NEUROINTENSIVA Flashcards

1
Q

AVCi - sintomas e exame inicial

A

Fraqueza súbita ou dormência, formigamento, em face, membros superiores ou inferiores, especialmente em um dos lados do corpo;
Confusão súbita ou alteração comportamental;
Alterações de linguagem (dificuldade para falar ou compreender, escrever e ler);
Status mental alterado;
Assimetria facial;
Alterações visuais súbitas em um ou ambos os olhos;
Tontura ou perda do equilíbrio ou da coordenação;
Dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente.
Alt ocular

AVALIAR:
Nível de consciência
Orientação (idade mês)
Comandos (abrir/fechar os olhos & apertar/soltar a mão)
Motricidade ocular 
Campos visuais
Força nos 4 membros 
Sensiblidade nos 4 membros
Linguagem (afasia?) + capacidade de escrita e nomeação
Disartria
Negligência
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2
Q

NEUROIMAGEM NO AVEi

A

1° TC SEM CONTRASTE: tempo preconizado: realizada até 25 minutos da adm
O QUE PROCURAR?
1) Excluir AVCh e demais CI a trombolise
2) Outros DD (ex: neoplasia, hematoma, abscesso)
3) Estimar core e penumbra isquêmica
4) Avaliar vasos cervicais e cerebrais para definir terapia mais adequada

ACHADOS NO AVCi:
TC normal nas fases iniciais.
Apagamento de sulcos cerebrais
Hipoatenuação de núcleos da base
Sinal da ACM hiperdensa (coagulo na artéria) - 30-40% dos casos de obstrução na ACM / Trombos também podem ser visíveis em outros vasos - ex: sinal da basilar hiperdensa, ramo distal da ACM.
Hipodensidade (mais tardio) e traduz um comprometimento maior.

Se > 6h, sensibilidade de 82% para infartos grandes da circulação anterior.
ESCORE ASPECTS: divide territórios da perfusão da ACM em 10 campos. Cada área afetada diminui 1 de 10 pontos. Se escore < 7 tem risco grande de transformação hemorrágica posteriormente, sendo um dos fatores limitantes da trombólise e possivelmente trombectomia (pode ñ ter mais benefício em reperfundir a área)

TC OU RNM DE PERFUSÃO: ‎ podem apresentar diferentes características da perfusão cerebral, incluindo fluxo sanguíneo cerebral, volume sanguíneo cerebral, tempo médio de trânsito, … De acordo com a cinética do contraste injetado.
MISMATCH PERFUSÃO/DIFUSÃO: ‎Perfusão (PWI) pode demonstrar regiões isquêmicas do cérebro (penumbra + core). Em contraste, a Difusão revela edema citotóxico de infarto (core isquemico)
MISMATCH DIFUSÃO/FLAIR: difusão + e flair - correlaciona-se com um evento < 4,5h, estudado para pacientes com wake up stroke.

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3
Q

AVCi - Fibrinolítico
Ação
Janela terapêutica
Dose

A

MECANISMO DE AÇÃO: ativação do plasminogênio, que irá formar a plasmina que, por sua vez , degrada a fibrina, um dos componentes do coágulo.
NNT em 3h 10
NNT 3-4,5h de 20

Um tempo porta-agulha de ≤60 minutos é a referência para alcançar um tratamento rápido com alteplase.
Janela de 4,5h, embora melhores resultados em <3h
A DOSE da ALTEPLASE é de 0,9 mg/kg e não deve exceder 90mg. Cerca de 10% da dose deve ser administrada em bolus IV inicial no primeiro minutos, seguido pelos 90% restantes da dose por infusão durante a próxima hora.
- Fazer em acesso exclusivo. Preferencialmente com 2 acessos puncionados (um disponível para uso do niprid, por exemplo), sem problema em ter o acesso da trombolise no membro paretico.

r-tPA - > 0,9 mg/kg (máximo 90 mg – 100 kg) em 60 minutos:

NÃO TRATAR ANTES DO EXAME DE IMAGEM!!

  • Após a trombólise, ir para TROMBECTOMIA MECÂNICA se for oclusão de grande vaso (Carótida, ACM, ACA).
    TROMBOS PROXIMAIS: caso o trombo se localize em carótida interna (ACI), o sucesso da trombólise é de apenas 4 a 8%. Para a impactação em território M1 a artéria cerebral média (ACM M1) essa taxa é de 24 a 32 por cento. E nos casos de acometimento de território M2 (ACM M2), o sucesso é de apenas 31 a 44%

Embora não esteja licenciado nos EUA para trombólise no tratamento de AVC isquêmico agudo, há evidências de qualidade moderada a alta de que tenecteplase intravenosa (0,25 mg / kg, máximo de 25 mg, administrado em um único bolus) tem eficácia e segurança semelhantes. em comparação com alteplase

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4
Q

AVCi - Contraindicações à trombolise

A

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
HISTÓRIA:
-História de TCE grave, cirurgia do SNC ou AVCi nos últimos 3 meses
- AVCh prévio
-Neoplasia do SNC, MAV ou aneurisma conhecidos

CLÍNICA:

  • Sintomas que sugerem HSA mesmo com TC normal (cefaléia holocraniana? Náuseas e/ou vômitos?)
  • Persistente elevação da PA (PAS ≥ 185 e/ou PAD ≥ 110)
  • Glicose < 50 mg/dL
  • Sangramento interno ativo
  • Diatese hemorrágica (incluindo condições hematológicas e não hematológicas)
  • Sangramento GI nas últimas 3 semanas

OBS: nao esquecer que o AVE pode ser por outra causa que CI a trombolise, avaliar os DD (ex: TCE, dor torácica e deficit de pulso p/ DAA, febre e endocardite, neuroinfeccoes, ….)

