Síndrome Diarreica Flashcards

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1
Q

Quais os fatores de risco para colite pseudomenbranosa?

A

Uso prévio de ATB (clinda, cefalosporina, quinolone)

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Q

Qual o agente etiológico da colite pseudomembranosa?

A

Clostridium difficile

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3
Q

Como é feito o diagnóstico da colite pseudomembranosa?

A

Toxina nas fezes
Antígeno GDH
Cultura/ PCR / NAAT/ colono

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4
Q

Qual o tratamento da colite pseudomembranosa?

A
Vancomicina (ORAL) — a IV nao atinge concentração suficiente no intestino 
Ou fidaxomicina (n é liberada no Brasil) ou Metronidazol 
- Colite fulminante: vancomicina oral + metronidazol IV
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5
Q

Qual a indicação de transplante de fezes na medicina?

A

Pacientes com uma flora intestinal deficiente que fazem quadros de colite de pseudomembranosa de repetição apesar do tratamento com atbterapia

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6
Q

Quais as classificações da diarreia segundo a duração?

A
  • aguda: < 3 semanas

- crônica > 3 semanas

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7
Q

Quais as classificações da diarreia segundo a topografia?

A

Alta (delgado) - grande volume, baixa frequência, sem tenesmo
Baixa (colônica)- pouco volume, aumento da frequência, com tenesmo

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8
Q

Quais são os tipos de vírus que podem causar diarreia em adultos e crianças, respectivamente?

A

Adultos: norovírus

Criança: rotavírus

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9
Q

Quais os tipos de bactérias mais comuns para causar diarreia e quais suas características?

A

E. Coli (EHEC-0157:H7): síndrome hemolítico urêmica
E.coli enterotoxigênica: diarreia do viajante
Shigella: alterações do SNC (convulsão, RNC…)
Campylobacter jejuni - Guillain barré
Salmonella- infecções à distância (osteomielite…)

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10
Q

Quando investigar uma diarreia aguda?

A
Na presença de sinais de alarme: 
Desidratação 
Fezes com sangue
Febre (>38,5º)
Não melhora após 48 hrs 
Idosos (> ou igual 70 anos) 
Imunocomprometidos 
Uso recente de antibióticos
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11
Q

Como investigar uma diarreia aguda com sinais de alarme?

A

Hemograma
Bioquímica
Exame das fezes (cultura, antibiograma, pesquisa de sangue…)

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12
Q

Como tratar uma diarreia com sinais de alarme?

A

Hidratação
Loperamida (não fazer na disenteria)
Iniciar atb antes de chegar a cultura se sinais de alarme (escolha: quinolona — ciprofloxacino)

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13
Q

Quais as classificações da diarreia segundo o mecanismo etiopatogênico?

A
Osmótica
Secretória
Inflamatória
Por alteração da motilidade intestinal 
Gordurosa
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14
Q

O que é a doença celíaca?

A

Doença imunomediada à proteína do glúten (trigo, centeio, cevada…). Como resultado, temos a lesão da mucosa do delgado por linfócitos T intraepiteliais em indivíduos predispostos geneticamente HLA-DQ2 (DQ 2.5) - HLA-DQ8

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15
Q

Qual o quadro clínico do paciente com doença celíaca?

A

Assintomático
Disabsorção parcial (não absorve Cálcio, ferro, ou gorduras — esteatorreia)
Disabsorção total
Manifestações neuropsiquiátricas

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16
Q

Que outros quadros podem estar associados a doença celíaca?

A

Dermatite herpetiforme

Síndrome de Down

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17
Q

Quais as principais doenças que a doença celíaca pode aumentar o risco?

A

Aumento do risco de linfoma

Adenocarcinoma de jejuno

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18
Q

Como pode ser feito o diagnóstico da doença celíaca?

A

-EDA com biópsia (mais distal do duodeno —> padrão ouro)
(Atrofia das vilosidades intestinais com infiltração linfocitária — não é patognomônica
- anti transglutaminase tecidual IgA

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19
Q

Qual o tratamento da doença?

