Capítulo 57 Mão Queimada Flashcards

1
Q

% da superficie corporal da mão

A

○ Cada mão representa < 3 % da área de superfície corporal, mesmo assim queimaduras na mão são categorizadas como queimaduras graves

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2
Q

% de acometimento da mão nas queimaduras severas

A

○ Mãos estão envolvidas em mais de 80 % das queimadura severas

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3
Q

Local mais comum de queimaduras no corpo

A

○ MMSS é a área do corpo mais evolvida em queimaduras, até 89 % das casos

	○ Há 2 principais razões para o maior envolvimento
		§ Reflexo de proteção para proteger o rosto por exemplo
		§ Geralmente exposição acontece sem proteção
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4
Q

Mecanismo de trauma das

	○ Queimaduras no dorso da mão

	○ Queimaduras na palma
A

○ Queimaduras no dorso da mão
§ Lesão por chama ou explosões

	○ Queimaduras na palma
		§ Exposição química
		§ Queimadura por fricção
		§ Queimaduras elétricas
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5
Q

Principal mecanismo de trauma das lesões térmicas

A

○ Lesões térmicas podem ser causadas por contato direto com líquido ou objeto quente. Porém, mais comumente ocorre lesão indireta, como as causadas por gases

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6
Q

Características da pele dorsal da mão

A

○ Pele dorsal
§ Fina e flexível e fica numa camada fina subcutânea de tecido gorduroso
§ Fornece pouca proteção mecânica mas permite máxima excursão tendinosa e mobilidade articular sem necessidade de pele excessiva
§ Contém veias superficiais grandes, folículos pilosos, glândulas sebáceas, mas não contém glândulas sudoríparas

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7
Q

Principal complicação das queimaduras dorsais na mão

A

§ Pele especialmente fina sobre as IFPs, onde os extensores estão em risco
§ Atenuação ou ruptura da banda central com exposição da IFP é a complicação mais comum após queimaduras dorsais
§ Causa de muitos distúrbios funcionais após queimadura
□ Ruptura da coordenação entre intrínsecos e extrínsecos, tendões e articulações

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8
Q

Quais as zonas da queimadura e o que ocorre em cada uma delas:

A

○ 1ª → zona de coagulação ( lesão direta, área necrótica da pele aonde as células foram destruídas com dano irreversível )

	○ 2ª → Zona de estase ( tem lesão moderada e perfusão tissular diminuída, dano vascular com extravasamento ) 

	○ 3ª → Zona de hiperemia ( vasodilatação devido a inflamação circunjacente, local aonde o processo de cicatrização se inicia )

	○ Tratamento primário insuficiente ( ex.: sem escarotomia se indicada ou substituição insuficiente de fluidos ) podem converter a zona de estase em uma zona de necrose ( “pós-queimadura” )
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9
Q

% de queimadura do corpo que leva à edema generalizado:

A

○ Queimaduras acometendo > 20 % da superfície corporal levam a edema generalizado no qual edema da pele e tecido subcutâneo também é encontrado em áreas sem queimaduras

	○ Edema causa vários efeitos patológicos pelo aumento da pressão intercelular e diminuição da circulação
		§ Na musculatura intrínseca, isso pode levar a Sd compartimental requerendo fasciotomia
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10
Q

○ Na mão, edema persistente intersticial que não se resolveu após quanto tempo pode levar a fibrose subcutânea com subsequente rigidez articular?

A

○ Na mão, edema persistente intersticial que não se resolveu após 72h pode levar a fibrose subcutânea com subsequente rigidez articular

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11
Q

Em quais tipos de queimadura é esperado o surgimento de bolhas

A

○ Bolhas são achadas em queimaduras de espessura parcial ( 2º grau ) e queimaduras superficiais dérmicas ( 2º grau ) e menos frequentemente nas queimaduras profundas dérmicas ( 3º grau )

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12
Q

Opções de tto cirúrgico na queimadura da mão aguda

A

▪ Tto cirúrgico
□ Remoção de escara
□ Enxertos de pele
□ Cobertura com retalhos se necessário

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13
Q

Qual o melhor fator preditivo em relação ao prognóstico após queimaduras?