HEMATOLÓGICO:

  • Plaquetas < 100.000/mm³
  • Uso de anticoagulante oral e RNI > 1.7
  • HNF nas ultimas 48h com TTPA >
  • Uso de HBPM terapêutica nas últimas 24h
  • DOAC nas ultimas 48h (AAS e clopi ñ sao CI)

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO:

  • Evidência de hemorragia
  • Extensa região de hipodensidade consistente com lesão irreversível

OBS:
- Terapia trombolítica não deve ser atrasada enquanto os resultados estão pendentes, a menos que (1) haja suspeita clínica de uma anormalidade de sangramento ou trombocitopenia, (2) o paciente está atualmente ou recebeu recentemente anticoagulantes. Mas deve ser descontinuado se o INR, PT ou aPTT excederem os limites indicados na tabela ou se a contagem de plaquetas for <100.000 mm

RELATIVOS:

  • Grande cirurgia ou trauma nos últimos 14 dias
  • Sangramento do trato urinário nas últimas 3 semanas
  • IAM nos últimos 3 meses (mas foi repefundido? Formou Aneurisma? Pode ser considerado trombolisar a depender do contexto)
  • Gravidez

JANELA ENTRE 3-4,5H:

  • Estudo ECASS III (multic, randomiz, duplo cego), com 821 pacientes com AVEi. Interveção com r-TPA em pacientes de 3-4,5h do delta x placebo. Outcome a incapacidade mínima ou nenhuma. Sendo benéfico no grupo intervenção (52% x 45%).
  • Exclusão de pacientes com > 80a, uso de anticoag, NIHSS > 25, AVE + DM. Atualmente, a unica questão a ser considerada é o subgrupo com NIHSS > 25 , dado que a significa extensão da isquemia tem o benefício superado pelo risco de complicação hemorrágica em pacientes com imagem significativa. Se core isquêmico menor vale considerar e nao torna-se CI.

–> Paciente pode ter CI à trombólise mas indicação de TROMBECTOMIA

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5
Q

AVCi - Manejo da PA

Metas para pcts elegíveis ou não p/ fibrinólise

A

O manejo da pressão arterial (PA) do paciente com AVCi deve se basear no fato do paciente ser elegível ou não para terapia fibrinolítica. Na fase aguda do AVCi é frequente observar-se aumento da PA em razão de uma reação endócrina desencadeada a partir do evento isquêmico, com aumento do cortisol, ACTH e catecolaminas.

Paciente NÃO ELEGÍVEL para terapia firbinolítica: deve-se considerar redução da PA se níveis pressóricos acima de PAS > 220 e/ou PAD> 120 mmHg (abaixar em torno de 15% nas primeiras 24h), exceto se lesão sistêmica concomitante de outro órgão: IAM, ICC ou dissecção aguda de aorta;
Controle pressórico nas 24-48h após o insulto naqueles mais estáveis, com redução gradual ao longo dos dias; Importante que para aqueles com estenose significativa de grandes vasos intra/extracranianos podem ter que fazer uma redução bem mais lenta (1-2 semanas), importante excluir essa condição em pacientes sem causa estabelecida e considerar o controle só após a elucidação;

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6
Q

AVCi - cuidados pós trombólise

A

TROMBÓLISE -> Durante trombólise: vigiar PA, NIHSS, sinais de HIC (cefaleia intensa, náuseas/vômitos, piora neurológica, hipo ou hipertensão –> transformação hemorrágica?)
CONDUTA: suspender rT-PA, fazer TC sem contraste de urgência e solicitar coagulograma, tipagem sanguínea/provas cruzadas, fibrinogênio, Hb e Plaquetas. Tratar, assim como sangramentos sistêmicos, com plasma /crio (manter fibrinogenio > 100) e plaquetas se uso de AAP ou plaquetopenia, transamin (10mg/kg em 50mg/min)
-> CLASSIFICAÇÃO:
H1: sangramento petequial
H2: sangramento petequial confluente
HP1: hematoma > 30% area infartada, sem efeito de massa
HP2: hematoma > 30% area infartada, comefeito de massa

  • Alteplase pode causar angioedema orolingual em até 5% dos casos (FR uso de IECA) -> atentar-se quanto a isso e proteger VA SN, suspender medicação e tratar como reação anafilática se grave. Mas em geral são leves e no máx anti-histamínicos e corticoide melhoram.
  • TC de controle 24h pós trombólise ou qualquer momento se piora clínica
  • DDH se tolerância do paciente

NÃO FAZER:

  • Acesso venoso central ou punção arterial, ou SNE e SVD
  • AAS antes de 24h do evento:
  • Profilaxia TEV ou outro anticoagulante antes de 24h
  • Se necessário, SVD só após 30 min após.
  • Manter em dieta zero até 24h pós infusão pelo risco de cirurgia de urgência frente sangramento. Avaliação fonoaudióloga para reintrodução alimentar VO frente risco de disfagia.
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7
Q

HIP

1) Fatores de risco
2) Quando suspeitar e exame de imagem
3) Tratamento

A

1) HAS*, se localização atípica: investigar MAV, aneurisma
ETIOLOGIAS: vasculopatia hipertensiva (talamo, putamen, cerebelo, ponte), angiopatia amiloide (lobar) e MAV são as mais comuns

2) Paciente com cefaleia intensa (40%), náuseas, vômitos (49%), PA elevada (90%) , RNC e déficits focais. Pode ter RNC (50%) e convulsão como início do quadro.
EX. IMAGEM:
- TC sem contraste -> lobar (36%), putamen (28%) e tálamo (17%) são os principais. Outros locais: ponte (7%) e cerebelo (12%)
Sport sign: prediz aumento de hematoma, o processo de extravasamento sanguíneo está acontecendo. É um marcador prognóstico importante, pois possui E e S cerca de 90% para mortalidade e sequela grave.
Angiografia: se suspeita de MAV, aneurisma

DD ao exame de imagem:
MAV: localização pode ser lobar, intraventricular, subaracnoidea. Pode haver isquemia concomitante pela má perfusão
TVC: sangramento + area de infarto, edema desproporcional (edema vasogênico)
Hemorragia pós AVEi: localização compatível com área de perfusão de alguma artéria + edema restrito aquela região (edema citotóxico), associa-se com isquemia grande ou associada a causa cardioembólica
Neoplasia

  • Achados atípicos para HIP clássica:
    . Edema perihemorragia desproporcional ao tamanho (edema vasogênico) - turmo?
    . Hemorragias multifocais (metastase?)
    . IVH isolada (MAV?)

ESCORE ICH: prediz taxa de mortalidade, indo de 0-6.