A

Excluir glúten da dieta (somente após o diagnóstico da doença)

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20
Q

Qual o quadro clínico da forma clássica da doença celíaca (criança pré escolar)?

A

Diarreia crônica (surtos de diarreia aquosa), distensão abdominal, deficit ponderoestatural, alteração do humor (irritabilidade ou apatia), hiporexia, atraso motor, hipotonia, perda de musculatura esquelética (atrofia glútea), edema

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21
Q

Qual o quadro clínico da forma atípica da doença celíaca?

A

Quadro oligoasintomático, com manifestações digestivas em segundo plano.
Sobressaem alterações como baixa estatura, atraso puberal, irregularidade menstrual, anemia ferropriva refratária, anemia megaloblastica, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias, constipação intestinal, epilepsia, alterações psiquiátricas.

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22
Q

Quais são os protozoários patogênicos com formas infectantes trofozóitas?

A

E. hystolitica ou G. lamblia (intestinalis)

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23
Q

Quais as características das infecções por E. hystolitica ou G. lamblia?

A
  • unicelulares
  • não causam eosinofilia
  • maioria assintomática (tratar!)
  • transmissão fecal oral
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24
Q

Como é feito o tratamento da infecção por E. hystolitica ou G. lamblia?

A

…nidazol (metro, sec, ti…)
Nitazoxanida (Annita)
Albendazol por 5 dias pega giárdia

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25
Q

Quais as diferenças entre as infecções por giárdia e ameba?

A

Amebíase:

  • invasiva do cólon
  • disenteria, ameboma (diagnóstico diferencial com Câncer de colorretal — massa palpável), abscessos (hepático) — clinicamente parece com abscesso bacteriano, mas o amebiano não cursa com icterícia.

Giardíase:

  • não invasiva (Delgado) - atapetamento
  • má absorção (diagnóstico diferencial com doença celíaca)
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26
Q

Quais são as espécies de amebas comensais?

A

Entamoeba coli, iodamoeba butshilii, endolimax nana.

Não tratar

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27
Q

Quais são característicos das gerais dos helmintos?

A
Visíveis
Macho, fêmea, reprodução sexuada (ovos) 
Causam eosinofilia
Maioria assintomática (tratar!)
Transmissão fecal-oral / pele/ carne
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28
Q

Como é o ciclo dos helmintos?

A

Ingestão de ovo -> larva -> verme (intestino) -> ovo (fezes)
Presença de ovos no EPF

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29
Q

Como é feito o tratamento das helmintos?

A

“…bendazol” (me/tia/al)

30
Q

Qual o ciclo da ascaridíase (ascaris lumbricoides)?

A

Habitat: Delgado
Ingestão do Ovo -> larva -> pulmão (alvéolo, procura O2, perfura o saco alveolar — faz processo inflamatório) —> deglote a larva -> intestino -> verme -> reprodução -> ovos

31
Q

Qual o quadro clínico e achado laboratorial do ciclo pulmonar de alguns vermes — síndrome de Loeffler?

A

Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório, eosinofilia

32
Q

Quais são os parasitas que fazem síndrome de Loeffler?

A
Srtongyloides stercoralis
Ancilostoma duodenale
Necator americanos
Toxocara canis
Ascaris lumbricoides
33
Q

Qual o quadro clínico da ascaridíase?

A

Síndrome de Loeffler
Colica biliar, pancreatite
Suboclusao intestinal

34
Q

Qual o diagnóstico de escolha da ascaridíase?

A

EPF

35
Q

Quais os tratamentos para a ascaridíase?

A

“…bendazol”

Levamisol, Pamoato de praziquantel

36
Q

Qual o tratamento no caso de suboclusão intestinal por ascaris?

A
  • suporte: SNG + hidratação
  • piperazina (bloqueador neuromuscular do parasita) —difícil de encontrar + óleo mineral
  • após eliminação: “bendazol”
37
Q

O que é a toxocaríase?

A

Toxocara canis é o ascaris do cachorro

Larva migrans visceral

38
Q

Qual é o ciclo do toxocara canis no humano?

