Tuberculose na Infância Flashcards
Dx e tto
10% dos casos de TB no mundo acometem crianças <15a! Incidencia de 50 casos para 100.000 crianças;
Peculiaridades em 15a: acontece devido a exposição domiciliar a um adulto com TB pulmonar bacilífera; maior risco de infecção e de adoecimento (crianças <1a expostas tem um risco de adoecimento de 40%, em comparação a um risco de 10-20% nos maiores de 10a);
A cada 10 crianças expostas, 3-4 já estarão com ILTB, 1 estará com TB doença!
TB na infância: 85% casos é pulmonar; apenas 20% apresenta baciloscopia + (nos adultos é 65%); TB pulmonar na infância é paucibacilar (produz menos exsudação, menor formação de caverna, dificuldade da obtenção de escarro);
15% dos casos é extrapulmonar: 65% linfoganglionar e 15% meningoencefalite;
Dx na infância: exposição a adulto bacilífero, teste turbeculínico (PPD; reator >=5mm, independente da vacinação= contar prévio com o bacilo), QC compatível (infecção respiratória que não melhora com tto habitual), baixo ganho/perda ponderal, febre baixa >15d, linfadenomegalia/esplenomegalia, PNM com DP q n melhora c tto habitual e predomínio de linfócitos), Rx alterado (lobos superiores, adenomegalia hilar); Escore de pontos
TB mto provável qndo >=40 pontos; possível qndo 30-35 pontos; pouco provável qndo <=25 pontos;
Dça de notificação compulsória!
Tto: <10a= 2m RHZ+ 4m RH; >10a= 2m RHZE+ 4m RH; o etambutol pode dar Neurite óptica, difícil de rastrear em <10a; se neuroTB: fase intensiva 2m+ fase manutenção 10m+ prednisona 2-4m;
Incomum a ocorrência de efeitos adversos secundários à toxicidade medicamentosa!
Investigação de contatos e ILTB
Caso índice: TB pulmonar ativa, bacilífero;
Contato: pessoas que convivem no mesmo ambiente no momento do dx;
Todos os contatos precisam ser convocados para avaliação clínica;
Se estivermos diante de uma criança com contato bacilífero, e ele estiver sintomático, devemos investigar TB dça! (Escore de pontos e baciloscopia); se ele estiver assintomático, <10a= Rx tx e PPD OU >10a= PPD;
Contatos assintomáticos <10a:
Rx tx e PPD; se RX tx suspeito> investigar TB dça (avaliar QC e PPD); se RX tx normal> avaliar PPD; PPD reator (>=5mm)> ILTB OU PPD não reator> repetir em 8sem; se houver conversão (aumento do PPD em 10mm ou + em relação ao anterior) após repetição> ILTB; se n houver conversar> Alta;
Contatos assintomáticos >10a:
PPD; se reator> Rx tx> normal= ILTB OU suspeito= investigar TB; se não reator> repetir em 8sem> sem conversão= alta OU se conversão= Rx tx;
ILTB= contato bacilífero e PPD reator, assintomático e Rx tx normal;
ILTB também é de notificação compulsória!
Tto: isoniazida 9m (270 doses) OU rifampicina 4m (120 doses; preferível em <10a pela apresentação em solução oral);
Quimioprofilaxia primária e vacinação BCG
O combate à TB na infância tem 3 frentes: tto da TB doença, tto da ILTB e a quimioprofilaxia primária!
Indicações: RN exposto a adulto bacilífero (recém-dx, no início do Tto ou que ainda irá iniciar);
Objetivo: evitar a infecção, que apresenta um alto risco de evoluir pra TB doença;
Tuberculose abacilífera ou que já iniciou o tto e está com escarro negativo não precisar realizar a quimioprofilaxia primária!
Quimioprofilaxia primária: ao nascer não fará BCG e usará Isoniazida por 3 meses; após 3m, realizar PPD; >=5mm é reator> ILTB (Isoniazida + 3m); <5mm é não reator, não infectado (parar a Isoniazida e vacina BCG);
Mãe com TB pode amamentar, desde q o bebê receba a quimioprofilaxia primária e o mãe utilize máscara cirúrgica!
Controle de TB na infância: melhor estratégia é fazer o controle de TB adultos (fazer a busca ativa de contatos, diagnóstico precoce, tto adequado, tto ILTB); essas medidas são mais eficazes do que o uso da BCG!
Imunoprofilaxia: Vacina BCG; Mycobacterium novos; aplicada ao nascer; intradérmica; peso >2000g; confere proteção apenas contra formas graves de TB (neuroTB e TB miliar);
*Não precisa mais revacinar a pessoa se ela não evolui com cicatriz da BCG em 6m;