3) TRATAMENTO:
- Elevação da cabeceira 30-45°
- G: euglicemia ( 80-120 mg/dL)
- O
- S
- T

  • C: Evitar agitação, dor e febre -> analgesia e antitérmico SN
  • A; tratar agressivamente alto nível pressórico (ALVO PAS < 140 mmHg) se PAS 220-150. Caso PAS > 220, reduzir gradativamente, atingindo níveis 140-160 nas próximas horas, desde que o paciente permaneça estável. Sempre monitorar o paciente nessa redução e, em caso de deterioração, pode-se corrigir mais rapidamente para o alvo. Níveis muito abaixo de 140 podem aumentar o risco de IR e isquemia cerebral.
  • Uso de anticonvulsivante é controverso, só usar se houver crise / Considerar se hematoma grande, localização lobar, HIC, … Se RNC > EEG p/ ver crise
  • Se uso de anticoagulante, avaliar reversão
  • P: profilaxia de TEV após 48h

COMPLICAÇÕES

1) HIC: monitorizar PIC quando GSC =< 8 ou sinais clinicos de herniação ou Significativa IVH ou Hidrocefalia e tto para alvo entre 50-70
2) Convulsão: identificar pacientes de alto risco e considerar profilaxia (hematoma lobar, sinais de HIC, ..). Localização profunda, de fossa posterior (ex: putamen), cerebelo, são de baixo risco, não precisariam de profilaxia.
3) Ressangramento: controle agressivo de PA
-
-

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8
Q

FLUXOGRAMA DE TTO AVEi SEGUINDO NEUROIMAGEM

A

Paciente com suspeita de AVEi -> TC sem contraste (hemorragia? sinais precoces de infarto? Área hipodensa ja grande?) + Angio TC arterial (Oclusão de grande Vaso? Avaliar circulação colateral)

Se + OCLUSÃO DE GRANDE VASO (ACI e ACM/M1) ->
- Tempo < 4,5h -> trombólise + trombectomia (se paciente elegível - “regra dos 6-6-6”) / NIH >= 6 ou déficit incapacitante para o pct +
Ictus até 6h + ASPECTS >= 6 (pequeno core)
- Tempo 4,5h-6h -> Trombectomia se pct elegível (“regra dos 6-6-6”)
- 6h < Tempo < 24h -> Fazer TC ou RNM de PERFUSÃO -> avaliar benefício no Mismatch para trombectomia seguindo a elegibilidade dos estudos (DEFUSE 3: 6-16h / DAWN: 6-24h).
OBS: nos centros sem TC ou RNM de PERFUSÃO, pode se fazer o mismatch CLÍNICO-ASPECTS (ex: NIHSS >=10 e ASPECTS >=6) e considerar a trombectomia mecânica, conforme o estudo DAWN.
OBS2: trombólise é pouco eficaz em recanalização em oclusões proximal em ACM e menos ainda nas carotídeas.

Se - para OCLUSÃO DE GRANDE VASO

  • Tempo < 4,5h -> trombólise imediata
  • 4,5h < Tempo < 9h -> TC ou RM de Perfusão para avaliar o core isquêmico e área de infarto - benefício de trombólise?

Wake up Stroke: pode ser avaliado benefício da trombólise pela sequência de FLAIR/DIFUSÃO pela RNM. Essa incompatibilidade de imagem (difusão positiva / FLAIR negativa) se correlaciona com um tempo de início do AVC de 4,5 horas ou menos

Em oclusões de circulação posterior (vertebrais, ACP, basilar) pode-se considerar trombectomia em centro especializado, porém os estudos não incluíram esses pacientes.

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9
Q

CUIDADOS GERAIS AVEi

A

A: avaliar necessidade de proteção de VA (ex: HIC e RNC por oclusão vertebrobasilar, isquemica extensa com efeito de massa)- hipoventilação leva aumento de pCO2 que causa vasodilatação e aumenta ainda mais HIC; Ou vomitos e incapacidade de proteção

CONTROLE DE “GHOST CAP” NO AVEi

  • GLICEMIA (80-180 mg/dL) - Principalmente evitar ainda mais a HIPOGLICEMIA / HIPERGLICEMIA: pode ‎‎aumento ‎‎lesão cerebral por vários mecanismos, incluindo aumento da acidose tecidual do metabolismo anaeróbico, geração radical livre e aumento da permeabilidade da barreira cerebral sanguínea‎. O controle estrito EV (80-130mg/dl) está relacionado a mais episódios de hipoglicemia, sem diferença no desfecho quando comparado ao esquema usual subcutâneo.
  • HEMOGLOBINA (anemia), transfundir se HB< 7, considerando outros fatores (ex: manutenção importante de déficit, isquemia cardíaca aguda, …)
  • HEAD POSITION: Decúbito 0-30º: se paciente conseguir -> reposicionar de 30 para 0° aumentou a perfusão cerebral em 20% em uma analise com DTC . Benefício provável em paciente com obstrução em grande vaso, onde há perda da autorregulação da perfusão. Nesses casos ou em que não sabemos, vale deixar em decúbito 0 nas primeiras 24h (não mais que isso, aumenta risco de aspiração), porém benefício não foi comprovado: ‎HeadPoST controlled trial de mais de 11.000 indivíduos com AVE (85 por cento isquêmico) foram aleatoriamente atribuídos a uma posição plana ou uma posição sentada com a cabeça elevada para em ‎‎menos ‎‎30 graus, não houve diferença entre grupos de tratamento em desfechos de incapacidade, mortalidade ou eventos adversos graves). Avaliar individualmente, considerando risco de disfagia, hipóxia, descompensação de DCV, conforto do pct e chance de HIC.
  • Oxigênio (SpO2) se < = 92%
  • Sódio (evitar hiponatremia -> edema cerebral -> SF 0,9% p/ melhor distribuição intravascular x intersticial), porém evitar hipervolemia -> manter euvolemico
  • TEMPERATUR: hipertermina está associada a piores desfechos. É importante fator a ser considerado em DD (abscesso cerebral? Endocardite com ebolização? Meningite?) ou fator a ser investigado no paciente pós AVE (sepse? - Rastreio infeccioso)
  • Conforto (evitar dor)
  • Arterial Pressure: Individualizar -> avaliar qual método terapêutico realizado, se houve sucesso na reperfusão e direcionar o alvo pressórico, Ex: Paciente pós trombolise e treombectomia -> alvo mais baixo / Paciente pós trombectomia, porém sem sucesso na reperfusão -> alvo mais alto; Se hipotensão: avaliar DAA, IAM, TEP, arritmias, hipovolemia, sepse associados / Alimentação (olho em disfagia): Realizar teste para disfagia dando agua e avaliar se deglute bem, além de atentar-se na hora da refeição. SNE SN.
  • P (cuidados para TVP/TEP): mobilização após 24h do evento - AVERT trial comparou mobilização muito precoce (< 24h) x usual, com melhor desfecho ao grupo de cuidado usual /
  • Pós Trombolise: CPI na adm e profilaxia quimica 24h pós procedimento
  • Trombolise não indicada: heparina se não houver indicação de DAPT
  • AIT/AVE minor: se uso de DAPT, CPI + manter sem heparina
  • Uso de ACO: CPI + heparina nas 24h pós trombolise (período que ACO é mantido suspenso. Sendo reiniciado após a fase aguda), mantida até reintrodução do ACO ou até atingir fase terapeutica
  • Introduzir ESTATINA na prevenção secundária tão logo VO/SNE estiver disponível, com redução importante de eventos;
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10
Q

