SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL Flashcards
1) Qual a posição da sinovite transitória do quadril, com relação à causa de nesta articulação na infância?
2) Qual Faixa etária mais acometida?
3) Incidência epidemiológica? E distribuição por sexo e etnia?
4) Bilateral ou Unilateral na maioria das vezes?
1) Causa mais comum de dor no quadril e de claudicação não traumática na infância
2) Dos 9 meses a adolescência; Média de idade: 6 anos (3-8)
3) 1,1: 1000 pessoas/ano // 2 H :1 M // Mais comum em brancos
4) 95% unilateral
Qual a etiologia? Esta relacionada com o que? (3 coisas).
Causa específica é desconhecida, porém, existe consenso sobre a relação com:
- Infecção recente, tanto virais quanto bacterianas. Principalmente foco amigdaliano (30 a 42% casos).
- Trauma
- Hiperssensibilidade alérgica
1) Qual clínica e como diferenciar da Artrite Séptica?
2) Quais principais sintomas? (4)
3) Sintomas costumam durar quanto tempo?
1) Semelhante a um quadro de artrite séptica, porém em uma criança SAUDAVEL.
2) Podem estar presentes portânto:
- Dor aguda monoarticular
- Claudicação, diminuição da ADM
- Membro em flexão / RE
- Febre baixa, raramente > 38°C;
3) Sintomas podem durar: 1 a 10 dias
1) Como costumam ser os exames laboratoriais? (HMG, VHS)
2) Qual Importância deles?
1) Laboratório inespecífico, geralmente normal ou próximo do normal.
- Leucócitos de 10 a 14 000
- VHS próximo de 20 mm
2) Auxiliam o dg diferencial.
Qual importância dos exames de imagem e o quais achados? (RX, USG, CINTILO)
A importância se dá para afastar causas graves de dor articular (dx diferencial):
- Rx pode mostrar sombra muscular e edema capsular
- USG pode mostrar efusão articular, porém não é diagnóstico
- Cintilografia com diminuição da perfusão da cabeça na fase inicial
- Pode ajudar no diagnóstico diferencial com Legg-Perthes
Como é feito o diagnóstico?
Não existe teste diagnóstico, o mesmo é feito por exclusão.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL, CITE AS PRINCIPAIS DOENÇAS (8) A SEREM EXCLUÍDAS E ALGUNS SINTOMAS QUE AUXILIEM NESSE PROCESSO:
- Artrite piogênica (artrite séptica),
- Osteomielite (febre alta, dor mais intensa, sem melhora com repouso, progressivos, alteração laboratorial, punção aspirativa positiva)
- Febre Reumática Aguda (sintomas migratórios, rubor articular, muito doloroso; 2 a 4 sem após infecção estreptocócica)
- Artrite Tuberculosa,
- AR Juvenil
- Perthes (fase inicial)
- Epifisiolise (geralmente são mais insidiosas e prolongadas, ADM com menor limitação, 80-90% apresentação cronica, com mais de 3 semanas de sintomas no momento do diagnóstico)
- Tumor
Qual a importância dos critérios de Kocher, quantos são?
Os 6 Critérios de Kocher (importante p/diagnóstico dif c/artrite séptica)
- Temperatura> 38.5º
- Incapacidade de apoiar o membro
- VHS > 40mm
- Leucocitose > 12.000
- PCR >2mg/Dl (adicionado depois)
Probabilidade de AS:
- 0 critérios – 2%
- 1 critério – 9,5%
- 2 critérios – 35%
- 3 critérios – 72,8%
- 4 critérios – 93%
- 5 critérios – 98%
1) Como costuma ser a evolução clínica?
2) Quais as taxas de recorrência?
3) Quais sequelas e condições associadas?
1) A evolução clínica costuma ser AUTOLIMITADA: Sintomas com resolução gradual e completa após 10 dias a 8 semanas.
2) Recorrência de 4%, porém, pode chegar a 10%.
3) Sequelas/condições associadas (raras e leves):
- Coxa magna (↑ 2mm da epífise) em 32% dos pacientes
- Legg-Perthes – 1-3%, porém relação direta nunca foi comprovada
- Alt. degenerativas cisticas leves no colo femoral
1) Qual Tratamento?
2) Existe indicação de tração articular?
1) O tratamento é Sintomático:
- Repouso
- Retirado apoio, até melhora da dor e retorno do movimento
- AINES
- Articulações sem repouso tem seus sintomas prolongados
2) Tração não é recomendada.
Pressão articular:
- Quadril em extensão = máxima
- Flexão 30-45º = mínima
Sinovite x Pertches, exame útil para diferenciar:
Cinilografia com tecécio e colunação em pinhole pode ser útil nos estágios iniciais da doença de Perthes para fazer particularmente diag diferencial com sinovite transitoria do quadril. Alguns consideram a cintilo útil na determinação da extensão do envolvimento epifisário e no prog do Perthes.
Lowellwinter – cap de Perthes - pag 1067