A

▪ Causa da queimadura

Térmicas - segundo pior prognóstico
Elétrica - pior prognóstico
Química
Frostbite

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14
Q

▪ Escaldamento, gravidade e padrão de lesão

A

▪ Escaldamento

			□ Geralmente resulta de padrão de lesão com profundidade mista e frequentemente envolve as mãos

			□ Especialmente em mais jovens, demonstram alta capacidade de cicatrização espontânea

			□ Abordagem mais agressiva é indicada nos mais velhos, com pele mais fina
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15
Q

Classificação de queimaduras térmicas:

A

▪ Queimadura superficial ( 1º grau )

		▪ Queimadura de 2º grau de espessura parcial 	
		▪ Queimadura de 2º grau de espessura parcial PROFUNDA 

		▪ Queimadura de espessura total ( 3º grau )		
		▪ Queimaduras do 4º grau
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16
Q

Quais as principais características das queimaduras de 4º grau:

A

▪ Queimaduras do 4º grau

			□ Necrose de estruturas profundas como tendões e ossos

			□ Geralmente encontrado após queimaduras por contato ou lesões de alta voltagem
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17
Q

Quais as principais características das queimaduras de 3º grau:

A

▪ Queimadura de espessura total ( 3º grau )

			□ Morte de todos os elementos germinais da epiderme

			□ Ferida estende-se além do nível da derme

			□ Pele parece couro e é branca à marrom

			□ Extremidades nervosas estão destruídas, podendo não haver dor

			□ Não cicatrizam por regeneração epitelial, pois todos os apêndices dermais e epiderme sobrejacente estão destrúidos, portanto não são auto cicatrizantes
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18
Q

Quais as principais características das queimaduras de 2º grau espessura parcial:

A

▪ Queimadura de 2º grau de espessura parcial

			□ Lesão da epiderme e parte da derme
				w Atinge a camada mais externa da pele: papilar

			□ São as MAIS DOLOROSAS no pós trauma imediato porque as terminações sensitivas não estão lesadas

			□ Têm o potencial de auto cicatrização devido à regeneração dos elementos da epiderme remanescentes na derme ( glândulas sebáceas ou sudoríparas e folículos pilosos )

			□ Regeneração pode ser prolongada ( 7-14 dias ) dependendo da profundidade

			□ Cicatriz resultante é diretamente dependente da profundidade da lesão e a qualidade da pele regenerada é inversamente proporcional
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19
Q

Quais as principais características das queimaduras de 2º grau de espessura parcial PROFUNDA

A

▪ Queimadura de 2º grau de espessura parcial PROFUNDA

			□ Lesão da epiderme e parte da derme
				w Atinge a camada mais profunda da pele: reticular

			□ Superfície mosqueada úmida que pode ser pálida ou eritematosa, dependendo da profundidade

			□ Tipicamente brancas com pressão e enchimento capilar ao soltar

			□ Terminações nervosas ainda estão presentes nas camadas vitais, então podem ser muito dolorosas

			□ Pele ainda sangra quando puncionada

			□ Ainda possui capacidade de cicatrização, mas provavelmente há indicação de tto cirúrgico
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20
Q

Quais as principais características das queimaduras de 1º grau:

A

▪ Queimadura superficial ( 1º grau )

			□ Características
				® Epiderme eritematosa
				® Sem bolhas
				® Dor moderada

			□ Todo o dano celular ocorre sem morte celular

			□ Tratamento
				® Sintomáticos ( alívio de dor )

			□ Cicatrizam sem cicatrizes, geralmente em 2 - 3 dias e com bom retorno da função
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21
Q

Quais os graus de queimadura que ainda permitem cicatrização expontânea

A

1º,2º superficial, 2º profunda (±)

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22
Q

Qual a queimadura mais dolorosa

A

2º superficial

			□ São as MAIS DOLOROSAS no pós trauma imediato porque as terminações sensitivas não estão lesadas
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23
Q

Quais queimaduras são indolores:

A

3º e 4º

			□ Extremidades nervosas estão destruídas, podendo não haver dor
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24
Q

Quais as estruturas responsáveis pela auto cicatrização após queimaduras

A

□ Têm o potencial de auto cicatrização devido à regeneração dos elementos da epiderme remanescentes na derme ( glândulas sebáceas ou sudoríparas e folículos pilosos )

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25
Q

Qual queimadura é Tipicamente brancas com pressão e enchimento capilar ao soltar

A

2º grau profunda

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26
Q

Qual queimadura está mais associada a bolhas

A

2º grau superficial ± 2º profunda

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27
Q

O que diferencia a 2º grau superficial da profunda

A

Atinge a camada mais externa da pele: papilar
Bolhas

Atinge a camada mais profunda da pele: reticular
Superfície mosqueada úmida que pode ser pálida ou eritematosa

