T25 e 26_Antivíricos Flashcards

1
Q

Quais os vários tipos de vírus em função do seu material genético?

A

Podem ter:

1) DNA
2) RNA:

> molécula circular

> molécula dupla

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a maior diferença entre antivíricos e antibióticos a nível de espectro?

A

Vírus são agentes infeciosos muito heterogéneos ► A maioria dos antivíricos são ativos apenas contra poucos vírus enquanto que os antibacterianos são ativos contra múltiplas espécies de bactérias.

1 antivírico- 1 vírus

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais as excepções de antivíricos que podem ser usados contra mais que um tipo de vírus?

A
  • Os fármacos usados contra o VIH também podem ser usados para combater a Hepatite B;
  • O grupo de fármacos para tratar Virus Herpes
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a causa da dificuldade em arranjar alvos com toxicidade selectiva para as células infectadas nos antivíricos?

A
  • Esta dificuldade deve-se ao facto dos vírus incorporarem o nosso genoma, ribossomas, enzimas, etc.. para se reproduzirem.
  • Contudo, a maioria dos antivíricos explora diferenças entre a estrutura e a função das proteínas víricas e humanas para atingirem a seletividade da ação antivírica.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a abordagem para controlar a disseminação de doenças virais?

A
  • Medidas de saúde pública e vacinação;
  • Medidas sintomáticas também: isolar do pessoas do contacto com populações de risco (idosos, imunodeprimidos)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Ciclo de vida de um vírus

A

1) ligação do vírus ao receptor da membrana da célula hospedeira;
2) entrada para dentro da célula hospedeira;
3) descapsidação;
4) tradução do material genético;
5) replicação do genoma: fosforilação dos ácidos nucleicos;
6) formação de novos viriões;
7) libertação do vírus;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a principal terapêutica numa infeção viral?

A

Reforço do sistema imune

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais as várias classes farmacológicas de antivíricos? (7)

A

1) inibidores da adesão e entrada;
2) inibidores da descapsidação;
3) inibidores da neuraminidase;
4) inibidores da expressão genética;
5) inibidores da replicação do genoma viral- inibidores da polimerase:
a) análogos nucleosídicos;
b) análogos não nucleosídicos;
6) inibidores da replicação do genoma viral- outros mecanismos:
a) inibidores da integrase;
b) inibidores NS5A;
7) inibidores da maturação do vírus: inibidores das proteases

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Inibidores da adesão e entrada: 2 exemplos?

A
  • Maraviroc
  • Enfuvirtide (T-20)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Mecanismo de acção, indicações e RA do Inibidor da adesão e entrada MARAVIROC

A
  • Os inibidores da adesão e entrada não necessitam de entrar na célula para funcionar.
  • Antagonista do recetor das quimiocinas - CCR5 (proteína do hospedeiro)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Mecanismo de acção, indicações e RA do Enfuvirtide (T-20)

A

Mecanismo de acção:

  • Inibidor da adesão e entrada
  • Peptídeo; estruturalmente semelhante/análogo a gp41 (medeia a fusão membranar): mimetiza e impede a acção da gp 41 do vírus, que é uma macromolécula responsável por criara um canal de passagem para a entrada do vírus
  • Há formação de ligações covalentes que impede alterações conformacionais, não havendo formação de poro.

Indicações:

  • Administração subcutânea 2 vezes/dia ► pouco uso clínico e baixa adesã
  • VIH em associação com outros antirretrovíricos quando fármacos de 1ª linha falharam.

