Insuficiencia Cardiaca Flashcards

1
Q

Pq na fibrilação atrial o DC não altera tanto ?

A

Pq os átrios são responsáveis por apenas 25% do enchimento ventricular

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2
Q

Fisiológica cardíaca

A

Fc = 60 a 70 bpm

Vdf= 100 a 120 ml ( máximo de sangue que ele consegue comportar na diástole )

Vsf= 40 ml
( quantidade de sangue que fica no ventrículo após a sístole, para as paredes não colabarem)

DS ou VS = vdf - vsf
A cada vez que o coração contrai ele manda essa quantidade de sangue para circulação sistêmica, geralmente é 60 ml

FE= fração de ejeção
Qual o percentual do vdf que o meu coração consegue ejetar para circulação
Gira em torno de 70%
Ex( paciente normal: VDF=100ml, VSF=30 ml, DS= 70 ml, FE= 70%
Paciente IC: VDF= 60 ml, VSF= 15 ml, DS = 45ml, FE= 75%( insuficiência cardíaca com FE preservada, quem causa isso são as doenças que aumentam a pós carga, gerando HVE)
Paciente com IC: VDF=200 ml, VSF= 150 ml, DS= 50 ml, FE= 25%( insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, causada por uma pre carga elevada, seja por uma insuficiência valvar, gerando um coração dilatado)
Ou pode ter VDF= 200ml, VSF= 130ml, DS= 70 ml, FE= 35%, ou seja tem fração de ejeção reduzida, porém não tem sintomatologia pq ele manda muito sangue pra circulação sistêmica

DC =DS x FC ( quantidade de sangue que VE manda a cada minuto)
Ex: 60ml x 70 bpm ( 4200ml)

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3
Q

Obs

A

Paciente com valva aortica estenosada ele tem pós carga elevada

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4
Q

Obs

A

Paciente com FE preservada , devemos dar tempo de diástole pra ele, por isso devemos controlar a FC ( BB)
Pois ele não tem problema de contratilidade, ele não está conseguindo se encher)

Já na IC com fração de ejeção reduzida que o coração está dilatado, devemos dar drogas que aumenta a força de contratilidade que no caso seria inotropicos positivo, pq ele tem um volume diastólica bom, ele só não tem força pra empurrar o sangue

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5
Q

Obs

A

Devemos entender que insuficiência cardíaca não é um dx final, devemos investigar a causa

Fibrilação atrial pode gerar insuficiência cardíaca transitória

Bradicardia por intoxicação exógena também pode gerar

Valvopatia

Doença estrutural

Doença de chagas

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6
Q

Obs

A

Lembrar que a crepitação da IC é muito parecida com a crepitação da PNM

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7
Q

Definição

A

Insuficiência cardíaca e quando o coração não consegue suprir a demanda de fluxo sanguíneo do corpo

Temos 3 apresentações:

  • Paciente com IC aguda ( exemplo de FA de alta resposta de desestabilizou, taquiarritmias )
  • Paciente com IC crônica agudizada
  • Paciente com IC crônica em sua primeira descompensação ( IC de novo)
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8
Q

Primeiro passo, É ICC?

Protocolo pra guiar os pacientes com suspeita de IC

A

Tem os critérios de BOSTON ( ele prefere esse, pois só o rx de tórax e exame físico, direciona o Dx , e de FRAMIGAN

São necessários dois critérios maiores ou um critério maior e dois menores para o dx de insuficiência cardíaca:

Critérios maiores

  • DPN
  • distensão jugular venosa
  • crepitação
  • cardiomegalia em radiografia de tórax
  • EAP
  • terceira bulha
  • pressão venosa central >16 cm água
  • refluxo hepatojugular
  • perda ponderal > 4,5 kg em 5 dias com resposta ao tto

Critérios menores:

  • edema bilateral de MMII
  • tosse noturna
  • duspneia ao esforço
  • hepatomegalia
  • derrame pleural
  • falência cardíaca>120
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9
Q

