Distúrbios Nutricionais da Infância e Carência de micronutrientes Flashcards

1
Q

Como é feita (instrumento) a avaliação nutricional da infância pelo MS?

A

Pelas curvas de crescimento da OMS, observando-se percentis e escore-Z.

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2
Q

Qual a definição de percentil? Qual a definição de escore Z? Qual a correspondência entre os mesmos?

A

PERCENTIL: posição ocupada numa distribuição ordenada de valores

ESCORE Z: é a distância em desvio padrão que o paciente está da média da população

Z+3 = percentil 99,9
Z+2 = percentil 97
Z+1 = percentil 85
0 = percentil 50
Z-1 = percentil 15
Z-2 = percentil 3
Z-3 = percentil 0,1

OBS: as curvas de percentil que se encontram na mesma distância do 0 somam 100. Ex: percentil 15 + 85 = 100.

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3
Q

Quais os gráficos disponíveis pela OMS conforme faixa etária? Quais são os que avaliam o estado nutricional?

A
  • Peso/Idade: 0-10 anos
  • Estatura/Idade: 0-19 anos
  • Peso/Estatura: 0-5 anos
  • IMC/Idade: 0-19 anos

AVALIAM ESTADO NUTRICIONAL: IMC/idade e Peso/Estatura

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4
Q

Qual a interpretação das curvas da OMS para diagnóstico de baixa estatura, baixo peso e desnutrição?

A

PESO
< Z-3: muito baixo peso
≥ Z-3 e < Z-2: baixo peso

ESTATURA
< Z-3: muito baixa estatura
≥ Z-3 e < Z-2: baixa estatura

DESNUTRIÇÃO (P/E ou IMC/idade)
< Z-3: magreza acentuada (desnutrição grave)
≥ Z-3 e < Z-2: magreza (desnutrição moderada)

OBS: a criança que está sobre a linha sempre cai na classificação de menor gravidade

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5
Q

Quais os tipos de desnutrição?

A

DESNUTRIÇÃO 1ª: oferta < necessidade nutricional (baixa ingesta)

DESNUTRIÇÃO 2ª: apesar da oferta ser adequada, há: 1)perda anormal de nutrientes OU 2)aumento do gasto energético

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6
Q

Quais as formas clínicas de DESNUTRIÇÃO GRAVE? Qual o mecanismo fisiopatológico de cada uma? Qual a grande diferença entre elas?

A

MARASMO: déficit calórico e proteico

KWASHIORKOR: déficit predominante proteico, a ingesta calórica pode ser adequada.

GRANDE DIFERENÇA: presença de edema no kwashiorkor

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7
Q

V ou F: diante de paciente com curva de P/E ou IMC/idade com desnutrição moderada, se houver edema, trata-se de desnutrição grave?

A

Verdadeiro. A presença de edema pode subestimar o estado de desnutrição.

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8
Q

Quais as principais diferenças entre MARASMO e KWASHIORKOR?

A

MARASMO

  • Mais comum em < 1 ANO
  • Instalação LENTA
  • AUSÊNCIA de tecido subcutâneo
  • Hipotrofia muscular
  • Fáscie senil/simiesca
  • NÃO HÁ EDEMA
  • Potencialmente menos grave
  • Apetite VARIÁVEL

KWAHIORKOR

  • Mais comum em > 1 ANO
  • Instalação mais RÁPIDA (após o desmame)
  • Tecido subcutâneo PRESERVADO
  • EDEMA de extremidades
  • Hepatomegalia (por esteatose hepática)
  • Alterações de PELE E FÂNEROS: áreas hiperpigmentadas intercaladas por áreas hipopigmentadas; sinal da bandeira (cabelo)
  • Potencialmente MAIS GRAVE
  • SEM APETITE
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9
Q

GH e cortisol: qual dos dois hormônios estará mais aumentado em:

1) Marasmo
2) Kwashiorkor

A

1) MARASMO: cortisol
2) KWASHIORKOR: GH (pensar assim: o pcte tem ↓ de proteína, então o GH que é anabólico se ↑, porém na ausência de ingesta de proteínas, ele assume papel catabólico = lipólise = esteatose hepática)

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10
Q

O que é o Kwashiorkor Marasmático?

A

Mescla das duas condições.

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11
Q

Como estarão as seguintes provas laboratoriais no paciente com desnutrição grave?