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28
Q

Indicação de internação hospitalar de acordo com o grau da queimadura térmica:

A

▪ 2º e 3º graus >10% SCQ em <10 e > 50anos

		▪ 2º e 3º graus > 20 % SCQ qualquer idade

		▪ 2º e 3º graus com lesões funcionais ou face, mãos, pés, genitália, períneo e articulações maiores

		▪ 3º grau > 5 % SCQ qualquer idade
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29
Q

Indicações de hospitalização não relacionadas a profundidade da queimadura

A

▪ Queimaduras Elétricas, queimaduras químicas

		▪ Lesão Inalatória

		▪ Queimadura circunferencial

		▪ Queimadura em pacientes com doenças associadas

		▪ Qualquer queimadura associada a trauma

		▪ Suspeita de Queimadura não-acidental

		▪ Necessidade suporte social, reabilitação funcional
30
Q

Como é determinada a profundidade das queimaduras:

A

▪ Avaliação é baseada na aparência clínica, teste de sensibilidade residual, teste de punção para sangramento e avaliação do refill capilar

31
Q

Como determinar a superfície corporal queimada

A
▪ Regra dos Nove – Wallace
				□ MMSS: 9 %
				□ MMII: 18 %
				□ Tronco: 18 % (18 anterior + 18 posterior)
				□ Cabeça: 9 %
				□ Genitália: 1 %
				□ Palma → 1 %
32
Q

Queimaduras

§ Lesões classificadas como graves independentes da extensão

A

§ Lesões classificadas como graves independentes da extensão
□ 3º grau em mãos, pés, face e genitália
□ Associação com inalação ou avulsão, fraturas, queimaduras que atingem massa muscular

33
Q

Gravidade da queimadura pela profundidade e SCQ:

A

2º: 15-25% moderada

3º: 3-10% moderada

34
Q

Para quem está indicada a reposição volêmica nas queimaduras

A

○ Hidratação
▪ SCQ > 20 % em adultos, 10 % em crianças ( 15 % em crianças maiores )
□ 2 acessos calibrosos ( intraósseo em crianças S/N ) → Ringer lactato
□ Pode considerar hidratação VO em menores
□ Queimadura elétrica, lesão inalatória e demora para atendimento inicial podem precisar de volumes maiores

35
Q

Metodos para determinar reposição volêmica nas queimaduras

A

▪ Parkland ( mais utilizada no geral )
□ 4 ml/kg/% → Metade nas primeiras 8h + metade nas 16h subsequentes

		▪ Brooke modificado ( mais utilizada por especialistas )
			□ 2 - 4 ml cristaloide (RL) /kg/%

		▪ Crianças deixar soro glicosado → depleção do estoques de glicogênio
36
Q

Quando indicar reposição de albumina na fase aguda das queimaduras

A

▪ Albumina é contra-indicada nas primeiras 24hrs

□ Sem beneficio de sobrevida e maior custo

37
Q

Medidas para controle de edema nas queimaduras

A

§ Esfriamento imediato com água fria da torneira por pelo menos 30 min pode reduzir o edema e a zona de estase
§ Elevação da mão acima do nível do coração
§ Gelo é contraindicado → pode causar dano adicional

38
Q

Quando indicar escarotomia

A

▪ Indicações para escarotomia
□ Dor
□ Resistência à extensão passiva dos dedos
□ Desaparecimento do refill capilar nos leitos ungueais

39
Q

Onde é realizada a escarotomia do MMSS

A

▪ 1º → Incisão radial de espessura total para descomprimir a mão e o braço deve ser realizada como 1º passo pois não há risco de lesão sensitivos, exceto o ramo sensitivo do nervo radial

			□ O comprimento da incisão varia da área afetada, o máximo deve se estender da ponta do acrômio ao limite lateral da prega de flexão antecubital, até o aspecto radial da prega de flexão distal do punho

		▪ 2º → se necessário escarotomia medial ulnar pode ser adicionada com acesso da axila até o aspecto medial da prega de flexão antecubital e então ao aspecto ulnar da prega de flexão distal do punho

Dedos todos ulnares
Polegar radial

Lembrar que fasciotomia geralmente é ulnar até tunel do carpo
E nos dedos 1º/4º/5º é radial