1) RNM POR DIFUSÃO - mecanismo

2) DIFUSÃO-FLAIR mismatch - o que é

A

RM por DIFUSÃO: no AVC isquêmico agudo, a falha das bombas de Na-K-ATPase dependentes de energia cria um gradiente osmótico que favorece a translocação de água do espaço intersticial para o intracelular. A água intracelular (edema citotóxico) não pode se difundir tão livremente quanto a água extracelular, e essa restrição à difusão ou difusividade reduzida é facilmente demonstrada na RNM por DIFUSÃO.
A diminuição da difusão de água que ocorre com o AVC isquêmico agudo é transitória, durando cerca de uma semana

DIFUSÃO-FLAIR mismatch - O DIFUSÃO-FLAIR mismatch refere-se à evidência de uma lesão hiperintensa no DIFUSÃO (edema citotoxico) consistente com infarto agudo, mas nenhuma anormalidade de sinal correspondente nas imagens FLAIR. Essa incompatibilidade indica que o AVC é relativamente agudo (ou seja, dentro de 4,5 horas), uma vez que não passou tempo suficiente para o desenvolvimento do sinal hiperintenso no FLAIR, um sinal de edema vasogênico. A incompatibilidade DWI-FLAIR foi usada em ensaios clínicos para selecionar pacientes para tratamento com trombólise intravenosa quando o tempo de início do AVC não foi testemunhado ou é desconhecido (“Wake up Stroke”).

FISIOPATOLOGIA: ‎no insulto isquemico, a falha das bombas Na-K-ATPase dependentes de energia cria um gradiente osmótico que favorece a translocação de água do intersticicial para o espaço intracelular‎ (edema citotóxico); ‎A água intracelular não pode se difundir tão livremente quanto a água extracelular, e essa restrição de difusividade é demonstrada no método de DIFUSÃO, pode detectar anormalidades devido ao infarto dentro de 3 a 30 minutos de início.

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11
Q

1) TC OU RNM POR PERFUSÃO - o que é

2) PERFUSÃO/DIFUSÃO - mecanismo

A

1) IMAGEM POR PERFUSÃO: há injeção de contraste que permite análise das características da passagem do contraste através do tecido cerebral, podendo exibir diferentes características da perfusão cerebral, incluindo fluxo sanguíneo cerebral, volume sanguíneo cerebral, tempo médio de trânsito, …
2) PERFUSÃO / DIFUSÃO se refere à presença de uma área relativamente maior de isquemia em PERFUSÃO (ou seja, a penumbra ou território com perfusão criticamente baixa) em relação a uma área menor de lesão isquêmica irreversível (ou seja, o CORE) em DIFUSÃO. Essa incompatibilidade PERFUSÃO/DIFUSÃO está sendo usada como um marcador de imagem para selecionar pacientes que têm tecido cerebral recuperável e, portanto, provavelmente se beneficiam de terapias de reperfusão pela trombectomia.

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12
Q

MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA MULTIMODAL

1) CONCEITO
2) MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

A

1) CONCEITO: avaliação rápida a beira do leito de dados que ajudam a id uma lesão cerebral secundária (ex: ressangramento ou vasoespasmo na HSA)

2) AVALIAÇÃO
- Perfusão (Doppler TC)
- Pressão (PIC)
- Atividade elétrica (EEG)
- Atividade fisiológica (exame clínico, alt SV, alterações lab)
- Estrutural (imagem)

  • PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC): VN 7-15 mmHg / PIC aceitável até 22 mmHg / PPC ideal > 60 mmHg.
    > Indicação: HIC ou chance alta de ter: TCE, HSA e outros AVEs, Edema cerebral (ex: hepatite fulminante); Podendo ser inserido Intraventricular, intraparenquimatoso ou epidural e subdural - menos fidedignos, mas melhores em casos de coagulopatia (ex: hepatite fulminante)
  • ATIVIDADE ELÉTRICA: ELETROENCEFALOGRAMA (EEG)
  • Exame diag. ou monitorização
    > Indicação: EME, auxilio diagn. no coma sem causa evidente, monitorização de sedação, pós-PCR / AVEh / TCE
  • PERFUSÃO:
    > DOPPLER TRANSCRANIANO
    Eficaz em predizer vasoespasmo angiográfico, utilizando índices, porém com limitação de dizer se irá ter repercussão clínica (isquemia cerebral).
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13
Q

AVALIAÇÃO DO PACIENTE COM ANC

1) CAUSAS DE ANC
2) AVALIAÇÃO INICIAL

A

A: Abstinência/ Alcool / Acidose / Arritmias (taqui ou brad)
E: Eletrólitos / Epilepsia / Eclâmpsia / Endócrino
I: intoxicação / infecção - sepse, meningite, infecções do SNC em geral
O: Opióde / O2 e CO2 - hipoxia ou hipercapnia
U: uremia (IR ou IH)

T: Trauma / Tumor SNC / Tóxico
I: insulina (Hipo/Hiperglicemias)
P: Psicogênica / Perfusão (choque - obstrutivo? Cardiogênico? ….)
S: Stroke (AVE) / Síncope

2) AVALIAÇÃO INICIAL
A: capacidade de proteção de VA, sinais de intoxicação (ex: sialorreia), disartria, paralisia facial (AVE?), mordedura de língua (convulsão)
B: padrão respiratório (neuropata?), foco infeccioso pulmonar?; Insuf Resp (TEP? EAP? ITR? Intox?)
C: Choque? Disautonomia (intox? pós ictal? AVE?)
D:
- Avaliar NC
- Avaliação motora (postura patológica - extensão?), simetria de movimentação/sensibilidade
- Avaliação de pares cranianos (MOE, face)
- Pupilas (simetria, reflexo, “olhos de boneca”)
E: lesões em pele (infecção cutânea), uso de drogas ilícitas, coagulopatias, flapping, metástases (tumor SNC)

LAB:

  • HGT, hemograma, função renal, screening hepático, coagulograma, culturas e LCR (SN - HSA, meningites), hormônios tireoidianos (SN)
  • EEG (SN)
  • CAUSA METABÓLICA/INFECCIOSA x CAUSA ESTRUTURAL -> avaliar necessidade de exame de imagem
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14
Q