  • Glicemia
  • Sódio
  • Potássio
  • Magnésio
  • Albumina
A
  • Hipoglicemia
  • Hiponatremia, porém o sódio corporal total está preservado. Há hiponatremia por disfunção da bomba de Na-K, havendo retenção do sódio no interior da célula.
  • Hipocalemia
  • Hipomagnesemia
  • Hipoalbuminemia: ocorre tanto no MARASMO quanto no KWASHIORKOR
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12
Q

Quais as indicações de INTERNAÇÃO no paciente desnutrido?

A
  • Desnutrição grave (< escore Z -3)
  • Kwashiorkor
  • Marasmo + sinais de instabilidade
  • Descompensação metabólica

OBS: marasmo sem sinais de instabilidade pode ser manejado ambulatorialmente

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13
Q

Quais as fases de tratamento do paciente desnutrido? Qual a duração de cada uma?

A
  1. Fase de estabilização (7 dias)
  2. Fase de reabilitação (2-6 semanas)
  3. Fase de acompanhamento
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14
Q

Quais as medidas devem ser tomadas na fase de estabilização [7 dias] (do tratamento de crianças desnutridas)?

A

Manejo das condições ameaçadoras à vida

  • HIPOGLICEMIA
  • Paciente inconsciente: EV
  • Paciente consciente: VO
  • HIPOTERMIA aquecer/manter aquecido com manta ou foco de luz
  • DESIDRATAÇÃO: preferir a VO sempre que possível. O paciente desnutrido grave tem sua desidratação superestimada, pelo fato dos sinais da desnutrição se confundirem com os da desidratação.
  • DIETA HABITUAL: não hiperalimentar
  • DISTÚRBIOS HIDRO-ELETROLÍTICOS: tratar a hipocalemia e hipomagnesemia
  • SUPLEMENTAR ELETRÓLITOS CARENTES: K+, Mg+ e Zn+ (mesmo que não haja deficiência dos mesmos, pois quando a criança se recuperar haverá estímulo anabólico)
  • POLIVITAMÍNICOS: vitamina A e ácido fólico
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15
Q

V ou F: Há indicação de reposição de ferro na fase de estabilização (tratamento da desnutrição infantil).

A

Falso. O ferro favorece a formação de radicais livres e piora o estresse oxidativo.

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16
Q

V ou F: Há indicação de tratar a hiponatremia da criança que se apresenta com desnutrição infantil.

A

Falso. O sódio corporal está preservado. Há hiponatremia devido à disfunção das bombas de sódio/potássio, havendo aprisionamento do sódio no interior da célula. A correção da desnutrição resolve o quadro.

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17
Q

Por que não se deve hiperalimentar (com dieta hiperproteica e hipercalórica) a criança na fase de estabilização do tratamento da desnutrição?

A

Pelo risco de haver Síndrome de Realimentação. Nesta, ocorrem alterações eletrolíticas. Ao receber dieta hipercalórica/hiperproteica, rapidamente o paciente faz pico de insulina , havendo piora de distúrbios eletrolíticos já presentes no paciente desnutrido: ↓K, ↓Mg e ↓PO4. O marco laboratorial é a HIPOFOSFATEMIA.

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18
Q

Quais as medidas devem ser tomadas na fase de reabilitação [2ª a 6ª semana] (do tratamento de crianças desnutridas)?

A
  • DIETA HIPERCALÓRICA E HIPERPROTEICA (catch-up)
  • REPOSIÇÃO DE FERRO em doses terapêuticas (3 mg/kg/dia)
  • ALTA para seguimento ambulatorial
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19
Q

Quais as medidas devem ser tomadas na fase de seguimento (do tratamento de crianças desnutridas)?

A

Acompanhamento para prevenção de recaídas, com pesagem semanal.

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20
Q

V ou F: contra-indica-se a vacinação em pacientes desnutridos

A

Falso, porém a vacinação não está indicada na fase de estabilização.

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21
Q

O que é a Síndrome de Recuperação Nutricional? Qual seu marco laboratorial?

A

Manifestações de sinais que ocorrem entre o 20-40º dia de tratamento da desnutrição. Ocorre mais no kwashiorkor. Manifesta-se por hepatomegalia, distensão abdominal, fácies de lua cheia.

MARCO LABORATORIAL = hipergamaglobulinemia

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22
Q

Como é feita a Classificação de Gomez da desnutrição infantil? Qual sua desvantagem?

