prematuro ou malformação fetal.
  • Intervalo interpartal menor do que 2 anos ou maior do que 5 anos.
  • Nuliparidade e multiparidade (> 5 partos).
  • Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas na gravidez anterior.
  • Cirurgia uterina anterior.
  • Macrossomia fetal.
  • Três ou mais cesarianas.
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10
Q

O que se enquadra como pré natal de alto risco com relação às condições maternas prévias?

A
  • Cardiopatias quaisquer, pneumopatias graves (incluindo asma brônquica) e nefropatias graves.
  • Endocrinopatias: diabetes mellitus e alterações na tireoide.
  • Doenças hematológicas (como a doença falciforme e talassemia).
  • Hipertensão arterial crônica.
  • Doenças neurológicas, psiquiátricas (como depressão grave, psicoses, etc) e autoimunes.
  • Alterações genéticas maternas.
  • Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais, etc).
    Como útero bicorno, por exemplo.
  • Portadoras de doenças infecciosas (como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária e
    outras ISTs).
  • Hanseníase e tuberculose.
  • Dependência de drogas ilícitas ou lícitas.
  • Qualquer outra patologia que necessite de acompanhamento especializado.
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11
Q

O que se enquadra como pré natal de alto risco com relação a gestação atual?

A
  • Restrição do crescimento fetal.
  • Polidramnia (acúmulo de líquido amniótico) ou oligoidramnia (diminuição do volume do líquido
    amniótico).
  • Gemelaridade.
  • Malformações fetais ou arritmia fetal.
  • Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou
    transitória).
  • ITU de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite.
  • Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso.
  • Doenças infecciosas.
  • Diabetes mellitus gestacional.
  • Desnutrição materna severa / obesidade mórbida.
  • Adolescente com fator de risco psicossocial.
  • Câncer confirmado ou suspeita de câncer.
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12
Q

O que se enquadra como pré natal de alto risco com relação a história reprodutiva anterior?

A
  • Morte intrauterina ou perinatal.
  • História prévia de doença hipertensiva da gestação com resultado desfavorável.
    Como a paciente que teve pré-eclâmpsia e cursou com óbito fetal.
  • Abortamento habitual.
    São pacientes que têm mais de 3 episódios de abortamento sequenciais.
  • Esterilidade/infertilidade
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13
Q

Quais os exames do 1 trimestre?

A
  • Tipagem sanguínea e fator Rh.
  • Eletroforese de hemoglobina.
  • Coombs indireto (se Rh negativo).
  • Hemograma.
  • Glicemia em jejum.
  • Sumário de urina.
  • Urocultura com antibiograma.
  • Sorologias:
    *Hepatite B (AgHbs). *Toxoplasmose - IgM e IgG. *Teste rápido para sífilis ou VDRL.
    *Teste rápido para HIV ou anti-HI
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14
Q

Quais os exames do 2 trimestre?

A

-Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75 g (0, 1h e 2h)

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15
Q

Para que serve o exame de tipagem sanguínea?

A

-Pode existir incompatibilidade com parceiro ou com bebê
-Se houver alguma incompatibilidade pode haver destruição de hemácias, levando a anemia fetal enquanto ainda é um feto e até mesmo icterícia neonatal (após nascimento).
-Incompatibilidade ABO: mãe O → feto A, B ou AB.
*Por exemplo: pode ter incompatibilidade ABO quando a mãe é O, o feto é A, B ou AB - se a mãe for O ela tem os dois anticorpos, e se o bebê for A ou B os dois anticorpos vão aglutinar com as hemácias, causando hemólise.

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15
Q

Quais exames do 3 trimestre?

A

-Coombs indireto (se Rh negativo)
-Hemograma
-Glicemia em jejum (se teste de tolerância não disponível)
-Sumário de urina
-Urocultura com antibiograma
-Sorologias:
*Hepatite B (AgHbs). Pede novamente porque a paciente pode ter se contaminado.
*VDRL. Porque a paciente pode pegar sífilis na gravidez.
*Anti-HIV.

