Distúrbios da hemostasia e trombose Flashcards
Nas vasculites ocorre alteração nos níveis das plaquetas?
Não
Quem faz parte da hemostasia primária?
Plaquetas (VR: 150-450 mil)
O sangramento por distúrbio da hemostasia primária ocorre como?
Em pele e mucosas
Sangramento precoce e espontâneo
Como avaliar a hemostasia primária de forma funcional?
Tempo de sangramento (TS): 3-7min (avalia a função das plaquetas, se a plaquetometria estiver normal, se estiver reduzida não tem como avaliar a função)
Quem faz parte da hemostasia secundária?
Fatores de coagulação (normalmente formados pelo fígado)
Como agem os fatores de coagulação?
Vários fatores, amplificando vários outros para formar a rede de fibrina de forma rápida
Como ocorre o sangramento por distúrbio da hemostasia secundária?
Sangramentos característicamente mais profundos
Músculos e articulações (podem ocorrer ocasionalmente superficiais também)
Para e volta a sangrar
Como avaliar laboratorialmente as vias de coagulação?
Via extrínseca: TAP < 10s; INR < 1,5 (Taxa normatizada internacional para evitar mudanças de kits)
Via intrínseca (“tem 3x mais fatores”, mais lenta): PTTa < 30s; Paciente/controle < 1,5
O que ocorre na fase de reparo tecidual (“3ª fase”)?
Plasmina -> leva a fibrinólise
Liberação de produtos de degradação da fibrina
(D-dímero)
Quais as possibilidades de alterações da hemostasia primária?
Disfunção plaquetária
Trombocitopenia (mais comum)
Quais as principais causas de trombocitopenia?
Aumento da destruição (mais comum)
Diminuição da produção
Sequestro (sequestro esplênico)
Dilucional (hemotransfusões maciças, grandes aportes volêmicos…)
Como são conhecidas as trombocitopenias mais comuns?
São conhecidas como Púrpuras (imune x trombótica) - por ser a manifestação clínica mais frequente
O que é a PTI (púrpura trombocitopênica imune)?
Anticorpos contra as plaquetas
Os anticorpos opsonizam as plaquetas e os macrófagos destroem elas no baço
Qual a clínica da PTI idiopática? E quais as apresentações principais conforme a faixa etária?
Infecção respiratória < 4 semanas
Criança: aguda e autolimitada
Mulher (20-40a): crônica e recorrente
O que é a síndrome de Evans?
É uma anemia com plaquetopenia imune
LES pode gerar essa condição
Quais as principais doenças associadas à PTI secundária?
Secundária ao HIV, LES, LLC, heparina (principal droga relacionada à plaquetopenia)
Como fazer diagnóstico de PTI?
Plaquetopenia e mais nada (equimose, purpura, petéquias….. e mais NADA)
Casos duvidosos: aspirados de medula (hiperplasia dos megacariócitos - medula aumentando a produção)
Qual o tratamento da PTI?
Diminuir a resposta imune: corticoide VO (1-2mg/kg/dia - dose imunossupressora)
Imunoglobulina polivalente (IGIV)
Quando é indicado o uso de corticoide e quando é indicado o uso de IGIV na PTI?
Corticoide:
Sangramento ativo ou plaquetas <20.000-30.000
*na criança, que costuma ser uma forma aguda e autolimitada: < 10.000
IGIV: sangramento grave (SNC, gastrointestinal…)
Quais as outras alternativas em sangramentos graves na PTI que não melhoram com IGIV?
Corticoide IV (pulsoterapia) Fator 7a
Quais as possibilidades de tratamento para PTI crônica refratária?
Rituximabe
Esplenectomia
Tem alguma indicação de uso de transfusão de plaquetas na PTI?
Não é conduta de rotina, pois elas vão ser destruídas.
Somente é usado em sangramento MUITO grave, risco de morte iminente, situações extremas
O que é a púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)?
Deficiência da ADAMTS 13 e formação de fator de von Willebrand (FvWB) gigantes gerando uma microangiopatia trombótica
Qual a clínica da PTT?
Quadro muito grave
Mais comum em mulheres
dor abdominal
+
P laquetopenia
E squizócitos (hemólise) - o trombo é um obstáculo na circulação e as hemácias “batem” e se fragmentam
N eurológicas (pode ser RNC, coma, convulsões, cefaleia…)
T emperatura elevada (mediadores inflamatórios)
A núria
Como surge a PTT?
Pode ser congênita congênita, em que a pessoa já nasce sem a ADAMTS 13, mas a maioria é de origem imune com anticorpos que inibem a função da ADAMTS 13
Qual o tratamento da PTT?
Plasmaférese (pois ser um quadro muito grave, precisa rapidamente lavar esses anticorpos da circulação)
NÃO REPOR PLAQUETAS (pois alimentam o trombo e pioram o paciente)
O que é a síndrome hemolítica urêmica (SHU)?
Algumas bactérias, mais comumente a E. coli O157:H7 leva a produção de algumas toxinas como a Shigatoxina, levando a lesão endotelial e dessa lesão endotelial nasce um trombo, geralmente em pequenos vasos levando a microangiopatia trombótica
Qual a clínica da SHU?
"irmã da PTT" Criança (geralmente) + S angramento (pela plaquetopenia) H emólise Uremia (insuficiência renal)
Qual o tratamento da SHU?
Não fazer ATB (pois a doença é causada pela toxina, se fizer ATB pode “irritar” a bactéria e gerar mais toxina)
Suporte clínico (geralmente evolui sem sequelas)
Como ocorre a ativação plaquetária em uma lesão endotelial?
Quando ocorre a lesão endotelial, é exposto um fator tecidual - colágeno.
Sangue não pode ver colágeno que as plaquetas são ativadas (foi programada para grudar no colágeno e chamar outras plaquetas)
Elas passam por 3 fases:
- Adesão (expressa ganchos que vão prender elas e prender no endotélio - glicoproteínas)
Glicoproteína Ib expressada na plaqueta a prende no FvWB
- Ativação (plaqueta se modifica para ficar “mais charmosa” e atrair mais plaquetas)
ADP (via receptor plaquetário P2Y12)
Tromboxane A2
- Agregação - “grudam” outras plaquetas
Expressam glicoproteína IIb/IIIa (2ª glicoproteína, está na 3ª fase)
Se ligam através do fibrinogênio