DERMATOSES Flashcards
ERISIPELA
DEFINIÇÃO:
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO:
Infecção da parte superificial da derme causada mais comumente por Strepto pyogenes
QUADRO CLÍNICO: quadro agudo com edema, eritema, intensa hiperemia e calor, com margens bem definidas, aparência brilhosa, de progressão rápida e dor intensa. Febre alta e calafrios. Podem aparecer bolhas no decorrer dos dias. Localização típica nos MMII e face, geralmente com uma porta de entrada idenficada.
3. TRATAMENTO (POR 10-14 DIAS):
Casos leves: Amoxicilina 500 mg 8/8h ou cefalexina 1g 6/6h 7D; se alergia a penicilina -> eritromicina 500 mg 6/6h.
Casos graves/toxêmicos: Penicilina G Cristalina 1-2 milhões U 4/4H OU Ceftriaxone 1g/dia ou Cefazolina 1-2 g 8/8h.
+ ORIENTAÇÕES e ANALGESIA
- Repouso e elevação do membro
- > Melhora inicial dos sintomas com 24-72h. Após 5-10 dias começa descamação local. O edema pode permanecer por um tempo após o tratamento.
OBS: penicilina Benzatina não é indicada, pois não alcança concentração sérica suficiente para tratar a erisipela, sendo indicada somente no esqueda de profilaxia em erisipelas de repetição ( 1.200.000 U 4/4 semanas)
Celulite e Erisipela - principais bactérias
CELULITE: Streptococcus pyogenes e Stafilococcus Aureus
ERISIPELA: Streptococcus pyogenes
FATORES DE RISCO PARA CELULITE E ERISIPELA
Insuficiência venosa periférica Obesidade DM Idosos ou pcts debilitados Linfedema Úlceras crõnicas Tinea pedis Trauma local Picada de inseto
CELULITE
DEFINIÇÃO
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO
Infecção da derme e tecido subcutâneo, causada mais comumente por Streptococcus pyogenes e Stafilococcus aureus
QUADRO CLÍNICO: quadro subagudo (dias), precedido por febre, mal estar, calafrio, que evolui para lesão na derme com dor, edema, calor e hiperemia (esta mais clara, mais rosada, que o vermelho da erisipela). As extremidades são os locais mais acometidos e a porta de entrada pode ser arranhadura, cortes, queimaduras, picada de inseto, cateteres, incisão cirúrgica, trauma, mordedura, …
TRATAMENTO (POR 10-14 DIAS)
Casos leves/moderados: Cefalexina (1g 6/6h 7d) OU Clindamicina OU Eritromicina
Casos graves: Oxacilina 2g IV 4/4h 7d
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:
- Casos de infecção purulenta geralmente são por S.aureus MRSA, em casos graves –> Vancomicina ou Linezolida;
- Trauma? Pensar em celulite mais que erisipela
- Mordedura animal e celulite? MO são outros -> usar Amoxicilina-Clavulanato
DIFERENCIAÇÃO CLÍNICA ENTRE ERISIPELA X CELULITE
ACOMETIMENTO DA PELE: erisipela pega camadas mais superificias, sendo mais delimitadas, podemos diferenciar bem a pele acometida da normal, e tem certo relevo na região. Já a celulite acomete áreas mais profundas da derme, com menor diferenciação dos seus limites.
COLORAÇÃO: a erisipela apresenta coloração mais avermelhada, já a celulite mais rosada, mais clara
EVOLUÇÃO: celulite tem curso subagudo, com história mais arrastada, sem muito sinais sistêmicos, só locais. Já a erisipela, tem evolução rápida, apresentando muitas vezes febre, mal estar (sintomas sistêmicos)
HERPES ZOSTER
1) DEFINIÇÃO
2) QUADRO CLÍNICO e DD
3) ORIENTAÇÕES
4) COMPLICAÇÕES
5) TRATAMENTO
6) QUANDO INTERNAR
7) CASOS ESPECIAIS
Ativação do vírus, previamente latente no gânglio nervoso, geralmente após um fator estressante, trauma, idade avançada***, imunocomprometimento (HIV+, neoplasias, dç autoimune, transplantado, …)
QUADRO CLÍNICO: inicia-se com dor, sensação de queimação ou pontad, alteração de sensibilidade em um dermátomo, evoluindo após alguns dias (geralmente após 3 dias), com a lesão na pele, localizando o dermátomo específico, comumente não passando a linha média. Pode ter aumento de temperatura, mal estar inespecif. acompanhando o quadro.
Quando às lesões da pele: iniciam-se como pálpulas -> vesículas, com bases eritematosas -> crostas (7° dia).
Locais mais comuns: região intercostal (torácica ou lombar), cervical
DD: dermatite de contato, herpes simples, impetigo, sífilis
Quando disseminado, + comum no imunocomprometido.
Se lesão na ponta do nariz (Sinal de Hutchinson) -> avaliação oftalmológica, sinal que indica acometimento do nervo ocular
Se lesão do nervo ocular -> pode ter cefaleia, dor ocular precedendo o quadro, evoluindo com conjuntivite, paralisia dos mm oculares, redução da acuidade.
ORIENTAÇÕES: evitar contato com gestantes, imunocomprometidos e prematuros. Pelo menos até a formação da crosta, pois o contato direto e aerossol da pele pode transmitir.
No paciente com herpes disseminada (internar), o paciente fica em isolamento de aerossol até evolução para forma de crosta da lesão.
COMPLICAÇÕES:
- Maior parte não tem, há evolução benigna.
- Se complicar, a mais comum é a NEURALGIA PÓS HERPÉTICA, dor que se mantém após 3 meses do quadro. TTO com gabapentina, mas são pcts com difícil controle geralmente, necessitando de grupo da dor.
- Infecção secundária (ato de coçar*)
- Meningite, encefalite
TRATAMENTO:
Ambulatorial ->
1 - Velaciclovir 1000 mg (cp 500 mg) 8/8h por 7 dias
2 - Aciclovir 800 mg (cp 400 mg), 5x/dia por 7 dias
+ Analgesia:
AINE, opioide fraco (SN), corticoide se dor muito intensa
Internado ->
1 - Aciclovir 10 mg/kg 08/8h IV 7-14 dias
INTERNAR quando há:
- Herpes disseminado em pacientes imunossuprimidos
- Acometimento ocular (ou do nervo ocular - ex: lesão na ponta do nariz)
- Acometimento do SNC (encefalite, meningite)
- Dor refratária
CELULITE E ERISIPELA - QUANDO INTERNAR
- Sinais de toxemia (SIRS)
- Progressão rápida do eritema (de um dia p/ outro aumentou mt, por exemplo)
- Ausência de resposta após 48h do ATB
- Infecção próxima a próteses
INTERNOU -> hemocultura, apesar da baixa positividade