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16
Q

Para que serve o exame de fator Rh?

A

-Rh positivo: antígeno D presente.
-Rh negativo: antígeno D ausente
*Mães Rh negativo podem ser facilmente estimuladas a produzir anti-Rh a partir da 6ª semana de gestação.
*O Rh+ e Rh-: no Rh+ tem anticorpo, já no Rh- não tem. Se tem uma mãe Rh negativo que produziu esse anticorpo em alguma gestação anterior na qual ela foi sensibilizada e tem esse anticorpo, na próxima gravidez se o bebê for Rh+, acontecerá hemólise - causando anemia fetal (eritroblastose fetal), podendo ter desfechos negativos na gestação e no parto.
*Para isso não acontecer: todas as pacientes com Rh negativo ao longo da gestação que tem qualquer tipo de sangramento ou no pós parto, vai ser feito uma imunoglobulina anti Rh (que vai neutralizar esses anticorpo), ou seja, vai torná-la positiva
-Se é uma paciente que vem com tipagem sanguínea negativa, é necessário pedir a tipagem sanguínea do pai

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17
Q

Para que serve o teste de coombs indireto?

A

-Exame para saber se a paciente já foi contaminada e o quanto que ela tem de contaminação
-Teste positivo significa risco de doença hemolítica perinatal.
-É feito uma dosagem no sangue da paciente, sabendo se foi ou não sensibilizada.
*Por exemplo: pacientes que já tiveram parto de um bebê Rh+ e não receberam a imunoglobulina - quando faz o Coombs (ele é dado em titulação, pode ter 1:4, 1:1 e isso diz que em a cada diluição aparecem os anticorpos). Quanto menor a diluição, maior a quantidade de anticorpos. O teste positivo significa que a paciente já é sensibilizada e não adianta dar imunoglobulina, devendo ter mais atenção durante a gestação inteira, porque pode desenvolver anemia fetal.
- GSRh materno (se negativo → GSRh paterno).
- Se Coombs indireto > 1:8 → investigação de ANEMIA FETAL (Doppler da artéria central média [ACM]).

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18
Q

Como é a administração da imunoglobulina anti-Rh?

A
  • Iniciada após o parto em pacientes Rh negativos + Coombs indireto negativo e recém-nascido Rh positivo → realizar até 72 horas após o parto.
  • Qualquer hemorragia durante a gestação.
  • Procedimentos invasivos durante a gestação.
    *Por exemplo: a paciente será submetida a amniocentese por algum motivo e é Rh negativo, a mesma tem que fazer o Coombs.
    *Outro exemplo: pacientes que cursam com abortamento e gravidez ectópica com Rh negativo devem fazer imunoglobulina no máximo em 72 horas após o procedimento.
  • Com 28 semanas de idade gestacional (reduz o risco de aloimunização de 2% para 0,1% até 40 semanas).
    -“A prevenção da sensibilização materna pela administração de imunoglobulina anti-D, nas situações de risco para sensibilização, é imperativa. Para mães não sensibilizadas (CI negativo), deve-se proceder à administração de 300 µg de imunoglobulina anti-D nos seguintes momentos:
    *Na 28ª semana de gestação.
    *Até 72 horas após o parto de recém-nascido Rh+ ou de fator Rh desconhecido.
    *Até 72 horas após procedimento/evento (que leve à risco de sensibilização materna)
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19
Q

Para que serve a eletroforese e hemoglobina?

A

-Faz uma avaliação de como é a hemoglobina, que idealmente deveria ser uma hemoglobina HbA. Porém, por diversos motivos a hemoglobina pode ser S ou C, assumindo morfologia de foice.
-A eletroforese deve ser feita em todas as pacientes.
-O diagnóstico importante aqui é mais o traço falcêmico, porque muitas vezes a gestante não sabe que tem traço falcêmico.
-Deve também fazer a eletroforese do parceiro, porque a mulher pode ter um bebê que tenha anemia falciforme.
-Se a mulher tiver traço e o seu parceiro também, pode juntar os dois traços e ter o bebê de fato com a doença.