40
Q

▪ Sinais precoces de necrose isquêmica dos intrínsecos nas queimaduras

A

▪ Sinais precoces de necrose isquêmica dos intrínsecos

			□ Hiperextensão das MF

			□ Flexão das Ifs
41
Q

Imobilização nas queimaduras:

A

▪ Intrinseco plus

		▪ Cotovelo → manter em extensão
			□ Contraturas em flexão ocorrem mais facilmente; mas mantê-lo em movimento, porque a contratura em extensão é um problema funcional muito maior que em flexão

		▪ Ombro → manter em abdução
			□ Evitar contraturas axilares
42
Q

Tratamento das bolhas nas queimaduras

A

□ Bolhas intactas < 1 cm → deixar intactas, permitindo a ferida cicatrizar espontaneamente

			□ Bolhas > 1 cm → aspirar líquido e remover por incisão ou desbridamento das bolhas
				w Líquido rico em citocinas proinflamatórias que podem aumentar a zona de necrose
				w Curativos podem então ser aplicados diretamente na ferida
43
Q

Tratamento das queimaduras profundas e de espessura total da mão:

A

▪ Cobrir a ferida com enxertos de pele parcial é considerado o padrão-ouro

		▪ Queimaduras profundas e de espessura total da mão são melhor tratadas por excisão precoce e enxerto

		▪ Ferida da queimadura inicial não infectada → tto cirúrgico nos primeiros 5 dias
			□ Após > 5 dias → cirurgia só em 3 semanas
				w Risco aumentado de perda de enxerto
					◊ Infecção secundária
					◊ Sangramento excessivo do leito inflamado da escara

		▪ Excisão tangencial é a cirurgia preferida para queimaduras na mão, sendo realizado com a faca de Goulian 
			□ Lâmina é passada na pele queimada em finas camadas até encontrar sangramento capilar
44
Q

Nas queimaduras da mão o enxerto deve ser em lâmina ou malha

A

□ Enxerto em lâmina ( sheet graft )
w Aparência estética superior
w Produz menos tecido cicatricial
w Geralmente tem resultado mais funcional

			□ Enxerto em malha ( mesh graft )  
				w Facilita drenagem de fluído, sangue e bactéria 
				w Tem maior taxa de pega em ferida crítica quando há algum sangramento remanescente ou áreas de viabilidade questionável
				w Alta taxa de contratura cicatricial que frequentemente leva a maiores distúrbios funcionais

		▪ A taxa de expansão do mesh graft não deve exceder 1,5 : 1 nas mãos queimadas

			□ Sítios doadores suficientes
				w Enxertos parcial em lâmina ( sheet ) → primeira escolha

			□ Disponibilidade de enxerto limitada 
				w Meshed grafts
45
Q

Locais mais comuns de infecção secundária à queimadura nas mãos:

A

▪ Infecção secundária
□ Duas áreas da mão são extremamente susceptíveis à infecção secundária

				® Pele sobre o dorso das IFPs torna provável lesão dos tendões ou pode resultar em uma articulação aberta
					◊ Diminuição do suprimento sanguíneo também aumenta a susceptibilidade à infecção com envolvimento art secundário

				® Leito ungueal → apesar de sua alta vascularização é prontamente exposto à lesão térmica e a trauma secundário e infecção

			□ Tratamento → ATB local

			□ ATB sistêmico raramente é indicado e deve ser usado somente com sinais clínicos de celulite ou linfangite ascendente
46
Q

Causas de perda do enxerto parcial nos queimados

A

® Desbridamento insuficiente
® Sangramento com formação de hematoma
® Infecção secundária
® Curativo imperfeito ( sem pressão sobre ele )

47
Q

Hipergranulação nas queimaduras onde ocorre e como tratar

A

▪ Hipergranulação precoce
□ Ocorre entre as áreas não epitelizadas de enxertos mesh ou bordas do enxerto sheet

			□ Raramente é encontrada em áreas de grande superfície porque a resposta imune destes pacientes está gravemente acometida

			□ Remoção cirúrgica não é recomendada
				w Causará sangramento profuso

			□ Fazer o curativo com gaze contendo corticóide provou ser extremamente útil

			□ Após alguns dias geralmente a ferida epiteliza, seguir cuidados com luvas compressivas e lâminas de silicone
48
Q

Classificação das contraturas do MMSS pós queimadura

A
Achauer: 
A- Garra
B- Palma
C- Comissura
D- Bandas / Hipertrofica
E- Amputação
F- Unha
G- Cotovelo
H- Axila

A Garra
E amputa
(F) Unha

(gravar esses e o resto vai completando) = Agarra e amputa unha

Garra, comissura e cotovelo subdividem.