RA:

  • Pneumonia bacteriana
  • Reações de hipersensibilidade
  • Reações locais
  • Choque anafilático
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que é o Uncoating/ Descapsidação

A
  • libertação do genoma viral
  • através de enzimas virais ou do hospedeiro
  • rápido
  • completa ou parcial
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Inibidores da Descapsidação

A
  • Poucos fármacos a actuar nesta fase: Amantadina e Rimantadina
  • Os que existem são importantes na luta contra a o virus da GRIPE: única utilização actual
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Inibidores da Descapsidação: 2 exemplos

A
  • Amantadina
  • Rimantadina
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Descapsidação do vírus Influenza

A

1) fusão do vírus com a membrana plasmática do hospedeiro por endocitose mediada por receptor: Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA) são proteínas na superfície viral essenciais. ►HA liga-se ao Ácido Siálico (presente na membrana do hospedeiro) e permite a fusão

2) Libertação do genoma viral: Proteína viral M2 (canal iónico) permite o influxo de protões para dentro do endossoma. Há acidificação do meio que destrói a cápside e liberta o material genético. A NA tem um papel essencial depois da replicação do virião: permite a ruptura da ligação entra a HA e o ácido siálico quando há libertação do virião.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Amantadina:

  • Mecanismo de acção
  • Indicações
  • RAM
A

Mecanismo de acção

  • Inibidor da descapsidação
  • Oclusão física do canal iónico dependente do pH – M2 ► Evitam a dissociação da matriz proteica do virião da restante ribonucleoproteína. Não há libertação do material genético nem replicação.

Usos:

  • Ativos contra Influenza A (não ativos contra B e C).

RAM:

  • sensação de cabeça leve e dificuldade de concentração (efeitos sobre canais iónicos no SNC – é também usada como Antiparkinsónico)
  • Alta taxa de resistências! – Vírus mantêm capacidade de replicação e patogenicidade: a sua patogenicidade não diminui como é habitual quando há mutações que conferem resistência. A Amantadina já não é usada por isso: só em países com baixos recursos e sem alternativas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Rimantadina:

  • Mecanismo de acção
  • Uso
  • RAM
A
  • RAM: menos efeitos neurológicos no idoso
  • Alta taxa de resistências! – Vírus mantêm capacidade de replicação e patogenicidade.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Inibidores da Neuraminidase: 2 exemplos

A

Zanamivir e Oseltamivir

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Zanamivir vs Oseltamivir

A

Diferenças-Imagem

Ambos: Redução da duração dos sintomas da gripe (~1 dia) se tomados no intervalo de 2 dias após início de sintomas.

Resistências: reduzem a potência dos vírus mutantes.

RA: náuseas, vómitos, dispepsia e diarreia (menos severos se inalados)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Inibidores da Expressão genética: 4 exemplos e generalidades?

A

Telaprevir e Boceprevir, Simeprevir, Paritaprevir

  • Todos os fármacos se ligam à protease vírica com uma potência muito maior do que às proteases humanas.
  • Nenhum aprovado em monoterapia: Telaprevir, boceprevir e simeprevir – associação com INFalfa e ribavirina (Tratamento padrão da HepC) ►Aumento da taxa de doentes com “resposta virulógica sustentada”. (não existem monoterapias para casos de Hepatite C devido à alta taxa de mutações que conferem resistências)
  • 6 meses de tratamento ► limitados pela não adesão à terapêutica (INF injetável e RA).
  • Altas taxas de abandono do tratamento: duração e RAM (anemias severas)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

VHC: características gerais

A
  • Hepatotrópico e insidioso: infecções que evoluem ao longo dos anos
  • Transmissão associada ao uso de drogas EV e por via sexual (homossexuais)
  • morte por:
    • insuficiência hepática grave (cirrose) ou hepatocarcinoma.
    • VHC: Causa doença hepática grave e mais mortes nos EUA do que o VIH.
  • 1ª etapa depois da entrada na célula = tradução do genoma viral ► poliproteína
  • Protease NS3/4A - clivagem da poliproteína e contrariar a ação do interferão alfa. Pode haver: - progressão para hepatite C crónica se a via do INF não conferir resposta eficaz - resolução espontânea se a via do INF for eficaz
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Telaprevir e Boceprevir

A
  • 1º inibidores NS3/4A
  • Já não se usam em Portugal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Simeprevir, Paritaprevir

