T4_Rickettsia, Coxiella Flashcards
Características gerais de Rickettsia e Coxiella (11):
- aeróbias
- pequenas
- gram negativas (vêem-se mal)
- DNA e RNA
- ribossomas
- divisão binária
- inibição por antibióticos
- parasitas intracelulares obrigatórios
- instáveis fora da célula (exc. Coxiella)
- parasitas intracelulares obrigatórios (parasitas energéticos)
- colorações: Giemsa, Gimenez, Machiavelo
Rickettsia: Quadros clínicos
Grupo exantemático:
- R. rickettsi- febre das montanhas rochosas
- R. acari- rickettsialpox (pox-vesiculas com conteudo infeccioso)
- R. conorii- febre escaro-nodular (comum cá)
Grupo do tifo:
- R. prowazekii- tifo epidémico; doença de Brill-Zinsser
- R. typhi- tifo murino (endémico)
Apresentação clinica da infecção Rickettsia conorii
- Febre escaro-nodular (febre da carraça)
- Cursa com febre, escara e adenopatia cervical, exantema
- Escara: ferida no local da mordida com eventual necrose.
- Exantema máculo nodular no corpo todo
Carraça do cão (ixodídeo): Rhipicephalus sanguineus (carraça) é vector- transmite a doença ao hospedeiro; e reservtório-nicho/sítio onde se multiplica mais) com transmissão vertical
Rickettsia conorii: epidemiologia
- 20000 casos/ano (?)
- Mortalidade – 2.5% (idosos, cirrose, alcoolismo, diabetes, IR) mais associada aos grupos de risco
Ricekttsia conorii: sasonalidade
- Carraças adultas na Primavera, mais fáceis de ver (são maiores)
- Verão - Estadios mais precoces são mais pequenos, mais difíceis de visualizar, mas transmitem igualmente.
- Maior prevalência da Febre da carraça durante o verão. Duração da transmissão da carraça: 6h
Caracteristicas da infecção por Rickettsia prowazekii
(tifo epidémico)
Tifo epidémico doença rara, com alteração do estado de consciência, febre, exantema, torpor.
Associada a :Guerra, campos refugiados, prisões, sem-abrigo
Reservatório: homem
Vector: piolho humano (Pediculus humanus humanus)
Rickettsia prowazekii - Doença Brill-zinsser
- Doença Brill-zinsser (tifo esporádico)
- Febre, exantema.
- Antecedentes de tifo
- Recorrência em doentes que tiveram tifo epidémico previamente mas com quadros mais ligeiros
Rickettsia typhi
Tifo endémico (murino): menos frequente
Febre, cefaleias, exantema
Reservatório: roedores
Vector: pulga do rato (Xenopsylla cheopsis)
Não é necessário haver contacto com o reservatório: as pulgas conseguem saltar vários metros
Rickettsia: diagnóstico
R. conorii, R. prowazekii, R. typhi:
- IFI (rotina…)
- Culturas celulares (acabam por não se fazer por ser difícil de isolar)
- PCR (sangue, escara)
- Detecção por IF nas células endoteliais ( mais comum, serologia também)
- Pesquisa de AC: demoram uma semana ou mais a aparecer.
- Se for negativa: tratar e repetir passado uma semana.
Coxiella burnetii: reservatório e via de transmissão
Reservatório: mamíferos, pássaros, carraças…
Muito relacionado com a altura do parto dos animais (persistente no liquido amniótico)
Via aérea sobretudo, via digestiva (produtos lácteos) - é intracelular obrigatório mas pode viver vário tempo fora e dai que possa haver contaminação por aerossois
Febre Q aguda
Agente: Coxiella burnetti
Manifesta-se por:
- Febre
- Cefaleias
- Alterações gastrintestinais e alteração da função hepática
- Pericardite, miocardite (menos frequente)
- Pneumonia (raro)
Febre Q crónica
Agente: Coxiella Burnetti
Manifesta-se por:
- Endocardite (rara mas muito grave, mortal)
- Infeções vasculares de enxertos e aneurismas
- Hepatite granulomatosa crónica
- Encefalite
- Osteomielite/osteo-artrite
- Infeção pulmonar
- Mais rara e grave que Febre Q aguda
Tratamento de Febre q crónica
Doxiciclina+Cloroquina (antimalárico: altera o pH dos lisossomas e permite o funcionamento das tetraciclinas)
Coxiella: diagnóstico de Febre Q aguda
- IFI (fase II) - Negativo para fase I e positivo para fase II)
- Culturas celulares, PCR,
Serologia
- Fase II: AC aparecem rapidamente
- Fase I: AC só aparecem após estimulação crónica
Coxiella: diagnóstico de Febre Q crónica
- IFI (fase I) - (positivo para fase I e II)
- Culturas celulares, PCR, Serologia
Fase II: AC aparecem rapidamente
Fase I: AC só aparecem após estimulação crónica
Rickettsia, Coxiella: tratamento
R. conorii, R. prowazekii, R. typhi, Coxiella burnetii (febre Q aguda):
- tetraciclinas (++ doxiciclina)
- fluoroquinolonas -cotrimoxazol (grávidas, crianças)
- Coxiella burnetii* (febre Q crónica):
- doxiciclina + cloroquina (≥18 meses)
Qual é a condição de crescimento da Ricketsia
Parasita intracelular obrigatório
Altura do ano em que há mais episódios de febre da carraça
Verão (carraça mais pequena, mais dificil de ver)
Diagonóstico de infecção por Ricketsia
- PCR sangue e escaras
- Serologia
Patologia associada à Coxiella burnetii
Febre Q aguda e crónica
Reservatório e transmissão da coxiella
Reservatório: Mamíferos, Pássaros e carraças
Transmissão: Via aérea (p/esporos) e digestiva (prod. lácteos)
Populações de risco para coxiella
Pessoas com contacto de animais de gado (Pastores, agricultores, feiras de gado, etc)
Complicação frequente de Febre Q crónica
Insuficiência cardíaca por válvulo-patia c/ endocardite
Diagonóstico de infecção por coxiella
- IFI (Fase I: Crónica; Fase II: Aguda)
- PCR
- Serologia
Classifica a Coxiella quanto ao gram.
Gram-negativas.
Quanto à respiração, a Coxiella é…
Aeróbia
Colorações usadas na Coxiella
- Giemsa
- Gimenez
- Machiavelo
A Coxiella é estável fora da célula, mas precisa de ser intracelular para…
Replicar-se.