Síncope e arritmias Flashcards

1
Q

Quais são os itens principais a serem avaliados ao analisar um ECG?

A

Ondas
Ritmo sinusal?
Intervalos
FC

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2
Q

Quais as ondas no ECG?

A

Onda P: despolarização atrial
QRS: despolarização ventricular
T: repolarização ventricular

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3
Q

Como avaliar se é um ritmo sinusal?

A

Onda P + antes de cada QRS

Melhor derivação para avaliar é o D2 longo

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4
Q

Como avaliar os intervalos no ECG?

A

Intervalo PR: 120-200ms (3-5 quadradinhos) - avalia o funcionamento do nodo AV
Intervalo QT: até 440ms (até 11 quadradinhos) - período refratário para o coração se repolarizar
Quanto mais prolongado o QT maior risco de arritmias’

1 Quadradão: 200ms
1 quadradinho: 40ms

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5
Q

Como avaliar a FC no ECG?

A
1500/ quadradinhos entre RR
Se o intervalo RR for de:
1 quadradão: 300bpm
2 quadradões: 150bpm
3 quadradões: 100bpm
4 quadradões: 75bpm
5 quadradões: 60bpm
...
Se RR < 3 quadradões: (FC >100) = taquicardia
Se RR > 5 quadradões: (FC < 60) = bradicardia
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6
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia sinusal?

A

Presença de FC >100 (RR< 3 quadradões)

com presença de onda P positiva precedendo o QRS

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7
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia atrial unifocal?

A

Presença de FC > 100 (RR< 3 quadradões)
Com presença de onda P, mas não é positiva, pode ser até negativa
E se forem todas iguais é considerada unifocal, pois o estímulo está vindo de um mesmo lugar no átrio
Não é uma arritmia grave

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8
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia atrial multifocal?

A

Presença de FC > 100 (RR < 3 quadradões), mas apresenta ritmo irregular (RR irregular)
Com presença de onda P, mas cada uma com um formato, um jeito, mas todas precedendo o QRS
Assim é considerada multifocal
Dx diferencial com FA: pois tem RR irregular, mas na TAM tem onda P, mesmo q variada em sua forma

Arritmia típica de pacientes pneumopatas (DPOC)

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9
Q

Como identificar em um ECG um flutter atrial no ECG?

A

Arritmia matemática (2:1)
Presença de FC > 100 (geralmente uma FC fixa de 2 quadradões - 150bpm)
ausência de onda P
presença de onda F (onda recorrente, formando aspecto serrilhado no ECG - 1 ,2, QRS)

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10
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia ventricular monomórfica não-sustentada (TVMNS)?

A

≥ 3 extrassístoles = taquicardia
≥ 30s ou instabilidade hemodinâmica = sustentada
sem onda P
QRS alargado > 120ms (até que se prove o contrário é de origem ventricular)
Monomórfica: formatos iguais do QRS

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11
Q

Quais os parâmetros para avaliar uma instabilidade hemodinâmica em uma arritmia? E qual a conduta?

A

queda da PA, síncope, dor torácica, congestão pulmonar

Conduta: choque

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12
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia ventricular monomórfica sustentada (TVMS)?

A

Presença de FC > 100 (< 3 quadradões)
sem onda P precedendo QRS
sem onda F de flutter
QRS alargado, ondas com morfologia que se repetem e não mudam

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13
Q

Como identificar em um ECG uma taquicardia ventricular polimórfica?

A

Presença de FC > 100 (< 3 quadradões)
sem onda P precedendo QRS
sem onda F de flutter
QRS alargado, ondas com morfologia variada

Arritmia GRAVE (TV sem pulso é um ritmo de parada)

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14
Q

Como identificar em um ECG um torsades de pointes?

A

(comparada com um movimento do ballet - torção das pontas)
Presença de FC> 100
sem onda P precedendo QRS
QRS alargado e que ocasionalmente sua extremidade pontiaguda aponta para baixo ou para cima (em relação a linha de base)

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15
Q

Qual evento que predispõe a ocorrência de um torsades des pointes?