A
  • Primeiros fármacos a curar a Hep C, teoricamente.
  • Toma única diária; perfil de efeitos adversos mais favorável.
  • Aprovados em esquemas de associação com inibidores da replicação do vírus (sem INF alfa; 3 M de Tx–> RAM mais favoráveis):
    • Simeprevir + Sofosbuvir
    • Paritaprevir + Ombitasvir e Dasabuvir
    • Paritaprevir – formulação com Ritonavir (boost por inibição do metabolismo hepático – contraindicado se Doença Hepática Crónica descompensada)
  • Limitações: específicos para determinados genótipos do HCV ( 1 e 3 são os mais frequentes em Portugal, sendo que diferentes genótipos têm diferentes respostas à terapêutica)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Inibidores da replicação do genoma viral - inibidores da polimerase: generalidade

A
  • A maioria dos vírus codifica as próprias polimerases – enzimas muito diferentes das polimerases humanas ►excelentes alvos terapêuticos.
  • Muitos vírus clinicamente importantes possuem polimerases que se tornaram alvos de fármacos aprovados - herpesvirus, VIH, VHB, VHC - A maioria destes fármacos são designados análogos nucleosídicos – análogos estruturais de nucleosídeos fisiológicos.
  • Outros designam-se de análogos não-nucleosídicos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Inibidores da replicação do genoma viral - inibidores da polimerase: **análogos nucleosídicos**
* necessitam de ativação (para serem incluidos no ácido nucleico) por fosforilação a trifosfatos de nucleosídeos. * competem com os substratos naturais das polimerases ► inibem a polimerase. * são incorporados no DNA ou RNA viral ► terminam o elongamento. * **Seletividade depende** do grau de eficiência/dependência na fosforilação do fármaco por enzimas víricas e do grau de inativação da polimerase vírica vs inativação das polimerases humanas. (quanto mais dependência pelas virais, melhor: só funcionará nas células infectadas) * os diferentes análogos empregam múltiplas variações destas características.
26
Análogos nucleosídicos anti-herpesvírus (HSV)?
Inibidores da replicação do genoma viral - inibidores da polimerase; As infeções por HSV são: * Maioritariamente não fatais em imunocompetentes. * Algumas infeções graves: infeções oculares e herpes genital; “Zona” (VZV); encefalite associada a herpes genital * Imunodeprimidos: esofagite por HSV, retinite ou encefalite por CMV – podem ser fatais. * **Latência:** não existem fármacos ativos nesta fase
27
**Aciclovir**
* **Usos:** HSV, VZV (varicela). * Indíce terapêutico elevado = elevada seletividade * Cinase da timidina do HSV e VZV ► fosforila o aciclovir de forma mais eficiente do que as cinases humanas ► aumento da concentração de aciclovir fosforilado nas células infetadas pelo vírus. Só activado em células infectadas. * semelhança com a deoxirribose: incorpora-se nos ácidos nucléicos * Administração oral com baixa biodisponibilidade = ideal é tópica ou e.v. (situações + graves); * Bom para tratar meningites virais: distribuição ampla, atinge LCR; * Resistências raras em imunocompetentes = mais frequentes (5-10%) em infeções oculares por HSV ou em imunocomprometidos
28
RAs aciclovir
São mínimas - náuseas, cefaleias, encefalopatia (rara), insuficiência renal aguda (em administração e.v.)
29
Precauções uso aciclovir
* Hidratar doente; * Vigiar função renal
30
Valaciclovir *vs* Aciclovir
* Análogo nucleosídico anti-herpesvírus (HSV); * Aciclovir + valina (a.a.): 5x maior biodisponibilidade oral (boa absorção GI) ► Convertido a aciclovir
31
Famciclovir *vs* penciclovir
* Análogo nucleosídico anti-herpesvírus (HSV); * Mecanismos semelhante ao aciclovir: * **Famciclovir:** forma oral; * **Penciclovir:** forma ativa, uso tópico no herpes labial
