DHE - POTASSIO Flashcards
HIPERCALEMIA - Quando indicar tratamento de urgência
1) Alterações eletrocardiográficas
2) K > 6,5 mEq/L
3) Sintomas associados a hipercalemia (fraqueza muscular, paralisia - ascendente: MMII-> tronco e MMSS)
4) Hipercalemia ( K> 5,5) + Disfunção renal prévia ou atual + risco de elevação rápida do potássio
Atenção naqueles pcts que podem elevar rapidamente os níveis de potássio (ex: rabdomiolise, Lise tumoral, politrauma, HDA).
HIPERCALEMIA - ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS E FISIOPATOLOGIA
O aumento do K+ sérico (extracelular), diminui o potencial de repouso. Facilitando a repolarização (T apiculada) e dificultando a despolarização (QRS progressivamente se alargando; em seguida iPR e onda P)
- Onda T apiculada -> Diminuição do QT -> Prolongamento do QRS -> prolongamento do iPR e achatamento da onda P -> QRS sinusoidal.
Outras possíveis anormalidades:
- Distúrbios do ritmo (ex: BAVT, BAV 1°, ritmo juncional, até assitolia, FV e TV)
- Distúrbio de condução IV (BRD. BRE)
- Alterações de repolarização (infra ou supra)
-
HIPERCALEMIA - ETIOLOGIAS
CAUSAS DE AUMENTO DA LIBERAÇÃO DE K+ P/ EXTRACELULAR:
- Acidose metabólica (H+ do extra é trocado com o K+ do intra, para tentar manter a eletroneutralidade)
- Descompensação da diabetes tipo 1* (def absoluta da insulina) -
- Trauma, rabdomiólise, Lise tumoral, Sd compartimental, isquemia de grandes membros, queimadura
- Intox digitálica (inibe a bomba Na-K-ATPase
- Succinilcolina
2) DIMINUIÇÃO DA EXCREÇÃO URINÁRIA
- Medicamentos: IECA/BRA, Espiro, AINEs
- LRA, DRC
3) PSEUDO-HIPERCALEMIA: demora para analise laboratorial. Suspeitar naqueles pcts sem FR
HIPERCALEMIA - Redução rápida do potássio - quem fazer? Como?
Pacientes com hipercalemia leve-moderada 5,5-6,5 mEq/L (se > 6,5 é urgência!!), sem risco de elevação rápida, associada a disfunção renal DRC dialítica ou olgúrica.
Redução em 6-12h. Pode-se usar resina de troca, furosemida, diálise se for o caso.
HIPERCALEMIA -Redução lenta - quem fazer? Como?
Aqueles pcts que tem hiperK leve-moderada (5-5-6,5 mEq/L) por uso de medicações (ex: IECA, BRA, Espiro) sem disfunção renal ou paciente com DRC sem oligúria.
Podem ser conduzidos ambulatorialmente; Orientar dieta pobre em potássio, considerar suspender/diminuir Medicamento, associar um diurético de alça se hipervolemia.
HIPERCALEMIA -Paciente com URGÊNCIA HIPERCALÊMICA - Conduta
MOVER (realização rápida de ECG e seriar)
Coleta de K+ a cada 2h após iniciadas medidas
Se tto com Insulina, HGT 01/1h até 06h após o término
TERAPIA MEDICAMENTOSA
- ESTABILIZAR A MEMBRANA (se sintomas ou > 6,5 ou alt ecg)
-> Cálcio imediato - principalmente se alteração eletrocardiográfica. Como?
1) Gluconato de Cálcio (cardioprotetor): 1000 mg (10 ml da solução de 10%) diluído em 100 ml de SG 5%, infusão em 5’ (ECG 5-5’). Podendo repetir a cada 5 min, se persistência das alterações eletrocardiográficas (pct monitorizado) ou e s/, cada 30 min (Início em 5min e meia vida 30-60 min)
Obs: NÃO infundir junto com o HCO3, pois pode precipitar em carbonato de cálcio.
MANDAR K –> CÉLULA
1) SOLUÇÃO POLARIZANTE: 10 U Regular + 50g glicose (se HGT > 250 mg/dL, pode só fazer a insulina) - (INÍCIO 15-30min / MEIA VIDA: 4-6H)
2) B2-Agonista: Salbutamol 10-20 gts em 5ml SF 0,9%, cada 1-1h, depois 4-4h (INÍCIO 1h / MEIA VIDA 4h)
3) HCO3 -> destinado se acidose associada, menos efetivo que as medidas anteriores;
EXPOLIAÇÃO DE POTÁSSIO:
1) Furosemida 40 mg IV (02 ampolas) ou mais se LRA (1-1,5mg/kg). Ação em 30 min. Obs: ação naqueles que ainda tem função renal normal ou moderada. Se anúrico ou oligúrico, não tem função. Cuidado nos pcts hipovolemicos -> volume ajuda para estimular diurese
2) Resina de troca (s/ evidência e com EA)
3) Diálise: pct com disfunção renal grave ou HiperK refratário
HIPERCALEMIA - Como fazer solução polarizante para o tto da urgência hipercalêmica
INSULINA REGULAR 10 U + 50g DE GLICOSE
(se HGT > 250 mg/dL, pode só fazer a insulina)
OPÇÕES:
- 10 U + 500 ml SG 10% em 30 min
- 10 U + 100 ml SG 50% em 30 min
- 10 U + 50 ml SG 50% (2x)
CUIDADOS:
- Reduzir Insulina pela metade em pcts com DRC
- HGT cada 01/1h
- K cada 02/2h
HIPOCALEMIA - gravidade definida pelos níveis e velocidade de instalação (V ou F)
VERDADEIRO
Leve: 3,0-3,5
Moderado: 2,5-3,0
Grave: < 2,5
Tratamento dos casos LEVES é reposição oral, durante dias ou semanas;
Se MODERADO-GRAVE ou SINTOMAS, via endovenosa.
