Capítulo 6 Tendões Flexores Flashcards

1
Q

Qual lesão é mais comum flexores ou extensores?

A

• Lesões dos tendões flexores são menos frequentes do que as dos extensores
• 50 % dos casos de lesão dos flexores têm lesão nervosa concomitante
(CAMPBELL)

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2
Q

Quais os tendões dos flexores superficiais estão mais superficiais no túnel do carpo?

A

○ Ao nível do terço médio do antebraço, o músculo se divide e envia tendões para o dedo médio e anular ( superficiais ) e para o indicador e dedo mínimo ( profundos )

(Homem aranha)

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3
Q

Qual a inervação dos flexores superficiais e profundos dos dedos?

A

Superficiais Mediano

Profundos 2/3 NIA - 4/5 Ulnar

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4
Q

Qual a vascularização do FSD e FPD

A

FSD ulnar e radial

FPD ulnar

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5
Q

Qual dedo possui flexão com FPD independente

A

○ Divide-se em 4 tendões, sendo o tendão para o dedo indicador independente, permitindo que sua articulação IFD mova-se isoladamente

	○ Os tendões para os dedos médio, anular e mínimo estão unidos entre si por conexões tendinosas, ao nível do terço distal do antebraço e do punho, e pelos 3º e 4º músculos lumbricais, ao nível da palma da mão, não sendo possível a flexão independente de suas falanges distais
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6
Q

Quais as estruturas no túnel do carpo e a relação topográfica (quais estruturas são mais superficiais e profundas)

A

○ Tendões mais superficiais, dentre os FSD, são os do médio e anular, seguidos profundamente pelo FSD do indicador e mínimo e, por último, os FPD, que passam pelo túnel pelo mesmo plano do FLP

• Mediano → estrutura mais superficial no túnel do carpo
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7
Q

Limites das ZONAS DE KLEINERT flexoras:

A

ZONAS DE KLEINERT

* Zona 1 → distal à inserção do FSD
* Zona 2 → aspecto proximal da polia A1 à inserção do FSD
* Zona 3 → zona dos lumbricais ( onde se originam dos FPD )
* Zona 4 → túnel do carpo
* Zona 5 → junção miotendínea ao limite proximal do antebraço
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8
Q

O que é e onde fica o Quiasma de Camper:

A

○ Quiasma é a junção, e não separação

* FSD → divide-se à nível da polia A1
* Quiasma de Camper → aspecto distal da falange proximal
* Em cada dedo, o FSD entra na polia A1 e se divide em duas partes iguais nessa altura, rodando lateralmente e, após, dorsalmente 180° ao redor do FPD
* Essas duas fitas se juntam de novo, profundamente ao FPD, sobre o aspecto distal da FP e sobre a placa volar, no quiasma de camper,  para depois se inserirem como duas partes separadas no aspecto volar da falange média
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9
Q

Quais as zonas mais associadas a aderência e lesão nervosa respectivamente:

A
  • Zonas que tem mais aderência → II e IV

* Zonas que tem mais lesão NV → III e IV

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10
Q

Quais as camadas das polias flexoras e suas funções:

A

○ Apresentam 3 camadas

		§ Profunda → secreta ácido hialurônico ( função de facilitar o deslizamento )

		§ Intermediária → rica em colágeno ( resiste à translação palmar dos tendões )

		§ Externa/areolar → facilita a nutrição do tendão 

Além das camadas das polias ainda temos a bainha tendinosa com o paratendão visceral e parietal(vasc)

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11
Q

Quais as estruturas responsáveis pelo deslizamento do tendão na bainha:

A

• Bainha tendinosa → 2 camadas ( paratendão visceral e paratendão parietal ). Essas duas camadas compreendem a superfície de deslizamento dos flexores. Sua restauração é crítica para o deslizamento tendinoso após o reparo

	○ Difusão pelo líquido sinovial do paratendão
		§ Tem grande importância na nutrição dos tendões flexores na zona 2 de Verdan

	○ Zona 2 tem duplo suporte nutricional aos flexores, proveniente da perfusão vascular ( vínculas ) e da difusão sinovial, que ocorre pelo paratendão parietal
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12
Q

Qual a sequencia das polias nos dedos e no polegar:

A

Dedos: A1-A2-C1-A3-C2-A4-C3-A5 (A1 e A2 juntas depois intercala)

