STAPH - Avaliação inicial Flashcards
Colisão Frontal - possíveis lesões
Dependendo da posição do assento e do passageiro, podemos ter lesões que variam da direção cima-> baixo ou baixo -> cima.
Trajetória p/ baixo: lesão da cabeça e coluna cervical ao bater no painel/para-brisa/volante ; lesão de tórax/esterno (coração, aorta, pulmão), abdome superior (tanto por compressão direta - diafragma, baço, fígado; quanto por cisalhamento - aorta, rim e vasos renais, intestino delgado, baço), TRM (hiperextensão/hiperflexão);
Trajetória p/ cima: o painel do carro pode mostrar deformação que levantará suspeita de uma lesão com alta energia. Lesões de Fêmur, Pelve, joelhos, tíbia, artéria poplítea (checar perfusão).
Observação do veículo e relação com lesões
Deformações no veículo podem dar pistas para possíveis lesões e indicar mecanismo de alto risco:
- Localizar a deformação do veículo e relacionar com a direção do impacto
- Lesão no para brisa (TCE? TRM?), Quebrado (ejeção?)
- Air bag acionado (criança atingida? Lesão Cardiovascular?)
- Painel deformado (lesão de MMII?)
- Carro sem encosto e impacto traseiro
- Objetos infantis (criança envolvida?)
- Uso correto dos cintos?
- Morte de um ocupante?
Colisão Traseira - possíveis lesões
Impactos de baia velocidade podem provocar sérias lesões em colisão traseira caso não tenha encosto de cabeça;
- > Lesão raquimedular pela hiperextensão
- > Lesão por cisalhamento de traqueia (rouquidão, enfisema, dispneia)
- Idosos podem sofrer essas lesões msm com encosto.
Colisão Lateral- possíveis lesões
- Cabeça pode chocar com o vidro contralateral ao impacto e esse movimento causar um TRM. Ou impacto com outro ocupante.
- Clavícula pela compressão com ombro
- Toráx (contusão pulmonar, pneumotórax, fratura de costelas) e Abdome (baço se motorista; fígado passageiro) do lado do impacto podem sofrer por compressão direta, ou cisalhamento.
- Pelve e Fêmur - pelo impacto homolateral
Mecanismos de alto risco em um acidente veicular
- Deformidades importantes dentro/fora do veículo (painel, para-brisa)
- Morte de um passageiro
- Velocidade > 100km/h
- Ejeção
- Queda 2x altura
- Não uso ou uso inadequado do cinto de segurança
Atropelamento - possíveis lesões em cada etapa
1° Colisão do para-choque com passageiro: lesão de MMII, pelve. Mas depende da altura do passageiro e do veículo.
2° Colisão para-brisa/capô com passageiro: TCE, TRM, Pelve, costelas
3° Passageiro ejetado: qqr lesão é possível
Capotamento e mecanismos de lesões
Passageiro sem cinto, qqr lesão é possível. Se com cinto, lesões por cisalhamento
Acidente envolvendo motocicletas
1° impacto -> motorista com guidão (baixo -> cima): lesão de fêmur, pelve
2° impacto -> carro ou asfalto (ejeção)
Acidente por queda - mecanismo de trauma
Avaliar sempre altura, superfície onde caiu, estrutura do corpo que colidiram 1° e posteriormente.
Queda em pé: lesão em tornozelos bilateral, podendo transmitir a energia p/ tíbia, fêmur, pelve, coluna lombar ou torácica.
Queda com as mãos apoiando: fratura de pulso bilateral, MMSS.
Acidente de mergulho em águas rasas: lesão de coluna cervical
AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE
- Primeiro Passo
1° Avaliação da cena
2° Impressão geral do paciente -> avaliar rapidamente os 3 sistemas mais importantes: SNC, ACV e AR;
- Hemorragia externa?
- Paciente responde uma simples pergunta (ex: “sabe o que aconteceu?”) - se sim, VA tende a estar pérvia, consciência aparentemente sem alterações (perfusão SNC e ACV), conseguiu falar uma frase (AR sem sinais iminentes de risco)
- Paciente apresenta sinais de insuf respiratória? Uso de musc, aleteio nasal, cianose, FR rápida e superficial? Voz abafada? Rouquidão? Não conseguiu terminar a frase?
