T34_Antiparasitários Flashcards

1
Q

Características gerais dos antiparasitários:

A
  • Muitos mecanismos de ação desconhecidos ou mal conhecidos.
  • Dependência de vias de fermentação.
  • Atividade neuromuscular dos Helmintas.
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Q

Antimaláricos

A

4 alvos farmacológicos:

  1. metabolismo do heme (cloroquina, quinina, mefloquina, e artemisinina).
  2. cadeia transportadora de eletrões (primaquina e atovaquona).
  3. tradução de proteínas (doxiciclina, tetraciclina , e clindamicina).
  4. metabolismo dos folatos (sulfadoxina-pirimetamina e proguanil).

Classificação clínica:

  • Agentes usados na prevenção.
  • Agentes usados no tratamento da fase sanguínea aguda
  • Agentes usados na eliminação de hipnozoítos da fase hepática
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3
Q

Antimaláricos
INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME:

A
  • Cloroquina
  • Quinina e quinidina
  • Mefloquina
  • Artemisina
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4
Q

INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME: Cloroquina

A
  • Raízes de Dichroa febrifuga; Casca de Chinchona
  • Protonado dentro do vacúolo do parasita  acumulação de concentrações elevadas (100 x > no eritrócito parasitado► ligação a ferriprotoporfirina IX impedindo a sua polimerização ► dano oxidativo membranar.
  • RA:
    • Prurido, agravamento da psoríase e porfirias.
    • Doses supraterapêuticas: vómitos, retinopatia, hipotensão, confusão, e morte.
  • Ineficaz contra a maioria das estirpes de P. falciparum em Africa, Ásia e América do Sul (mutação PfCRT = efluxo da cloroquina)
  • 1ª linha no tratamento de malária por P. vivax , P. ovale , P. malariae , e P. knowlesi, estirpes sensíveis de P. falciparum.
  • Útil na profilaxia
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5
Q

INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME : Quinina e Quinidina

A
  • fase eritrocitária aguda
  • mecanismo de ação adicional – intercala-se no DNA
  • Não usados profilaticamente.
  • Efeitos adversos: Cinchonismo (tinite, cefaleias, surdez), prolongamento QT.
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6
Q

INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME : Mefloquina

A
  • Uso terapêutico e profilático.
  • Efeitos adversos: náuseas, anomalias da condução cardíaca (incluindo bradicardia, prolongamento do intervalo QT, e arritmias), efeitos neuropsiquiátricos (pesadelos/sonhos vívidos, insónias, ansiedade, depressão, alucinações, convulsões e psicose).
  • Estirpes de P. falciparum resistentes a mefloquina e cloroquina no sudoeste asiático.
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7
Q

INIBIDORES DO METABOLISMO DO HEME : Artemisina

A
  • Artemisia annua
  • 1ª linha no tratamento de malária por P. falciparum
    Mecanismo de ação: inibição do PfATP6 (autólogo do
    SERCA)
  • Derivados da artemisina: artesunato, artemeter, artemotil, di-hidroartemisinina.
  • Eficácia: diminuição rápida da parasitemia e resolução dos sintomas da fase eritrocitária
  • Também eficaz contra gametócitos ► diminuição da transmissão.
  • Não eficaz na profilaxia.
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8
Q

Inibidores da cadeia transportadora de eletrões: Primaquina

A
  • Fase hepática do P. vivax e P. ovale.
  • Atividade antimalárica associada a um metabolito – quinona – interfere com a ubiquinona.
  • P. vivax = suscetibilidade intrínseca dependente da estirpe (ex. estirpe de Chesson) ► tratamento padrão com doses mais elevadas.
  • Útil na profilaxia
  • RA: Hemólise potencialmente fatal em doentes com deficiência em G6PD
  • Contraindicação: gravidez (hemólise fetal)
  • Efeitos adversos: Distúrbios GI, neutropenia, hipertensão, arritmias.
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9
Q

Inibidores da cadeia transportadora de eletrões: Atovaquona

A
  • Análogo da ubiquinona
  • Mecanismo: interfere com a interação ubiquinona –citocromo bc1 (100 x maior seletividade
  • para a forma parasitária)
  • Seletividade desaparece por “single point mutation” do parasita ► usado sempre em associação:
  • atovaquona - doxiciclina
  • atovaquona – proguanil – efeito sinérgico
  • Uso terapêutico e profilático
  • RA: Bem tolerados (associação – distúrbios GI e rash)
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10
Q

OUTROS ANTIMALÁRICOS:

A
  • Inibidores da tradução proteica
    • Doxiciclina
    • Clindamicina
  • Inibidores da síntese de folatos
    • Sulfadoxina
    • Pirimetamina
    • Proguanil
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11
Q

Inibidores da tradução proteica:

A
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12
Q

Inibidores da síntese de folatos

A
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13
Q

Características importantes na farmacologia dos Protozoários Luminais

A
  • Entamoeba histolytica; Giardia lamblia; Cryptosporidium hominis/parvum; Trypanosoma brucei rhodesiense e T. b. gambiense; Trypanosoma cruzi ; Leishmania spp.,
  • Eucariotas adaptados meio anaeróbio
  • Sem enzimas de fermentação: desidrogenase do lactato, descarboxilase do piruvato; sem ciclo de Krebs, sem fosforilação oxidativa.
  • Fermentadores obrigatórios de glicose a etanol e acetato
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14
Q

