T21B_Micoses oportunistas Flashcards

1
Q

Agentes patogénicos (6)

A
  • Candida spp;
  • Cryptococcus spp;
  • Aspergillus spp;
  • Zygomycetes;
  • Pneumocystis jirovecii;
  • Talaromyces marneffei
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Q

Origem dos fungos oportunistas

A
  • Humana = comensais:
    • Candida spp;
  • Ambiente
    • Outros
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3
Q

VIrulência dos fungos oportunistas:

A

Baixa:

  • Imunocomprometidos;
  • Portadores de próteses ou cateteres vasculares;

EXCEÇÃO => Cryptococcus neoformans tem virulência elevada: indíviduo saudável também é infetado;

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4
Q

Fatores de risco (9)

A
  • Transplante MO;
  • Transplante de órgão sólido;
  • Grande cirurgia;
  • SIDA;
  • Doença neoplásica;
  • Terapia imunosupressora;
  • Idade avançada;
  • RN prematura;
  • Outros: diabetes, linfomas, quebra barreiras mucosas, desequilíbrios flora saprófita;
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5
Q

Principais microorganismos:

A
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6
Q

Candida spp: CANDIDÍASE

Características gerais: (5)

A
  • Micose oportunista mais importante;
  • Colonizam corpo humano;
  • Disseminação hematogénea por quebra das barreiras mucosas; Agentes frequentes de infeção nosocomial da corrente sanguína => Candidémia;
  • Espécies patogénicas + frequentes: Candida albicans, C. glabrata, C. tropicalis, C. krusei, C. parapsilosis;
  • Atingimento: pulmão, baço, rim, fígado, coração, SNC, olho, pele
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7
Q
  • Candida spp: EPIDEMIOLOGIA
A

Colonização:

  • Trato GI;
  • Vagina e uretra;
  • Pele;
  • Unhas;

Aumento da colonização oral:

  • DM;
  • HIV;
  • Doente Hospitalizado;
  • Crianças;
  • Dentaduras;
  • Antineoplásicos;
  • Antibióticos;
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8
Q

Candida spp: DOENÇA ENDÓGENA VS. EXÓGENA

A

Doença exógena:

  • Contaminação de itens => soluções parentéricas ou proteses vasculares;
  • Infeção cruzada;

Doença endógena:

  • Maior percentagem;
  • Oportunismo da flora saprófita = ex: candidíase vaginal;
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9
Q

Candida spp: CLÍNICA

A
  • Infeção superficial: candidíase cutânea;
  • Disseminação hematogénea: rim, fígado, baço, coração, SNC;
  • Infeção das mucosas:
    • orofaringe (“sapinhos”)
    • esofagite;
    • infeção vulvovaginal
  • Infeção da pele e unhas:
    • Zonas intertriginosas
    • unhas
  • Infeção urinária;
  • Peritonite;
  • Candidíase mucocutânea crónica;
  • Candidémia;
  • Candidíase SNC;
  • Pneumonia;
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10
Q

Fatores predisponentes: INFEÇÃO DA OROFARINGE/Candidíase

A
  • Idades extremas;
  • Dentaduras;
  • DM;
  • Antibioterapia;
  • Radioterapia cabeça e pescoço;
  • Corticoesteroides;
  • HIV;
  • Neoplasias hematológicas;
  • Transplante de órgão;
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11
Q

Fatores predisponentes: ESOFAGITE/Candidíase (4)

A
  • Corticoesteroides sistémicos;
  • SIDA;
  • Neoplasia;
  • Transplante de órgão;
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12
Q

Fatores predisponentes: INFEÇÃO VULVO VAGINAL/(Candidíase (6)

A
  • Contracetivos orais;
  • Gravidez;
  • DM;
  • Corticoesteroides sistémicos;
  • HIV;
  • Antibioterapia;
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13
Q

Fatores predisponentes: INFEÇÃO DA PELE E UNHAS/Candidíase

A
  • Zonas húmidas;
  • Imersão frequente das mãos em água;
  • Doença vascular periférica;
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14
Q

INFEÇÃO URINÁRIA: Candidúria

Quando tratar?