Polegar: A1-Polia Obliqua-A2

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13
Q

Quais as áreas de isquemia dos tendões FSD e FPD nas polias

A

§ Uma área isquêmica está presente no FSD abaixo da polia A2 na falange proximal
§ Duas zonas de isquemia estão presentes no FPD abaixo da polias A2 e A4

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14
Q

Fases de cicatrização dos tendões:

A

□ Inflamatória ( 48 a 72 hrs )
□ Fibroblástica ( 5 dias a 4 sem )
□ Remodelagem ( 4 sem a 3,5 meses )

		§ Inflamatória precoce
		§ Reparo ativo intermediário
		§ Remodelamento tardio
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15
Q

Qual o principal responsável pela cicatrização do tendão, mecanismos intrínsecos ou extrínsecos? Qual é influenciado pela mobilização precoce?

A
Principal = Extrínsecos
Mobilização = Intrínsecos. 
		§ Mecanismo extrínseco → ocorre através da atividade de fibroblastos periféricos e parece ser o mecanismo dominante para a formação de cicatriz e adesões

		§ Cicatrização intrínseca → ocorre através da atividade dos fibroblastos do tendão

		§ Experimentos sugerem que a tensão cíclica aplicada nos tendões em cicatrização estimula a resposta de cicatrização intrínseca mais do que a ausência de tensão. Resultados como esses levaram ao desenvolvimento de técnicas de mobilização pós-operatória para diminuir a formação de adesões e melhorar o resultado final
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16
Q

Qual porção do tendão é mais vascularizada volar ou dorsal?

A

○ As vínculas são dorsais, então nos segmentos supridos diretamente por elas, o suprimento sanguíneo é predominantemente dorsal, devendo-se evitar o aspecto dorsal do tendão durante a cirurgia

	○ Parte dorsal do tendão, que fica em contato com a falange, é a mais vascularizada, sendo a parte volar dos flexores nas zonas I e II, relativamente avascular comparada ao rico suprimento sanguíneo da parte dorsal
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17
Q

Quantas vinculas existem para os tendões flexores:

A
4 vinculas:
Longa FSD
Curta FSD
Longa FPD
Curta FPD
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18
Q

Qual a localização das vinculas dos flexores:

Longa FSD
Curta FSD
Longa FPD
Curta FPD

A

Longa FSD - Base FP
Curta FSD - Placa volar IFP
Longa FPD - Curta FSD
Curta FPD - IFD

	○ Víncula longa do superficial
		§ Origem → assoalho da bainha digital, ao nível da base da falange PROXIMAL, passando ao redor do flexor profundo

	○ Víncula curta do superficial
		§ Origem → placa volar da IFP ( perto da inserção do FSD ) e fixa-se nas divisões do flexor superficial
		§ Na foto parece ter origem no colo da falange proximal

	○ Víncula longa do profundo
		§ É um prolongamento da víncula curta do superficial, ao nível da IFP
		§ Origem → flexor SUPERFICIAL na topografia da IFP

	○ Víncula curta do profundo
		§ Origem → parte distal da falange média ( perto da inserção do FPD )

	○ Obs: as vínculas curtas são mais comuns
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19
Q

% de pacientes com lesão de nervo nas lesões de tendões flexores:

A

• 50 % das lesões do flexores ocorre acompanhadas de lesão de nervo

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20
Q

Como fica a posição dos dedos nas lesões
○ 2 tendões lesados →

	○ Só FSD → 

	○ Só FPD →
A

○ 2 tendões lesados → atitude em extensão total do dedo

	○ Só FSD → fica menos fletido que o normal

	○ Só FPD → IFD estendida
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21
Q

Como testar o flexor superficial do dedo mínimo e do indicador:

A

§ Teste modificado para avaliar FSD do dedo mínimo → permitir a mobilidade do dedo anular

	○ Já para o indicador, em que o FPD é independente dos demais o teste não é válido, sendo útil o teste de Lister, em que é solicitado para fazer pinça com polegar e indicador para segurar uma folha, sendo o teste positivo se a pinça for feita com flexão da IFD, em que há menor superfície de contato para pinçar a folha, indicando lesão do FSD

Nos outros é só manter os dedos adjacentes em extensão máxima.