A

Cães infestados -> ovos nas fezes -> ingestao de ovos pelo homem -> larvas penetram a mucosa inestinal -> ciclo pulmonar -> disseminação por todo o corpo

39
Q

Qual o quadro clínico e laboratorial da toxocaríase?

A

Assintomático ou com sintomas sistêmicos
Febre alta, hepatomegalia, hipergamaglobulinemia, INTENSA eosinofilia
Queixas digestivas são incomuns

40
Q

Como é feito o diagnóstico da toxocaríase?

A

Sorologia ELISA

41
Q

Como é o tratamento da toxocaríase?

A

Albendazol +/- corticoide

42
Q

Quais são os agentes etiológicos da ancilostomíase?

A

Necator americanus e Ancylostoma duodenalis

43
Q

Como é o ciclo da ancilostomíase?

A

Verme no intestino -> liberação de ovo nas fezes -> larva rabditoide (RN) -> larva filarioide (fura a pele) -> pele -> pulmão -> intestino

44
Q

Qual o quadro clínico da ancilostomiase?

A

Lesão cutânea / síndrome de Loeffler

Anemia ferropriva

45
Q

Qual o diagnóstico da ancilostomiase?

A

EPF

46
Q

Qual o tratamento da ancilostomiase?

A

…bendazol

47
Q

Qual o ciclo evolutivo do stroingyloides stercoralis causador da estrongiloidiase?

A

Habitat: Delgado
Verme no intestino (fêmea partenogenética) -> ovo nas fezes -> larva rabdidoite fezes-> larva filaridoide (Fura) solo
(Possibilidade de em caso de imunossupressão a larva rabditoide se transformar em filarioide no intestino e fazer uma autoinfestação - forma disseminada- risco de sepse)

48
Q

Como é feito o diagnóstico da estrongilodíase?

A

Ivermectina / cambendazol / tiabendazol

49
Q

Qual o quadro clínico da enterobíase (enterobius vermicularis) ou oxiuríase? O diagnóstico e o tratamento?

A

Prurido anal
Diagnóstico: fita gomada (graham)
Tratamento: bendazol ou pirvínio ou pirantel

50
Q

Qual o quadro clínico da tricuríase/tricocefalíase (trichuris trichiura)?

A

Prolapso retal

51
Q

Quais são as principais características da doença de Crohn?

A

Da boca ao ânus (principalmente íleo terminal)
Pega todas as camadas (transmural) e por isso pode complicar com fístulas e estenoses
Não contínua (saltatória)
Diarreia + dor abdominal + emagrecimento

52
Q

Quais são os 3 diagnósticos associados a complicação com fistula enterovesical?

A
  • diverticulite
  • CA colorretal (T4)
  • doença de Crohn
    (Outros dx são doenças que podem perfurar a parede intestinal - TB, linfoma…)
53
Q

Quais as principais características da Retocolite ulcerativa?

A

Restrita a mucosa (mucosite inflamatória)
Reto e cólon
Contínua e ascendente
Colite disentérica

54
Q

Quais são as principais manifestações extraintestinais da doença de Crohn?

A

Hepatobiliar: cálculos biliares
Boca: lesões aftosas em lábios, gengivas e mucosa jugal
Doença perianal
Articulares: artrite periférica, espondilite anquilosante
Urológicas: nefrolitíase (hiperoxalúria entérica)
Fístulas: lesão transmural
Eritema nodoso

55
Q

Qual a doença inflamatória intestinal associada com tabagismo?

A

Doença de Crohn

56
Q

Quais as manifestações extraintestinais mais comuns na retocolite ulcerativa?

A

Cutâneas: eritema nodoso (atividade da doença), pioderma gangrenoso
Hepatobiliares: colangite esclerosante
Articulares: sacroileíte (não se relaciona com a atividade da doença)

57
Q

Como é feito o diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais?

A

Exame endoscópico:
Doença de Crohn: pedras de calçamento/ úlceras
RCU: mucosaeritematosa, friável, edemaciada, pseudopólipos

58
Q

Quais são os achados na biópsia das doenças inflamatórias intestinais?

