Lesão Iatrogênica das Vias Biliares

Question 1

A lesão iatrogenica das vias biliares é mais comum da cirurgia laparoscópica ou na aberta?

Answer 1

É mais comum na laparoscópica, embora ainda seja rara

Question 2

Quais são os principais fatores associadosa lesao iatrogênica das vias biliares?

Answer 2

Inflamação aguda ou crônica (colecistite, colangite, pancreatite)
Obesidade, variações anatômicas, sangramento e inexperiência do cirurgião

Question 3

Qual a principal forma de prevenção das lesões das vias biliares iatrogenicas?

Answer 3

A principal forma é só proceder à cirurgia se a junção infundibulo-cística for bem visualizado após a dissecção

Question 4

Qual exame realizar se houver suspeita de lesão da via biliar?

Answer 4

A colangiopancreatografia retrógrada deve ser realizada transoperatória

Question 5

Qual a lesão mais clássica iatrogênica nas vias biliares?

Answer 5

A lesão mais clássica é tomar o ducto colédoco como ducto cístico durante a tração da vesícula e clampeá-lo.

Question 6

Em que momentos podemos reconhecer a lesão da via biliar?

Answer 6

Durante a cirurgia, no pós operatório imediato e tardiamente (meses a anos).

Question 7

De quais tipos podem ser as lesões iatrogenicas das vias biliares?

Answer 7

1- tipo vazamento ou fístula (coto cístico, transecção do ducto hepático direto aberrante ou lesão lateral do colédoco
2- tipo obstrução (ligadura) ou estenose cicatricial

Question 8

Como se da a investigação com exames das lesões iatrogenicas das vias biliares?

Answer 8

Inicia-se com USG/TC à procura de uma fistula com formação de “biloma”
Na ausência desse achado, prossegue-se a investigação de ligaduras e estenose com a CTP (colangiografia transhepática) ou a CPRE

Question 9

Como se apresenta o quadro clínico da fistula pela lesão das vias biliares?

Answer 9

Dor no QSD, febre, distensão abdominal, elevação das enzimas hepáticas, geralmente sem ictericia.
Uma pista diagnostica é o extravasamento de bile pelo dreno ou ferida operatória

Question 10

Quais os achados ao USG ou à TC em caso de fistula biliar?

Qual exame mais usado para investigação em caso de fistula biliar?

Answer 10

Elas mostram coleção sub-hepática (“biloma “) ou líquido livre na cavidade abdominal (ascite)
A CPRE é mais utilizada que possui possibilidade terapêutica: esfincterotomia

Question 11

Qual o quadro clínico em caso de ligadura iatrogenica de um ducto principal (colédoco ou hepatico comum)?

Answer 11

Se apresenta no pós-operatório imediato com ictericia importante, associada ou não a dor abdominal no QSD

Question 12

Quais os achados ao USG ou à TC em caso de ligadura iatrogênica de um ducto principal?

Answer 12

Mostram dilatação de vias biliares proximais à ligadura.

Question 13

Como pode ser confirmada a ligadura iatrogênica de um ducto principal?

Answer 13

Pode ser confirmada pela CTP (colangiografia transhepática percutânea), também com fins terapêuticos (cateter de drenagem).

Question 14

Como se manifesta a estenose cicatricial do colédoco ou hepático comum?

Answer 14

Manifesta-se tardiamente com ictericia progressiva, podendo levar à colangite e cirrose biliar secundária

Question 15

Qual a classificação mais empregada para avaliação das lesões biliares?

Answer 15

Classificação de Strasberg (ou Bismuth modificada), possui valor prognóstico
Quanto mais proximal a lesão, pior seu prognóstico

Question 16

Como deve ser o tratamento de lesões iatrogenicas da via biliar percebidas no próprio ato cirúrgico?

Answer 16

Devem ser reparadas na hora para evitar o surgimento de estenoses cicatriciais.
O reparo primário pode ser feito, se possível sem tensão
Se não for viável -> derivação bilioentérica
- lesão parcial (<30% do ducto biliar)= reparo com dreno de Kher (em T)
- lesão extensa (> 30% ou transecção): coledolojejunostomia em Y de Roux
- lesão isolada de ductos hepáticos < 3 mm = ligadura/ > 3mm= hepaticojejunostomia em Y de Roux

Question 17

Como deve ser o tratamento de lesões iatrogenicas da via biliar percebidas após a cirurgia?

Answer 17

• Vazamento (fístula) pelo coto cístico: drenagem percutânea do biloma + CPRE com esfincterotomia e colocação de endoprotese (stent) no coledoco
• Lesões graves de colédoco ou hepático comum: cateter de drenagem transepática seguida de reparo ou derivação bilioentérica após 6-8 sem
• Estenose cicatricial (colédoco ou hepático comum): endoprótese (stent) na via biliar