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22
Q

○ Em casos em que apenas o FSD pode ser reparado o que fazer?

A

○ Em casos em que apenas o FSD pode ser reparado → tenodese do FPD à falange média ou artrodese da IFD podem ser necessárias

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23
Q

○ FATOR ISOLADO que mais aumenta a força de reparo do tendão flexor →

A

○ FATOR ISOLADO que mais aumenta a força de reparo do tendão flexor → NÚMERO DE SUTURAS DE NÚCLEO QUE PASSAM PELO SÍTIO DE REPARO

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24
Q

○ Força da sutura de núcleo está relacionada à 3 parâmetros:

A

○ Força da sutura de núcleo está relacionada à 3 parâmetros
§ Material utilizado
§ Calibre da sutura
§ Número de suturas cruzando o sítio de reparo ( mais importante )

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25
Q

Lesão na Zona 1 mecanismo de trauma e dedo mais acometido:

A

• Mecanismos de lesão
○ Avulsão fechada da falange distal
○ Laceração devido hiperextensão da IFD contra uma força máxima de flexão

mais comum: anular

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26
Q

Efeito Quadriga, o que é? Ocorre mais frequentemente após lesão de qual zona? Dedos mais frequentes?

A

ZONA 1 / DEDO MÉDIO

Lag de flexão dos dedos adjacentes ao dedo em que foi feito reparo do flexor. Ocorre devido a um encurtamento do tendão e limitação da excursão dos tendões vizinhos.

• Atentar para ponto de reinserção ( footprint ), não reparar distante à ele pelo risco do efeito quadriga, maioria das lesões que resultam em efeito quadriga envolvem zona I
	○ Dedos mais acometidos → DEDO MÉDIO → anular  → mínimo
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27
Q

Quando optar por tenorrafia ou pull-out na zona 1

A

§ Lesão aguda ( < 3 semanas )

		§ Coto distal < 1 cm → reinserção óssea com sutura pull-out (6 semanas) ou âncora 

		§ Coto distal > 1 cm → sutura ( reparo direto )

		§ Obs: avançar > 1 cm no reparo pode levar ao efeito quadrigia
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28
Q

Classificação de Leddy Packer

A

1- Palma
2- IFP
3- IFD
4- FRATURA E AVULSIONA (tendão em qlqr lugar)

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29
Q

Qual o tipo mais raro de Leddy Packer:

A

○ Tipo III
§ Há grande fragmento ósseo junto ao coto do tendão
§ Não passa pelo túnel osteofibroso, ficando preso no limite distal da polia A4
§ Tto → fixação da fratura com fio K ou parafuso
§ Tipo mais raro
§ Reinserção precoce tem bom resultado

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30
Q

Qual o tipo de Leddy Packer mais grave e com pior resultado:

A

○ Tipo IV
§ Fx com subsequente AVULSÃO do tendão do fragmento ósseo e retração proximal, pode ser encontrado em qualquer nível
§ Nível de retração deve ser investigado com USG ou RM para melhor planejamento operatório
§ Tratamento → 1º reparo da fratura, seguido de reinserção do tendão
§ Geralmente são lesões MAIS GRAVES e associadas à resultados insatisfatórios

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31
Q

O que é considerado reparo de Urgência (tempo) nas lesões da Zona 1 e para quais tipos de Leddy Packer está indicado:

A

○ Tipo I
§ Retrai até a palma
§ Ambas as vínculas estão rotas
§ Reparo cirúrgico urgente ( 3 SEMANAS )
§ Há grande possibilidade de enxerto após esse período devido à necrose

Obs: todos devem ser reparados o mais precoce possível.
Tipo IV tb pode ser considerado urgente caso o tendão esteja na palma.