- Se NÃO CONSEGUIU -> ABCDE vai permitir ID qual o sistema acometido e quão rápido o tto deve ser realizado (Scoop and run, stay and play or play and run)
AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA E ESTABILIZAÇÃO CERVICAL - A
-> Garantir posicionamento e estabilização manual da coluna cervical (primeira medida é orientar o paciente a não mexer), manter em posição neutra.
A VA é rapidamente avaliada com uma simples pergunta;
PACIENTE RESPONDE CLARAMENTE, ESTÁ ORIENTADO -> VA pérvia (A), Respiração aparentemente ok (B), aparentemente (C) ok, e Glasgow 15 (D).
SINAL DE ALARME -> Paciente não fala, voz abafada, ruídos, fala entrecortada, paciente confuso.
Se sinais de comprometimento -> abertura da cavidade oral + estabilização cervical simultânea
- Inspeção: aspirar sangue, secreções; vomito; retirar dentes soltos, próteses, corpo estranho; escutar ruídos.
- Avaliar dispositivos de VA ou uma simples anteriorização da mandíbula (reverte facilmente uma queda da base de língua)
- Se muita secreção: pode-se lateralizar enquanto aspira; remover o excesso com gaze. Com a desobstrução parcial, pode-se ofertar O2 alto fluxo com aspirações repetidas, intercaladas com mais fornecimento de O2.
AVALIAÇÃO DA VENTILAÇÃO - B
—-> entre o A-B tem o pescoço: se ñ ta com colar, colocar; TJP? Hematoma? Enfisema SC? Desvio de traqueia? Traqueia móvel? Creptação? Rouquidão? Dor, contratura creptação, deformidade em coluna cervical?
INSPEÇÃO:
sinais de esforço resp? Respiração rápida e superficial? lesões e hematomas? Fraturas? Expansibilidade assimétrica? Traqueia desviada?
PALPAÇÃO:
creptação -> (fratura? enfisema SC?) Dor localizada? Dor ventilatório dependente?
AUSCULTA:
MV abolidos em todo HT ou localizado? Estertores?
OBJETIVO é qualificar; A SpO2, FR, FC é luxo.
- Ofertar O2 suplementar.
- Alterações no C e D podem estar causando alterações no B (ex: choque hemorrágico, TCE, TRM , ..)
AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO - C
Impressão geral: pct rebaixado + cinemática importante = pensar em choque hemorrágico (atentar-se nos 5Ps)
- Pele: pálida? fria? pegajosa/úmida? Mosqueada?
- Pulso: rápido? fino?
- Perfusão: TEC > sinal tardio, mas se + é grave)
- PA (mais pro exame secundário: meu diagnóstico de choque é pela avaliação qualitativa - ex: pct rebaixado, com pulso rápido, fino = choque) - PA não altera nos primeiros estágios do choque
- Pensamento (confuso?)
- Avaliar locais de sangramento:
- Inspeção/ palpação abdominal
- Inspeção/Palpação pélvica -> fazer a restrição mesmo sem a confirmação ao exame, considerar naquele pct com choque + cinemática p/ trauma pélvico (ex moto)
- Inspeção/Palpação ossos longos (cada fêmur pode perder 1,5L)
- Se não palpou tórax -> ver novamente
- Chão do local com sangue?
X - controle de hemorragia externa
1° Pressão direta c/ gaze ( mínimo 10 min se gaze comum)
2° Torniquete: mais proximal possível do membro, apertando até diminuir o sangramento e não for mais sentindo o pulso distal (objetivo do torniquete é controlar o sangramento arterial); Um segundo pode ser aplicado próximo ao primeiro caso persista o sangramento ou ainda se palpe pulso distal (sempre anotar horário que colocou); retirar roupas no local
OBS: o uso de torniquete inapropriado fará oclusão somente venosa, represando o sangue ali e aumentando a perda sanguínea.
LESÃO EM EXTREMIDADE = PMS (pulso, motricidade e sensibilidade); Se torniquete -> objetivo é apertar até parar o sangramento e não palpar mais pulso distal, nem que isso aumente a dor (analgesia);
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - D
Nível de consciência pode decorrer de alterações em outros sistemas ( choque, hipóxia, DHE, intox, HGT, …)
- Glasgow
- Pupila
- Motricidade/sensibilidade
- Determinar histórico do estado mental basal, uso de drogas, risco de intoxicação (alcool/drogas/medicamentos), DHE e distúrbios da glicemia