A

QT longo (> 440ms)

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16
Q

Como identificar uma fibrilação ventricular no ECG?

A
Presença de FC > 100 (< 3 quadradões)
sem onda P precedendo QRS 
sem onda F de flutter
QRS alargado RR irregular
QRS sem atividade organizada 
ritmo chocável de parada
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17
Q

Como identificar uma fibrilação atrial?

A
Presença de FC > 100 (< 3 quadradões)
sem onda P precedendo QRS 
sem onda F de flutter
QRS estreito
RR irregular
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18
Q

Como identificar uma taquicardia supraventricular?

A
Presença de FC > 100 (< 3 quadradões)
sem onda P precedendo QRS 
sem onda F de flutter
QRS estreito
RR regular
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19
Q

Quais as 5 perguntas para serem realizadas ao se analisar um ECG para dx de taquiarritmias?

A
1- Existe taquicardia? (RR< 3 quadradões)
2- Existe onda P? 
se existir: ou é atrial ou é sinusal
3- Existe onda F de flutter atrial?
se existir: é flutter
4- QRS estreito ou alargado?
Se alargado: ventricular
5- RR regular ou irregular?
Se irregular: FA
Se regular: taqui supraventricular
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20
Q

O que é a fibrilação atrial?

A

São focos arritmogênicos no átrio, gerando circuitos de reentrada e impedindo a contração atrial adequada

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21
Q

Quais as principais causas de FA?

A

Estrutural: HAS, estenose mitral… (causas de sobrecarga atrial)
Reversível (tireotoxicose, pós-op, álcool…) - podem gerar focos arritmogênicos
Isolada

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22
Q

Qual a classificação da FA?

A

1º episódio x recorrente
Duração:
- Paroxística (< 7 dias, geralmente 24-48h)
- Persistente (> 7 dias)
- Longa duração (> 1 ano)
- Permanente (já foi tentado reverter e não foi possível)

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23
Q

Quais as consequências da FA?

A

Atrio não contrai corretamente, dessa forma não manda bem o sangue para frente
Hemodinâmica: aumento da FC (coração que bate rápido não se enche bem) + redução da contração atrial (aparecimento de B4, porque é a bulha que depende do átrio)

Tromboembólicas: estase atrial

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24
Q

Quais são os pacientes com FA com alto risco para tromboembolismo?

A

FA valvar (em que a estase é acentuada ou algo que faça estímulo trombogênico): estenose mitral moderad a grave/ prótese valvar (não precisa aplicar escore, já é de alto risco)

Escore CHA2DS2-VASC: ≥ 2 (H) ou ≥ 3 (M)