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32
Q

Até quanto tempo podemos esperar para reparo das lesões Leddy Packer tipo II:

A

○ Tipo II
§ Retrai até IFP
§ Víncula CURTA rota, víncula longa INTACTA
§ Em alguns casos, tenorrafia primária pode ser feita em até 6 sem após a lesão

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33
Q

Onde deve ser a saída do Pull-Out no reparo dos tendões flexores:

A

§ Se a falange for larga o suficiente → ancoragem com mini âncora
§ Se falange não comportar → sutura pull-out
§ Passar agulha e fios da sutura pull-out 3 - 4 mm distal à lúnula e à matriz germinativa para evitar deformidade ungueal ou lesão do eponíquio
§ Sutura pull-out deve ser mantida por 6 semanas

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34
Q

Para quais pacientes está indicado o uso de enxerto de tendão nas lesões da Zona 1 Flexora:

A

○ Enxerto de tendão em 2 estágios
§ Indicação
□ Lesão crônica ( > 3 meses )
□ IFD flexível

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35
Q

Qual o tempo de recuperação e posição de imobilização das lesões da Zona 1 Flexora:

A

○ Pontos críticos
§ Leddy Packer I requer diagnóstico e tratamento precoces ( 3 SEMANAS )
§ Leddy Packer II e III aceitam reparo tardio ( 6 SEMANAS )
§ Imobilização pós-op → punho e MF fletidas + IFs estendidas
§ Paciente deve retornar as atividades completas em 4 - 6 meses

36
Q

A resistência da sutura é importante até quanto tempo após o reparo:

A

○ Mais passadas aumentam a força da sutura no pós-op inicial e em 6 semanas

37
Q

Quais os pontos que possuem 2 passadas:

A

○ Suturas com 2 passadas → Kessler, Kessler modificado, Tajima

Kessler: 2 fios com 2 nós pra fora.
Kessler Modificado: 1 fio com nó pra dentro
Tajima: 2 fios com nó pra dentro ( = o que fazemos no reimplante)

38
Q

Quais os pontos que possuem 4 passadas:

A

○ Sutura com 4 passadas → Strickland, cruciate, Becker, Savage, Winters

Strickland: Kessler M. + “U”
Cruciate: Nó pra fora passadas em “X”
Winters: 2 Kessler Modificados.

39
Q

Qual a função da sutura epitendínea (% de aumento de força) e qual distância da borda e profundidade deve ser realizada:

A

• Sutura epitendínea aumenta a força do reparo em 50 % ( QUESTÃO UFPR 2019 )

	○ Inicialmente proposta para melhorar o deslizamento da tenorrafia, hoje é sabido que aumenta a força da sutura e deve ser usada como técnica adicional à CORE suture

	○ Expertconsult, vídeo 6.1 → autor diz que sutura epitendínea deve ser colocada a 2 mm da borda e a 2 mm de profundidade
40
Q

Qual o GAP máximo aceitável nas suturas de tendões flexores:

A

○ Tem efeito negativo na cicatrização e força da sutura

	○ Reparos sem gap ou com gap < 3 mm tem maior força em 6 semanas de pós-op

	○ Surgimento precoce de gaps no pós op leva à maior risco de ruptura na reabilitação após 3 semanas

Hoje o ideal é sem GAP e até com o tendão mais gordinho.

41
Q

Qual a área mais ativa e com maior proliferação celular no reparo tendíneo?

A

○ A área de 1 cm a partir do sítio de reparo é a mais ativa e caracterizada por proliferação celular precoce e migração para o sítio de reparo

42
Q

Qual a principal complicação após reparo tendíneo flexor:

A

ADERÊNCIA E RIGIDEZ

	○ Apesar do avanço nos métodos de sutura e entendimento da biologia do sítio de reparo, a formação de adesão entre o tendão e a bainha tendínea com resultante rigidez,  permanece como a principal complicação após as tenorrafias intra sinoviais
43
Q

Qual o deslizamento necessário pós reparo de flexores e extensores para evitar aderência:

A

EXTENSORES:

		• 3 - 5 mm de deslizamento limita a formação de aderência
			○ 30° de flexão da MF → 5 mm de deslizamento do ECD nas zonas 5 - 7
			○ 60° de flexão da IF polegar → 5 mm de deslizamento do ELP no Lister

FLEXORES:

	○ Evidências mostram que tendões reparados precisão de mobilização passiva de pelo menos 1,6 mm para diminuir consideravelmente a formação de adesões

	○ Autores descreveram que 3 a 5 mm de excursão seria suficiente prevenir o desenvolvimento de adesões

• Mais recentemente, observou-se que 6 a 9 mm de excursão seria o limite terapêutico máximo durante o programa pós-operatório
	○ Mais excursão não traria benefícios
44
Q

Quando indicar força contra resistência nas lesões agudas dos flexores:

A

○ Aplicação de forcas entre 5 N e 17N não aumentaram a velocidade de reparo e aumentaram risco de ruptura

