Capítulo 25 Tendinopatias do Cotovelo e roturas tendíneas Flashcards
Aparencia histopatológica da epicondilite lateral
○ Tendinopatia degenerativa ou tendinose ( aparência histológica - tendinose angiofibroblástica )
○ Formação fibrocartilaginosa ou degeneração mucoide ou hialina ○ Proliferação fibrovascular ○ Focos de calcificação ○ Tendão tem aparência acinzentada e friável ao exame macroscópico
Principal músculo acometido na Epicondilite lateral
• Principal tendão acometido → ERCC
○ 1/3 dos casos → ECD
○ Raramente → EUC, ERLC
○ EDC e o ERCC possuem uma origem comum e indistinguível no epicôndilo lateral
Epicondilite lateral Sexo Idade Lado Atletas ou não atletas?
○ H = M ○ Prevalência → 1,3 % ○ Pico de incidência → 45 anos ( maioria entre 35 - 54 anos ) ○ Braço dominante ○ Mais comum em não atletas
Recidiva de epicondilite lateral
○ Recorrências dos sintomas em > 50 %
• Estágios da Epicondilite Lateral:
• Estágios
1- Inflamatório ( normalmente restrito à apresentação inicial da doença )
2- Degeneração angiofibroblástica
3- Falha estrutural
4- Fibrose ou calcificação na vigência dos estágios II ou III
Teste para diferenciar Sd. Túnel radial e Epicondilite lateral
○ Há sobreposição com a sd do túnel radial nas queixas e achados físicos
§ Dor em ambos com extensão dos dedos e supinação contra resistência
§ Não há teste definitivo para cada diagnóstico
○ Sd do túnel radial ( concomitante em 5 % dos casos )
○ Teste da cadeira para epicondilite lateral
○ Teste da cadeira → elevar cadeira com membro, com cotovelo extendido, antebraço pronado e punho em flexão
Achados da RNM na epicondilite lateral
○ RM
§ Hipersinal em T1 e T2
§ Pode mostrar franca separação/rasgão do músculo do osso
§ Boa correlação com achados intra-op, no entanto, pode ter falso-positivos ( pacientes sem sintomas pode ter aumento sinal )
§ Não é um exame útil para fazer diagnóstico ou ditar tratamento
Fatores de risco para epicondilite lateral
○ Condição multifatorial que atinge indivíduos geneticamente susceptíveis, quando são submetidos a microtraumas de repetição
• Associações ○ Esforço repetitivo ○ Tabagismo
Musculos afetados na epicondilite medial
• Afeta mais comumente → PR e FRC
○ Ocasionalmente → PL, FSD e FUC
Fatores de risco para epicondilite medial
• Fatores de risco
○ Obesidade
○ Carga física
○ Tabagismo
Tenista é magro
Golfista é gordo
Epidemiologia da Epicondilite Medial
• Epidemiologia
○ Mais rara que a epicondilite lateral
○ 10 - 20 % de todas as epicondilites
○ Menos comum que a lateral ( 0,4 % de prevalência )
○ M > H ( alguns estudos )
○ Paciente típico → 4ª - 5ª décadas de vida
○ Exceção → jovens atletas com atividade de arremesso ( estresse em valgo )
○ Braço dominante
Associação com neurite do n. ulnar na epicondilite medial
Neurite do ulnar em 23 - 60 %
Radial na lateral é 5%
Como é feito tto conservador da epicondilite lateral e medial
§ Fase 1
□ Mudança de atividades, utilização de gelo, AINES, imobilização noturna e infiltração com corticóide
§ Fase 2 □ Reabilitação após melhorar sintomas agudos e movimento completo do punho e cotovelo sem dor □ Exercícios isométricos e alongamentos, seguindo por exercícios de resistência e fortalecimento § Fase 3 □ Manutenção das medidas de mudança de hábitos □ Infiltração de corticóide ® Diminuição da dor e inflamação precoce e sinovite articular ® Resultado benéficos em curto tempo ® Questionável por alguns □ FST → resultado equívoco a longo prazo
