T23_Herpes Vírus Flashcards

1
Q

Família do Herpesviridae, Subfamilia dos Alfaherpesvirus, Géneros: (2)

(É só para ter uma ideia da organização)

A
  • Simplexvirus: Virus do herpes humano tipo 1 e 2
  • Varicellovirus: virus da varicela-zoster
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2
Q

Família do Herpesviridae, Subfamilia dos Betaherpesvirinae, Géneros: (2)

A
  • Cytomegalovirus: vírus citomegálico humano
  • Roseolovirus: vírus do herpes humano 6 vírus do herpes humano 7
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3
Q

Família do Herpesviridae, Subfamilia dos Gamaherpesvirinae, Géneros: (2)

A
  • Lymphocryptovirus :vírus de Epstein-Barr
  • Rhadinovirus: vírus do herpes humano 8
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4
Q

ESTRUTURA

A
  • DNA
  • 162 capsómeros
  • 150-200 nm (médio grande)
  • invólucro
  • simetria icosaédrica
  • Tem um característica: a latência- todos somos portadores
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5
Q

Mecanismos de infecção do Vírus do herpes humano tipo 1

A

Grande Transmissão por saliva

Maioria dos contactos são assintomático, sobretudo o primeiro

INFECÇÃO AGUDA PRIMÁRIA

  • Encefalite: bastante frequente dentro das causas virais; mortalidade elevada
  • Conjuntivite e queratite: sequelas na córnea se não for bem tratada
  • Gengivoestomatite: vesiculas na mucosa oral

Reactivação quando: stress, frio, imunodepressão. radiação solar, febre

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6
Q

Características da infecção por Vírus do herpes humano tipo 2

A
  • PRIMOINFECÇÃO vesículas genitais até 15 dias, febre, adenopatias inguinais, meningite (normalmente benigna), também pode dar herpes labial (menos frequente)
  • É o principal causador de herpes genital (80-90%)
  • Herpes genital: infecção de 90% dos adultos por HSV2, mas tem havido uma percentagem crescente de infecção genital tambem por HSV1 (apesar de a maior parte dos casos de HSV1 ser de transmissão por saliva).
  • Pode haver recorrencia, mas os casos recidivantes são menos graves.
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7
Q

Transmissão do HSV2

A

sexual ou vertical: se rebentarem vesículas durante o acto sexual, aumenta a probabilidade de contágio. Mas não precisa de haver necessariamente contacto com as vesículas.

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8
Q

Quando se faz Dx laboratorial havendo vesículas genitais?

A
  • Só se for a primeira vez: é necessário saber se é HSV1 ou 2.
  • Se já tiver havido no passado é HSV2 porque só este causa reactivação das leões genitais: já não é preciso fazer Dx
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9
Q

Formas de manifestação do herpes neonatal

(Infecção que acontence muitas vezes pelo contacto no canal do parto- Transmissão vertical)

A

Devido a HSV2:

  • encefalite (mau prognóstico)
  • manifestações cutâneo-mucosas (menos graves)
  • infecção disseminada
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10
Q

O que fazer a grávidas com lesões herpéticas devido a HSV2?

A
  • antivirais
  • parto de cesariana
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11
Q

Vírus do herpes humano no imunodeprimido

A

Causa infecção disseminada:

  • esofagite- vesículas e úlceras
  • hepatite
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12
Q

Consequências do atingimento do SNC pelo Herpes

A
  • Tipo 1: causa encefalite grave
  • Tipo 2 no adulto: causa meningite
  • Tipo 2 no RN: causa encefalite grave
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13
Q

Dx de Herpes

A
  • Zaragatoa na vesícula ► exame directo ►IFD ►método clássico, dura cerca de 30 mintuos, cada vez menos usado
  • deteceção de genoma por PCR: encefalite

Não se faz pesquisa no Herpes labial. Contudo, quando é genital, é importante saber se é HSV1 ou 2, porque no 1 teremos a indicação que não volta a dar sinais geniatias, mas não se for do tipo 2.

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14
Q

Quando se faz Dx laboratorial de Herpes ?