ANTICOAGULAÇÃO NO AVEi POR;
AVEi cardioembólico
AVEi aterosclerótico

A
  • Inicialmente, a terapêutica provavelmente iniciará com um antiagregante até melhor elucidação da causa do AVE, com exames neurovasculares, cardíacos e outros laboratoriais. Muitos pacientes compartilham comorbidades que são fatores de risco para AVE além de FA, a presença dessa condição não implica necessariamente que é por essa causa. Por outro lado, 45% dos pacientes de causa cardioembólica terão trombos residuais vistos em ECOTE. A não visualização, entretanto, não muda a anticoagulação a longo prazo.
  • A anticoagulação precoce com heparina pode trazer mais malefícios que quando é adiada
  • Considerar outras indicações de anticoagulação (ex: valva cardiaca, TEV prévio, FA prévia)
    FIBRILAÇÃO ATRIAL: anticoagulação oral pode ser iniciada imediatamente para pacientes com um ataque isquêmico transitório, e logo após o início do AVC isquêmico para pacientes clinicamente estáveis com infarto de tamanho pequeno ou moderado e sem complicações hemorrágicas ou hipertensão descontrolada. Para pacientes com fibrilação atrial que têm um grande infarto, transformação hemorrágica sintomática ou hipertensão mal controlada, prorrogar a anticoagulação oral por uma a duas semanas é geralmente recomendável‎, iniciando AAS e reintroduzindo ACO quando melhor estabilidade clínica e mantido como profilaxia secundária, sendo o AAS suspenso ou mantido se indicado;
    -> PA descontrolada, AVE grande (> 1/3 do território da ACM, 1/2 da ACP, NIHSS > 15) mas sem sangramento: AAS, para depois introdução de AO em 1-2 semanas
    -> Sangramento maior: aguardar estabilidade para introdução de AO
    -> PA controlada, infarto não grande, sem evento hemorrágico: AO introduzido quando melhor estabilidade e a depender do julgamento clínico (ex: na enfermaria, com 24-48h, 5-7 dias se infarto moderado, …), o início precoce do AO nao está relacionado com diminuição precoce de novos eventos isquemicos, tendo relação com mais eventos hemorrágicos.
    -> AO precoce naqueles pacientes com Trombo intracavitário ou trombo associado a valva cardíaca, ‎que estão em alto risco de curto prazo para acidente vascular cerebral recorrente ‎ - exceto se condições acima (PA descontrolada, AVEi maior, sangramento intracraniano, …) -porém controverso, sendo que alguns especialistas advogam para o uso do AAS inicialmente

Diretrizes Europeias:

  • Se for AIT, pode-se iniciar no mesmo dia
  • Pequena isquemia: 3-5 dias pode começar
  • Modera área isquemica: 7-10 dias
  • Grande área isquemica: 10-14 dias

ANTICOAGULAÇÃO AVEi ATEROSCLERÓTICA:
Obstrução de ACI extracranial: avaliar indicação de ratamento ->
( 1) Angioplastia (DAPT antes e por 30d após procedimento / AA monoterapia após) ou
(2) Endarterectomia (AAS* ou DAPT até procedimento / AA monoterapia após) /
(3) Não reperfundido (AVEi minor (NIHSS< 5): DAPT 21d seguido de AA monoterapia / AVEi maior (NIHSS > 5): AA monoterapia)
Obstrução significativa (70-99%) de grande vaso intracranial: DAPT por 90d seguido de AA monoterapia
- Obstrução não significativa (50-69%) ou criptogênico: AVEi minor: DAPT 21d seguido de AA monoterapia / AVEi maior (NIHSS > 5): AA monoterapia
** Não necessariamente um AVE minor tem NIHSS > 5, a área de infarto deve ser indivualizada para definr risco x benefício de uma monoterapia ou DAPT.

TRASNFORMAÇÃO HEMORRÁGICA SINTOMÁTICA OU SANGRAMENTO SISTÊMICO : suspender anticoagulação ou AA por 1-2 semanas até melhor estabilidade, retomando após esse período.

  • Se tranformação petequial pode-se manter o uso do AA, porém qualquer sangramento contraindica o uso de DAPT;
  • Para transformações assintomáticas não necessariamente irá ser suspenso, especialmente petequial. Para outras hemorragias assintomáticas não significativas não está claro se a AA irá contribuir para progressão do hematoma, dada ação longa do AAS nas plaquetas, pode-se avaliar manter o AAS, mas sempre individualizar a conduta; CI DAPT. E se a AA não foi iniciada, vale aguardar melhor estabilidade;
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15
Q

AIT

A

DEFINIÇÃO DE ANTICOAGULAÇÃO:
- Se paciente ja faz uso de anticoagulante oral > mantem / ou apresenta indicação clara para tal (ex: FA, TEV, protese valvar ) > inicia a anticoagulação;
Pode ser considerado associar um antiagregante caso a causa aterosclerótica seja provavel;
Tripla terapia não é aconselhada pelo risco de hemorragia

  • Causa desconhecida -> ESCORE ABCD2
    < 4: AAS monoterapia (dose de ataque + manutenção)
    > ou = 4: DAPT (Ataque AAS 300 + Clopi 300-600 / manutenção)
    Terapia para os primeiros 21 dias

Indicação pode variar a depender do vaso obstruido (ex: ACI) e tto proposto (Angioplastia x Endarterectomia)

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16
Q

EME

1) DEFINIÇÃO E TEMPOS

A

1) DEFINIÇÃO: pode ser tanto uma crise com duração maior que 5min (espera-se que não cesse espontaneamente) ou com duas crises sucessivas sem recuperação da consciência entre elas.
TEMPOS:
O primeiro, t1, é o momento em que a atividade convulsiva em curso deve ser considerada anormalmente prolongada, com probabilidade de parar espontaneamente e quando o tratamento para o estado de mal epiléptico deve ser iniciado.
O segundo, t2, é o tempo após o qual a atividade convulsiva em curso representa um risco significativo de complicações em longo prazo.

