ITU Flashcards

Bacteriúria assintomática, Cistite e ITU - adultos

1
Q

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA - Critérios Laboratoriais

A

UROCULTURA demonstrando:

  • > 10⁵ UFC/ml se coletado em jato médio
  • > 10² UFC/ml se coletado por cateter

**Piúria não fecha o diagnóstico de bacteriúria assintomática.

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2
Q

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA - Pq não tratar todos?

A
  • Tratar BA NÃO diminui o risco de infecções sintomáticas
  • Tratar BA NÃO diminui o rsico de recorrência de infecções
  • Tratar BA NÃO diminui o risco de ITU complicada
  • Tratar BA só aumenta a chance de selecionar flora multirresistente
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3
Q

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA - Pacientes indicados para tratar e como tratar

A
  1. Gestamtes
  2. Pacientes que serão submetidos a procedimentos urológicos invasivos em que se espera sangramento de mucosa
  3. (Harrison) Neutropênicos e transplantados renais

SOMENTE ESSES, não tratar por exemplo: idosos, portadores de cateteres de demora, puerperio, diabeticos

TRATAMENTO SEMELHANTE AO DA CISTITE!

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4
Q

CISTITE - Sintomas

A

Disúria, polaciúria, urgência, dor suprapúbica, urina de odor fétido, coloração mais escura, noctúria, hesitação;

Febre, sinais de toxemia ou dor nos flancos fala mais a favor de Cistite evoluindo para Pielonefrite!

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5
Q

CISTITE - diagnóstico

A

CLÍNICO! Basta a história típica de cistite, sem necessidade de exames adicionais.

Se forem solicitados, os achados podem ser:

1) EAS

  • Piúria
  • Nitrito +
  • Hematúria

2) URINOCULTURA
* Crescimento > 10² UFC/ml para mulheres e > 10³ para homens

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6
Q

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA CISTITE

A

Cistite é uma queixa comum entre outras patologias do trato genital/urinário, além de compartilhar do fator de risco a promiscuidade sexual. Outras causas devem ser interrogadas:

  • VULVOVAGINITE - cândida ou tricomoníase (procurar por dispareunia, corrimento vaginal, odor alterado, disúria sem polaciúria/ exame ginecológico deve ser realizado para avaliar o corrimento e sinais de hiperemia vaginal). Um EAS deve ser solicitado na dúvida e aqui vem sem piúria;
  • URETRITE - chlamydia trachomatis e Neisseria Gonorrhoeae ou Vírus Herpes Simples: sintomas mais lentos e leves, na cistite é mais agudo. Aqui, pode vir piúria no EAS
  • IRRITAÇÃO VULVOVAGINAL NÃO INFECCIOSA
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7
Q

CISTITE - TRATAMENTO

A
  1. PRIMEIRA ESCOLHA: Fosfomicina (Monuril; Traturil)______01 sache ; DOSE ÚNICA, misturar com 100 ml de água e tomar.
    - > Facilidade posológica (dose única) e excreção renaal, com boa concentração por 48-72h.

OUTRAS OPÇÕES:

  1. Nitrofurantoína (macrodantina) 100 mg 6/6h, por 5 dias.
  2. Quinolonas (mas preferir as outras opções, para evitar resistência pelo maior espectro necessário)
  • Ciprofloxacino 250 mg 12/12h, por 03 dias
  • Norfloxacino 400 mg 12/12h, por 03 dias

**Se Disúria intensa -> Fenazopiridina (Pyridium), 200 mg 8/8 horas, por no máximo 2 dias - mas evitar sempre que possível e não usar por > 2 dias, pelo risco de EA, desde náusea até hemólise.

OBS¹:As referências americanas incluem betalactâmicos (cefalexina, Clavulin), porém, pelo maior risco de resistência no Brasil, prefere-se evitar essas drogas.

OBS²: se suspeita de Pielonefrite, não dar fosfomicina ou nitrofurantoína.

OBS³: cistite complicada ou recorrente - tratar por 7 dias; cistite em homens - tratar por 7-14 dias.