A
  • Em doença com manifestações mais atípicas
  • Herpes genital associado a 1º episódio
  • Encefalite (obrigatório): colheita de LCR
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15
Q

Vírus do herpes humano: tratamento

(Indicações, vantagens e desvantagens)

A

Aciclovir/valaciclovir

Indicações:

  • encefalite
  • infecção sistémica
  • infecção genital
  • profilaxia (evitar reactivações)

Vantagens:

  • baixa toxicidade
  • eficaz (grávidas podem tomar)

Desvantagens:

  • resistência
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16
Q

Herpesviridiae: Vírus da varicela-zoster

A

PRIMOINFEÇÃO: varicela

  • exantema com vesículas. Benigna excepto nos:
    • adultos: pneumonia, encefalite
    • imunodeprimidos
  • Na maioria dos casos é assintomática

REACTIVAÇÃO: Zona- lesão localizada a um dermátomo (muitas vezes, quando não é localizado apenas num dermátomo, pode ser sugestivo de imunocompromisso).

Transmissão: Muito fácil por aerossóis

17
Q

Dx de VZV

A

Maioritariamente clínico

  • vesículas: exame directo- IFD
  • LCR, LA: deteção de genoma (encefalite)
  • contactos: serologia
18
Q

Gravidez e VZV

A

Faz-se o Dx através de serologia:

Ver se já estiveram ou não em contacto com o vírus (IgG): é uma URGÊNCIA se não tiver havido contacto e tem de se administrar uma imunoglobulina de protecção nos primeiros 48h (podendo ser até ao qurto dia, mas o melhor é 48h).

Na serologia pede-se IgM e IgG:

  • ambas negativas: repetir teste
  • IgG positiva, IgM negativa: infecção antiga (IgG demora pelo menos 10 dias a subir)
  • ambas positivas: repetir o teste passado duas semanas para ver se o título de IgG subiu e começar ANTIVIRAL imediatamente no momento na mesma (2/3 dias após contacto máximo, senão perde a eficácia)
  • Grávida com ECO que mostre lesões: colheita de líquido amniótico e PCR Infecção pela primeira vez na grávida: baixa probabilidade de passar mas se passar causa graves lesões
19
Q

Vírus de Epstein-Barr

A
  • Mononucleose infecciosa: a forma sintomática mais frequente.

(recordar contudo que na maioria dos casos, alias como é caso de praticamente todos os Herpevirus, são assintomáticas).

20
Q

Vírus de Epstein-Barr: sintomas de Mononucleose e mecanismos fisiopatológicos

A
  • Febre
  • Faringite: infecção líticas ds células epiteliais da faringe
  • Adenopatias generalizadas
  • Hepato-esplenomagália (AC heterófilos)
  • Linfóciitos com estrutura alterada, linfócitos reactivados por infecção viral
21
Q

EBV: diagnóstico de mononucleose infecciosa- o que é que nos levanta suspeita?

A
  • Leucocitose com linfocitose atípica (+ de 10% de linfócitos activados)
  • Alterações das provas hepáticas (aumento das transaminases)
  • Pesquisa de AC heterófilos (monoteste, monospot)
22
Q

Diagnóstico de mononucleose infecciosa: quais os AC que se procura?

A

Procuram-se AC contra os seguintes AG:

  • VCA- Viral Capside AG: aumentam no tempo de incubação. Quando aparecem no consultório com Mononucleose, as crianças já têm este AC elevado
  • EBNA- Epstein Barr Nuclear AG: AG que aparece no núcleo da célula infectada. Não aumenta antes de passar um mês após a infecção. (tipicamente aumenta aos 3 meses)

Faz-se através de AC específicos, quando um dos 3 critérios não bate certo

23
Q

Dx de Mononucleose infecciosa: doença em função dos AC presentes

A
  • VCA+ EBNA+ Não tem mononucleose: o EBNA indica que já teve há 2/3 meses atrás
  • VCA+ EBNA- tem mononucleose
  • VCA- EBNA + Normalmente é um resultado falso: pedir repetição
  • VCA- EBNA - Não é mononucleose. Se tiver suspeita forte, pode repetir-se o teste passado 2 semanas. (10% casos o VCA não sobe na incubação, só mais tarde)
24
Q

Complicações de EBV

A
  • Síndrome de Guillain Barré
  • Ruptura do Baço (raro)
25
Q

CMV : transmissão e Hospedeiros

A
  • Pela URINA e pela SALIVA (1 a 2 anos) nos infantários.
  • Consequência clínica para as crianças é baixa, mas podem infectar as mães que numa segunda gravidez passam verticalmente ao 2º filho.
  • É o principal agente de infecção congénita
  • Nos adultos: pela saliva e por relações sexuais
  • Transplantação: pode reactivar o vírus num receptor imunodeprimido

Nota: Importante esta separação entre infecção congénita, imunocompetentes e imunodeprimidos, até do ponto de vista de como se faz o diagnóstico)

26
Q

Manifestação de CMV em imunocompetentes

A
  • Síndrome mononucleósico: parecido com Mononucleose mas manifesta-se mais tarde. (febre durante cerca de 2 semanas, astenia, toque hepático)
  • No entanto a maioria da infecções são assintomáticas.