20
Q

Quais as referências para diabetes na gestação?

A

-Diabetes mellitus gestacional (DMG): hiperglicemia detectada pela primeira vez na gestação. Pacientes que têm medidas ≥ 92 e < 126 - é considerada diabetes gestacional. *Resumindo: 92 a 125 g/dl em jejum - diabetes gestacional.

-DM diagnosticado na gestação: paciente com DM antes da gestação, mas com diagnóstico desconhecido.
*Paciente que chega na primeira consulta, faz glicemia de jejum e tem resultado de 140, ou paciente que faz TOTG e tem 205 de glicemia - essas pacientes são consideradas como diabetes prévia, ainda que o diagnóstico tenha sido na gestação.

-DM prévio: paciente com diagnóstico conhecido para DM antes da gestação.

21
Q

Quais os valores de referência no exame TOTG

A

Está alterado se em jejum estiver acima de 92, em uma hora estiver acima de 180 e em 2 horas acima de 153. É diabética gestacional se tiver qualquer um desses valores alterados.

22
Q

Quais os valores de referência para anemia na gestação?

A

-Sem anemia: > 11g/dl
-Anemia leve: Hb de 8 a 11g/dl
-Anemia grave: < 8g/dl

23
Q

Qual o tratamento para anemia leve na gestante?

A

-Anemia leve:
1. Dose diária de 120 a 240
mg de ferro elementar.
Dose: 3 a 5 comprimidos
de sulfato ferroso/dia.
2. Repetir hemograma com
30-60 dias.
3. Solicitar exame
parasitológico de fezes
(e tratar se positivo)

24
Q

Qual o tratamento para anemia grave na gestante?

A

Encaminhamento ao pré-natal de
alto risco.
Faz reposição de ferro venoso ou
intramuscular com Noripurum.

25
Q

Qual a profilaxia da anemia para gestante?

A

Dose diária de 40 mg de ferro elementar (ou 200 mg de sulfato ferroso) para profilaxia.
Uso ideal: 30 minutos antes do
almoço, porque aumenta a absorção do ferro.

26
Q

Quando é indicado o ácido fólico?

A

Ácido fólico é indicado na pré-concepção (3 meses antes de gestar) e até 3 meses de gestação: - Não tem objetivo de prevenir anemia. - É fundamental para evitar defeitos do tubo neural: espinha bífida e anencefalia. - Dose: 400 mcg/dia. - Pacientes de alto risco (uso de anticonvulsivantes ou DM prévio à gestação): 4 a 5 mg/dia

27
Q

Verdadeiro ou Falso
Ultrassonografia não é um exame obrigatório pelo MS → não existe comprovação científica de que existe efetividade sobre a redução de morbidade e mortalidade perinatal ou materna. O MS afirma que não altera o desfecho.

A

Verdadeiro.
Mas é feito da mesma forma

27
Q

Quando deve ser feito o rastreamento da anemia?

A

O rastreamento para anemia deve ser oferecido a toda gestante durante o pré-natal. O exame deve
ser solicitado o mais precocemente possível (no diagnóstico de gestação) e com 28 semanas. A dosagem de
hemoglobina também deve ser solicitada o mais precocemente possível.

28
Q

Qual a recomendação para USG morfológica do 1 trimestre?

A

*Realizada entre 11-14 semanas.
*Avaliação de: osso nasal + translucência nucal + ducto venoso (avaliar se está normal).
*Aqui ainda não identifica malformações, mas sim risco de cromossomopatias.
*O osso nasal ausente, translucência nucal alterada e ducto venoso alterado são 3 pontos que quando colocados em calculadora de risco dizem acerca do risco de cromossomopatias, como síndrome de Edwards, Patau e Down.

29
Q

Qual a recomendação da USG morfológica do 2 trimestre?

A

*Realizada entre 20-24 semanas.
*Avaliação de todos os sistemas do feto.
*Cervicometria. A cervicometria é a medida do colo do útero, serve para avaliar o risco de parto prematuro. O colo uterino deve ser maior que 25 mm (2,5 cm), se for menor do que isso tem alto risco de prematuridade.
*Objetivo: Identificação de malformações fetais. Rastreio de prematuridade.