A
  • Candidúria sintomática: tratar SEMPRE;
  • Candidúria assintomática:
    • tratar em doentes neutropénicos
    • com obstrução do trato urinário
    • Doentes que vão sofrer procedimento urológico => Doentes com > risco disseminação;
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15
Q

Fatores predisponentes: INFEÇÃO URINÁRIA - Candiduria

A
  • Algaliação;
  • Obstrução urinária;
  • Procedimentos urinários;
  • DM;
  • Antibioterapia de largo espetro;
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16
Q

Fatores predisponentes: PERITONITE/Candidíase (5)

A
  • Perfuração GI;
  • Cirurgia abdominal;
  • Pancreatite;
  • Leaks de anastomoses;
  • DPCA - Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória;
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17
Q

Causa da CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÓNICA

A

Doença disseminada => deficiência de linfócitos T;

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18
Q

Fatores predisponentes: CANDIDÉMIA (8)

A
  • Cirurgia abdominal;
  • UCI;
  • Transplante MO e órgão sólido;
  • Colonização;
  • AB prolongado;
  • Hemodialise;
  • Imunosupressão;
  • Idades extremas;
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19
Q

Fatores predisponentes: INFEÇÃO DO SNC/ Candidíase (3)

A
  • Infeção hematogénea;
  • Shunt ventriculo peritoneal;
  • Cirurgia SNC ou ocular;
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20
Q

Diagnóstico de pneumonia por candidíase:

A
21
Q

DIAGNÓSTICO CULTURAL: Candidíase

A

Exame microscópico:

  • fresco;
  • Corado;

Exame cultural:

  • meio de Sabouraud => colónias brancas com cheiro a fermento de padeiro:
  • Prova de filamentação precoce (<3h):
    • Hifa verdadeira sem constrição => C. albicans;
    • Hifa falsa, com constrição => C. não albicans;
22
Q

Prova da filamentação precoce

A
23
Q

DIAGNÓSTICO SEROLÓGICO: Candidíase invasiva

A

I. Teste de Mannan => Ag polissacarídeo da parede Candida:

  • Pesquisa de Ag no soro;
  • Pesquisa de Ac antimannam no soro;
  • Pesquisa de Ag e Ac;
  • Falsos positivos:
    • colonização oral ou GI por Candida,
    • Antifúngicos prévios;

II. Teste 1,3-beta-D-glucan => pesquisa no soro (ver imagem)

24
Q

TRATAMENTO: Candidíase

A
  • Prevenção;
  • Remoção de itens invasivos (cateter);
  • Importância da identificação da espécie;
  • Tratamento local ou sistémico;

PADRÃO DE SUSCETIBILIDADE: Ver tabela

25
Q

Cryptococcus neoformans

A
  • C. neoformans:*
  • Var. neoformans* => solo;
  • Var. gattii* => eucaliptos;
26
Q

CLÍNICA: Cryptococcus neoformans

A
  • Micose sistémica;
  • Foco pulmonar;
  • Infeção SNC => meningoencefalite em HIV +;
  • Localização mucocutânea, óssea, visceral;

CRIPTOCOCOSE

27
Q

Criptococose: DIAGNÓSTICO

A
  • Levedura encapsulada (Técnica de tinta da China);
  • Gram positivo;
  • Crescimento em meio Sabouraud;
  • Urease positivo;
  • Pesquisa de Ag capsular no LCR;
28
Q

Criptococose: TERAPÊUTICA

A
  • Anfotericina B + Ffucitosina => INDUÇÃO;
  • Fluconazol (ou itraconazole) => CONSOLIDAÇÃO
29
Q

Aspergillus mais frequentes (4)

A
  • A. fumigatus;
  • A. flavus;
  • A. niger;
  • A. terreus
30
Q

Aspergillus: FATORES DE RISCO (6)

A
  • Neutropenia prolongada: <500 leucócitos / mm3;
  • Corticoterapia e quimioterapia;
  • HIV; Doença avançada;
  • Imunodeficiência hereditária;
  • Transplante alogénico de MO;
  • Transplante pulmonar
31
Q

Aspergilose invasiva por fungos ubíquos:

A
  • Aspergilose pulmonar invasiva;
  • Aspergilose dos seios perinasais;
  • Aspergilose cutânea;
  • Disseminação hematogénea ou por contiguidade: SNC, cardiovascular
32
Q

Sinais em TC que indicam possibilidade de Aspergilose pulmonar

A

Sinais sugestivos de Aspergilose:

Sinal do “halo” - Na TAC, há zona opaca rodeada por zona de menor densidade em vidro moído;

  • Também ocorre com outros fungos e bactérias:
    • Zygomycetes
    • Scedosporium
    • Pseudomonas aeruginosa
    • Nocardia;

Sinal do “guizo” - Na TAC, observado numa cavidade; corresponde a zona de ar que rodeia zona densa.

