PEDIATRIA - ITR BAIXA Flashcards
PNM, BVA, NBZ
FR P/ ITR
Desnutrição
Baixa idade
Comorbidades
Baixo peso ao nascer
Vacinação incompleta
Comorbidades
Ausência de aleitamento materno
Creche
Ep. prévios
PNEUMONIA - principais agentes
PNEUMONIA - Rx tórax
“É um exame obrigatório na avaliação da pneumonia comunitária”
V ou F
FALSO.
O rx não é um exame obrigatório na avaliação de crianças com clínica sugestiva de PAC e que serão acompanhadas ambulatorialmente,
PNEUMONIA - Rx tórax
Cuidados na avaliação radiografica em crianças pequenas e lactentes
1 - Podemos encontrar um Rx tórax com muitas alterações mas com manif clínicas discretas (dissociação clinico-radiológica)
2 - O timo pode estar presente em crianças pequenas, dando uma falsa impressão de consolidação pulmonar (“imagem em vela de barco”)

PNEUMONIA - Rx tórax, pra que pedir?
1 - Confirmar a pneumonia (ex: criança pequena com poucos achados ou exame físico dificil)
2 - Avaliar extensão
3 - Complicações (ex: derrame? Peneumatocele? - Internar)
4 - Diagn. Diferencial
PNEUMONIA - rx tórax
“Podemos definir qual o MO responsável pela ITR pelos achados no Rx”
FALSO. Não podemos definir com exatidão. Mas pode sugerir:
1) Infiltrado broncopneumônico: MO típicos
2) Pneumatocele: Stafilo Aureus
3) Pneumonia redonda: Pneumococo
4) Infiltrado intersticial: vírus ou atípicos
5) Derrames volumosos ou consolidação lobar: pneumonia bacteriana
NENHUM DESSES É ESPECÍFICO, PODEMOS TER UMA INFEC BACTERIANA COM INFILTRADO INTERSTICIAL. E O PADRÃO PODE SER INFLUENCIADO PELA IDADE E IMUNIDADE
PNEUMONIA RECORRENTE
2 ou mais episódios em 1 ano
OU
3 episódios ou mais en qqr momento
PENSAR EM COMORBIDADES (ex: fibrose cística, imunodef, alterações anatômicas, DRGE)
PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA - QUADRO CLÍNICO CLÁSSICO
*Pneumococo é o principal MO da PAC dps do período neonatoal (onde prevalecem os MO do canal de parto)
QUADRO CLÍNICO: aparecimento hiperagudo de febre alta, tosse, desconforto torácico (crianças maiores)
Lactentes: geralmente, precedidos por um quadro de IVAS (coriza, tosse, inapetência), seguindo por um início abrupto de febre (39°c ou >), irritabilidade (toxemia), dificuldade respiratória, aumento de FR*
*Aumento de FR pela febre ou é uma PAC? - Reavaliar a FR após diminuição da febre
OUTROS: dor abdm, vômitos, distensão abdominal (resp tem padrão abdominal - enche de ar), diarreia
PNEUMONIA - QUADRO TÍPICo x ATÍPICO quanto ao início dos sintomas
TÍPICO: início hiperagudo de febre alta, toxemia, …
ATÍPICO ou VIRAL: quadro insidioso, febre não tão alta, dissociação clínico-radiológica. Porém, pode tbm se apresentar de forma aguda.
TAQUIPNEIA
<2 meses: maior que 60 ipm
2 meses - 1 ano: maior que 50 ipm
1 - 5 anos: maior que 40 ipm
5 - 12 anos: maior que 30
SINAIS DE GRAVIDADE NA PNEUMONIA
1° TIRAGEM SUBCOSTAL (mais importante): p/ ser critério deve ser uma tiragem MANTIDA (ex: chorou e teve, dps passou, não é!)
- TIRAGEM INTERCOSTAL
- BATIMENTO DE ASA DE NARIZ
- GEMÊNCIA: na tentativa de aprisionar mais o ar p/ oxigenar, fechamos parcialmente a glote, prolongando o tempo expiratório e otimizando a troca gasosa
CIANOSE: sinal de muita gravidade (sinal tardio)
- Sa02 < 92-90% apesar da oferta de O2
- FR > 70 em <1 ano
PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA
Infecção grave!
Pode ser por inalação ou via hematogênica (procurar PORTA DE ENTRADA: história de furúnculos, internação recente, trauma, infecções de outro sítio). Suspeitar tbm quando quadro AGUDO e GRAVE.
Pode haver derrame pleural, pneumatocele
QUAL O ACHADO NO EXAME FÍSICO MAIS SUGESTIVO DE PAC EM < 5 ANOS?
TAQUIPNEIA
PNEUMONIA - Ex Lab
HEMOGRAMA: indicado somente se pct for ser internado (não pedir de rotina: atrasa, não muda conduta se normal, prolonga permanência na pct na upa)
MO TÍPICOS: leucocitose importante (15-40.000), com grande predomínio de neutrófilos.
ATÍPICOS: leuco não alterado ou pouco, sem predomínio de segmentados
PNEUMONIA - INDICAÇÃO DE INTERNAMENTO
- Idade < 2 meses (Nelson < 6 meses)
- Sinais Resp de gravidade (Hipoxemia apesar da oferta de O2, FR > 70 em <1A, gemência, aleteio nasal, tiragem subcostal, cianose).
- Comprometimento do EG (ex: pct toxemiado, sem conseguir ingerir líquidos, vomitos persistentes)
- Comorbidades (ex: cardiopatia, pneumopatia, desnutrição)
- Falha no tto ambulatorial
- Sinais radiológicos de gravidade (derrame pleural, peneumatocele e abscesso, condesação extensa)
PNEUMONIA - Agentes mais prevalentes por idade
RN < 3 dias: patógenos da flora vaginal (Strepto Agalactiae e E.Coli)
RN > 3 dias: patógenos da pele (S.Aureus e S.Epidermitidis)
1-3 meses: VSR, Chlamydia trachomatis e Uraplasma urealytincum (PNM afebril do lactente)
< 2 anos: Vírus*, Pneumococo, H.Influenzae tipo B, H. Influenzae não tipável, S;Aureus
2-5 anos: Vírus*, Pneumococo, H.Influenzae tipo B, H. Influenzae não tipável e ATÍPICOS (mycoplasma, chlamydia pneumoniae), S.aureus.
6-18 anos: Vírus*, Pneumococo, e ATÍPICOS (mycoplasma, chlamydia pneumoniae) - veja que atípicos ganha mais importância em escolares e adolescentes.
-Vírus são os agentes mais comuns, depois vírus + bactéria e depois bactéria.