A

Compara-se o peso do paciente com o peso IDEAL esperado para a sua idade (percentil 50). Através de uma regra de 3, avalia-se o déficit apresentado em relação ao peso ideal.

DESVANTAGEM: NÃO LEVA ALTURA EM CONSIDERAÇÃO (pacientes baixos são enquadrados como desnutridos), NÃO PERMITE DIFERENCIAR A DESNUTRIÇÃO EM AGUDA OU CRÔNICA, indicada APENAS PARA < 2 ANOS.

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23
Q

Como é feita a Classificação de Waterlow da desnutrição infantil? Qual sua vantagem?

A

1) Compara-se o peso do paciente com o peso IDEAL esperado para sua estatura. A partir daí define-se se o peso é adequado, elevado ou baixo (baixo peso é aquele < ou = a 90%)
2) Compara-se a estatura do paciente com a estatura IDEAL esperada para sua idade. A partir daí define-se se a estatura é adequada, elevada ou baixa (baixa estatura é aquela < ou = a 95%)

BAIXO PESO + ESTATURA ADEQUADA = desnutrição aguda

PESO ADEQUADO + ESTATURA BAIXA = desnutrição pregressa

BAIXO PESO + ESTATURA BAIXA = desnutrição crônica em atividade

VANTAGENS: reduz os falso-positivos da classificação de Gomez ao considerar a estatura e permite classificar a desnutrição em aguda ou crônica.

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24
Q

Quais os tipos de OBESIDADE?

A

Obesidade 1ª: multifatorial (predisposição genética + hábitos alimentares inadequados + sedentarismo)

Obesidad 2ª: associada a distúrbio subjacente

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25
Q

Como é a classificação de obesidade para crianças de 0-5 anos pela curva de IMC/idade?

A

Escore Z > 1: risco de sobrepeso
Escore Z > 2: sobrepeso
Escore Z > 3: obesidade

OBS: não existe obesidade grave!

Existe a curva de peso/idade (0-10 anos), em que peso elevado é definido por Escore Z > 2.

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26
Q

Como é a classificação de obesidade para crianças de 5-19 anos pela curva de IMC/idade?

A

Escore Z > 1: sobrepeso
Escore Z > 2: obesidade
Escore Z > 3: obesidade grave

27
Q

Quais os três exames fundamentais para rastreio de comorbidades associadas à obesidade infantil?

A

Glicemia de jejum
Lipidograma: CT, HDL, LDL e TGL
TGP

28
Q

V ou F: no tratamento da obesidade infantil, a necessidade de perder peso é uma regra

A

Falso. Como a criança apresenta crescimento linear, caso se mantenha com o peso atual, poderá apresentar peso adequado devido ao crescimento. A indicação de perder peso via de regra é indicada para adolescentes ou na presença de comorbidades.
Ainda que se recomende perda de peso, esta deve ser progressiva e cautelosa para não prejudicar o crescimento linear (adolescentes: perda de 500 g/semana).
Os pilares do tratamento são: orientações nutricionais e prática de atividade física.

Tratamento farmacológico é a exceção e indicado apenas para adolescentes.

29
Q

Como é a classificação de baixa estatura infantil pelas curvas da OMS?

A

Baixa estatura: < Escore Z-2 e ≥ Escore Z-3

Muito baixa estatura: < Escore Z-3

30
Q

Quais são os parâmetros fundamentais para avaliação da baixa estatura na infância?

A
  • ESTATURA ABSOLUTA
  • VELOCIDADE DE CRESCIMENTO variação da estatura no decorrer do tempo (mínimo de 6 meses)
  • ALVO GENÉTICO: padrão familiar
  • IDADE ÓSSEA: maturidade esquelética
  • IDADE ESTATURAL: idade na qual a média da população apresenta a estatura do paciente
31
Q

Como deve ser calculado o alvo genético de estatura para crianças?

A
Meninos = (Altura do pai + Altura da mãe + 13)/2
Meninas = (Altura do pai + Altura da mãe -13)/2

Admite-se desvio padrão de + ou - 8,5 cm.

32
Q

Quais são as variantes benignas de baixa estatura na infância? Qual a diferença entre elas?

A

BAIXA ESTATURA FAMILIAR: “baixo a vida toda” (criança baixa > adolescente baixo > adulto baixo).
IE < IO = IC

RETARDO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO: “maturador lento” (criança baixa > puberdade prolongada com estirão tardio > adulto normal)
IE = IO < IC

IE = idade estatural
IO = idade óssea
IC = idade cronológica
33
Q

Qual a definição de idade óssea atrasada?