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8
Q

CISTITE EM GRAVIDA - CONDUTA E TTO

A
  • Solicitar EAS e urocultura
  • TTO: nitrofurantoína ou fosfomicina ou betalactâmico (cefalexila, cefadroxila ou Amoxicilina-Clavulanato), durante 7 dias.
  • NÃO PODE: quinolona; Se mulher em idade fértil, avaliar se há risco de gravidez (atraso menstrual, sem uso de metodo contraceptível confiável e, se necessário, fazer BetaHCG).
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9
Q

FATORES DE RISCO PARA ITU

A
  • Mulher
  • Gestante
  • Atividade sexual recente
  • Uso de espermicida
  • Menopausa (menor estrôgeno)
  • Diabetes
  • Disfunção anatômica (cálculo, tumor, má formação, estenose, presença de cateteres, idoso com HPB)
  • Disfunção funcional (incontinência urinária, bexiga neurogênica)
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10
Q

PIELONEFRITE - quadro clínico

A

Aqui os sintomas são mais sistêmicos:

  • Febre, calafrio, mal estar, náuseas ou vômitos (liberação de citocinas atingindo a corrente sanguínea)
  • Dor lombar, Giordano +
  • Sintomas de cistite (prévios ou atuais) - pela disseminação ascendente da infecção

EM IDOSOS e IMUNOSSUPRESSOS: quadro pode ser inespecífico, uma sonolência, dor abdominal, dor lombar

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11
Q

PIELONEFRITE - DIAGNÓSTICO

A

CLINICO + LABORATORIAL

  • Sempre solicitar EAS + URINOCULTURA COM ANTIBIOGRAMA
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12
Q

E OS EXAMES DE IMAGEM…

A

Não devem ser pedidos rotineiramente. O melhor exame é a TC SEM CONTRASTE (observa-se áreas de hipodensidade, pois o tecido inflamado não capta o contraste e aréas de edema)

Indicações de solicitar TC de vias urinárias com contraste:

  • Diagnóstico duvidoso
  • Falência terapêutica (não melhora em 48h)
  • Suspeita de abscesso ou obstrução
  • A USG ñ possui boa sensibilidade quanto a TC, podendo partir logo para esta última.
  • Porém, a USG é util para acompanhar a regressão de um abscesso ou hidronefrose
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13
Q

PIELONEFRITE - Internar ou tto ambulatorial?

A
  • Se mulher, clinicamente estável, sem sinais de sepse, bom estado geral, com pielonefrite não complicada -> tto ambulatorial por 7-14 dias
  • Na doença moderada, o paciente pode receber hidratação venosa na sala de emergência e a primeira dose do ATB IV, permanecer em observação por algumas horas e, se melhor, continuar a terapia e, ATB oral e retorno para reavaliação próxima.

CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO:

  1. Homens
  2. Gestantes
  3. Quadros graves
  4. Imunodeprimidos
  5. Disfunção anatômica (suspeita de cálculo, abscesso, obstrução)
  6. Condições inadequadas para tto em casa (ex: vomitando muito, má adesão medicamentosa, …)
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14
Q

PIELONEFRITE - TTO

  1. AMBULATORIAL
  2. PARENTERAL Ñ COMPLICADA
  3. PARENTERAL COMPLICADA
A
  1. AMBULATORIAL:
  • Ciprofloxacino VO 500 12/12h, por 14 dias
  • Levofloxacino 750 mg 1x/dia, por 14 dias
  1. PARENTERAL EM PIELO NÃO COMPLICADA
  • Ceftriaxona 1 g 1x/dia
  • Ciprofloxacino IV 400 mg 12/12 horas
  • Levofloxacino 750 mg 1x/dia
  1. PARENTERAL EM PIELO COMPLICADA
  • Piperacilina-Tazobactam 3,375 6/6h
  • Cefepime 1 g 12/12h
  • Meropenem 1 g 8/8h

DURAÇÃO:

  • Casos mais simples em média 7-14 dias
  • Infecções graves, sepse ou pacientes com fatores complicadores: 14-21 dias

TROCA DO ATB IV >> VO

  • Melhora da doença, pct conseguindo ingerir líquidos e alimentos, patógeno conhecido
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15
Q

PIELONEFRITE - TTO IV EM GRAVIDAS

A

CONTRAINDICADO: quinolona

OPÇÕES:

  • Ceftriaxona
  • Ampicilina +/- gentamicina
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16
Q

PIELONEFRITE - PROGNÓSTICO

A

Espera-se melhora com até 48h de início do ATB, com melhora do estado geral e da febre.

Se não houver essa melhora nos primeiros 2 dias:

  1. Erro diagnóstico
  2. MO resistente ou erro no ATB
  3. Complicação anatômica

–> Reavaliar a história clínica e exame físico, repetir exames laboratoriais (hemocultura, urocultura, EAS, …) e solicitar avaliação radiológica daquele TGU (TC com contraste)