  • Fungo coloniza cavidade, invade vasculatura pulmonar, com consequente hemorragia, trombose e enfarte;
33
Q

DIAGNÓSTICO: Aspergilose

A
  • Exame histopatológico:
    • Hifas septadas;
    • Ramificações dicotómicas 45º;
  • Exame cultural:
    • Repetidamente positivo se local não estéril, ex: expectoração;
  • Serologia:
    • Galactomannan => Ag polissacarídeo da parede Aspergillus;
    • Permite diagnóstico da doença invasiva e monitorização terapêutica.
    • Pesquisa feita no:
      • Soro (apenas no doente neutropénico)
      • LCR e LBA (doente neutropénio e não neutropénio)
  • 1,3-beta-D-glucan => pesquisa no soro, presente noutros fungos patogénicos (panfúngico);
34
Q

Características do Galactomannan

A
  • Teste serológico de deteção Aspergillus;
  • Exige determinações seriadas;
  • Boa sensibilidade em doentes hematológicos;
  • Má sensibilidade em não neutropénicos;
  • Falsos negativos se profilaxia com antifúngicos;
  • Falsos positivos com:
    • Piperacilina/tazobactam
    • Amoxiclav;
    • Colonização neonatal com Bifidobacterium;
    • Outras infeções invasivas: Penicillium, histoplasmose, blastomicose;
    • Alguns alimentos;
    • Uso de plasmalyte no LBA
35
Q

Falsos Positivos do diagnóstico serológico 1,3-beta-D-glucan (5):

A
36
Q

CRITÉRIOS: Aspergilose invasiva

A
  • Doença comprovada:
    • Comprovação histopatológica + isolamento em cultura;
  • Doença provável - 3 critérios:
    • Fatores de risco;
    • Manifestações clínicas;
    • Comprovação microbiológica;
  • Doença possível: outras situações;
  • EXCEÇÕES:
    • Comprovação histopatológica com exames culturais negativos;
    • Diagnóstico de doença provável, sem exame cultural positivo, mas com exame não cultural positivo para Aspergillus;
37
Q

TERAPÊUTICA: Aspergilose invasiva

A

Antifúngicos:

  • Voriconazole (++);
  • Anfotericina B liposómica (A. terreus é resistente);
  • Posaconazole, itraconazole (azoles);
  • Caspofungina, Micafungina (equinocandinas);

Restaurar imunidade:

  • Recuperação da neutropenia;
  • Diminuir imunosupressão;

Recessão cirúrgica:

  • Lesão pulmonar contígua com coração ou grande vaso;
  • Invasão da parede torácica;
  • Osteomielite;
  • Infeção pericárdica;
  • Endocardite;
38
Q

PROFILAXIA: Aspergilose invasiva

A

Profilaxia: Posaconazole

Recomendada:

  • Transplante alogénico de MO com doença do enxerto contra hospedeiro (GVHD);
  • Neutropénio com Leucemia Mielóide Aguda ou Síndomre Mielodisplásico
39
Q

Mucormicoses ► Zigomicoses

Mais frequentes: (4)

A

Fungos ubíquos;

Mais frequentes:

  • Rhizopus spp;
  • Mucor spp;
  • Rhizomucor spp;
  • Absidia spp;
40
Q

CLÍNICA: Mucormicoses = Zigomicoses

A
  • Mucormicose rinocerebral <= cetoacidose diabética; (origem seios perinasais e extensão à órbita, palato, cérebro)
  • Envolvimento pulmonar, do trato GI, do tecido subcutâneo;
  • Colonização de pele queimada;
  • Doença disseminada com invasão dos vasos sanguíneos (embolia);
41
Q

DIAGNÓSTICO: Mucormicoses = Zigomicoses

A
  • Exame histopatológico: hifas não septadas;
  • Exame cultural repetidamente positivo
42
Q

TERAPÊUTICA: Mucormicoses = Zigomicoses

A
  • Anfotericina B;
  • Posaconazole
43
Q

Epidemiologia: Pneumocystis jirovecii

A
  • Reservatório desconhecido;
  • Transmissão por via aérea;
  • Porta de entrada: pulmão;
44
Q

CLÍNICA: Pneumocystis jirovecii

A

Pneumonia intersticial

45
Q

FATORES PREDISPONENTES: Pneumocystis jirovecii

A
  • Má nutrição;
  • Debilidade;
  • Imunosupressão;
  • HIV + com CD4 < 200 /mm3;
46
Q

DIAGNÓSTICO: Pneumocystis jirovecii

A

Identificação morfológica do agente na amostra:

  • Exame histopatológico => biópsia ou LBA - Giemsa, PAS, Gomori;
  • Imunofluorescência direta;
47
Q

TERAPÊUTICA: Pneumocystis jirovecii

A

Trimetoprim - sulfametoxazole

48
Q

DIAGNÓSTICO: Talaromyces marneffei = Penicillium marneffei

A
  • Cultura em Sabouraud, a 30ºC;
  • Biópsia transbrônquica;
  • Exame histopatológico;

(Endémico sudeste asiático, dimorfo e oportunista)

49
Q

Epidemiologia Talaromyces marneffei = Penicillium marneffei

A

Endémico do sudeste asiático; Dimorfo; Oportunista;