A

Idade óssea atrasada em maior ou igual a 2 anos.

34
Q

Qual a principal etiologia de baixa estatura na infância?

A

Variantes benignas de baixa estatura (baixa estatura familiar OU retardo constitucional do crescimento).

35
Q

Qual a principal causa patológica de baixa estatura na infância?

A

Desnutrição (seja 1ª ou 2ª).

36
Q

Qual a principal endocrinopatia causadora de baixa estatura na infância?

A

Hipotireoidismo adquirido

37
Q

Qual o primeiro passo no algoritmo diagnóstico das causas de baixa estatura na infância?

A

Avaliar a estatura para idade. Se < escore Z-2 = baixa estatura.

38
Q

Em quais duas situações deve-se preocupar em relação à baixa estatura mesmo que a criança não esteja apresentando Escore Z < -2 atualmente?

A
  • Velocidade de crescimento reduzida: ex: no hipotireoidismo, a primeira alteração é a redução da velocidade de crescimento, embora sem haver ainda prejuízo da estatura atual, porém se não tratado rapidamente, logo poderá comprometer a estatura
  • Criança muito longe do alvo genético
39
Q

Qual o parâmetro é usado para diferenciar as causas benignas de baixa estatura das causas patológicas?

A

Velocidade de crescimento. Há velocidade de crescimento apropriada para cada faixa etária, mas em geral considerar < 4-5 cm/ano

CAUSAS BENIGNAS: velocidade de crescimento NORMAL ou próximo do normal

CAUSAS PATOLÓGICAS: velocidade de crescimento REDUZIDA

40
Q

Diante de criança com velocidade de crescimento reduzida + magreza, deve-se aventar como causa da baixa estatura:

A

Desnutrição

41
Q

Diante de criança com velocidade de crescimento reduzida + peso aumentado ou normal, deve-se aventar como causa da baixa estatura:

A

Endocrinopatias:

  • Hipotireoidismo
  • Síndrome de Cushing
  • Deficiência de GH
42
Q

Diante de criança com velocidade de crescimento reduzida + alterações fenotípicas marcantes, deve-se aventar como causa de baixa estatura:

A
  • Síndromes cromossomiais

* Displasias esqueléticas

43
Q

Qual a principal síndrome cromossomial associada à baixa estatura? Quais os estigmas clínicos? Como deve ser guiado o tratamento?

A

Síndrome de Turner (45, X0)
ESTIGMAS: baixa estatura (100%) + atraso puberal
TRATAMENTO: GH até idade óssea de 15 anos + estrogênio após os 12 anos (se iniciar antes disso, compromete o crescimento)

44
Q

Qual a principal etiologia de síndrome de Cushing causado retardo do crescimento na infância?

A

Iatrogenia

45
Q

Como é dado o diagnóstico da deficiência de GH?

A

Diagnóstico de exclusão (após afastar outras causas).

São necessários dois testes de estímulo de GH diferentes mostrando pico de GH inferior a 5-10 ng/ml.

46
Q

Qual a síndrome genética de destaque como causa de alta estatura na infância? Qual o genótipo? Quais os estigmas?

A

Síndrome de Klinefelter (sexo masculino): cariótipo 47, XXY
ESTIGMAS: alta estatura + atraso puberal + testículos pequenos + ginecomastia + proporção eunucoide (envergadura > altura).

47
Q

Associação: principais causas de hipogonadismo hipergonadotrófico na:

MENINA:___________.

MENINO:___________.

A

MENINA: Síndrome de Turner (45, X0)

MENINO: Síndrome de Klinefelter (47, XXY)

48
Q

Quais as manifestações típicas da deficiência de vitamina A no organismo? Qual a função desta vitamina?

A

MANIFESTAÇÕES TÍPICAS: visuais (cegueira noturna)

FUNÇÃO: 1)regeneração epitelial, 2)formação dos pigmentos retinianos (OBS: na ausência de vitamina A, há queratinização do epitélio)

49
Q

Placas esbranquiçadas na conjuntiva:____

Ocorrem na deficiência de vitamina:_____

A

Manchas de Bitot

Deficiência de vitamina A

50
Q

Como é denominada a doença decorrente de deficiência de vitamina C no organismo?