49
Q

Qual deformidade ocorre nas unhas após queimadura

A

▪ Cicatrização dorsal sobre a IFD leva à distorção da prega do eponíquio, retração do eponíquio e exposição proximal da unha

		▪ Em casos envolvendo apenas rigidez da pele sem retração grave da prega ungueal → liberação da pele e enxerto de pele podem ser suficientes

		▪ Quando reconstrução da prega ungueal for necessária ou enxertos de pele não forem apropriados, os retalhos de pele com base lateral proximalmente são recomendados
50
Q

Classificação de Kurtzman e Stern

A

□ Tipo I
w Apenas pele
w MF em flexão passiva
w IFP capaz de ser totalmente estendida
w Tratamento → liberar estruturas contraturadas

			□ Tipo II
				w Contraturas capsulares palmares 
				w MF em flexão passiva
				w Sem extensão passiva da IFP possível
				w Tto → liberar placa volar e checkrein ligaments

			□ Tipo III
				w Contratura de partes moles e articular 
				w Contratura fixa da IFP independente da posição da MF
				w Tto → artrodese
51
Q

Tipo de contratura mais comum do cotovelo

A

○ Contraturas do cotovelo

		▪ Divididas em intra e extra-articulares, envolvendo pele, unidades musculotendinosas e capsular
			□ Maioria das contraturas são em flexão extra-articulares

		▪ Pode ser liberada com zetaplastia
52
Q

Incidência de ossificação heterotópica no cotovelo queimado

A

○ Ossificação heterotópica

		▪ Incidência de 2 % nos pacientes gravemente queimados

		▪ A incidência é mais alta com queimaduras massivas de pele total e em casos de imobilização por longo período

		▪ Rx são recomendados antes da liberação da contratura do cotovelo para excluir ossificação heterotópica
53
Q

Ossificação heterotópica do cotovelo pós queimadura:

Local mais comum e tempo para tto cx

A

▪ Formação óssea é geralmente → póstero medial

		▪ Caso contrário, esperar até que o osso fique maduro, geralmente com 12 - 18 meses
54
Q

○ Contraturas axilares

		▪ São divididas em 3 grupos

Ia
Ib
II
III

A

□ Tipo I
w IA → envolve a prega axilar posterior
w IB → envolve a prega axilar anterior ( mais comum )
w Tratamento → Z-plastia

			□ Tipo II
				w Ambas as pregas axilares envolvidas com uma ilha de pele intacta no oco axilar
				w Tto → cirurgias sequencias para não por em risco vascularização
				w Variantes da zetaplastia + liberação da fáscia do GD e peitoral

			□ Tipo III
				w Envolve todas as estruturas da axila, incluindo o oco axilar
				w Tto → retalho ( regional se possível )
55
Q

Epidemiologia de queimaduras elétricas:

% total das queimaduras
Local
Idade
Baixa ou alta voltagem

A

▪ Infrequentes, menos de 3 % de todas as admissões de queimados

		▪ 2/3 das lesões são de baixa voltagem

		▪ Vítimas geralmente jovens, saudáveis

		▪ 75 - 88 % MMSS são envolvidos 

		▪ 1/3 em linha de energia
56
Q

% das queimaduras elétricas:

amputação
mortalidade
problemas neurológicos
incapacidade permanente

A

▪ Amputações em 40 - 70 %

		▪ Mortalidade 8 - 14 %

		▪ 50 % problemas neurológicos

		▪ 85 % incapacidade permanente
57
Q

Qual corrente é mais perigosa:

Alternada ou Contínua

A

▪ Corrente alternativa → mais perigosa que a corrente direta em respeito à função cardíaca

58
Q

Por onde geralmente passa a corrente elétrica e são esperados maiores danos:

A

▪ Maiores densidades de correntes são passadas através de nervos e artérias, seguido por músculo, pele e osso.