A definição da ILAE é a seguinte: “Status epilepticus é uma condição resultante da falha dos mecanismos responsáveis ​​pelo término das convulsões ou do início de mecanismos que levam a convulsões anormalmente prolongadas (após o ponto de tempo T1). É um condição que pode ter consequências de longo prazo (após o ponto de tempo T2), incluindo morte neuronal, lesão neuronal e alteração das redes neuronais, dependendo do tipo e da duração das crises. “
A ILAE sugere o uso de T1 e T2 para:
CTG: T1 5min e T2 10min / CRISE FOCAL: T1 10min e T2 60min / Status
epiléptico de ausência, T1 10min e sem tempo definido p/ T2
EME CONVULSIVO: se com atividade motora, com ou sem alt consciência
- FOCAL: pode ser fixo ou progredindo, quase sempre associado a lesão focal (as vezes sutil que não é visto em TC, mas visualizada em RNM). Geralmente, distúrbios metabólicos dão alterações neurológicas difusas, porém particularmente o EHH pode causar alteração FOCAL MOTOR.
A terapia pode ser menos agressiva, já que T1 10min e T2 60min, otimizando anticonvulsivante, por exemplo.
STATUS EPILEPTICO REFRATÁRIO: não definido por tempo, mas pela refratariedade as medicações de 1°a e 2°a linha
STATUS EPILEPTICO SUPERREFRATÁRIO: insucesso após 24h com terapia anestésica

  • EME NÃO CONVULSIVO: se sem atividade motora proeminente (pode ter contrações musculares discretas, hippus, desvio tonico do olhar, nistagmo, mov oromastigatórios ou tremores faciais …), com ou sem alt consciência.
    Tem-se que o atraso no dg de um “coma a esclarecer” que é um EME não convulsivo de até 12h traz uma mortalidade de até 10%, já um atraso após essas 12h pode chegar a uma mortalidade de 80%. É importantíssimo a realização do EEG nesses casos de RNC sem causa aparente.
  • Metade dos pacientes com EME não tem epilepsia. E o SE não é uma doença, mas uma manifestação possível de muitas patologias;
17
Q
SE 
- ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
 . História clínica
 . Exames laboratoriais
 . Exame de imagem
 . EEG
A

–> CAUSAS TOXICO/METABÓLICAS x CAUSAS ESTRUTURAIS
A: Abstinência/ Alcool
E: Eletrólitos (HipoNa, Mg e Ca) / Epilepsia prévia / Eclâmpsia / Endócrino
I: intoxicação / infecção - disfunção neurologica da sepse, neuroinfec
O: Opióde / O2 e CO2 - encefalopatia hipoxica ou hipercapnia
U: uremia (IR ou IH)
T: Trauma / Tumor SNC / Tóxico
I: insulina (Hipo/Hiperglicemias)
P: Psicogênica / Perfusão - baixo débito e hipóxia?
S: Stroke (AVE)

Paciente já com epilepsia -> avaliar aderência, interação medicamentosa, aumento/diminuição da dose prévia, ver se há outras condições associadas (DHE, hipoglicemia, infecção –> ver se há necessidade de outros exames), avaliar TCE secundário à crise (TC SN).
Investigação laboratorial: 1° HGT! Perfil renal, hepático, hemograma, eletrólitos, rastreio infeccioso sn, considerar sorologias.
Paciente com primeira crise após os 60 anos nos faz pensar prioritariamente em LESÃO ESTRUTURAL. Devendo ser submetido a exames de imagem, possivelmente com uma RNM ainda no contexto agudo.

LCR: deve ser considerado se suspeita de neoplasia, infecção do SNC, doenças autoimunes ou HSA com TC normal

  • ‎NEUROIMAGEM: todos os pacientes com mudanças inexplicáveis no estado mental devem ter neuroimagem urgente. A neuroimagem com tomografia computadorizada (TC) ) é útil para identificar causas comuns, como derrame, tumor, lesão cerebral traumática, infecção ou inflamação.‎ RNM se TC normal e alta suspeita de lesão neurológica -> ex: encefalites imunomediadas, herpética, Avci com tc normal.

EEG: alteração do NC persistente após tto inicial (SE refratário?) ou pacientes que mantém NC alterado (“coma a esclarecer” - SENC?)

18
Q

SE

1) TRATAMENTO

A

SE ( > 5min)
1°a LINHA: bzdp, podendo repetir dose (midazolam referências trazem que é dose única).
- Midazolam IM / Diazepam EV / Lorazepam EV / Sem acesso EV: preferir midazolam pela rapidez. Se tiver acesso, sem diferença entre Lorazepam ou Diazepam (mais disponível, sendo escolhido).

2° LINHA: SE ESTABELECIDO (10-30min de crise ou falha inicial do tto)
Fenitoína: DOSE: 20 mg/kg (máx 1500mg) diluído com SF 0,9%, e BIC com velocidade de 50 mg/min.
+ 10 mg/kg (SN - continua convulsionando)
APRESENTAÇÃO: 250 mg/5 ml
Não diluir em SG (precipita)
PRECAUÇÃO: por poder causar hipotensão, bloqueios AV, em pacientes cardiopatas, idosos ou com antecedente de arritmia, pode diminuir a velocidade na metade (25 mg/min). Avaliar em todo pct sua PA e FC.
Extravasamento pode causar necrose local: evitar acessos distais (ex: mão). Se pct referir sintomas locais (ex: calor, ardência), diminuir velocidade de infusão.
Se refratariedade, pode-se usar fenobarbital após
- Algumas referencias orientam sempre realizar a fenitoína após a crise para evitar recorrência. Por outro lado, há também a sugestão de individualizar a necessidade.
- Naqueles que não voltaram a consciência com 10-30min pós cessado a crise, realizar EEG frente possibilidade de estar com SE não convulsivo
- IOT se refratariedade ou precoce se sinais de incapacidade de proteção de VA

3° LINHA: SE REFRATÁRIO (>30min de crise ou falha no tto incial)
- Midazolam / propofol / Ketamina: sempre bolus + manutenção.
Obs: os bzp atuam em receptores GABA, o que no SE mais prolongados acabam diminuindo, podendo ocorrer taquifilaxia contínuo do midazolam, o que acaba gerando mais recidivas. Nesses casos, o ideal seria a troca ou associação. Tanto propofol quanto midazolam tem ação rapida no controle, se > 60min e insucesso na supressão com dose otimizada, associar outra droga anestésica
- Já o propofol, pode ter o problema da Sd infusão do propofol (disfunção cardíaca, renal, rabdomiólise, ac metab ..) com uso prolongado > 48h ou doses maiores, sendo opção associar com midazolam ao invés de elevar sua dose. Risco maior quando associado ao topiramato e outros inib anidrase carbon.
EEG contínuo é indicado > ‎Uma vez iniciada a infusão contínua de ‎‎midazolam,‎‎ ‎‎ou ‎‎propofol,‎‎ o monitoramento contínuo do EEG é necessário para confirmar que as convulsões foram tratadas adequadamente e para orientar o uso de medicamentos antocnvulsivantes, assim como durante seu desmame para avaliar recidivas. Um estudo mostrou que eeg contínuo (24-48h) detectava mais o EME, a resposta terapêutica, porém sem mudança no desfecho mortalidade em 6m que o EEG rotina (02 em 40min).