45
Q

Quais as lesões de tendão que são esperadas as maiores retrações:

A

Zona I e II flexora

Zona VII extensora (zona III e IV polegar)

46
Q

Nome da tecnica que utiliza cateter pediátrico usado para levar o coto proximal por dentro das polias até o sítio da lesão

A

• Sourmelis e McGrouther → cateter pediátrico usado para levar o coto proximal por dentro das polias até o sítio da lesão (sonda n. 8)

47
Q

Qual o tamanho dos fios para realizar Core suture dos flexores e Epitendínea:

A

• Técnica do autor

○ Sutura central com 4 passadas ( fio 3.0 ou 4.0 ) + sutura epitendínea ( prolene 6.0 )

48
Q

Qual a posição de imobilização após reparo de tendão na zona 2 flexora?

A

• Imobilização pós-op
○ Punho fletido 20 - 30°
○ AMF fletida 50 - 70°
○ IFs em extensão ou leve flexão

49
Q

• SEQUÊNCIA DO REPARO DAS LESÕES DA ZONA II E DAS ZONAS III, IV, V

A

Sempre reparar das estruturas profundas para as superficiais:

• SEQUÊNCIA DO REPARO DAS LESÕES NA ZONA II 
	1- Tendão
	2- Nervo
	3- Artérias

• SEQUÊNCIA DO REPARO DAS LESÕES NAS ZONAS III, IV, V

	1) Artérias
	2) Tendões ( de profundo para superficial )
	3) Nervos
50
Q

O que é o Efeito “lumbrical plus” e qual o dedo mais comum:

A

Indicador mais comum. (cambei 3º é mais comum)
Zona III
• Existindo lesão do lumbrical, libera-lo do flexor profundo

* Efeito "lumbrical plus" → os ventres dos lumbricais, frequentemente rompidos não são suturados porque isso pode aumentar a tensão nesses músculos e resultar num efeito lumbrical plus → extensão paradoxal da IFP à tentativa de fletir o dedo ativamente
* Obs: quando o flexor profundo é encurtado, o lumbrical tem mais efeito, porque fica mais encurtado
* Maior no 2º dedo porque nele o lumbrical é independente

Lembrar que a sutura dos lumbricais não é a única causa de lumbrical plus (enxerto longo, amputação da falange média, avulsão/ruptura FPD)

51
Q

Zona e dedo mais comum

Quadriga
Lumbrical plus
Leddy Packer

A

Quadriga = Zona 1 = dedo médio
Lumbrical plus = Zona 3 = Indicador/médio
Leddy Packer = Zona 1 = Leddy Packer I e II dedo anular

52
Q

• Lesão < 50 % da área → Flexor vs Extensor

A

• Lesão < 50 % da área → reparar ou desbridar para evitar adesão ou gatilho(flexores)

Nos extensores não é necessário o reparo

53
Q

Quando indicar tenólise de flexores e extensores?

A

§ Não indicar antes de 4 meses após o procedimento inicial (flexores)

Extensores aguarda 6 meses.

54
Q

§ Complicação mais comum da tenólise precoce ( antes de 3 meses de pós-op ):

A

§ Complicação mais comum da tenólise precoce ( antes de 3 meses de pós-op )
□ Ruptura tendínea ( QUESTÃO UFPR 2017 )

55
Q

§ Preditores de pior prognóstico para reconstrução de flexores:

A

§ Preditores de pior prognóstico

			1) Procedimentos concomitantes como capsulotomia ou osteotomia
			2) Reparo ou enxertia nervosa
			3) Idade > 40 anos (lembrar que tenossinovite é >43 / Dupuytren <50)
			4) > 1 ano de evolução
			5) Tenólise requerendo um tempo operatório prolongado

		§ Crianças < 11 anos apresentam resultados ruins de tenólise
56
Q

§ Agentes químicos que podem limitar a formação de aderências

A

§ Agentes químicos que podem limitar a formação de aderências

			1) Ibuprofeno oral
			2) 5-fluororacil
			3) Ácido hialurônico
57
Q

Para quais pacientes está indicada a tenólise de flexores:

A

§ Pensar em aderência sempre que existir diferença entre ADM passivo ( extensão completa ) e ativo ( extensão limitada )