30
Q

Qual a recomendação do preventivo?

A

-Preventivo ginecológico deve seguir rotina habitual (se > 1 ano de realizado ou nunca realizado → solicitar
*O preventivo pode ser feito em qualquer período, mas geralmente é feito no segundo trimestre
-Diretriz de rastreamento do CA de colo uterino (2016): realizar coleta da endocérvice.

31
Q

Porque fazer o rastreio do Streptococcus do grupo B (GBS)?

A

-O Streptococcus na hora do parto pode causar risco para o bebê, sendo a principal causa de sepse neonatal.
-O estreptococo do grupo B pode colonizar o trato gastrointestinal, a vagina ou a uretra, de forma assintomática, da mesma forma em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. -Apenas 1:2000 recém-nascidos têm a infecção pelo estreptococo do grupo B geralmente evidenciada como doença respiratória, sepse ou meningite na primeira semana de vida
-A infecção é transmitida pela mãe durante a passagem pelo canal de parto.

32
Q

Como é feito o rastreio do GBS?

A

-Realização de rastreio universal em TODAS as gestantes com idade gestacional entre 35-37 semanas para avaliar se a mulher tem essa bactéria.
-Coleta de swab vaginal (introito vaginal) e retal. É um swab que passa no introito vaginal, desce para o períneo e no introito anal, enviando para o laboratório. É o mesmo swab para os dois locais.
*Essa bactéria não faz mal à mulher, mas ao bebê sim, podendo ter um quadro de sepse neonatal grave e ir a óbito

33
Q

Quem deve fazer a profilaxia contra GBS?

A
  • Cultura positiva (swab < 5 semanas).
    *Usa antibiótico no trabalho de parto, na fase ativa com 3 contrações em 10 minutos, com 4 a 5 cm de dilatação. Quando o bebê nascer, para de fazer uso do antibiótico, porque não é um antibiótico terapêutico, mas sim profilático (evitar que passe a bactéria para o bebê).
  • Se cultura negativa (swab < 5 semanas; Esse swab só tem validade se foi coletado a menos de 5 semanas.) mas em caso de:
    1. Tem filho anterior com infecção por GBS. 2. Bacteriúria nessa gravidez por GBS.
  • Cultura desconhecida ou swab colhido por > 5 semanas:
    1. Filho anterior com infecção por GBS.
    2. Bacteriúria nessa gravidez por GBS.
    3. Trabalho de parto < 37 semanas.
    *Todo trabalho de parto que chega antes de 37 semanas deve fazer uso de antibiótico. Porém, se a mulher tiver coletado o swab há menos de 5 semanas e a cultura for negativa e entrar em trabalho de parto com menos de 37 semanas, não precisa fazer o uso de antibiótico profilático.
    4. Febre intraparto.
    5. Bolsa rota > 18 horas e ainda não pariu o bebê (por risco de infecção).
33
Q

Como realizar o tratamento contra GBS?

A

-Manter até clampeamento do cordão umbilical:
-1ª opção: Penicilina G cristalina com dose de ATAQUE: 5 milhões de UI / MANUTENÇÃO: 2,5 milhões de UI de 4/4 horas até clampear o cordão umbilical.

-2ª opção: Ampicilina - ATAQUE: 2 g, MANUTENÇÃO: 1 g de 4/4 horas. Quando faz o clampeamento de cordão retira o uso do antibiótico. -
-Se alergia: Cefazolina ou Clindamicina.

33
Q

Quais as vacinas recomendadas?

A

-Vacinas de partículas ou vírus inativados → seguros.
-Vacinas de vírus atenuados (vivos) → não seguros.
*A paciente grávida é imunossupressa, assim pode desenvolver a doença.
-Vacinas indicadas:
- Tétano.
- Coqueluche.
- Influenza.
- Hepatite B.
- COVID-19.