SE TERAPIA ANESTÉSICA:

  • Manter sedação por 24-48h após cessar clinica e eletrográficas. Até desmame, ter otimizado anticonvulsivantes.
  • O desmame é lento, dependendo dos achados no EEG e gravidade da atividade eleptiforme, sendo mais ou menos agressivo no desmame. Em geral pode ser feito com redução 25% da dose a cada 12h.
  • Supressão profunda x Supressão convulsiva: sem diferença de mortalidade (alta p/ os dois), com melhor controle na supressão profunda, porém com maior taxa de hipotensão. Sugere-se a supressão convulsiva, tendo o acompanhamento de perto do EEG já que as alt aparecem precocemente no exame antes da manif clinica.

4° LINHA: EME SUPERRREFRATÁRIO (SE mantido a despeito do tto com anestésicos > 24h):
- Algumas convulsões (especialmente se relativamente curtas e pouco frequentes e sem manifestações clínicas significativas) podem ter que ser toleradas para desmamar as principais drogas de sedação.‎

19
Q

HSA

Fatores de risco e sinais e sintomas

A

FATORES DE RISCO: Tabagismo*, HAS, HF+, Dç colágeno
-> Causas: anuerismática (Maioria na comunicante anterior - 30% / ACM 20% / comunicante posterior 25%) / Traumática

Cefaleia intensa e súbita (97%) + Sinais de HIC: náuseas e vômitos, RNC (que pode ser transitória - síncope?) / Convulsão / sinais meníngeos (75%)
OBS: sinais focais são menos comuns que na HIP, pois não pegam diretamente o parênquima.

20
Q

HSA

IMAGEM

A

IMAGEM:
TC: otima sensibilidade quando realizada nas primeiras 6h (S95 até 24h), posteriormente o sangue vai sendo reabsorvido e perdendo a capacidade de detecção.
FISHER (III e IV chance de 91% de vasoespasmo)
I: sem sangramento visível
II: Sangramento difuso com espessura < 1 mm
III: sangramento difuso com espessura > 1 mm
IV: Sangramento intraventricular ou intraparenquimatoso
> Se inconclusivo e suspeita mantida : LCR deve ser coletado em quatro tubos consecutivos, achados consistente com HSA inclui pressão de abertura elevada, líquor xantocrômico com contagem de hemácias elevada e pouco inalterada entre os tubos.
Caso TC sem achados, a realização de AngioTC ao inves da coleta de LCR é sugerida por alguns especialistas, porém estudos demonstraram menor custo-benefício que TC seguida de LCR. . E outros advogam para não realização de outros métodos diagnosticos para casos específicos quando a TC inicial é negativa (ex: TC em até 6h do início, quadro clínico sem achados neurologicos, apresentação rápida e isolada de dor de cabeça, imagem avaliada por especialista, …)

APÓS CONFIRMADA HSA, A ETIOLOGIA DEVE SER DETERMINADA COM ESTUDO ANGIOGRÁFICO:

ANGIO-TC: S98 / E100, porém S50 quando aneurisma < 2 mm, necessitando de arteriografia. Pode direcionar o tratamento mesmo sem arteriografia, principalmente em centros sem recursos suficientes.
RNM: melhor utilizada em fase subaguda e crônica (FLAIR), a partir do 4-5o dia. TC a partir do quinto dia caí p/ S50.
ARTERIOGRAFIA: método padrão ouro, diagnóstico e terapêutico*, detecta aneurismas pequenos (que são responsáveis por até metade dos casos de HSA)

21
Q
HSA
TRATAMENTO AGUDO (ABDCDE + GHOST CAP)
A

TRATAMENTO:
Intervenção precoce <72h* - menores taxas de mortalidade, ressangramento e vasoespasmo.
CUIDADOS GERAIS:
A: Se sinais de HIC, instabilidade hemodinâmica, RNC e incapacidade de proteção -> garantir VA com intubação
C:
- PAS < 160 mmHg para evitar ressangramento, porém evitar hipovolemia ( avaliar status volemico do paciente e repor volume SN). Porém, se desenvolver Isquemia cerebral tardia, induzir hipertensão é recomendado naqueles com aneu corrigido (ñ é profilaxia, é após desenvolver essa complicação).
CV: complicações CV é uma importante causa de óbito (Disfunção cardíaca neurogênica), consequência da maior liberação catcolaminérgica e disf. hipotalâmica: EAP, Arritmias, Choque cardiogênico
Sempre avaliar ECG, MNM, ECO, Rx tórax durante primeiras 72h.
D:
Avaliar complicações Neurológicas: ‎uma mudança no estado neurológico (ex: nova ANC, novo déficit neurológico focal, nível reduzido de consciência, convulsão) deve ser avaliada com tomografia computadorizada urgente (para identificar ressangramento, infarto cerebral, hidrocefalia), angiografia (para identificar vasospasmo sintomático) e/ou EEG (para detectar convulsões subclínicas)‎

GHOST CAP
G: Manter euglicemia ( HGT < 180 mg/dL): glicemia elevada aumentar mortalidade e desfecho funcional. São pacientes propensos a hiperglicemia, ficar de olho. Evitar a todo curso HIPOGLICEMIA.
H: Elavação de cabeceira 30-45° / Controle de Hb -> trasnfundir se < 7 e avaliar transfusão naqueles com Hb 7-10 g/dL pelo risco de isquemia cerebral (ex: se tá mal perfundido, se disfunção CV no momento, se está mantendo isquemia cerebral pela monitorização neurológica invasiva, …)
O:
S: Hiponatremia é geralmente comum, o tto consiste na adm de solução salina, já que a restrição hidrica pode promever depleção intravascular e hipovolemia
T: Evitar febre -> antitérmico SN

C: avaliar constantemente dor, febre e outras condições que aumentem o consumo
A: controle pressórico conforme descrito acima / - Se uso de anticoagulante, avaliar reverter (ex: warfarina e plasma fresco + vit. K / alvo RNI < 1,5 ou heparina e protamina); Garantir correto funcionamento da cascata de coagulação (normotermia + correção de DHE - Ca** + correção de DAB); Transfusão plaquetária se < 100mil
P: profilaxias:
- Profilaxia de úlcera de pressão
- Profilaxia p/ TEV quimicamente após 24h de clipagem do aneurisma.