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25
Quais são os componentes do score CHA2DS2- VASC?
``` C ongestive (IC) H ipertensão A ge (≥ 75 anos) 2 pts D iabetes S troke (AVC, AIT, embolia) 2pts ``` ``` V ascular (doença vascular) A ge (65-74a) S exo (feminino) ``` ``` 1 (H) ou 2(M): considerar anticoagulação Escore 0 (H) ou 1(M): sem anticoagulação ```
26
Qual o tratamento na FA instável?
Cardioversão elétrica (sincronizada, 120-200J)
27
Qual o tratamento para a FA estável?
A taquicardia causa uma palpitação grande por isso a primeira medida é o controle da FC (1) Controle da FC (inibir o nodo AV, deixa poucos estímulos passarem) (2) Controle do ritmo: opcional (ñ altera mortalidade) Reailzar geralmente em: Idade < 65a, 1os episódios, sintomática (2) Terapia anticoagulante
28
Como escolher para o tratamento do controle do ritmo (reverter) entre fazer cardioversão ou medicação em FA estável?
Mais efetivo seria a cardioversão, mas geralmente pela preferência do paciente é mais usada a medicação Medicações: amiodarona, propafenona (não pode ser feita em cardiopatas mais graves...)
29
Como é feita a profilaxia para novos eventos de FA após a reversão?
Amiodarona (cuidado com a toxicidade - mais usada em pacientes cardiopatas com IC) Propafenona Sotalol Pode ser realizada a ablação por radiofrequência em pacientes refratários
30
Como realizar o controle da FC na FA?
- Betabloqueador (metoprolol, propranolol...) - Antagonistas de Ca+2 (cardiosseletivas): verapamil, diltiazem - Digital (apenas se ICFER, em pacientes que não conseguiu controlar com o betabloq, pelo risco de intoxicação)
31
Como realizar a terapia anticoagulante na FA?
Preferência: dabigartan, rivaroxaban, apixaban, edoxaban Warfarin (INR 2-3): doença valvar, ClCr < 15ml/min (os NOAS não foram ainda estudados nesses pacientes, exceto o Apixaban, que pode ser usado) Pré-reversão: anticoagulação por 3-4 sem: > 48h ou indeterminada ou alto risco * pode omitir essa anticoagulação se ECO TE sem trombo Pós-reversão (mínimo 4 semanas): crônica (para sempre) se alto risco
32
Qual a fisiopatologia do flutter atrial?
Forma-se um macrocircuito de reentrada no átrio | Dessa forma é mais fácil de reverter do que na FA que eram vários circuitos
33
Qual a conduta no tratamento de um flutter atrial?
- Controlar a FC: inibidor do nodo AV - Controle do ritmo: cardioversão 50-100J (preferencial) ou ibutilida (indisponível) * profilaxia: ablação por radiofrequência (preferencial) ou drogas - Terapia anticoagulante crônica (escore CHA2DS2 VASC ≥ 2)
34
Qual a fisiopatologia da taqui supraventricular?
1) Reentrada nodal (70%) - mulher jovem O estímulo pode caminhar do nodo sinoatrial para o nodo AV pela via alfa ou beta A via beta conduz mais rápido, mas demora mais para repolarizar. Um estímulo ectópico pode ser gerado, passar pela via alfa, se a beta ainda estiver repolarizando e quando a beta estiver liberada, voltar por ela e gerar um circuito de reentrada ao redor do nodo AV 2) Reentrada na via acessória (30%) - criança pessoa que nasce com uma via acessória (um atalho para o estímulo descer do atrio para o ventrículo sem passar pelo nodo AV) Ocorre um estímulo ectópico e faz uma reentrada na via acessória.
35
Como saber que existe com uma via acessória?
Quando o estímulo passa pela via acessória, ele não para no nodo AV, então ocorre uma redução do intervalo PR (onda P colada no QRS) Quando o estímulo desce para o ventrículo ele caminha por células que não sabem passar o estímulo para o ventrículo (condução de miócito à miócito), ocorrendo no ECG uma lentificação na ascensão do QRS, formando uma onda DELTA. Mas logo em seguida o estímulo normal passa pelo nodo AV e corrige a onda delta EM RESUMO ECG de base: PR curto + onda delta (síndrome de pré-excitação ventricular - existe a possibilidade de que o ventrículo seja estimulado precocemente pela via acessória)