58
Q

Quando pensar em reconstrução de flexores em 2 tempos:

A

□ Quando pensar na reconstrução em 2 estágios
® Cicatriz extensa
® Incompetência da polia
® Contratura articular

59
Q

Quais as contra-indicações para reconstrução de flexores:

A

□ Contra-indicações
® Dedos pouco vascularizados
® Nervos digitais lesionados

60
Q

Classificação de Boyes:

A

□ Classificação pré-operatória reconstrução de flexores ( Boyes )

				® Grau 1: bom estado

				® Grau 2: cicatriz ( lesão de pele )

				® Grau 3: lesão articular ( restrição do ADM )

				® Grau 4: lesão de nervo ( alterações tróficas )

				® Grau 5: múltiplas lesões

Lembrar que lesão de nervo é uma CI para reconstrução então é o grau 4

Obs: tb tem o teste de Boyes mas é pra extensor (botoeira >3semanas não flete IFD).

61
Q

Como determinar o tamanho do enxerto necessário para reconstrução do flexor?

A

□ Tamanho do enxerto
® Distância das extremidades distal e proximal + 4 - 6 cm

Suturar primeiro distal e depois proximal

62
Q

Quais as opções de enxerto de tendão para reconstrução dos flexores:

A

1) Palmar Longo (75 - 85 %) = palma - ponta
2) Plantar Delgado (80%) = antebraço - ponta
3) Extensores dos dedos do pé = 2º, 3º e 4º PDD = MTF
4) Flexores dos dedos do pé = intrasinoviais = 2º-5º (preferir o 2º maior percurso intrasinovial)
5) EPI
6) EPM

63
Q

Localização do plantar delgado e principal complicação do uso como enxerto:

A

◊ Acesso longitudinal de 5 cm sobre a porção distal e anteromedial do tendão aquiles
◊ Complicação → síndrome compartimental

64
Q

Técnicas de fixação distal do enxerto:

A
  1. Pull-out classico
  2. Sutura ao redor do osso
  3. Túnel transversal na base da falange passando o tendão
  4. Âncoras metálicas
  5. Enxerto abraçado pelo coto do FPD saindo na polpa (crianças)

Proximal é Pulvertaft (end-weave = boca de peixe na ponta)

65
Q

Nas reconstruções com enxerto dos flexores o que fazer com os cotos proximal e distal do FSD?

A

MANTER 1-2CM DO DISTAL

			□ Na maioria dos casos, flexores superficial e profundo estão lesados. Tracionar o coto proximal do flexor superficial e seccioná-lo, permitindo que retraia proximalmente. O coto distal deve ser seccionada mantendo de 1 a 2 cm restantes, o que permite um leito de deslizamento melhor para o enxerto e previne a hiperextensão da IFP ( swan neck )
66
Q

Tempo para incorporação do enxerto de tendão nos flexores:

A

□ Incorporação do enxerto → após 6 meses, enxerto é indistinguível de tendão normal. Enxertos extrasinoviais, como PL e plantar, sofrem necrose e são recobertos por fibroblastos nos locais de adesão ou nas junturas proximais. Estes fibroblastos que irão produzir o colágeno para fortalecer o tendão

			□ Enxertos intrasinoviais podem sobreviver ao transplante para dentro do túnel osteofibroso, pois possuem superfície que permite a nutrição por embebição do líquido sinovial. Isso explicaria porque estes enxertos podem sobreviver com menos adesão e necrose celular
67
Q

Como tratar as lesões dos FPD com FSD integro:

Até 4 semanas
>4 semanas

A

□ Lesões até 4 semanas→ reparo direto

			□ Lesões após 4 semanas → tto conservador pelo bom grau funcional que o FSD permite

			□ Movimento funcional do dígito se mantem quando FSD está íntegro. Perda do ADM é mínima, com a maioria dos pacientes se adaptando bem e por isso não requerem tratamento, especialmente se a IFD é estável

			□ Indicações de tratamento
				® Pct jovens, com articulações flexíveis e que necessitam da função da IFD
				® Melhor indicado para o lado ulnar da mão com objetivo de aumentar o poder de preensão
				® FSD sem deslizamento completo
				® IFD instável, mas flexível
68
Q

Cirurgia de Hunter (flexores):

