Crise convulsiva e convulsão febril Flashcards
Qual a definição de estado de mal epiléptico?
Crise > 30 min ou crises reentrantes em 30min sem recuperação da consciência.
Crise > 5 min já considera, pelo risco de persistência e complicações
Qual a conduta na crise convulsiva?
- MOV + Dextro
- BDZ até 3x
- Se não cessar: medicação de 2ª linha
- Se EME refratário: IOT e UTI com drogas de infusão contínua (midazolam, propofol, tiopental)
Quais são as medicações de primeira linha para cessar a crise?
Benzodiazepínicos - Diazepam e midazolam
Quais as opções de vias medicamentosas para administração de benzodiazepínicos se não tiver acesso venoso disponível?
Diazepam via retal
Midazolam IM, intranasal ou bucal
Quais são as medicações de segunda linha para cessar a crise?
Fenitoína, fenobarbital, ácido valproico
Qual a definição de estado de mal epiléptico refratário?
Crise convulsiva sem resposta a benzodiazepínico e medicação de 2ª linha
Qual a faixa etária mais comum da convulsão febril?
6 meses a 5 anos, com pico entre 14-18 meses
Qual a causa mais comum de convulsão febril?
Infecções virais
Toda criança que apresenta uma crise convulsiva febril precisa ser avaliada quanto ao risco de recorrência de novos episódios e ao risco de epilepsia. V ou F?
Verdadeiro
Quais são os dois tipos de convulsão febril?
FEBRIL SIMPLES: tônico-clônico generalizada, < 15min, sonolência breve, sem recorrência, baixo risco de epilepsia
FEBRIL COMPLEXA: focal, > 15min, sonolência ou defict focal no pós-ictal, crises repetidas em 24h, maior risco de epilepsia
Qual o tipo de convulsão febril mais comum?
Convulsão febril simples
Quais são os fatores de risco de recorrência da convulsão febril?
Crise febril complexa, sexo masculino, HF +, crise com < 1 ano de vida, temperatura baixa na crise
Quais são os fatores de risco de risco de epilepsia na convulsão febril?
Crise febril complexa, convulsão febril recorrente, atraso do DNPM, doença neurológica, HF de epilepsia
Quando está indicada a coleta de líquor na convulsão febril?
Na suspeita de infecção do SNC:
Sinais meníngeos, abaulamento da fontanela, < 6 meses, vacinação incompleta para os agentes
Quais são as orientações aos familiares nos casos de convulsão febril?
Bom prognóstico (imaturidade do SNC)
Pode ter recorrência (cerca de 30%)
Antitérmico se febre
Quando pode ser considerada a profilaxia secundária com anticonvulsivantes no contexto de convulsão febril?
Se convulsão febril complexa e na presença de fatores de risco para recorrência e para epilepsia
Em geral, contínuo com fenobarbital ou ácido valproico ou intermitente com BZD
Menino de 1 ano e 8 meses é trazido à sala de emergência com história de febre de até 38,5 graus há 1 dia, sem outros sintomas associados e ter apresentado episódio de perda de consciência seguida de abalos nos 4 membros, com duração aproximada de 5 minutos e resolução espontânea há cerca de 20 minutos. Nega episódios similares prévios, nega doenças crônicas. No momento apresenta-se em bom estado geral, corado, hidratado, febril, eupneico, consciente, chorando; acalma-se no colo da mãe; sem outras alterações ao exame clínico. O paciente retorna ao pronto-socorro cerca de 12 horas após a alta, mantendo quadro febril ainda sem outros sintomas associados, tendo apresentando novo episódio similar ao anterior, agora com duração de cerca de 10 minutos, que cessou espontaneamente a caminho do hospital. Mantem ainda bom estado geral com febre, sem outras alterações do exame clínico. Neste momento, a conduta adequada será:
Internação hospitalar para observação e avaliação com neuropediatra - teve recorrência da crise em menos de 24 horas, o que classifica como crise febril complexa. Diante disso, necessita de internação hospitalar para observação. A avaliação pelo especialista não é uma regra mas, se o serviço de saúde dispõe desse profissional, podemos usar tal artifício
O risco de recorrência depende da idade ao primeiro episódio e do antecedente familiar. V ou F?