34
Q

Como é o esquema vacinal contra coqueluche?

A
  • Vacinas tríplice bacteriana acelular (dTpa): difteria, tétano e coqueluche (pertussis acelular). - Realizada a partir de 20 semanas de IG (para passar anticorpo para o feto) até 45 dias após o parto (na amamentação ainda passa proteção ao bebê).
  • Administrada a cada gravidez. Porque a vacina de coqueluche é para o feto.
  • Protege a gestante evitando transmissão da Bordetella pertussis ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto (proteção nos primeiros meses de vida).
35
Q

Como é o esquema vacinal contra o tétano?

A

-Previamente vacinada com 3 doses.:
1 dose de reforço dTpa com > 20 semanas.
O dTpa tem o reforço do tétano e da coqueluche (que
precisa para o feto).

-Esquema incompleto (apenas 1 dose):
*O esquema completo de tétano são 3 doses.
1 dose de dT
1 dose de dTpa com > 20 semanas
Esquema incompleto (2 doses) 1 dose de dTpa com > 20 semanas

-Não vacinada ou desconhecido 2 doses de dT:
1 dose de dTpa com > 20 semanas

36
Q

Como é o esquema vacinal contra influenza?

A
  • Todas as gestantes em qualquer idade gestacional.
  • Recebe a vacina durante a campanha anual (dose única). Por exemplo: se a paciente engravidar em dezembro ela tem que tomar a dose do ano atual (mesmo sendo dezembro) e a do ano seguinte.
  • Recomenda nos meses da sazonalidade dos vírus.
  • Disponíveis: Influenza 4V (4 sorotipos é no sistema particular) e Influenza 3V (os 3 sorotipos são disponíveis através do SUS, mas é suficiente, porque o quarto sorotipo não é disponível no Brasil).
  • Gestante é grupo de risco para complicações da infecção pelo vírus influenza.
36
Q

Como é o esquema vacinal contra covid?

A
  • Todas as gestantes em qualquer idade gestacional.
  • Recebe a vacina durante a campanha anual.
  • Contraindicada: OXFORD / Astrazeneca. Devido ao risco aumentado de trombose.
  • Gestante é grupo de risco para complicações de infecção pelo vírus COVID-19. O COVID causa síndrome respiratória aguda grave, causando acometimento pulmonar grave; a grávida com o útero aumentado tem compressão, isso resulta em uma expansão prejudicada. Passando de 24-25 semanas a paciente complicava quando tinha COVID, ocorrendo o parto prematuro para poder descomprimir e a paciente respirar.
36
Q

Como é o esquema vacinal contra hepatite?

A
  • Todas as gestantes após o 1° trimestre de gestação.
  • Realizar sorologia antes da vacinação para confirmar a proteção - anti-Hbs.
  • 1ª dose → 0 mês; 2ª dose → 1 mês; 3ª dose → 6 meses.
37
Q

Quais vacinas são contra - indicadas?

A
  1. Tríplice viral: (sarampo, caxumba e rubéola): vírus vivo atenuado.
  2. Varicela (catapora): vírus vivo atenuado.
  3. BCG: bactérias atenuadas.
  4. Febre amarela: vírus vivo atenuado.
    *Na rotina do serviço de vacinação, a gestante não deve receber a vacina contra febre amarela. Entretanto, em situações de surto, se a gestante reside ou vai se deslocar para área com recomendação de vacinação para febre amarela, ela deve ser vacinada se o risco de adoecer for maior do que o risco de receber a vacina
37
Q

Quais as situações especiais de imunização?

A

-Hepatite A: Em situações de risco de
exposição; 2 doses.

-Pneumocócica: Pacientes de alto risco
(imunossupressão/
anemia alciforme);
3 doses

-Meningocócica Pacientes de alto risco:
(imunossupressão/ anemia falciforme);
1 dose

-Febre amarela: Situações onde os riscos de infecções superam os riscos da vacinação;
1 dose.

38
Q

Qual a importÂncia do sumário de urina e urocultura?