Segunda passo- causa da IC

A
  • FATORES RELACIONADOS AO TTO DO PACIENTE ( não aderência ao tto farmacológico, falta de acesso às medicações, abuso de água e sal, abuso de álcool, abuso de drogas e tabagismo)
  • FATORES CARDIOVASCULARES
    ( evolução da doença de base, isquemia miocárdica, miocardite e pericardite, emergência hipertensiva, doença valvar primária ou suspeita, piora da valvopatia mitral ou aortica, fibrilação atrial aguda ou não controlada, taquiarritmias ou bradiarditmias, TEP)
  • FATORES SISTÊMICOS NÃO CARDIOVASCULARES
    ( medicações inapropriadas como anti-inflamatórios e corticoide, sepse, infeção ou febre, exacerbação de DPOC, cirurgia ou complicações perioperatorias, anemia, diabetes descompensado, disfunção tireoidiana, DHE, gravidez e lesão cerebrovascular)
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10
Q

Terceiro passo

Abordando

A

Sala de emergência, monitorização, acesso venoso

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11
Q

Perfis

A

A- quente e seco ( compensado) bom débito e com boa volemia

B- quente e congesto ( começa a descompensar, seja por aumento da ingestão de líquido ou não tomar mais o diurético causando aumento da pós carga, mantém com pressão boa é boa perfusão) 90% dos casos da emergência e a grande maioria e por tto inadequado

C- frio e congesto (o aumento da pós carga é tão grande que atrapalha o débito, tec lentificado) 1% dos casos da emergência. Mais de 60% de mortalidade

D - frio e seco 9%dos casos das descompensação
Geralmente é aquele paciente que pesou muito o diurético ou que está com GECA

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12
Q

Qual o objetivo do tto

A

Manter o paciente em perfil A mantendo-se a terapia que altera a mortalidade (BB e IECA ) ou fazendo o máximo de esforço possível pra não tirar essas medicações

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13
Q

PERFIL B

A

paciente quente e úmido- sem baixo débito e com hipervolemia

A enorme maioria dos pacientes atendidos na emergência

Principal fator desencadeante é a má adesão ao tratamento ( não está utilizando o diurético adequadamente ou ingerindo líquido contra a ordem médica)

Tratamento:

Diuréticos:
Furosemida é de 0,5 a 1 mg por kg

Furosemida ( 20mg/2ml) três ampolas( ou 4 ampolas, tatear de acordo com o perfil do meu paciente) + AD EV agora

Outra dica é você fazer a mesma quantidade de furosemida que o paciente faz em casa

Vasodilatadores se pressão elevada: ( pra diminuir a pós carga e melhorar o débito cardíaco)

Nitroglicerina ( 25mg/5ml) + 245 de SG 5% iniciar infusão contínua a 5ml/h e ajustar a cada 5 min. Até manter uma pressão normal

Pode utilizar o nitroprussiato ( nipride) porém ele pode ocasionar roubo coronariano, e ter uma isquemia ocasionada por ela

Na maioria dos pacientes, só a ampola de furosemida resolve o caso deles

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14
Q

Prescrição do perfil B

A
  • Dieta Zero
  • Acesso venoso heparinizado ou coloca um soro em quantidade mínima
  • Furosemida ( 20mg/2ml) 3 amp + AD EV agora
  • Nitroglicerina (25 mg/5ml) uma ampola + 245 ml de SG 5% iniciar em 5 ml/h e ajustar a cada 5 minutos ( caso esteja com a pressão um pouco elevada) a

Após a compensação do quadro

Ajuste dar medicações orais que já fazia ou iniciar agora

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15
Q

Perfil C

Paciente frio, gelado, tec prolongado, mal perfundido, porém tem edema de MMII está creptando

Mais grave

Maior mortalidade

A

Paciente frio e úmido- com baixo débito e hipervolemia, logo o desafio é tirar volume desse paciente e melhorar o débito cardíaco. As vezes é um paciente hipotenso, logo tem que fazer a furosemida com muito cerimônia.

Paciente com tto não otimizado, com IC muito comprometida e com algum fator associado na descompensação

Tto:

  • Diurético com mais cautela- metade da dose da furosemida ( evitar nos pacientes hipotensos)
    A dose da furosemida é de 0,5 a 1 mg/ kg, nesse paciente a gente começa com 0,5 no perfil B a gente começa com 1.
  • se hipertensos ou PA normal ( vasodilatores) na tentativa de melhorar o DC por redução da pós carga
  • se hipotensão ( noradrenalina)
    Noradrenalina ( 4 amp + 234 ml de SG 5 % correr EV em bic a 5 ml/ h e ajustar a cada 5 min) manter a pressão em torno de 100 de sistólica só pra manutenção, pq se aumentar muito a RVP aumenta a pós carga e piora o DC.