32
**Ganciclovir:** * Mecanismo de acção * RA * Resistências * Farmacocinéticas
* Análogo nucleosídico anti-herpesvírus (HSV); * Análogo acíclico da guanosina; * Mais potente que aciclovir para CMV (fármaco 1ª linha, molécula de eleição para CMV); * Mais semelhante à desoxiguanosina = maior toxicidade (só usado em infeções graves); * Concentrado preferencialmente nas células infetadas por CMV: cinase vírica UL97 (só fosforila ganciclovir); * **RA:** depressão medular, mutagénico, carcinogénico, contraindicado na gravidez, neurotóxico; * **Resistências:** mutação UL97 e genes DNA polimerase; * **Farmacocinética:** * **​**Tempo de semivida 2-4h; * Administração e.v.; * Não é metabolizado; * Excreção renal
33
Características gerais do Valganciclovir
* Análogo nucleosídico anti-herpesvírus (HSV); * Pró fármaco do ganciclovir com maior biodisponibilidade; * Administração oral;
34
**Cidofovir:** * Mecanismo de acção * Indicações * RA
* Análogo nucleosídico anti-herpesvírus (HSV); * Já fosforilado - mimetiza desoxicitidina monofosfato (não depende de cinases víricas); * Indicado só no tratamento de infeções por vírus com mutação da UL97 resistentes ao ganciclovir; * Administração e.v.; * Semivida intracelular elevada - posologia semanal; * **Usos:** retinite por CMV em VIH/SIDA; * **RA:** nefrotoxicidade (é fármaco de última linha)
35
Análogos nucleosídicos **anti-VIH**
* Inibidores da replicação do genoma viral - inibidores da polimerase; * Apenas existem fármacos contra formas replicativas do vírus, não actuando sobre a forma latente.
36
Zidovudina (azidotimidina - AZT) * Mecanismo de acção * RA
* Análogo nucleosídico anti-VIH; * Fármaco de 1ª linha contra VIH; * Substrato da cinase da timdina celular (VIH não possui cinase própria)► AZT monofosfato ► acumulação em todas as células (infetadas ou não) = Maior toxicidade e menor seletividade do que o aciclovir; * Inibição da TR do VIH maior do que inibição das DNA polimerases humanas; * Resistência inexorável em monoterapia - mutações genes da DNA polimerase; * **RA:** depressão da MO (anemia, neutropenia), nefrotoxicidade; RAs levaram ao uso de doses subótimas de AZT
37
Seletivade e toxicidade de AZT em comparação com aciclovir
* Maior toxicidade; * Menor seletividade
38
Dos análogos nucleosídicos anti-VIH, qual o + seletivo?
Aciclovir
39
Dos análogos nucleosídicos anti-VIH, qual o - seletivo?
Zidovudina - tem, no entanto, a maior afinidade para TR (transcriptase reversa)
40
O que são: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Tenofovir
* Análogos nucleosídicos anti-VIH; * Mecanismos de ação e mecanismos de resistência similares ao AZT; * Doses eficazes com menos toxicidade que AZT; * Tenofovir - fosforilado; administração 1x/dia
41
**Abacavir**
* Análogo de guanosina; * Fármaco de 1ª linha
42
Didanosina
* Análogo de adenosina; * Não é usado
43
Estavudina
* Análogo da timidina; * Não é usado
44
**Tenofovir**
* Análogo da adenosina; * Já fosforilado; * Administração 1x/dia; 1ª linha HIV + atividade TR VHB
45
**Lamivudina (3TC) e emtricitabina (FTC)**
* Análogos nucleosídicos anti-VIH; * Estereoisómeros L; * Diferentes mecanismos de resistência = resistência rápida, mas resistência a um não confere ao outro; * Usados em associação
46
Quais os análogos nucleosídicos anti-VIH também usados contra VHB, normalmente em co infeção com VIH?
Lamivudina (3TC); Emtricitabina (FTC); Tenofovir
47
Quais os análogos nucleosídicos anti-VIH que inibem de forma potente a polimerase do VHB?
* Adefovir (fosfatado); * Telbivudina (L-timidina); * Entecavir (análogo da guanosina, com atividade TR VHB);