59
Q

O que é Choke Points

A

▪ Regiões de pequena área de secção transversa como cotovelo ou punho demonstram alta resistência, que leva à geração extra proporcional de calor ( choke points )

60
Q

Ressuscitação volêmica nas queimaduras elétricas:

A

Não é com %SCQ (Parkland / Brooke)

		▪ Avaliação da volemia e ressuscitação
			□ Manter débito urinário 2 - 3 ml/kg/h
			□ 2 - 3 vezes mais cristaloides são necessários nas lesões de alta voltagem que nas queimaduras de outra causa com área semelhante

		▪ Monitorização cardíaca 

		▪ Profilaxia do tétano

		▪ ATB contra Clostridium
61
Q

Características das queimaduras químicas:

A

▪ Mais de 60 % das admissões no hospital devido a queimaduras químicas são devido a lesões relacionadas ao trabalho

	▪ O MS é um dos locais mais lesados do corpo, principalmente os dedos

	▪ Queimaduras químicas envolvem em média área corporal de 19,5%

	▪ Internação prolongada e cicatrização ruim é a regra

	▪ A lesão geralmente é limitada à pele; a maior diferença é que alguns agentes químicos continuam ativos no sítio e continuam a destruir tecidos
62
Q

Principal determinante nas queimaduras químicas:

A

▪ Duração do contato com a pele é o maior determinante da gravidade da lesão química

	▪ A maioria das lesões químicas são o resultado do contato com agentes ácidos ou alcalinos
63
Q

Qual queimadura geralmente é mais profunda: Ácidos ou Bases

A

Bases

		□ Ela permite lesão mais profunda que a ácida devido ao meio continuamente básico produzido pela lesão alcalina
		□ O tecido lesado tem baixa capacidade de tamponar o álcalis, havendo posterior penetração do álcalilipofílico, que resulta em lesão mais profunda
64
Q

Tto inicial das queimaduras químicas:

A

▪ Água é o tto apropriado de emergência da maioria dos casos e iniciar o quanto antes
□ Lavagem com água por 1 a 2 horas é recomendada para queimaduras por ácido e mais tempo ainda nas lesões alcalinas
□ Facilita a diluição do agente, diminuindo a carga na pele
□ Também diminui a taxa de reação química e metabolismo tecidual e contribui para restaurar o pH normal da pele
□ Retardo de 15 min no início da lavagem→ destruição da epiderme

65
Q

Exceções para a regra de irrigação copiosa com água nas queimaduras químicas:

A

FenÓL EO

		□ Fenol
			w Antigamente usado como anti-séptico
			w Causa irritação cutânea e sintomas sistêmicos ( marasmo fenólico )
			w Hoje presente em agentes químicos, cosméticos, plásticos e explosivos
			w Não é solúvel em água, precisando de terapia específica
			w Deve ser removido da pele com glicerol ou glicol polietileno
66
Q

Terapias específicas para queimaduras químicas:

A

FenÓLEO
CLO-MAzepan
FLU-CAnazol

		□ Ácido hidroFLUórico
			w Agente industrial comum 
			w Penetra na pele especialmente áreas por não protegidas pelo stratum corneum, como o leito ungueal, e causa dor intensa
			w Lavar com água seguido por terapias específicas de neutralização
				◊ Gluconato de CÁlcio subdermal a 10 %

		□ Ácido CLOridrico = Óxido de MAgnésio
67
Q

Locais mais acometidos por frostbite

A

▪ Porções mais comumente envolvidas → dedos, dedos dos pés, nariz e orelhas

68
Q

Risco de Frostbite tempo e temperatura

A

▪ Risco para tecidos expostos a temperaturas < 2°C durante 1 hora

69
Q

▪ CLASSIFICAÇÃO QUEIMADURAS POR CONGELAMENTO

A

▪ CLASSIFICAÇÃO QUEIMADURAS POR CONGELAMENTO

		§ GRAU I ( pele superficial )
			□ Eritema, edema e hipertermia 
			□ Bolhas e perdas de tecido podem não ocorrer

		§ GRAU II ( espessura total da pele ) 
			□ Eritema, formação de vesícula e descamação superficial
			□ Lesão profunda não se desenvolve

		§ GRAU III ( pele total e tecido subcutâneo ) 
			□ Edema local e descoloração azul acinzentado, seguido por perda da pele até tecido subcutâneo

		§ GRAU IV  ( tecidos profundos )
			□ Cianose profunda sem desenvolvimento de vesícula e edema local
			□ Necrose de tecido subcutâneo e profundo ( músculo, tendão e osso )
70
Q

Exames para determinar extensão do Frostbite

A

○ Cintilografia com tecnécio 99m se tornou o exame padrão-ouro nos primeiros dias para avaliar a perfusão tecidual e a viabilidade

	○ RM e a AngioRM também definem a extensão da isquemia tecidual antes dos sinais de necrose ( aumento de sinal de T2 nos músculos após a ruptura da membrana )