A

-Nas modificações do organismo materno no sistema genitourinário tem dextrorrotação uterina, e isso comprime e modifica a anatomia dos ureteres, principalmente o ureter a direita. -Resumindo: o útero da paciente está grande, há dextrorrotação uterina e os ureteres “dão uma levantada”, assemelhando um “acotovelamento”, podendo causar hidronefrose fisiológica na gestação - isso aumenta a estase, aumentando o risco de causar pielonefrite se tiver infecção urinária baixa, uma cistite. Tem risco de abortamento, prematuridade, bolsa rota, etc.

39
Q

Verdadeiro ou Falso
Bacteriúria assintomática é um dos poucos casos na medicina que trata a paciente grávida, devido aos riscos.

A

Verdadeiro

40
Q

Caracterize a bacteriúria assintomática

A

“É definida como a condição clínica de mulher assintomática que apresenta urocultura positiva, com mais de 100 mil colônias por ml. Se não tratada, as mulheres poderão desenvolver sintomas e progressão para a pielonefrite. Por isso, toda gestante com evidência de bacteriúria deve ser tratada.”
- Crescimento de bactéria na urocultura.
- Bactéria mais frequente: Escherichia coli.
-Tem que ter 100.000 colônias para diagnosticar.
-Deve fazer antibiograma e trata com antibiótico adequado para a gestação.
-Na bacteriúria assintomática a paciente não tem sintomas, mas tem risco de ter pielonefrite
-O rastreamento da bacteriúria assintomática deve ser feito obrigatoriamente pela urocultura, já que, em grande parte das vezes, o sedimento urinário é normal. Este exame deve ser oferecido de rotina no primeiro e no terceiro trimestres da gravidez. O tratamento deve ser guiado, sempre que possível, pelo teste de sensibilidade do agente observado no antibiograma, sendo semelhante ao tratamento da cistite.

41
Q

Caracterize a cistite

A
  • Clínica: dor suprapúbica + disúria.
    -Cistite aguda se diferencia da bacteriúria assintomática pela presença de sintomas como disúria, polaciúria, urgência miccional, noctúria, estrangúria, dor retropúbica, suprapúbica ou abdominal. Normalmente, é afebril e sem evidência de sintomas sistêmicos.
    -A análise do sedimento urinário pode evidenciar leucocitúria (acima de 10 leucócitos por campo) e hematúria. A urocultura apresenta mais de 100 mil colônias por ml.
  • Bactéria mais frequente: Escherichia coli.
    -Em geral, o tratamento das pacientes grávidas com cistite aguda é iniciado antes que o resultado da cultura esteja disponível.
    -A escolha do antibiótico, como na bacteriúria assintomática, deve estar direcionada para cobertura de germes comuns e pode ser modificada após a identificação do agente e a determinação de sua susceptibilidade
42
Q

Caracterize a pielonefrite

A

“Pielonefrite aguda durante a gravidez é uma doença grave que pode cursar com sepse e trabalho de parto prematuro. Caracteriza-se pelo comprometimento do ureter, da pelve e do parênquima renal.”
-Costuma ser unilateral e à direita.
- Queda do estado geral: febre, calafrios, cefaléia, náuseas, vômitos e Giordano positivo.

-“O diagnóstico é feito por bacteriúria acompanhada de sintomas sistêmicos como febre, taquicardia, calafrios, náuseas, vômitos e dor lombar, com sinal de Giordano positivo. De forma geral, é precedido por sintomas de infecção do trato urinário inferior. Na suspeita, encaminhe a gestante para avaliação hospitalar.”
- Sempre realizar internamento para antibiótico venoso.
-É importante iniciar o tratamento precoce. Geralmente, está indicada a hospitalização, mas nem sempre isso é necessário. A hospitalização é indicada sempre que estiverem presentes sinais de sepse e desidratação.
-O tratamento geralmente é intravenoso na hospitalização.
-Após o tratamento de pielonefrite, a mulher deve ingerir nitrofurantoína (100 mg/dia) até a 37ª ou a 38ª semana de gravidez (DUARTE, 2008).”