48
Quais os análogos nucleosídicos anti-VIH e anti-VHB com resistências rápidas?
* Lamivudina; (anti-VIH) * Emtricitabina; (anti-VIH) * Telbivudina (anti-VHB)
49
Mecanismos de resistência ao entecavir
São necessarias múltiplas mutações
50
Qual o risco dos doentes infetados com VHB de forma crónica?
Hepatocarcinoma (silencioso)
51
RAs dos análogos nucleosídicos anti-VHB
* Adefovir, telbivudina e entecavir são bem tolerados, mas a toxicidade mitocondrial é um risco para todos; * Miopatia; * Neuropatia periférica (telbivudina); * Acidose lática (com todos);
52
Porque é que todos os análogos nucleosídicos anti-VHB têm toxicidade mitocondrial?
Ancestralmente, a mitocôndria é bactéria = é uma estrutura mais rudimentar
53
Análogos nucleosídicos **anti-VHC**
Surgem da tentativa de reprodução do sucesso com inibição da DNA polimerase Ex.: Sofosbuvir
54
**Sofosbuvir:** * Mecanismos de acção * Resistências * RA
* Análogo nucleosídico anti-VHC; * 1º inibidor da RNA polimerase; * Análogo uracilo; * Possui grupo fosfato like - não precisa de fosforilação intensa; * Fosforilado por cinases celulares = semivida intracelular elevada; * 1º regime totalmente oral (sem IFN-alfa), com ribavirina * **Resistências:** * **​**Mutações gene RNA polimerase (conferem baixa virulência ao vírus); * Associação com simeprevir (inibidor proteases) ou ledispasvir (inibidor NS5A) = regime 2 a 3 meses **leva a cura**; * **RA:** bem tolerado, efeitos adversos graves muito limitados
55
Ribarvina
* Análogo nucleosídico anti-VHC; * Fármaco antigo; * Análogo da guanosina que inibe enzimas dependentes de GTP; * **Muitas RA:** anemia hemolítica
56
Inibidores não nucleosídicos da DNA polimerase
Surgem da tentativa de aumentar a seletividade dos fármacos para as enzimas víricas Ex. **Foscarneto**
57
**Foscarneto** * Indicações * Mecanismo de acção * RA
* Inibidor não nucleosídico da DNA polimerase; * Largo espetro - **infeções HSV e CMV grave**s quando há insucesso com aciclovir e ganciclovir; * Não requer ativação: inibe diretamente a DNA polimerase (de forma reversível), por analogia com pirofosfato; * Seletividade menor que aciclovir = inibe crescimento celular em doses não muito superiores às doses anti-HSV; * **RA:** toxicidade renal
58
Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa: **Efavirenz, Nevirapina, Delavirdina, Etravirina, e Rilpivirina** * **Mecanismos de acção** * **RA** * **Limitação**
High throughput screening com base no alvo: * 1ª geração (resistência cruzada); * 2ª geração (atividade na presença de mutação K103N) * Inibição do alvo diretamente - sem necessidade de modificação química; * Ligação perto do centro catalítico da TR: permite ligação ao RNA e ao nucleosídeo mas não aos 2; * Biodisponibilidade oral; * Menor toxicidade; * **RA:** menor toxicidade -rash; * **Limitação:** desenvolvimento rápido de resistências (uma única mutação afecta grandemente a ligação ao fármaco) ►Uso apenas em associação
59
Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa de 1ª geração
* Efavirenz * Nevirapina * Delavirdina
60
Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa de 2ª geração
* Etravirina * Rilpivirina
61
Limitação dos inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa
Desenvolvimento rápido de resistências (uma única mutação afeta gravemente a ligação) =\> usados apenas em associação
62
**Efavirenz**
* 1º anti VIH de toma única diária; * Até há pouco tempo era o mais potente; * Não desenvolve resistências quando usado em associação * **RA:** perturbações neuropsiquiátricas
63
Quais os inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa mais usados hoje em dia?