Antiprotozoários: Metronidazol

A
  • Inativo até ser reduzido em células com grande potencial redox negativo (anaérobios ou microaerofílicos).
  • Seletividade depende da existência de PFOR (Entamoeba histolytica – Amebíase (disenteria).
  • Bactérias anaeróbias – abcessos
  • Giardíase, Tricomoníase
  • Ampla utilização ► resistências do H. pylori
  • Resistências nos parasitas ainda não clinicamente importantes (seres diploides).
  • Maior eficácia contra trofozoitos tecidulares (menor contra ameba intraluminal) ► associação com agentes intraluminais – iodoquinol, paromomicina.
  • Efeitos adversos: desconforto abdominal, paladar metálico, efeito tipo-dissulfiram
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15
Q

Antiprotozoários: Tinidazol e Nitazoxanida

A

Tinidazol

  • Melhor tolerância.
  • Duração do tratamento menor.
  • Contraindicado na gravidez, amamentação e crianças <3 anos de idade.

Nitazoxanida

  • Estruturalmente relacionado com o metronidazol
  • maior espectro de ação (também helmintas)
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16
Q

Antiprotozoários: Pentamidina

A
  • Útil no tratamento da fase inicial (sem atingimento do SNC) da Doença do sonoTrypanosoma brucei
  • Mecanismo de ação: Inibe a síntese de DNA, RNA, proteínas e fosfolipídeos no parasita - supressão do cinetoplasto (organelo que contém o DNA em certos protozoários). Inibição da redutase do di-hidrofolato.
  • Espetro: Trypanosoma e Leishmania spp (parasitas com cinetoplasto).
  • Efeitos adversos: fadiga, tonturas, hipotensão, pancreatite, lesão renal.
  • 3ª-4ª linha no tratamento de pneumonia por P. jiroveci
17
Q

Antiprotozoários: Suramina

A
  • Útil no tratamento da fase inicial da tripanossomiase Africana
  • Mecanismo de ação: Interage com numerosas macromoléculas e inibe várias enzimas. Também inibe a polimerase de RNA.
  • Mecanismo de seletividade desconhecido.
  • Efeitos adversos: prurido, parestesias, vómitos e náuseas.
18
Q

Antiprotozoários: Melarsoprol

A
  • Tratamento da fase tardia – envolvimento do SNC
  • Mecanismo: inibição da glicólise (cinase do piruvato); células dos mamíferos menos permeáveis ao fármaco = seletividade antiparasitária.
  • Muito tóxico! – taxa de mortalidade (4-5%); flebite severa; polineuropatia periférica.
  • Encefalopatia reativa – mortalidade ~50% ►administração concomitante de corticosteroides.
19
Q

Antiprotozoários: Eflornitina

A
  • Alternativa menos tóxica do que o Melarsoprol
  • Inibe a descarboxilase da ornitina – inibe síntese de poliaminas (síntese de ác. nucleicos)
  • Apenas ativo contra T. b. gambiense (Africa ocidental) – fase inicial e tardia
20
Q

Antiprotozoários: Nifurtimox

A
  • Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi
  • Mecanismo: redução a espécies reativas de oxigénio (parasitas sem catalase).
  • RA: anorexia, vómitos, perda de memória, perturbação do sono, convulsões
21
Q

Antiprotozoários: Estibogliconato de sódio e antimonato de meglumina (antimónio pentavalente)

A
  • Ativos contra Leishmania.
  • Mecanismo desconhecido.
  • RA: supressão da MO, intervalo QT prolongado, pancreatite, rash.
  • Miltefosina
22
Q

Características importantes no helmínticos como alvos farmacológicos:

A
  • sistema nervoso rudimentar – alvo farmacológico
  • controlo dos músculos longitudinais: inibição GABAérgica; estimulação colinérgica
  • fibras não mielinizadas – mais suscetíveis a neurotoxinas
23
Q

Mecanismo de ação dos antihelmínticos:

A
  • potenciação do controlo inibitório
  • bloqueio do controlo excitatório (não despolarizante),
  • estimulação tónica excitatória (despolarizante)
24
Q

Antihelmínticos: Ivermectina

A
  • Mecanismo: ativação de canais de cloro glutamatérgicos + aumento da libertação de GABA = hiperpolarização► paralisia do parasita.
  • Ineficaz em Cestodes e Trematodes – recetor GABA diferente
  • Uso específico no tratamento e prevenção de Oncocercose (“Cegueira dos Rios”) – Onchocerca volvulus
  • Não mata filárias adultas, apenas microfilárias ► Tratamentos prolongado (10-15 anos)
  • Reação de Mazzoti - reação inflamatória por lise das microfilárias (cefaleias, tonturas, fraqueza, rash, prurido, edema, dor abdominal, hipotensão, febre).
  • Não atravessa BHE (apenas na meningite) – não afeta recetores gabaérgicos humanos.
25
Q

Antihelmínticos: Piperazina e pamoato de Pirantel

A
  • Mecanismo: agonista dos canais iónicos► despolarização sustentada e paralisia tónica
  • anticolinesterásicos
  • Efeitos adversos: distúrbio GI, tonturas
26
Q

Antihelmínticos:

  • Albendazol, Mebendazol, Tiabendazol
  • Praziquantel
  • Dietilcarbamazina
A
27
Q

Antihelmínticos de primeira escolha para os diferentes nematodos

A
28
Q

Antihelmínticos de primeira escolha para os Schistosoma e Fasciolopae

A
29
Q

Antihelmínticos para os Céstodos mais comummente parasitas no Homem:

A