Dor Toracica Flashcards
Causas de dor torácica
Sempre valorizar dor torácica, não mandar o paciente para casa
E o médico da emergência sempre deve pensar nas piores causas de dor torácica
Condições graves, na qual temos que afastar na emergência:
- SCA; Disseccao de aorta; embolia pulmonar; pneumotórax; pericardite; rotura de esôfago.
TEP - dor generalizada, com dispneia e história de Tvp, solicitar d-dimero, angio-tc e raio x de tórax ( dor leve a moderada) obs somente 30% dos pacientes com TEP tem histórico de TVP, procurar sinais de TVP
PNM
DISSECAÇÃO DE AORTA - dor intensa, lancinante / rasgando, histórico de tvp, checar pulsos radiais, femorais e carotideos, solicitar d-dimero, angio Tc e Rx de tórax ( dor intensa ) ao exame o paciente apresenta assimetria de PA ou pulsos, diferença de mais de 20 mmhg sugere
PERICARDITE- dor moderada a intensa, em aperto que melhora com o decúbito ventral e histórico de infecção viral ( moderada a intensa) somente 40% dos pacientes vão ter a tríade de beck ( turgência jugular, abafamento de bulhas e hipotensão)
TAMPONAMEMTO CARDÍACO
SCA- dor leve a moderada
solicitar ECG e troponina
IAM
ANGINA ESTÁVEL
ANGINA INSTÁVEL
( dor leve a moderada)
PNEUMOTÓRAX
( dor leve a moderada)
geralmente associado a trauma, mas pode existir o pneumotórax espontâneo
ROTURA DE ESÔFAGO - dor intensa, lancinante com histórico de vômitos, associado a etilismo d vômitos
( dor intensa)
Possibilidades
Classificação da dor nas Síndromes Coronarianas
A - muito fortemente anginosa
B - provavelmente anginosa
C provavelmente não anginosa
D - certamente não anginosa
Obs: a presença de irradiação para a direita ou ambos, sudorese, náuseas/ vômitos ou associação com esforço aumenta a chance de síndrome coronariana
A dor geralmente é leve a moderada e lembrar que o paciente diabético infarta sem dor
Comentários
Mulher pode infartar sem dor
Nas SCA a dor é em aperto, queimação, mal definida
Abordagem do paciente com dor torácica
Paciente tem que ser admitido em sala de emergência, monitorizado, puncionado um acesso venoso, coletado HGT
EXAMES:
Ecg ( nos primeiros 10min)
Radiografia
Laboratório
( geralmente hemograma, função renal, função hepática, coagulograma, eletrólitos, troponina, d dímero)
Se o paciente estiver com uma síndrome aortica e ele for trombolizado , mata o paciente
Dissecção de aorta
Quando Levantar suspeita de Síndrome aórtica ?
Condições de alto risco - marfan, valvopatia aortica, aneurisma de aorta com dx previo, histórico familiar e cirurgia cardíaca
Dor de alto risco- abrupta, intensa, rasgante/ lancinante
Exame físico de alto risco- déficit de perfusão, insuficiência aórtica novo e hipotensão/ choque
Se 0 ou 1 ponto - d dímero
2 ou mais - angio Tc
TEP
Obs: quando o paciente chega na urgência/ emergência devemos fazer os critérios de wells e o addrs pra descartar as 2 possibilidades
Alteração no eletro somente em 10% dos casos
- taquicardia sinusal 40%
- sobrecarga de VD
- bloqueio de ramo D
Padrão S1Q3T3 ( somente 10%)
-onda S em D1
-onda Q em D3
- inversão de onda T em D3
Radiografia somente vai está normal 40%
Westermack- oligoemia focal ( hipodensidade) 0,4 %
Corcova de Hampton - hiperdensidade 0,8%
Atelectasia 17%
Infiltrado pulmonar 13,5%
Derrame pleural 16,2%
Suspeita de TEP
Aplico o score de Wells ou Genebra
Genebra é mais direto
Alta probabilidade ( solicitar angio Tc )
Já começar anticoagular antes da angio Tc
Média probabilidade ( solicitar d dímero ) se positivo fazer angio Tc, se negativo será descartado
Pra síndrome aortica o ponto de corte do d dímero é 500, pra TEP tem que corrigir pela idade, até 50 anos o ponto de corte é 500, a partir de 50 multiplica os anos por 10, então em um paciente de 60 anos o pinto de corte é 600
Baixa probabilidade PERC ( outro score)se não para todas as perguntas TEP descartado mas pode solicitar d dímero tbm
Pericardite com tamponamento
Alternancia elétrica -coração nadando no líquido
Paciente geralmente tem a clínica de dispneia, taquicardia, turgência jugular, pulso paradoxal, pode haver plenitude, edema periférico e eventualmente choque cardiogênico
Muito comum no paciente com IR que faz pericardite por uremia
Supra difuso em todas as derivações
Paciente que chega na emergência com eletro normal
O ideal a se fazer é SERIAR O ELETRO E NÃO MANDAR O PACIENTE PARA CASA
primeiro eletro dentro dos primeiros 10 min
Repetir a cada 30 min na primeira hora
Repetir a cada 3 horas após a primeira hora ou em caso de mudanças de sintomas
Na conduta do paciente com SCA
O mais importante é
Oferta de 200 a 300 mg de AAS ( cada cp tem 100 mg )
300 mg de clopidogrel ( cada cp tem 75 mg, fazer 4 cps, dose de ataque, paciente acima de 75 anos não fazem dose de ataque)
