Direito à diversidade Flashcards
Para compreender o direito à diversidade é necessário compreender o direito à X.
Para compreender o direito à diversidade é necessário compreender o direito à diferença.
Se o direito à diferença enquanto direito individual pode ser uma infiltração na modernidade, o direito à diferença como direito X traz um potencial ainda maior de combate à uniformização moderna.
Se o direito à diferença enquanto direito individual pode ser uma infiltração na modernidade, o direito à diferença como direito coletivo traz um potencial ainda maior de combate à uniformização moderna.
O estado moderno sempre reagiu com enorme violência a toda tentativa de se estabelecer um sistema alternativo de organização social que não funcionasse sobre as bases modernas X.
O estado moderno sempre reagiu com enorme violência a toda tentativa de se estabelecer um sistema alternativo de organização social que não funcionasse sobre as bases modernas uniformizadas.
Há um grande problema em se falar em “X”. Dependemos do olhar de quem manda para existirmos.
Há um grande problema em se falar em “reconhecimento”. Dependemos do olhar de quem manda para existirmos.
Quando falamos em direito à diferença devemos nos perguntar: diferente de que? Respondemos: do padrão
civilizatório, do padrão do bom, do melhor, estabelecido pelo estado e seu direito modernos X.
Quando falamos em direito à diferença devemos nos perguntar: diferente de que? Respondemos: do padrão
civilizatório, do padrão do bom, do melhor, estabelecido pelo estado e seu direito modernos europeus.
As Constituições da X e X vêm construir um outro direito: o direito à diversidade enquanto direito individual e coletivo.
As Constituições da Bolívia e Equador vêm construir um outro direito: o direito à diversidade enquanto direito individual e coletivo.
A Constituição brasileira anuncia uma nova perspectiva de compreensão dos direitos de igualdade e diferença ao reconhecer o direito à X como direito individual e coletivo.
A Constituição brasileira anuncia uma nova perspectiva de compreensão dos direitos de igualdade e diferença ao reconhecer o direito à diferença como direito individual e coletivo.
A modernidade é europeia, não existe para todos, é hegemônica e necessita X os menos diferentes, expulsando, excluindo, exterminando,
encarcerando os considerados mais diferentes nestes 500 anos.
A modernidade é europeia, não existe para todos, é hegemônica e necessita uniformizar os menos diferentes, expulsando, excluindo, exterminando,
encarcerando os considerados mais diferentes nestes 500 anos.
O direito à diversidade não se confunde com o direito à diferença.
No direito à X, o estado e o sistema jurídico moderno continuam atuando no sentido de reconhecer, de incorporar aos seus padrões, ainda estabelecendo uma referência de “melhor” ou “padrão.”
O direito à X segue outra lógica. Em primeiro lugar não há permissões nem reconhecimentos. Não há inclusão por que não pode haver exclusão. A lógica pode ser resumida nas seguintes frases: “existo e
me apresento na minha existência”. “Não dependo do seu olhar ou de seu registro para que eu exista”.
O direito à diversidade não se confunde com o direito à diferença.
No direito à diferença, o estado e o sistema jurídico moderno continuam atuando no sentido de reconhecer, de incorporar aos seus padrões, ainda estabelecendo uma referência de “melhor” ou “padrão.”
O direito à diversidade segue outra lógica. Em primeiro lugar não há permissões nem reconhecimentos. Não há inclusão por que não pode haver exclusão. A lógica pode ser resumida nas seguintes frases: “existo e
me apresento na minha existência”. “Não dependo do seu olhar ou de seu registro para que eu exista”.
Na lógica da diversidade não há mais X, pois não há mais um padrão do melhor: diferente de que? Não há mais este “que” ou “quem” que se estabelece como referência do bom.
Na lógica da diversidade não há mais reconhecimento, pois não há mais um padrão do melhor: diferente de que? Não há mais este “que” ou “quem” que se estabelece como referência do bom.
Portanto, um espaço de diversidade é um espaço de X livre comum.
Portanto, um espaço de diversidade é um espaço de existência livre comum.
O espaço de X requer uma postura de abertura para com o outro, os outros. Ouço o outro não para derrotar seu argumento, não para vencê-lo, o que impossibilita o diálogo, ouço o outro para aprender com ele assim como o outro me ouve para aprender comigo.
A resultante do diálogo obrigatório nos espaços de diversidade não será uma fusão de argumentos, nem uma soma de argumentos, muito menos a vitória de um argumento, mas sim um X argumento, construído pela postura de abertura, onde todos devem abrir mão de alguma coisa para que todos possam ganhar alguma coisa, e tudo pode ser permanentemente discutido e rediscutido.
O espaço de diversidade requer uma postura de abertura para com o outro, os outros. Ouço o outro não para derrotar seu argumento, não para vencê-lo, o que impossibilita o diálogo, ouço o outro para aprender com ele assim como o outro me ouve para aprender comigo.
A resultante do diálogo obrigatório nos espaços de diversidade não será uma fusão de argumentos, nem uma soma de argumentos, muito menos a vitória de um argumento, mas sim um novo argumento, construído pela postura de abertura, onde todos devem abrir mão de alguma coisa para que todos possam ganhar alguma coisa, e tudo pode ser permanentemente discutido e rediscutido.
O direito à X (individual e coletivo) parte do pressuposto da complementaridade. No lugar de hegemonias, linearidades históricas, superioridades culturais, missões civilizatórias ou proselitismos, a
diversidade é convivência que tem por base a lógica de complementaridade: os que os outros têm eu não tenho, os que os outros não têm, eu tenho, somos assim X.
O direito à diversidade (individual e coletivo) parte do pressuposto da complementaridade. No lugar de hegemonias, linearidades históricas, superioridades culturais, missões civilizatórias ou proselitismos, a
diversidade é convivência que tem por base a lógica de complementaridade: os que os outros têm eu não tenho, os que os outros não têm, eu tenho, somos assim complementares.