PNEUMONIA - TRATAMENTO
AMBULATORIAL: Amoxicilina 50 mg/kg/dia -considerar dose dobrada se ATB recente (30 dias amoxi/ até 6 meses a azitro muda flora bacteriana)
HOSPITALAR:
- Menores de 2 meses (Strepto agalactiae e E.coli): associação AMPI-GENTA
- Maiores de 2 meses: PENICILINA CRISTALINA IV 200.000 UI/Kg/dia 6/6h
*Na PNM grave (pneumonia extensa, comprometimento importante do EG, evolução rápica) - ampliar o espectro com CEFTRIAXONA + OXACILINA. Obs: ceftriaxona cobre S.aureus sensível a oxa, então é facultativo deixar com Oxa (tem que deixar mesmo se suspeita de aureus, como porta de entrada, evolução rápida). Tbm tem recomendação de associar com AZITROMICINA, para cobertura de ATÍPICOS.
PNEUMONIA - Falha terapêutica e o que considerar
Falha do tto quando instabilidade clínica ou febre mantidos por 48-72h após ATB.
Considerar:
- Complicações (derrame pleural*)
- PNM por outro agente etiológico (ex: vírus, atípicos)
- Resistência bacteriana
- Outro diagnóstico (ex: TB, H1N1)
- Doença de base que mude a evolução do quadro (ex: cardiopatia não diagnosticada que descompensou após a ITR)
PNEUMONIA - Derrame pleural - suspeita, conduta
Sempre avaliar após uma falha terapêutica ou alterações compatíveis no exame físico (abolição de MV, submacicez, trepopneia) -> FAZER RX e/ou USG
O derrame pleural na pneumonia é um exsudato ou empiema, devemos avaliar com a toracocentese.
EMPIEMA:
- Aspecto purulento
- Ph < 7,2
- Glicose < 40 mg/dl
- Gram e/ou cultura positivos
CONDUTA:
Se empiema -> drenagem torácica e mantém o mesmo ATB (a falha foi pela formação do pus e ñ de MO resistente)
Se Exsudato -> ampliar espectro p/ MO resistente
PNEUMONIA - pneumatocele (oq é, agente etiológico mais frequente, conduta)
O que é? Processo cavitário envolto por uma fina membrana com ar no interior
Agentes mais frequentes? Mesmo raciocínio do derrame pleural, S.Aureus é o agente mais característico, porém, pela prevalência, o Pneumococo é mais encontrado.
Conduta: expectante, o quadro tende a resolver com o tto antimicrobiano.

PNEUMONIA - abscesso pulmonar
- O que é
- Achado no rx
- Conduta e MO relacionados
Ocorre quando a infecção do parênquima pulmonar leva à destruição, cavitação e necrose central da região, podem ser tanto decorrentes da PB como aspiração de anaeróbicos da cavidade oral (principalmente em pcts com encefalopatia crônica, epilepsias, RGE, fístulas traqueoesofágicas, PO de amigdalectomia ou adenoidectomia).
ACHADO RADIOGRÁFICO: cavitação > 2 cm, com parede espessa e NHA (pneumatocele tem parede fina).
TRATAMENTO: atb por 4-6 semanas em geral consegue resolver (o tto geralmente dura 2-3 semanas de IV e 2-3 de ambulatorial com VO). Intervenção cirúrgica em poucos casos que não houve melhora nas primeiras semanas de tto.
ATB para quais MO? Avaliar cultura para decidir, porém, comumente temos anaerobicos da cavidade oral, Aureus, E.coli, klebisiella, Pseudomonas
BRONQUIOLITE AGUDA - definição
Infecção viral das Vias Aéreas Inferiores, mais comum em menores de 2 anos.
“primeiro episódio de sibilância em crianças com menos de 2 anos associado a sinais e sinotmas de infecção viral”.
BRONQUIOLITE AGUDA - fisiopatologia
IVAS que vai descendo e promove inflamação dos pequenos bonquiolos (“bronquiolite”), dando os clássicos SIBILOS;
Pq é mais comum em <2A?
Pq tem menor calibre das vias respiratóras. Crianças maiores e adultos toleram mais esse edema bronquiolar, ainda que suas vias estejam inflamadas.
BRONQUIOLITE AGUDA - Agentes etiológicos
1° - VSR (50%). Acometem mais m sazonalidade (outono, inverto)
Outros vírus correspondem a outra metade (rinovpirusm adenovírus, influenza, coronavirus,…);
Bactérias que causam PNM típica não causam bronquiolite, mas podemos ter uma quadro de superinfecção associada.