36
O que é a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
É a presença de uma via acessória (sinalizada pela síndrome de excitação ventricular no ECG) + taquiarritmia Pessoa que fica fazendo episódios de taquiarritmia pela via acessória
37
Qual a conduta na taqui supraventricular (TSV)?
Se instável: incomum - cardioversão (50-100J) Se estável: manobra vagal (estimula resposta vagal parassimpática, para inibir a condução pelo nodo AV) - compressão de seio carotídeo, manobra de Valsalva. Adenosina (com meia vida curta, quase sem efeitos adversos) bolus: 6, seguida de 12mg se ausência de melhora.
38
Qual a profilaxia para a taqui supra?
Se episódios recorrentes: ablação por RF
39
O que seria a onda P' no ECG?
Pacientes que fazem TSV por circuito de reentrada nodal, tem o seu átrio estimulado "de baixo para cima" (do ventrículo para o átrio) (como se fosse uma P ao contrário), mas ela cai em cima do QRS e não aparece Pacientes que fazem TSV por circuito de reentrada pela via acessória, a P' aparece depois do QRS, pois passa um tempinho entre estimular o ventrículo e estimular novamente o átrio - de baixo para cima
40
Qual a conduta em uma TV não sustentada (extrassístoles)?
Sem cardiopatia: conservador (beta-bloq? controlar o estímulo adrenérgico, focos arritmogênicos... controle sintomático) Cardiopatia: - Holter 24h (avaliar se a TV na verdade se sustenta) - Estudo eletrofisiológico (EEF)
41
O que é o RIVA? E qual a conduta?
Ritmo idioventricular acelerado (é o ventrículo escapando) (ritmo idio é sempre um ritmo de escape ao ritmo sinusal normal) FC 60-120 - ventrículo conduzindo de forma lenta, mas não tão lento arritmia de reperfusão (qndo abre a coronária, radicais livres, estresse oxidativo) Conduta expectante
42
Qual a conduta na TV sustentada?
Instável: cardioversão (100J) Se polimórfica: desfibrilação (não é possível sincronizar) Estável: Procainamida/ Amiodarona/ Sotalol ("PAS")
43
Quais as indicações para colocar um CDI em um paciente que apresentou uma TV sustentada?
Se passou por episódio de instabilidade hemodinâmica (hipotensão, síncope) Se após IAM apresenta FE < 30-40% (áreas estruturalmente mais danificadas, tendem a apresentar mais arritmias)
44
Qual a definição de síncope?
Perda súbita e transitória da consciência e do tônus~ (foi pouco sangue para a cabeça, transitoriamente, por algum motivo) Raramente uma doença neurológica vai ser dx diferencial de síncope A maioria das causas de síncope são cardiológicas
45
Como fazer avaliação de síncope?
História + exame físico + ECG
46
Quais os tipos de síncope?
Síncope reflexa (neurocardiogênica, vasovagal) Síncope ortostática (postural) Neurológica Cardíaca
47
Como ocorre a síncope reflexa?
Sintomas pré-síncope: sudorese, náuseas - Situacional (dor, medo, situações de esforço intra-abdominal...): pernas para o alto/ fludrocortisona (em casos mais graves) - Hipersensibilidade do seio carotídeo: evitar estímulo cervical/ marca-passo em casos mais graves
48
Como ocorre a síncope ortostática?
Queda da PAs > 20 ou PAd > 10 mmHg após 3 min de ortostase - hipovolemia, medicamento / disautonomia tratamento: fludrocortisona, midodrina (vasoconstrictor)
49
Como é feito o dx de síncope reflexa ou ortostática?
Diagnóstico CLINICO Não precisa de exame complementar de rotina Para casos duvidosos ou por questão ocupacional de risco: tilt test
50
Como ocorre a síncope neurológica?
Cefaleia, sopro carotídeo, auras - Hemorragia subaracnoide - doença carotídea bilateral - enxaqueca basilar
51
Como ocorre a síncope cardíaca?
Súbita, palpitação prévia, cardiopatias, pós exercício, ECG alterado