Epidemiologia da ruptura do bíceps distal
• Epidemiologia
○ Homens ( raramente em mulheres )
○ 5ª - 6ª décadas de vida
○ Campbell → membro dominante
Testes para ruptura do bíceps distal
○ Teste bicipital - RULAND ( semelhante ao teste de Thompson )
§ Cotovelo 60-80° ( isola o bíceps como supinador )
§ Antebraço ligeiramente pronado ( colocar tensão no tendão do bíceps )
§ Apertar o bíceps ( junção miotendínea + ventre muscular )
§ Positivo → FALTA de supinação = ruptura
○ Hook test § Cotovelo fletido 90°, realizar supinação com antebraço inicialmente pronado □ Normal → polegar agarra ao redor do tendão do bíceps na fossa □ Avulsão → isso não é possível □ Lesão parcial pode ter esse teste negativo
Inserção da cabeça curta e longa do bíceps
§ Cabeça curta
□ Mais importante
□ Insere-se distal a tuberosidade radial
□ Funciona como flexor do cotovelo
§ Cabeça longa □ Insere-se fora do eixo de rotação do antebraço □ Funciona como supinador ○ O Footprint da inserção está localizado na porção posterior ulnar da tuberosidade radial ( isso dificulta o reparo anatômico através de uma única incisão anterior )
Limitações esperadas com tto conservador da ruptura distal do bíceps
○ Conservador
§ Lesões completas
□ Perda de 40 - 60 % força de supinação
□ Perda de 30 % de força de flexão
Tempo ideal e máximo para reparo da ruptura do bíceps distal
§ Tempo ideal → 7 - 10 dias após lesão
§ Antes da retração e cicatrização tecidual
§ Pode ser feito reparo até 9 meses da lesão
§ Reparo primário é quase sempre certo de ser possível dentro de 4 sem de lesão
Técnicas para reparo do bíceps distal vantagens e desvantagens
○ Duas incisões ( Boyd Anderson )
§ Incisão anterior transversa
§ Incisão posterior lateral baseada na palpação da tuberosidade
§ Vantagens
□ São menores e mais cosméticas
□ Permite a inserção do tendão do bíceps em posição mais anatômica
□ Permite uma incisão anterior menor e diminui risco de lesão NV
□ Acesso por divisão do músculo tira o risco de sinostose radioulnar
□ Está associada a ossificação heterotópica
□ Pode lesionar o NIP se tração excessiva for realizada
○ Única incisão § Incisão longitudinal em forma de S § Nervo cutâneo lateral do antebraço está em risco § Pode estar associada a maior risco de lesão NV
Complicações pós reparo do bíceps distal
• Complicações
○ Recorrência de ruptura → rara ( 0 - 4 % )
○ Ossificação heterotópica ( mais comum na técnica de duplo acesso ) ○ Lesão NV ( cutâneo lateral do antebraço, NIP ) ○ Dor anterior do cotovelo persistente
Qual o local mais comum de ruptura do tríceps
• Pode ocorrer
○ Inserção óssea ( mais comum )
○ Junção miotendínea
○ Ruptura intra substancial do músculo ( mais raro )
Fatores de risco para lesão do tríceps
• Fatores predisponentes ( para avulsão e ruptura miotendinosa )
○ Entesopatias
○ Medicações ○ IRC com ou sem hipertireoidismo ○ Esteroides anabolizantes ○ Obs → lesões intra substanciais NÃO estão associadas ao uso de esteroide ou condições médicas crônicas
Tratamento das lesões intrasubstanciais e miotendíneas do tríceps e são mais comuns em quais pacientes
○ Lesões intramusculares/musculotendinosas
§ Mais raras
§ Mais vistos em jovens sem comorbidades importantes e pode ser lesão esportiva
§ Não cirúrgico pode ser efetivo ( lesões parciais e não necessitam de extensão forçada )