A

D.C.: granuloma não caseoso

RCU: criptite

59
Q

Qual o diagnóstico sorológico das doenças inflamatórias intestinais?

A

D.C.: Asca + e pANCA -

RCU: asca - e pANCA +

60
Q

Qual o tratamento para as DII?

A
- derivados do 5-ASA - anti-inflamatório tópico 
Exemplos: ação colônica: sulfassalazina 
Todo intestino: pentassalazina 
 - corticoide: 
Para remissão
Não usar se abscesso não drenado
- imunomoduladores: 
Azatioprina, mercatopurinas, MTX
- biológicos (modificadores da DII) 
Anti- TNF e anti- integrina
1ª escolha para doença moderada grave 
-> fístulas: biológicos + atb 
-> megacolon toxico: atb + corticoide
61
Q

Quais indicações cirúrgicas na RCU? E quais técnicas para cada caso?

A

RCU: casos refratários, displasia/Câncer, complicações (megacolon, sangramento maciço)
Cirurgia eletiva: protocolectomia com IPAA (punch Ileal com anastomose anal)
Urgência: colectomia à Hartman

62
Q

Quais indicações cirúrgicas na DC ?

A
Indicação na vigência de complicações: 
Obstrução intestinal 
Perfuração intestinal
Abscesso 
Hemorragia maciça 
Megacolon tóxico 

Qual cirurgia? Ressecção segmentar com anastomose

63
Q

Quais são as características da síndrome do intestino irritável?

A

Diarreia funcional, mulheres de 30-50 anos, alterações psiquiátricas em 80% dos casos

64
Q

Qual a clinica da síndrome do intestino irritável?

A

Dor abdominal, diarreia e ou constipação, presença de muco nas fezes (não caracteriza uma disenteria pois o estresse pode aumentar o muco)

65
Q

Como é dado o diagnóstico da síndrome do intestino irritável?

A

Exclusão
Critérios de Roma IV
Dor abdominal -> pelo menos 1 dia na semana (últimos 3 meses) +
(Pelo menos 2): - relação com a evacuação
- alteração na frequência
- alteração na forma das fezes

66
Q

Qual o tratamento da síndrome do intestino irritável?

A

Sintomático conforme o aparecimento dos sintomas

67
Q

O que é pelagra?

A

É a deficiência de vitamina B3/niacina

68
Q

Quais as manifestações clínicas da pelagra?

A

3 D’s: diarreia, demência, dermatite
Dermatite: rash cutâneo eritematoso, hipercrômico, descamativo, ressecamento cutâneo em áreas fotoexpostas
Diarreia: aquosa semelhante à colite
Manifestações neurológicas: insônia, irritabilidade, cefaleia, perda de memória, convulsões, neuropatia periférica e emocional instável
A mucosa oral podem apresentar queilite angular, fissuras e glossite, atrofia de papilas e dor difusa

69
Q

Quais são os critérios para caracterizar uma RCU grave e qual a conduta?

A

> 6 episódios de evacuação/dia
Dor abdominal intensa
Evidências de toxicidade sistêmica como febre, taquicarsia e aumento de reagentes de fase aguda
Afastada a possibilidade de uma infecção intestinal aobreposta, deve ser feita a associação de corticoide sistêmico com derivados 5-ASA

70
Q

Qual exame pode ser usado para definir a atividade na doença inflamatória intestinal, além da colonoscopia?

A

Calprotectina fecal, uma proteína secretada por neutrófilos e que quando elevada (> 100-150mcg/g) indica inflamação, sendo um bom biomarcador para DII.

71
Q

O que fazer com paciente com DC refratário à terapia com anti-TNF + imunomodulador (azatioprina, corticoide, mesalazina)?

A

Troca do agente anti-TNF(infliximabe, adalimumabe) para outro imunobiológico com mecanismo de ação diferente como:

  • Vedolizumabe
  • Ustequinumabe (que possui boa ação em paciente com psoríase associada)