A

1º tempo realizado com exploração digital, reconstrução de lesões associadas, correção de contraturas, reconstrução de polias, e colocação de implante de silicone, com formação de pseudobainha ao redor dele

		§ 2º estágio ( enxertia tendínea ) realizado após 6 - 12 semanas
69
Q

Cirurgia de Paneva-Holevich

A

É igual Hunter mas os cotos distais dos FPD e FSD são rebatidos à palma e suturados um ao outro

			□ Após 6 semanas, o FSD é seccionado na juntura mio tendínea e usado como enxerto para sutura na falange distal ou no coto distal do FPD

			□ Vantagens
				® Requer uma única sutura distal num segundo estágio
				® Uso de enxerto intra sinovial dentro do túnel
70
Q

Qual o tratamento indicado para rupturas do FLP após osteossintese de fx de rádio:

A

TRANSFERÊNCIA DO FS4

		§ Reparo direto
			□ Possível em qualquer nível de lesão em até 3 - 6 semanas

		§ Reconstrução  
			□ IF flexível com reparo primário já não possível 
				® > 3 - 6 semanas 
				® Trauma que não permite o reparo 

		§ Reconstrução com enxerto 
			□ Realizada em 1 ou 2 estágios à depender das condições 
			□ Indicação → déficit funcional sintomático
			□ Preservar ou reconstruir polia oblíqua

		§ Transferência tendinosa 
			□ Indicação → perda da função motora do FLP 
				® Exemplo: ruptura do FLP após tto de fx do rádio distal por placa
			□ Realizar transferência do FSD do anular ( corte 2 cm proximal à IFP )
71
Q

Como deve ser realizado o tensionamento do polegar nos reparos e reconstruções do FLP.

A

○ Tensionamento do reparo

		§ IF → 30° de flexão 

		§ MF → 30° de flexão

		§ CMC → 30° de abdução
72
Q

Opções de reconstrução de tendão flexor nas zonas III, IV e V:

A

1) Interposição de enxerto
2) Transferência de FS do dedo vizinho
3) Solidarização

73
Q

• Tamanho das polias
○ A2 →
○ A4 →

A

• Tamanho das polias
○ A2 → 18 - 20 mm
○ A4 → 10 mm

74
Q

Opções de reconstrução de tendão flexor nas zonas III, IV e V:

A

1) Interposição de enxerto
2) Transferência de FS do dedo vizinho
3) Solidarização

75
Q

• Tamanho das polias
○ A2 →
○ A4 →

A

• Tamanho das polias
○ A2 → 18 - 20 mm
○ A4 → 10 mm

76
Q

Técnicas para reconstrução das polias:

A

1) Bunnell (loop)
2) Kleinert (sutura nas bordas)
3) Doyle (túnel ósseo)
4) KareV”olar” (placa volar)
5) Lister (ret. extensor)
6) Tang (1ºcomp ext)
7) Banda do FSD suturado na borda da polia contralateral

77
Q

Técnica de reconstrução da polia mecanicamente mais eficiente:

A

○ Karev → criação de fendas na placa volar, por onde será passado enxerto. Técnica
mecanicamente mais eficiente.

78
Q

Técnica de reconstrução da polia mais resistente:

A

○ Bunnell → enxerto de tendão livre
§ Técnica mais popular
§ Necessário aproximadamente 6 - 8 cm de enxerto para cada volta
§ Requer no mínimo DUAS voltas, ou seja 16 cm de enxerto
§ Passagem de enxerto profundo ( por baixo ou volar ) ao mecanismo extensor

79
Q

O enxerto cresce junto com a criança após reconstrução? A partir de qual idade indicar reconstrução de tendão flexor em crianças

A
  • Apesar de idade não ser contraindicação, autor prefere esperar após 7 anos para reconstrução
    • Tendão plantar delgado é muito fino para ser usado→ preferir PL ou FSD do dedo lesado
    • Conforme a criança cresce, enxerto cresce junto, porém dedo ainda continua discretamente menor que um normal

Lembrar que <11a é um sinal de mal prognóstico assim como >40a

80
Q

Local mais comum de ruptura após reconstrução com enxerto nos flexores e o que fazer?