Verdadeiro
Um menino de 11 meses, com desenvolvimento normal, é trazido por sua mãe que está muito assustada à Unidade de Saúde da Família (USF), informando que ele apresentou febre de 38,5°C desde a manhã. Relata que o menino estava gripado nos últimos dias e que há cerca de 10 minutos teve uma crise convulsiva. O médico de família da unidade de saúde, ao examinar a criança, pergunta à mãe quanto tempo durou a crise, ela informa que foi menos de um minuto. A mãe nega história pregressa de epilepsia na família. A criança apresenta-se bem, mantendo contato e chorosa. Ao exame físico, apresenta apenas roncos de transmissão à ausculta, sem sinais de irritação meníngea e sem outros achados. Temperatura axilar de 37°C. Nesta situação a melhor conduta no momento é:
Orientar a mãe sobre sinais de alerta e necessidade de reavaliação clínica.
Para pré-escolar de 3 anos, portador de epilepsia de difícil controle em estado de mal epiléptico, já tendo recebido bolus iniciais de diazepan e dose de ataque de fenitoína, mantendo-se ainda em crise, o próximo passo deverá ser administração de:
Fenobarbital, ácido valpróico ou midazolan contínuo - fenobarbital, droga a ser utilizada em seguida, é efetivo para o tratamento do estado epiléptico refratário.
Paciente de 04 meses de idade chega ao pronto-socorro com história de ter apresentado crise tônico-clônica generalizada com duração de 1 minuto. Ao exame apresenta-se febril, sonolento e com abaulamento de fontanela anterior. Qual a primeira hipótese diagnóstica e conduta a serem consideradas:
Meningite bacteriana e ATB
Menina, 2 anos de idade, apresenta quadro de tosse, coriza hialina nasal e febre de até 38,9°C há um dia. Nega vômitos ou diarreia, mantém boa aceitação alimentar. Há uma hora, os pais presenciaram quadro de perda de consciência, abalos de membros superiores e inferiores, associado a sialorreia e eversão do olhar. Referem que o episódio durou três minutos, com resolução espontânea; a criança ficou sonolenta após o episódio e foi se recuperando. Trata-se de criança previamente hígida, os pais negam quadro semelhante prévio. Ao exame clínico, a criança está em bom estado geral, corada, hidratada, ativa e reativa, com boa perfusão periférica, FR = 28 irpm; FC = 90 bpm; PA = 92 x 58 mmHg; T= 39,1°C. Discreta hiperemia de orofaringe. Sem sinais meníngeos ou outras alterações ao exame clínico. Frente ao quadro, além de administrar antitérmico, a conduta é:
Manter observação clínica, sem outras medicações e sem coleta de exame laboratorial neste momento.
A maioria dos casos de epilepsia na infância tem o prognóstico bom, com exceção das encefalopatias epilépticas, tais como as síndromes de West e de Lennox-Gastaut. V ou F?
Verdadeiro
Lactente de 2 anos, com história de convulsão febril simples há 7 dias (crise tônico-clônica generalizada, duração de 2 minutos, sem recorrência em 24 horas) é atendido no ambulatório. Quais exames devem ser pedidos?
Nenhum exame
Lactente de 1 ano e 2 meses, previamente hígida, dá entrada no pronto-socorro com história de ter apresentado crise convulsiva tônico-clônico generalizada, de duração 3min, ficando sonolenta logo após a crise, que cessou espontaneamente a caminho do hospital. Mãe conta que criança apresentava tosse e coriza há 1 dia, sem desconforto respiratório, em bom estado geral. À admissão: REG, corada, hidratada, acianótica, anictérica, febril (T = 38,7°C), sem edemas, sem irritabilidade, sonolenta ao exame, porém acordava à manipulação, sem rigidez de nuca. Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros, FC = 130 bpm. Murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, eupneico, satO2 = 98% em AA, FR: 30 irpm. Abdome: inocente. Otoscopia: membrana timpânica translucida bilateralmente. Oroscopia: leve hiperemia, sem exsudato ou petéquias em palato. Sem lesões de pele. Na investigação diagnóstica, quais exames seriam necessários para este caso?
Nenhum exame.
Você está atendendo um lactente portador de mal-formação do Sistema Nervoso Central e epilepsia, em sala de emergência por estado de mal epilético. O lactente já recebeu 2 doses de diazepam e dose de ataque de fenitoína, mas mantém atividade de crise. Foi iniciado administração de fenobarbital em dose de ataque. Neste momento, deve-se manter vigilância para quais possíveis efeitos adversos do fenobarbital?
Depressão respiratória e hipotensão.