* Rilpivirina; * Efavirenz
64
Rilpivirina + tenofovir + FTC (em que circuntâncias?)
1 comprimido; 1ª linha apenas quando: a) Carga viral \> 100000 cópias/mL; b) \>200 células CD4/mm3
65
Inibidores NS5A anti-VHC * Exemplos * Mecanismo de acção
* Surgiram há pouco tempo; * Ledispavir; Ombistasvir; Daclatasvir; Velpatasvir (o + pantogenotípico) * **NS5A – proteína vírica essencial para a replicação vírica** * Ligação a uma pequena fração da NS5A produz grandes efeitos = IC50 muito baixa Ativos contra vários genótipos = esquema terapêutico pangenotípico * Activos contra vários genótipos * Resistências rápidas = Apenas usado em associação
66
Cuidado a ter na associação ledipasvir + sofobusvir
Muitas interações farmacológicas com indutores da glicoproteína P (fenitoína, rifampicina, tipranavir, ritonavir)
67
NS5A
Proteína vírica essencial para replicação viral
68
Inibidores da integrase do VIH
Usados em associação com nucleosídeos; * Raltegravir * Elvitegravir * Dolutegravir
69
Quais os inibidores da integrase do VIH com baixa barreira genética (mais resistências)?
**Raltegravir; Elvitegravir** [Dolutegravir tem elevada barreira genética]
70
Qual dos inibidores da Integrase do VIH tem aprovação para uso em pediatria?
Raltegravir
71
Quais são os esquemas de associação dos inibidores da Integrase do VIH?
* Elvitegravir + tenofovir + FTC + cobicistat (inibidor do CYP450) = 1 comprimido. * Dolutegravir + abacavir + lamivudina – maior barreira a resistência genética
72
Inibidores da maturação dos vírus - Inibidores das proteases
* Há alguns vírus, incluindo o HIV, em que a "montagem" das proteínas com os ácidos nucleicos não é suficiente para a formação de viriões infecciosos - é preciso um passo adicional: a MATURAÇÃO. * Há proteases esssenciais à maturação codificadas por vírus: clivam poliproteínas - proteínas funcionais da cápside e enzimas víricas ## Footnote **Exemplos de inibidores das proteases:** **Saquinavir, Ritonavir, Fosamprenavir, Indinavir, Nelfinavir, Lopinavir, Atazanavir, Tipranavir, Darunavir**
73
Inibidores das proteases: * Mecanismos de acção * RA
* Bons exemplos de rational drug design; * Vírus continuam a produzir proteínas, mas estas são processadas desadequadamente; * Extrusão do vírus é realizada mas os viriões são imaturos e não infeciosos; **SEMPRE em terapêutica conjunta com Ritonavir (é administrado 1º) =\> boost terapêutico** **RAs:** * Lipodistrofia; Anomalias metabólicas * Atazanavir – icterícia, hiperbilirrubinemia * Darunavir – rash **Nomenclatura: -navir** Saquinavir; Ritonavir; Fosamprenavir; Indinavir; Nelfinavir; **Lopinavir (+ usado); Atazanavir (+ usado);Tipranavir; Darunavir (+ usado)**
74
Porque é que o ritonavir da boost terapêutico aos restantes inibidores das polimerases?
Inibe enzimas de metabolização hepática (competição)
75
Atazanavir e darunavir são sempre administrados com que antivirico?
Sempre com **ritonavir;** Esquemas de 1ª linha com outros antiretrovirais
76
RAs atazanavir
* Icterícia (benigna); * Hiperbilirubinémia (não patogénica, muito frequente)
77
RAs darunavir
Rash
78
HAART
*Highly active anti retroviral therapy;* Tipicamente associação de 3-4 fármacos: * 2 ITR nucleosídicos + 1 não nucleosídico * 2 ITR nucleosídicos + 1-2 inibidores das proteases; Terapêutica para a vida
79
Estadios da infeção VIH: após HAART
No VIH, há diminuição progressiva das células T CD4+, que podem levar à morte; Com a terapêutica, a imunidade praticamente retorna aos valores inicias (saudáveis): * Vírus fica indetetável na corrente sanguínea (latente no SNC, MO e órgãos linfoides); * Não há transmissão da infeção
80
Objetivo da HAART
Manter vírus indetetável e latente