Capítulo 27 Artroplastia do Cotovelo Flashcards
Para qual estágio no cotovelo da AR está indicada Artroplastia total do cotovelo
○ Estágio I
§ Osteoporose com sinovite ativa
§ Radiografias sem alterações
○ Estágio II § Sinovite crônica, com leve alterações artríticas e alguma perda do espaço articular § Nesse estágio, a sinovectomia artroscópica pode ser efetiva e parece ser de longa duração em combinação com novos agentes sistêmicos ○ Estágio III § Independente do tratamento, alguns pacientes evoluem para perda completa da cartilagem com dor associada e perda da força muscular ○ Estágio IV § Observa-se perda extensa de osso e instabilidade grosseira § É nesse grupo de paciente que a ATC apresenta grandes benefícios
Quando interromper as medicações da AR antes da ATCotovelo:
○ O metotrexate pode ser continuado no período peri operatório, na esperança de evitar um gatilho inflamatório
○ Os biológicos são parados por pelo menos um ciclo antes da cirurgia, retornando após a retirada dos pontos
○ Pacientes que utilizaram grandes doses de corticóide recentemente podem necessitar de uma dose de estresse no período perioperatório
§ Ainda faltam estudos para avaliar o risco de infecção e cicatrização pobre versus a resposta inflamatória causada pela retenção dessa medicação
Qual ATC é indicada na artrose de cotovelo dos pacientes com AR
○ Se uma artroplastia não constrita está sendo cogitada, é importante avaliar a integridade dos ligamentos colaterais
§ Instabilidade ou laxidão pode levar o cirurgião a utilizar uma conversível ou semiconstrita
Qual o comprimento da protese na ATC pós traumática
○ Planejamento pré-operatório deve ser usado a fim de bypass os parafusos mais proximais no úmero e mais distais na ulna por duas larguras corticais se possível
Epidemiologia da OA primária do cotovelo
• Artrose primária afeta normalmente indivíduos de meia idade e mais idosos, primariamente homens na 5ª década de vida ou mais, sendo raro em mulheres
○ A maioria dos casos envolve o lado dominante
○ Muitos pacientes apresentam história de carregar peso durante a vida
Clinica da OA primária do cotovelo
• A principal queixa desses pacientes é dor nos extremos de movimento, com perda da flexão e extensão finais
○ Perda da rotação do antebraço é menos comum
○ Bloqueio intermitente e dor pode ser devido corpos livres dentro da articulação
Rx da OA primária do cotovelo achados:
• Pacientes com artrose primária normalmente apresentam sobrecrescimento ósseo e osteófitos na coronóide e processo olecraniano
○ Estreitamento da radiocapitelar é um achado comum, embora não seja tipicamente sintomático
○ O aspecto central da articulação ulnoumeral é caracteristicamente poupado nessa população
○ Dor durante todo o ADM normalmente significa sinovite ou degeneração articular na articulação ulnoumeral central
§ É raro, sendo visto nos estágios mais tardios
Incidência de sintomas do N. ulnar na OA primária do cotovelo
• Deve ser enfatizado que cerca de 20 % dos pacientes com osteoartrose primária do cotovelo apresentam algum grau de neuropatia do nervo ulnar
○ Os sinais e sintomas podem ser bem insidioso e pode não ser relatado pelo paciente até apresentar uma disfunção do nervo substancial
○ A associação próxima do nervo com a cápsula articular posteromedial deixa ele susceptível a compressão por osteófito ou sinovite medial expandindo a cápsula
○ Síndrome do túnel cubital precoce nesses pacientes se manifesta com dor do lado medial do cotovelo
Nas artropatias hemofílicas qual fator deve ser suplementado durante a cirurgia
ARTROPATIA HEMOFÍLICA
• Pacientes com hemofilia podem se apresentar com importante destruição articular ○ O acometimento é normalmente multi articular, envolvendo ombro, cotovelo, quadril, joelho e tornozelos ○ Pode-se ter déficits funcionais importante • A abordagem cirúrgica requer uma abordagem coordenada e multidisciplinar ○ Fator VIII deve ser suplementado durante o período peri operatório
Contra indicações ABSOLUTAS da ATCotovelo:
- ANQUILOSE COMPLETA SEM DOR
- ARTICULAÇÃO NEUROPÁTICA
- PRESENÇA DE INFECÇÃO NO COTOVELO (controlar antes)
- PARTES MOLES DE BAIXA QUALIDADE NO COTOVELO (retalho antes)
Tipos de ATCotovelo:
○ Acoplado
○ Não acoplado
○ Os implantes NÃO ACOPLADOS (não constritos) dependem de um suporte ósseo adequado e estabilidade dos ligamentos colaterais § Isso teoricamente diminui a soltura na interface osso-cimento, mas traz um grande risco de instabilidade, especialmente em pacientes reumatóides § Vários desses implantes foram descontinuados, mas podem ser encontrados em cenários de revisão ○ Atualmente, os designs ACOPLADOS correspondem a implantes com haste com uma articulação SEMICONSTRITA § Esses implantes têm vantagens sobre os dispositivos não acoplados no que diz respeito a estabilidade § Esses implantes apresentam elevado estresse de contato § O desgaste do polietileno, osteólise e falha subsequente permanecem como problemas clínicos
ACESSOS PARA ATCotovelo
○ Acesso de Bryan Morrey → elevação do tríceps de medial para lateral em continuidade com o ancôneo para expor o úmero distal e o cotovelo
§ Um problema desse acesso seria a insuficiência do tríceps, presumivelmente associada com falha do reparo
○ Acesso de Gschwend → split do tríceps § Utilizado por um dos autores do capítulo § O tríceps e seu tendão são divididos longitudinalmente, sendo elevado cuidadosamente da ulna proximal § Teoricamente teria maior segurança no reparo do músculo e do tendão, diminuindo a tendência do tríceps arrancar do olécrano ○ Acesso de preservação do tríceps § Mantém a inserção total do tríceps no osso, sendo utilizadas as aletas medial e lateral para realizar o procedimento. § Permite a mobilidade ativa imediata do tríceps no período pós-operatório. § Apresenta menor exposição para realização do procedimento. □ A exposição do úmero requer a liberação de ambos ligamentos colaterais, não se sabendo o efeito disso sobre a longevidade do implante
O que fazer com a cabeça do rádio na ATCotovelo
• A menos que a artrose esteja limitada a articulação ulnoumeral, a cabeça do rádio é comumente excisada
Onde ocorre a soltura da ATCotovelo
§ O componente ulnar é o que apresenta maior risco de soltura
LONGEVIDADE DA PRÓTESE TOTAL DE COTOVELO:
LONGEVIDADE DA PRÓTESE
* A ATC em pacientes reumatóides apresentam longevidade superior, com uma taxa de sobrevivência de 92% em 10 anos * A ATC em artrose pós-traumática tem taxa de sobrevivência de 70% em 15 anos, com uma grande associação entre idade precoce no momento da artroplastia e falha do implante