(Até aos 20 anos o mais provavels é que seja Epstein Barr e depois a partir dessa idade, sobretudo dos 30 anos é que seja o CMV)

27
Q

Dx de CMV

A

SEROLÓGICO

  • A maioria das pessoas aparece no hospital no espaço de uma semana desde o início dos sintomas e se pedirmos IgG e IgM, estas provavelmente estarão negativas. Só ao fim de 15 dias, é que temos uma seroconversão.
  • Seroconversão para as IgG: é sinal seguro de infecção mas confirmar SEMPRE IgM positiva (importante: IgM positiva tem de ser IgM confirmada). Porquê? Porque a IgM é muito sensível (boa para rastreio) mas pouco específica – temos de confirmar com teste da avidez das IgG
  • Se ambas as Ig estiverem negativas: repetir após 2 semanas.

(Se a avidez das IgG for baixa » a força de ligação fraca » sugestivo de infeção aguda/recente. Se a avidez das IgG for elevada » a força de ligação é mais forte » compatível com infeção antiga com mais de 3 meses de evolução.) - Esta situação, nos imunocompetentes, não nos preocupa, há casos graves mas são raros. No que diz respeito a imunodeprimidos, observamos o contrário.Temos de ter muito cuidado

28
Q

CMV: IMUNODEPRIMIDOS

De que depende a gravidade da infecçao na infecção por transplantação?

A

1º agente infeccioso em transplantação: com a imunossupressão há reactivação do vírus (tanto em dador negativo como positivo).

A gravidade da infecção depende do:

  • Estado imunitário do dador/receptor (infecção primária, reactivação, reinfecção)
  • Regime de imunossupressão
  • Carga viral… agente oportunista importante na SIDA
29
Q

CMV e transplante

A
30
Q

Qual o meio mais eficar para fazer rastreio de CMV pós-transplante?

A
  • PCR: pode ser positiva ainda antes de ter manifestações clínicas (1 mês após o transplante)
  • Podem aparecer antes mas são mais comuns a partir da terceira semana devido ao período de latência. O doente recebeu o órgão e a Terapia imunossupressora no dia 0, o vírus tem período de latência de 2 a 3 semanas – não vamos ter infeção antes de 15 dias.
  • Porque é que depois a curva de incidência diminui? Devido a ajustamentos da imunossupressão. Se a imunossupressão é diminuída, a probabilidade de infeção vai diminuir também! ► Contudo o risco nunca desaparece (não esquecer que temos sempre um grau de terapêutica imunossupressora) mas é maior nestes primeiros meses.
  • Por isso, nesta situação, nós vamos fazer uma coisa laboratorial que não se faz em quase mais situação nenhuma em infeciologia – monitorização. Porquê? Porque sabemos que este vírus tem uma elevada incidência durante um curto de tempo (é isto que o distingue dos outros MO e explica esta medida).
  • Monitorização:
    • Semanalmente (2x de preferência), vamos fazer testes ao sangue para detetar virémia e ADNémia (por biologia molecular - PCR)
31
Q

CMV: TRANSPLANTAÇÃO - Síndromas infecciosos

A
  • Febre, leucopénia e trombocitopenia: mais frequente
  • pneumonia
  • miocardite
  • colite
  • hepatite
  • encefalite
  • retinite
32
Q

Comportamento do CMV em imunodeprimidos por HIV

A
  • Se o doente com HIV não fosse tratado, os linfócitos CD4 iam-se degradando e tínhamos uma “curva” (que na verdade é reta) ao contrário: os linfócitos diminuíam e a probabilidade de infeção aumentava.
  • Quando linfócitos T CD4 < 50/µl, a probabilidade de infeção é quase 100%
  • Hoje quase todos os doente HIV são tratados mas aqueles que fazem resistência ao tratamento ou que não o cumprem, têm maiores probabilidades disto acontecer.
  • Não podemos monitorizar nesta situação como fazemos no pós-transplante (2x por semana) porque é um condição para a vida logo não seria possível uma monitorização tão apertada.
33
Q

HHV 6- manifestações clinicas:

  • Criança
  • Adulto
  • Imunodeprimido
A
34
Q

HHV 7- manifestações

A

Criança - Exantema súbito

35
Q

HHV 8- manifestações

A

Sarcoma de Kaposi no adulto e imunodeprimido

No imunodeprimdio também pode apresentar-se como linfoma primário ou Doença de Castleman;