52
Quais as principais causas de síncope cardíaca conforme a faixa etária?
Jovens, atletas Cardiomiopatia hipertrófica, Wolff-Parkinson-White, QT longo >-45-50 anos IAM, estenose aórtica, BAVT
53
Quais as causas de síndrome do QT longo?
Causas - congênita - droga (macrolídeo, antipsicótico, antiarrítmicos, cloroquina...) - inseticidas - Hipos (K, Mg, Ca) - BAVT
54
Qual a principal complicação da síndrome do QT longo?
Torsades de pointes
55
Qual a conduta diante de uma Torsades de Pointes e outras síndromes do QT longo?
Sulfato de Mg (estabilização), desfibrilação, marca-passo (se QT longo associado a BAVT)
56
Qual a importância de diferenciar as bradiarritmias em benignas ou malignas para a conduta?
``` Benigno: sem sintomas ou sintomas leves Observação/ atropina (antagoniza a atividade vagal - acelera a FC) Maligna: sintomas graves Marca-passo dopamina,a adrenalina *atropina não resolve ```
57
Por que as bradiarritmias benignas respondem à atropina e as malignas não?
Não temos inervação vagal em todas as áreas do coração, predomina nas regiões mais atriais (pouca inervação vagal nos ventrículos) - As bradiarritmias benignas geralmente tem localização alta (com inervação vagal) - As bradiarritmias malignas geralmente tem origem em problemas localizados em regiões mais baixas do coração, que não tem uma inervação vagal boa e por isso não respondem bem à atropina Ou doenças que fibrosam regiões mais altas, também não respondem à atropina
58
Quais os 3 grandes grupos de bradiarritmias?
Disfunção sinusal Ritmos de escape (nodo sinusal para de funcionar e outro local assume o comando, mais lento Bloqueios AV
59
Quais as principais disfunções sinusais?
``` Bradicardia sinusal (ritmo sinusal lento) Pausa sinusal (ritmo sinusal com pausa) ```
60
Quais as principais causas de bradicardia sinusal?
Vagotonia (estímulo vagal mais intenso), droga bradicardizante (betabloqueador, bloq de canal de Ca+2 cardiosseletivos...) Benigno - geralmente assintomático
61
A pausa sinusal sempre será benigna?
A pausa sinusal é benigna se for por curtos períodos, é benigna, se dura > 3s, significa que ficou sem perfusão cerebral por 3s e gera síncope
62
Quais as principais causas de pausa sinusal?
Vagotonia, droga bradicardizante: benigno | Doença do nodo sinusal (fibrose): maligno (pausa > 3s) - algo que pode ocorrer com o envelhecimento
63
Quais os tipos de ritmo idio ou de escape?
``` Escape atrial (ritmo idioatrial) - uma outra região no átrio passa a comandar o ritmo Escape juncional (ritmo idiojuncional) - a junção AV (nodo AV) passa a comandar o ritmo Escape Ventricular (ritmo idioventricular) - alguma área no ventrículo assume o comando ```
64
Como identificar no ECG um ritmo de escape atrial?
O ritmo vinha em ritmo sinusal, e de repente tem um intervalo maior, com uma onda P diferente antes de cada QRS
65
Quais as características de um ritmo de escape atrial?
FC 40-60bpm onda P sinusal Benigno Vagotonia, anestesia inalatória (pode fazer escapes atriais, sem alteração hemodinâmica) Responde bem à atropina (pois quem está comandando o ritmo são os átrios)
66
Como identificar no ECG um ritmo de escape juncional?
O ritmo vinha sinusal, ocorre uma lentidão no ritmo, sem onda P antes dos QRS e como o nodo AV estimula os ventrículos da mesma maneira, não tem alteração no complexo QRS
67
Quais as características de um ritmo de escape juncional?
40-60bpm sem onda P + QRS estreito Benigno
68
Como identificar no ECG um ritmo de escape ventricular?
Ritmo vinha sinusal e ocorre uma lentidão importante no ritmo, sem onda P e com QRS alargado
69
Quais as características de um ritmo de escape ventricular?