  • Escala Hunt-Hess (PROGNÓSTICO)
22
Q

HSA

COMPLICAÇÕES

A
  • VASOESPASMO*** (maior causa de morbimortalidade na HSA): confirmação radiográfica (60%) e, se sintomas, isquemia cerebral tardia (32%) -> infarto cerebral (50%). PREVENÇÃO DO VASOESPASMO: Nimodipino 60 mg 4/4h VO (EV maior risco de hipotensão, cuidado com pct já hipovolemico) até o 21° dia P/ TODOS OS PACIENTES, iniciando assim que melhor estabilidade.
  • Monitorar com Doppler transcraniano (DTC). TC ou RM de perfusão pode ser ultil para observar áreas potenciais de isquemia quando DTC alterado mas sem sintomas e eu preciso utilizar outros métodos para prevenir isquemia cerebral tardia. Mesmo na ausência de alterações clínicas, é importante avaliar a redução de perfusão cerebral, alguns centros realizam DTC diariamente e exames radiolgoicos (TC, AngioTC, TC perfusão) com maior frequencia, principalmente a partir do 3° dia.
    • ISQUEMIA CEREBRAL TARDIA: redução ECG de 2 ou mais pontos ou déficit focal novo/pior, crise convulsiva, ANC, geralmente após 3o dia (FR: qt de sangue, gravidade de sintomas iniciais, desidratação, hiponatremia, hidrocefalia), excluir DD (ex: convulsão, DHE) e não aguardar imagem p/ medidas iniciais.
  • > Tratamento: Hipertensão permissiva: manter PAS 180-200 se aneurisma tratado, caso não tratado manter normotensão (PAS < 150)/ SF* e Noradrenalina SN;
  • Mg e Na em limites superiores: natremia 140-145 / Mg 2,0-2,8
  • Manter Euvolemia e aumentar DC (Milrinone*)
  • Cabeceira 0°
  • Refazer exame neuro (NIHSS) e DTC frequentemente (S85/ E90)
  • Abordagem por angioplastia ou vasodilatação intraarterial se refratário após medidas hemodinâmicas após primeiras horas (1-3h)
    - HIC: seja por sangramento extenso ou edema cerebral por isquemia difusa (perda da autorreg, mediadores inflam sec. sangramento) -> pacientes com FR (hunt-Hess alto, sangramento grande ou com sinais devem ser monitorizados invasivamente.   - Ressangramento: risco maior nas 1as 6h, mortalidade 50-70%, tratamento cosiste na clipagem ou embolização do aneurisma. Naqueles que não se corrigiu o aneurisma, considerar transamin nas primeiras 24h (1g 8/8h) - Porém algo discutível (evidências atuais mostram redução de ressangramento, sem alteração de mortalidade e alguns mostraram aumento de isquemia cerebral, principalmente se após 24-72h);
    • Hidrocefalia (40%): obstrutiva* (coágulo) -> DVE
    • Convulsão (30%): TC e EEG naqueles com RNC persistente ou suspeita de mal-epléptico, pode ser ressangramento. : - PROFILAXIA: uso de anticonvulsivante é controverso e não recomendado de rotina se n tiver crise, avaliar cada caso. Porém de bom tom usar nas primeiras 72h do sangramento em certos casos (ex: hemorragia intracerebral, hipertensão descontrolada, aneurisma nao tratado,…). Uso de fenitoina está associado com pior desfecho neurologico e congnitivo após HSA, sendo geralmente evitada.
23
Q

ATTACH 2

A

Estudo que buscou avaliar o controle pressorico no AVEh.
> Vem do racional de que PA alta aumentaria o hematoma, em contrapartida uma redução brusca tem o risco de isquemia em uma area ja nao bem perfundida.
Previamente, os guidelines se basearam no estudo INTERACT 2 que incluiu pacientes com HIP e PAS 150-220 nas primeiras 6h. Comparou redução agressiva da PAS (< 140 x 180 mmhg), com desfecho primário de morte ou incapacidade importante, havendo redução 3,6% p 0,06

ATTACH 2 objetivou determinar a eficácia da diminuição rapida da PAS X usual. Tratamento iniciado em 4,5h dos sintomas e mantido por 24h nos pacientes com HIP supratentorial, ECG >= 5 e <60cm3 com PAS em algum momento >= 180mmHg.
INTERVENÇÃO: PAS 110-139mmHg (500) x 140x179mmHg (500), com nicardipina ou labetalol IV, intervenção mantida por 24h
DESFECHO PRIMARIO: incapacidade rankin modificada (4-6) ou obito; SECUNDÁRIOS: expansão 33% do hematoma em TC controle pós 24h, deterioração neurologica, qualidade de vida;
RESULTADO: não houve diferença nos desfechos, com mais EA em até 3m no grupo intervenção (principalmente renal).

ANALISE POS-HOC em 2020 separou grupo com PAS incial >= 220mmHg daqueles com PAS < 220mmhg, com analise do tto com controle agressivo x cuidado usual
RESULTADOS:
- SUBGRUPO INICIALMENTE COM PAS >= 220: sem diferença no desfecho primário e expansão do hematoma, porém com maior deteriorização neurologica com 24h e efeito adverso renal com 7d.
RESULTADOS:
- SUBGRUPO INICIALMENTE COM PAS < 220: também sem diferença em desfecho primário, mostrando contudo redução do hematoma em pacientes com tto agressivo, sem diferença em deteriorização neurologica. Os pacientes com controle agressivo também apresentaram mais EA renal com 7d.

DISCUSSÃO:
- Deterioração neurologica por isquemia?
CONCLUSÃO

24
Q

HIC
Definição
Fisiopatologia
Sinais clinicos

A

HIC é definida pela PIC > 20 mmhg sustentada por 5min. Uma PPC menor que 50 favorece isquemia cerebral (edema citotoxico) e uma PPC > 80-100mmg favorece o edema vasogenico.

Sinais clinicos: cefaleia, vomitos, nausea, triade de cushing (tardio), miose (ponte), midriase (3 NC), paralisia do VI par, deficit focal, papiledema

INDICAÇÕES DE PIC:
TCE grave + alt ex imagem
TCE grave + 2 de 3 (PAS < 90, Idade > 90, postura anormal).

Alterações em TC: desvio de linha média > 5mm, lesão expansiva, apagamento de sulcos e cisternas.

FISIOPATOLOGIA: doutrina de monro-kelli, onde a calota craniana é um compartimento fechado em que o encefalo representa 80%, LCR 10% e sangue 10%. PIC Normal 5-15mmHg. Qualquer aumento de volume (ex: tumor com efeito de massa ou o aumento volumetrico de algum desses 3 componentes)