Se depois que eu inicie a nora o paciente mantém sinais de baixo débito, iniciar dobutamina

  • se hipotensão grave - dobutamina
    Dobutamina ( 250 mg/20ml) 2 amp + 210 ml de SG 5% , correr EV em bic a 5 ml/h e ajustar a cada 5 min)
    Muito cuidado com a dobuta, pois ela é um mal necessário, ela aumenta o esforço cardíaco no paciente que já está em sofrimento
    Inicialmente a dobutamina reduz a PA, ela vasodilata perifericamente, o paciente tem que ter um cabeça de pressão pra iniciar ela, ou seja pas de pelo menos 90
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16
Q

Perfil D/L

Paciente gelado, tec prolongado, sequinho, sem crepitação, sem edema de MMII

A

Perfil frio e seco- com baixo débito mas sem hipervolemia

Provavelmente o paciente que o desidrataram muito ( pesou a mão no diurético, diarreia, vômitos e etc)

Tratamento:
Volume:
- fazer cotas pequenas de 250 ml de SF 0,9%, observa daqui a pouco faz mais 250 ml

Cuidado que de acordo com a forma que você pesar a mão, esse paciente pode pular de perfil D/L para B ou C
Pode encharcar e melhorar o DC, ou você pode apenas encharcar e não melhorar o DC

17
Q

Quando internar

A
  • IC “de novo”- primeira descompensação ( interna pra fazer um ECO)
  • Condições desencadeantes graves - DPOC, TEP, PNM e etc
  • Dispneia em repouso
  • Piora da função renal
  • Alterações eletrolíticas graves ( atenção ao K )
  • Arritmias cardíacas
  • SCA
  • Hipoxemia
18
Q

Quando internar em UTI

A
  • necessidade de intubação
  • uso de DVA
  • saturação < 90% mesmo com oxigênio suplementar
  • desconforto respiratório intenso com FR >25
  • bradi ou taquicardia
19
Q

Ajuste de medicações

A

Muitos dos pacientes já fazem uso de algumas medicações, principalmente BB e IECA

O esforço sempre deve ser para manter o paciente com essas medicações, somente naqueles pacientes muito chocados que a gente tira, naqueles pacientes que estão com pressão baixa mais nem tanto, utilizar a metade

20
Q

Ajuste de medicações

A

Se PA > 140- manter BB e IECA

Se PA entre 85 ( manter no mínimo 90-100) e 140- se boa perfusão, mantém. Se perfusão prejudicada, reduzir a dose pela metade.
Ex: paciente chega na emergência com carvedilol e enalapril chegando com PA de 150/90, mantém as drogas.

Se PA <85 ( em torno de 90/100) suspende BB e IECA

21
Q

Obs

A

Paciente que cansa ao deitar ( ortopnéia) e já acordou a noite sufocado ( dispneia paroxística noturna)
São os sintomas mais específicos e praticamente fecha o dx de IC

22
Q

Obs

O paciente com IC é uma condição clínica, devemos sempre procurar as hipóteses

A
  • Má adesão ao tto
  • infecção- perguntar sobre febre
  • tvp- pesquisar edema assimétrico de MMII
23
Q

Prescrição de um paciente perfil B

A
  • DIETA ZERO ( se o paciente piorar você tem que intubar)
  • SF 0,9% 500 ml EV lento (7gts/min)
  • Furosemida (20mg/2ml) 3 amp + AD , endovenosa agora (faz de 0,5 mg/kg a 1mg/kg)
  • Nitroglicerina 1 amo + 245 ml de SG 5% iniciar em BIC a 5 ml/h e ajustar ACM. ( vasodilatar perifericamente para melhorar o DC)
  • Carvedilol 12,5 mg um cp vo 1x ao dia ( tem várias apresentações 6,5, 12)
  • enalapril 20mg 1cp de12/12 hrs ( dose padrão)

Se pas < 100 reduzir pela metade a dosagem
Preferir medicações EV, pelo fato da mucosa do TGI está edemaciada tbm, faz a furosemida EV primeiramente, pra depois fazer carverdilol e enalapril

24
Q

Resumo

A