FC 8-40bpm sem onda P + QRS alargado Maligno Não responde bem à atropina, mas pode ser tentado fazer, se o paciente não tiver parado ainda. conduta: marcapasso (até conseguir fazer, da para tentar dopamina e adrenalina)
70
Qual a divisão dos bloqueios AV entre benignos e malignos?
Os benignos geralmente são suprahissianos - respondem bem à atropina Os malignos geralmente são infrahissianos e não respondem bem à atropina
71
Quais as características eletrocardiográfica do BAV de 1º grau?
Tem um alargamento do intervalo PR (> 5 quadradinhos - 200ms) Não chega a bloquear o QRS, é um alentecimento da condução atrio-ventricular As vezes nem chega a gerar bradiarritmia é benigno, responde bem à atropina
72
Quais as características eletrocardiográficas do BAV de 2º grau?
Bloqueio não sequencial (eventual) da onda P | O intervalo PR (avalia o comportamento atrioventricular) antes do bloqueio define o tipo de BAV de 2º grau
73
Quais as características eletrocardiográficas do BAV de 2º grau Mobitz I?
Bloqueio não sequencial de P com: Alargamento progressivo do intervalo PR antes do bloqueio (fenômeno de Wenckebach) BAV benigno - responde bem à atropina
74
Quais as características eletrocardiográficas do BAV de 2º grau Mobitz II?
Bloqueio não sequencial de P com: intervalo PR fixo, sem alargamento Sem fenômeno de Wenckebach Maligno I pode ser tentado atropina, mas não responde bem até colocação do marcapasso pode ser tentado adrenalina, dopamina
75
Quais as características eletrocardiográficas do BAV de 2º grau do tipo 2:1?
``` Ondas P bloqueadas eventualmente Bloqueio não sequencial de P Não consigo avaliar Wenckebach A cada 2, 1 bloqueia QRS mais estreito, sugere bloqueio suprahissiano, para confirmar a localização só com estudo eletrofisiológico ```
76
Quais as características eletrocardiográficas do BAV de 3º grau (BAVT)?
Ondas P bloqueadas sempre (sem comunicação dos átrios com os ventrículos) Dissociação completa de átrio e ventrículo, cada um tem sua frequencia própria, P e QRS aparecem em frequencias diferentes no traçado Pode ter algum encontro casual (tipo mínimo múltiplo comum) e aparecer juntas, mas não está conduzindo Maligno - infrahissiano MARCAPASSO (não responde à atropina, da para tentar drogas adrenérgicas até chegar o marcapasso)
77
Qual a alteração eletrocardiográfica característica da doença de Chagas?
BRD + bloqueio divisional anterossuperior (BDAS - HBAE hemobloqueio anterossuperior)
78
Qual a definição de parada cardíaca?
Interrupção súbita e inesperada da circulação | Nem sempre o coração está sem atividade elétrica, mas não tem coração cardíaca efetiva e dessa forma não tem circulação
79
Quais os passos iniciais no BLS?
``` CERTIFICAR A SEGURANÇA DA CENA Testar responsividade (chamar o paciente) Avaliar respiração e pulso (10s) Chamar ajuda (com desfibrilador) Reanimação cardiopulmonar ```
80
Como proceder a reanimação cardiopulmonar (RCP)?
Circulation (assegurar circulação - compressão cardíaca) 30 compressões Airway (abrir a via aérea) - head tilt, chin lift Breathe (2 ventilações) Defibrilation
81
Qual a técnica, a frequencia e a intensidade das compressões torácicas?
Técnica: 1/2 inferior do esterno FC: 100-120/min Intensidade: 5-6cm ideal: alternar a cada 2 min de RCP (5 ciclos) Para adultos a relação é sempre 30:2
82
Quais os ritmos chocáveis e qual a carga usada para desfibrilação?
Se ritmo chocável: FV/TV Choque único: monofásico (360J)/bifásico (200J) Depois: RCP (2min ou 5 ciclos) -> 30:2 Após checar ritmo...se ritmo organizado, palpar pulso
83
Quando se inicia o ATLS?
Tubo + veia (não sendo obrigatória necessáriamente a IOT, mas apenas manter ventilações adequadas) O ideal é intubar e pegar o acesso sem interromper as compressões, caso precisar interromper, ser por até 10s
84
Como ficam as compressões e ventilações pós-tubo?