E enoxaparina 1 mg por kg de peso
Principais coisas que alteram mortalidade
A morfina ainda é polêmica pq ela diminui a motricidade intestinal, contribuindo para diminuição da absorção do AAS, clopidogrel e enoxiparina
Oxigênio apenas para saturação abaixo de 90% pq ele aumenta a mortalidade
Troponina negativa não descarta o dx de iam
Tem que fazer CURVA
Principalmente se a dor iniciou a pouco tempo
IAMSST
Nem sempre o infarto transmural vai vim acompanhado de supra de St porque as vezes o paciente pode ser esquemico crônico e desenvolver circulação colateral isso compensar na área afetada
Se o paciente tiver um infra de seguimento ST em alguns casos pode ser mais grave do que um supra desnivelamento do segmento ST um exemplo é o paciente que possui todas as artérias acometidos e gerar um infarto circunferencial subendocárdico
Anginas
Angina estável - dor ao esforço
Angina instável- dor em repouso
Abordagem inicial
Sala de emergência
Monitorização
Punciona acesso venoso
ECG em até 10 minutos
Seriando ECG
O primeiro eletrocardiograma normal não exclui IAM com supra do segmento ST
Primeiro eletro dentro dos primeiros 10 min
Repito a cada 30 min na primeira hora
Ou seja fazer pelo menos duas vezes na primeira hora
Repito a cada 3 horas após a primeira hora ou em caso de mudança de sintomas
Solicitando exames
Hemograma
Sódio e potássio
Creatinina
D dímero ( para exclusão de TEP e dissecção de aorta )
Troponina
Rx de tórax
Troponina
Existe 2 tipos a convencional e a ultra sensível
Troponina normal não exclui o diagnóstico de infarto, é necessário fazer curvas de troponina
Se a troponina convencional abaixo do valor de referência do meu laboratório, devo solicitar a segunda depois de 3 horas
Se a variação for menor que 50% provavelmente o paciente está infartando é alto risco, se a variação for menor que 30 é baixo risco
Já se a troponina convencional vier maior que o valor de referência
Se a variação for > 20% é alto risco, já se a variação for < 20% é baixo risco
Já a troponina ultrasensível
Depende da marca
Se vier abaixo do valor mínimo está descartado, se vier acima do valor máximo está confirmado e se vier no meio você repete e ver a variação
Se variação grande confirma o diagnóstico
Se variação pequena excluída
Se o paciente chegar muito precoce esperar pelo menos 2h00 para colher a segunda troponina, pq a troponina pra ser detectada no sangue periférico precisa de até 2 hrs, se a primeira o valor não confirmar o diagnóstico
Conduzindo
Não esperar a confirmação para iniciar o tratamento do paciente
Solicitar os exames e já iniciar o tratamento
Morfina
É pra conforto do paciente, não altera a mortalidade
Reduz a motricidade do TGI reduzindo a absorção das medicações orais ( AAS e clopidogrel que alteram a mortalidade)
Alguns Guidelines CI a morfina e indicam a Meperidina ou Dolantina que é um analgésico depressor do SNC
Dar o nitrato para o paciente e se não aliviar a dor aí sim que utilizamos a morfina
Oxigênio
Hiperóxia amamenta a mortalidade
Ofertar somente se saturação menor que 90%
Nitrato
Não melhora o desfecho ou seja não altera a mortalidade apenas melhora a dor
Mulheres e diabéticos que infartam sem dor não precisa fazer nitrato
Nitroglicerina 10 ml + 240 ml de SG 5% correr EV em BIC, iniciar a 2ml/h e tatear de acordo com a dor aumentar de 5 em 5
Se não tiver BIC
Isordil, 5 mg um comprimido sublingual a cada 5 minutos
Obs: existe a apresentação de 10 mg VO
Nos pacientes sem melhora da dor com o nitrato mesmo que em doses altas deve se prosseguir angioplastia em até 2h00, tratar como infarto com supra do segmento ST
Aquele paciente que tem uma isquemia subendocárdica, paciente grave
Muito cuidado com pacientes usuários sildenafil que é o inibidor da fósfodiesterase tipo cinco devido ao risco de hipotensão ou suspeita de infarto de ventrículo direito
Obs somente 30% de infarto de parede inferior pega o ventrículo direito
Se acometeu D2 D3 e AVF, eu peço V3R e V4R
AAS
- 300 mg mastigados agora ( literatura recomenda de 100- 300 mg por dia )
- 100 mg VO nos dias seguintes até a alta
Todos os pacientes devem receber, até no alérgico ao AAS, a única CI seria reação anafilática grave prévia.
Betabloqueador
Via Oral
EV reservado para paciente com taquiarritmais
- Metropolol 25 a 100 mg VO 1 x ao dia ( comprimido de 25, 50 e 100 mg)
Possui o tempo de meia vida muito longo, só ajustar no dia seguinte - Propranolol 10 a 80 mg VO de 8/8 horas ( comprimido de 10, 40 e 80mg )
Só consegue ajustar a dose depois de 8 horas por isso é mais recomendado
O objetivo é o alvo de FC em torno de 60 bpm, pra diminuir o trabalho cardíaco
Cuidado com pacientes já hipotensos, > 70 anos , asmáticos, pacientes com frequência já baixa