A

Escorbuto

51
Q

Qual a função da vitamina C no organismo? Quais as consequências clínicas de sua deficiência?

A

FUNÇÃO: formação de colágeno
CLÍNICA: manifestações hemorrágicas (petéquias, púrpuras, equimoses), hemorragias subperiosteais dolorosas (posição de rã)

52
Q

O que é o raquitismo? Quais as consequências?

A

Alteração da mineralização do OSSO EM FORMAÇÃO. A principal etiologia é a deficiência de vitamina D.

CONSEQUÊNCIAS:
-craniotabes (calota craniana amolecida), alargamento das articulações (punho, tornozelo), rosário raquítico (alargamento da articulação costocondral)

53
Q

V ou F: todas as crianças devem receber suplementação de vitamina D a partir da 1ª semana de vida, independentemente da exposição solar

A

Verdadeiro

54
Q

Quais as formas de apresentação clínica da deficiência de vitamina K no recém nascido?

A
  • 1ªs 24 horas de vida: decorre do fato de a mãe usar algum medicamento que interfira no RN, causando hemorragia precoce
  • A partir do 2º dia de vida (CLÁSSICA): em toda as crianças naturalmente há redução dos fatores de coagulação vitamina K dependentes em consequência da baixa concentração dela no LM e da flora intestinal ainda não formada, por isso essa forma é prevenida com o uso de vitamina K IM em todos os RNs após o nascimento (MACETE: na prova será uma criança nascida de parto domiciliar)
  • Condições fatores de risco para deficiência de vitamina K: síndromes disabsortivas, etc
55
Q

Quais são os valores adotados para interpretação do lipidograma na infância?

A

LDL < 100
TGL < 100
CT < 150
HDL > 45

56
Q

Como deve ser manejada a dislipidemia na infância?

A

Via de regra, em < 10 anos não se indica tratamento farmacológico. A partir de 10 anos, pode ser tentado, porém SEMPRE PRECEDIDO DE 6 M DE MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA.

  • Hipertrigliceridemia: tto essencialmente dietético e físico
  • Indicação de estatinas: LDL > 190 OU > 160 + fatores de risco
57
Q

Como deve ser composta a dieta na fase de estabilização do tratamento da desnutrição com relação aos seguintes parâmetros:

SÓDIO:
POTÁSSIO:
LACTOSE:
FOSFATO:

A

SÓDIO: ↓
POTÁSSIO: ↑
LACTOSE: ↓ (devido a atrofia das criptas, há ↓ da lactase)
FOSFATO: ↑

58
Q

Qual o dado mais importante para o diagnóstico de baixa estatura na infância? Quais os valores de referência adotados?

A

Velocidade de crescimento. Permite diferenciar as causas de baixa estatura em VARIANTES BENIGNAS e CAUSAS PATOLÓGICAS.

  • Pré-escolar: 7-8 cm/ano
  • Escolar: 5 cm/ano
  • Puberdade:
  • Meninos: 9-10 cm/ano
  • Meninas: 8-9 cm/ano
59
Q

V ou F: nas variantes benignas de baixa estatura, a criança tipicamente não apresenta sinais de puberdade

A

Verdadeiro. A presença de sinais de puberdade nos faz pensar em causas patológicas de baixa estatura.

60
Q

Qual a fase de menor crescimento infantil? E a fase de maior crescimento?

A

Período pré-puberal (5 cm/ano)

Maior crescimento: lactância e puberal

61
Q

V ou F: todo desnutrido grave a princípio é portador de infecção, devendo ser manejado com esquema de antibioticoterapia profilática

A

Verdadeiro. Esquema = ampicilina + gentamicina

62
Q

Qual tipo de imunidade está mais prejudicada na desnutrição: humoral x celular?

A

Imunidade celular

63
Q

Associação mental: tratamento da desnutrição grave

  • FASE DE ESTABILIZAÇÃO (1ºs 7 dias): manejo de distúrbios ameaçadores à vida:_________,_________,__________e________.
  • FASE DE REABILIZAÇÃO (2ª a 6ª semana): reposição de _______ e dieta_____.
A
  • FASE DE ESTABILIZAÇÃO: tratamento da hipotermia, hipoglicemia, distúrbios hidroeletrolíticos e infecção.
  • FASE DE REABILIZAÇÃO: reposição de ferro e dieta hiperproteica/hipercalórica