Causas de HIPOCALEMIA
SHIFT P/ INTRACELULAR -> uso de B2 agonista ou qqr outra condição de aumento das catecolaminas (ex: IAM descongestionante nasal), Insulina, alcaloses (resp ou metab).
PERDAS URINÁRIAS -> Diuréticos (uso de furosemida, hctz); Glicocorticoides em altas doses
PERDAS GI -> vômitos, diarreia prolongada (ex: laxativos, adenoma viloso), uso de fleet enema na preparação pra colonoscopia (fosfato de sódio).
Se TGI alto -> alcalose metabólica -> perda urinária de K
Se TGI baixo -> perda de HCO3 -> hipocalemia + acidose metab
DROGAS QUE PROMOVEM PERDA DE MAGNÉSIO -> aminoglicosídeo, anfotericina B.
HIPOCALEMIA - Sintomas
NEUROMUSCULARES E CARDÍACAS. Dependem da velocidade de instalação e nível sérico.
NEURO: fraqueza muscular (ascendente), constipação (íleo)
CARDIO: palpitações (extrassístoles atriais e ventriculares, TSV e TV), bradicardias e bloqueios. ECG EM TODO PCT COM HIPOCALEMIA MODERADA-GRAVE ou SINTOMAS.
HIPOCALEMIA - Achados eletrocardiográficos
Aparecimento da Onda U (precordiais); Achatamento da Onda T ou inversão; Infradesnível do SST; QUANDO GRAVE (iminência de uma PCR) -> Alargamento do QRS
Se HIPOMAGNESEMIA associada -> torsades, extrassístoles/arritmias ventriculares ou atriais, alargamento do QT.
TRATAMENTO HIPOCALEMIA LEVE
Pacientes com Hipocalemia leve ( 3,0 - 3,5), podem fazer reposição oral de potássio durante dias + aumento da ingesta em alimentos
OPÇÕES:
Xarope de KCl 6% -> 10 ml tem 0,6g = aprox 8 meq.
DOSE: 40 - 100 meq/dia, divididos em 2-4 vezes.
EXEMPLO: Xarope KCl 6% oral 15 ml (12 meq) 3x/dia
Tem opção de cápsulas de KCl, onde 8 meq/cápsula.
HIPOCALEMIA - QUANTOS mEq tem cada solução
K tem aprox. 13 meq (13,4)
Temos disponíveis soluções com:
- KCl 10% - 10 ml com 1g de K = 13 meq = 1,3 meq/ml
- KCl 19,1% - 10 mg com 1,91g = 25 meq = 2,5 meq/ml
- Xarope KCl 6% = ‘’ 0,6g de K = 8 meq = 0,8 meq/ml
TRATAMENTO IV DA HIPOCALEMIA
1) Indicação
2) Como fazer (dose máx em cada acesso, velocid. max)
3) Indicação de monitorização contínua
4) Controle dos níveis de K
5) Objetivo
Hipocalemia < 3,0 ou sintomas (fraqueza, arritmias, …) tto com reposição venosa (c/ ou s/ VO).
Concentração 60 meq/L em Veia Periférica / Velocidade máx 10 meq/h.
Ex: KCL 19,1% uma ampola (25mEq) em 500ml SF, infusão em 3h (50 meq/l e 8 meq/h)
Concentração 120meq/L em Veia Central / velocidade 20 mEq/h
Ex: KCL 19,1% três ampolas (25mEq) em 500ml SF, infusão em 4h (150 meq/l e 19 meq/h)
** SG não pode, pois eleva insulina -> shift
OBJETIVO: quando chegar em K >3 (leve) e sem sintomas, pode-se iniciar a transição p/ VO apenas (se tbm tiver resolvido a causa);
OBS: Se disfunção renal, fazer metade da dose
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA CONTÍNUA em casos graves ou alterações eletrocardiográficas ou cardíacas-estruturais que predispõe o risco de arrimias (IAM, intoxicação por digoxina, QT longo).
AVALIAR NÍVEIS DE K a cada 3h (ou menos SN)
Se HIPOCALEMIA + HIPOMAGNESEMIA como repor Mg?
Mg < 1 mg/dL: repor 4-8g em 12-24h
Mg 1-1,5 mg/dL: repor 2-4g em 4-12h
Mg 1-2 mg/dL: repor 1-2g em 1-2h