Quando providenciado o tubo, as compressões e ventilações são independentes Compressão: 100-120/min Ventilações: 10/min (1 a cada 6s)
85
Quais medicações podem ser aplicadas pelo tubo na emergência caso não seja possível um acesso no paciente?
``` (Não necessariamente na parada) V asopressina A tropina N aloxone E pinefrina L idocaína ```
86
Quais os ritmos de parada?
FV TV sem pulso Assistolia AESP
87
Qual a conduta ACLS em uma PCR por FV/TV?
BLS/ FV/TV -> choque mono 360J/bi 200J -> RCP 2min Ritmo? FV/TV? choque -> ACLS: tubo + veia RCP 2min + vasopressor (adrenalina 1mg) - intenção de preservar o fluxo para áreas nobres Ritmo? FVT/V? Choque RCP 2min + antiarrítmico (amiodarona OU lidocaína - eficácia semelhante, atualização 2018, não alternar as drogas, depois da escolha) Ritmo? FV/TV? Choque RCP 2min + adrenalina vai repetindo o ciclo Amiodarona, apenas 2x: 1ª dose: 300mg/2ª dose: 150mg Checar pulso apenas se ritmo organizado
88
Qual o ACLS em uma PCR por AESP e assistolia?
``` BLS/ assistolia/AESP - NÃO CHOCA ACLS tubo + veia RCP 2 min + vasopressor (adrenalina 1mg) Ritmo? assistolia/AESP? RCP repetir a adrenalina a cada 3-5min ```
89
Qual o protocolo da linha reta?
``` A assistolia tem que provar ser uma assistolia para seguir o atendimento CA bos (checar os cabos) GA nho (aumentar o ganho, tipo um zoom no traçado) D erivação (mudar as pás, para mudar o ângulo de observação - trocar a derivação se não for monitorizado por pás) ```
90
Quais as causas potencialmente reversíveis da parada?
``` 5H's e 5T's Hipovolemia Hipoxemia Hipotermia H+ (acidose) Hipo/HiperK ``` ``` Tension pneumothorax Trombose coronariana Toxicidade exógena Tamponamento TEP ```
91
Qual o achado no ECG característico de sobrecarga de átrio D?
Onda p com amplitude > 2,5mm em D2 (onde P pulmonale)
92
Como fazer a avaliação do eixo cardíaco de um ECG?
``` Eixo cardíaco: D1 positivo AVF positivo - normal AVF negativo - pode ter desvio D2 positivo - normal D2 negativo - desvio ``` D1 negativo e AVF positivo: desvio para a direita
93
Como identificar um bloqueio em um ECG?
``` QRS maior do que 120ms V1 negativo (seta do carro para esquerda) com V6 completamente positivo e morfolgia de torre - BRE ```
94
Quais medicações podem causar alargamento do intervalo QT?
Hidroxicloroquina, azitromicina, sotalol, amiodarona, haloperidol, fluconazol...
95
Qual a medicação mais adequada para controle da FC em pacientes com IC em FA de alta resposta?
Amiodarona ou delanosídeo
96
O que o padrão De Wellens indica no ECG?
Indica o risco de uma angina instável de alto risco evoluir com SCA com supra nos próximos dias
97
Quais são os critérios diagnósticos para o padrão De Wellens?
1- Não pode ter elevações maiores do que 1mm do segmento ST 2- Sem Q em precordiais 3- Progressão de R normal nas precordiais 4- ECG mantém as alterações nos momentos assintomáticos e paciente não tem elevações importantes na troponina
98
Quais as características de um ECG com padrão de Wellens tipo 1?
Padrão plus-minus - presença de ondas T bifásicas nas derivações V2 a V3 também podendo se estender de V1 a V6
99
Quais as características de um ECG com padrão de Wellens tipo 2?
Ondas T profundas e invertidas em derivações V2 e V3 podendo se estender de V1 a V6 Esse padrão corresponde a 85% dos casos de síndrome de Wellens
100
Quais os achados eletrocardiográfico de sobrecarga de átrio esquerdo?
Onda p com largura > 3mm/ Morris em V1
101
Quais os achados eletrocardiográfico da sobrecarga de ventrículo esquerdo?
Sokolov positivo S V1 ou V2 + R V5 ou V6 maior ou igual a 35mm
102
Quais os achados eletrocardiográfico de sobrecarga de átrio direito?
Onda p com altura > 2,5mm
103
Quais os achados eletrocardiográficos de sobrecarga de VD?
BRD, sobrecarga de átrio D, R>S em V2