A

• Ruptura do enxerto
○ Ocorre mais frequentemente na juntura DISTAL
○ Se não for possível reposicionar enxerto na falange distal, inserí-lo na proximal para criar dedo com apenas FS

Nos reparos primários:

	○ Até 3 sem de pós-operatório → repetir a sutura
	○ Ruptura > 3 semanas de pós-op, a chance para o reparo da sutura é menos favorável
81
Q

Causas de Lumbrical Plus (5):

A

• Dedo lumbrical plus ( efeito Parkes )
○ Se desenvolve quando a força da unidade profunda musculotendínea é aplicada através do músculo lumbrical, em vez de através do FPD. A força do músculo profundo aplicada através do músculo lumbrical cria a extensão das IF proximal e distal

	○ Isso pode acontecer de algumas formas
		1- Tensão sobre um enxerto é frouxa ( tendão muito longo )
		2- Sutura dos lubricais no FPD, trazendo mais tensão sobre o lumbrical
		3- Avulsão do flexor profundo do dedo
		4- Amputação ao nível da falange MÉDIA
		5- Rotura tendão flexor profundo do dedo
82
Q

Tratamento do efeito Lumbrical Plus

A

○ Tratamento → transecção do lumbrical

§ Permite o FSD ganhar controle da IFP e aliviar o problema

83
Q

Dedo flexor superficial
• FP inserido na falange média / situação de exceção
• Realizado ocasionalmente em circunstancias específicas ( 3 cenários ):

A

• Realizado ocasionalmente em circunstancias específicas ( 3 cenários )

	○ Tipo 1 → dedos com artrose da IFD ou lesão do mec extensor

	○ Tipo 2 → formação de arco de corda apesar de tentativa de reconstrução de polia

	○ Tipo 3 → ruptura distal após reconstrução com enxerto
84
Q

Quando começar o programa de reabilitação com movimentação precoce nas lesões de flexores de adultos e crianças:

A
  • Reabilitação deve ser iniciada já nos primeiros 1 - 5 dias de pós-op
    • Órtese de proteção dorsal deve ser mantida por 6 - 8 semanas
    • Em crianças, é preferível imobilização continuada por 6 semanas antes de começar programa de reabilitação
85
Q

Em qual fase ocorre o período de maior fraqueza do tendão flexor após reparo, quantos dias é o período crítico e qual colágeno predomina nessa fase?

A

§ Fibroblástica ( 5 dias - 4 semanas ) – 1 - 4 semanas

			□ Proliferação fibroblástica + depósito de colágeno

			□ Colágeno desorganizado

			□ Maior concentração de colágeno tipo 3

			□ Nessa fase que ocorre o período de maior fraqueza da sutura tendínea ( entre 10 - 12 dias )
86
Q

Excursão média dos tendões flexores (FSD e FPD) e Extensores:

A

○ Excursão média
§ FPD: 32mm ( 15 - 43 mm )
§ FSD: 24 mm ( 14 - 37 mm )
§ Obs: com o movimento do punho aumenta para 50 mm (FPD) e 49 mm (FSD)

	○ Amplitude dos tendões extensores do punho → 3,3 cm (33mm)

	○ Amplitude dos tendões extensores dos dedos e polegar → 5 cm (50mm)
87
Q

Como é definido (tempo) reparo:

1) Primário
2) Primário Retardado
3) Secundário
4) Tardio

A

1) Primário <24h
2) Primário Retardado 24h-10d
3) Secundário 10d-4semanas
4) Tardio >4 semanas

	§ Reparo primário
		□ Realizados em lesões limpas
			® Pacientes com lesões apenas tendinosas ou associadas a lesões neurovasculares ou fraturas ( se fixáveis e estabilizadas de forma satisfatória )
			® Se impossível, um reparo secundário pode ser indicado
		□ Feitas nas 12 primeiras horas, podendo ser estendida em raras situações até 24 horas

	§ Reparo primário retardado
		□ Realizada entre 24 hrs e 10 dias

	§ Reparo secundário
		□ Realizado após 10 a 14 dias até 4 semanas
		□ Indicado quando há fatores complicadores que poderia interferir no resultado da sutura
			® Esses fatores incluem
				◊ Esmagamento extenso com cominuição óssea perto do nível da lesão
				◊ Lesão neurovascular grave
				◊ Lesão grave da articulação
				◊ Perda de pele com necessidade de procedimento de cobertura

	§ Reparo secundário "tardio"
		§ Realizado após 4 semanas