Capítulo 13 Instabilidade cárpica, mal alinhamento e luxações Flashcards
DISI posição do escafóide
fletido e pronado
fileira distal do carpo óssos
trapézio, trapezóide, capitato e hamato, com pouca mobilidade entre eles
fileira proximal óssos
escafóide, semilunar e piramidal, interligados por duas articulações escafossemilunar e semilunopiramidal
Variações anatômicas do semilunar % – descrito por Viegas
§ Tipo I
□ 35 % da população
□ 1 faceta articular distal se articulando com o capitato
□ Semilunar e articula com 4 ossos
§ Tipo II □ 65 % da população □ 2 facetas articulares distais se articulando com capitato e polo proximal do hamato □ Semilunar se articula com 5 ossos
○ A articulação mediocárpica é uma combinação de 3 articulações, dividindo o carpo em 3 colunas:
Óssos e formato
§ Coluna Radial → escafoide, trapézio e trapezóide (STT)
□ Proximal → convexo
□ Distal → côncavo
§ Coluna Central → semilunar e capitato □ Proximal → côncavo □ Distal → convexo □ 2 articulações fazem parte da coluna central → SC e LC § Coluna Ulnar → piramidal e hamato □ Articulação helicoidal
Angulo Rádio-Escafóide
○ Escafóide é fletido 45° em relação ao rádio para prover suporte ao metacarpo do polegar, que se encontra num plano anterior ao capitato
Porção mais estreita do túnel do carpo se localiza ao nível da fileira proximal ou distal do carpo?
Porção mais estreita do túnel do carpo se localiza ao nível da fileira distal do carpo
Alguns ligamentos são estruturas mecanicamente importantes, formadas por densas fibras de colágeno bem definidas e por poucos corpúsculos sensitivos.
Nome dos corpúsculos
ligamentos são estruturas sensitivas muito importantes, com grandes quantidades de corpúsculos de Ruffini, Pacini e Golgi, embebidos numa estrutura de fibras de colágeno menos densa, sendo mas importantes para informações proprioceptivas
○ Ligamentos extracapsulares do carpo
Apenas 3 ligamentos extracapsulares:
§ Ligamento carpal transverso
§ Ligamento que conecta pisiforme ao hâmulo do hamato (Ligamento piso-hamato)
§ Ligamento que conecta pisiforme à base do 5º meta (piso-metacarpal )
○ Os intracapsulares são divididos em Intrínsecos e Extrínsecos:
Diferenças: (inserção em cartilagem ou osso), (resistência/elasticidade), (local de ruptura)
○ Os intracapsulares ainda são divididos em
§ Intrínsecos □ Origem e inserção no carpo □ Inseridos em cartilagem □ Mais fortes □ Avulsão é mais comum que ruptura
§ Extrínsecos □ Conectam o antebraço ao carpo □ Inseridos em osso □ Mais fracos □ Mais elásticos e menos resistentes à tração □ Ruptura é mais comum que avulsão
Melhor maneira de avaliar ligamentos intracapsulares é por artroscopia.
4 ligamentos radiocarpais volares
Radioescafóide, Radioescafocapitato ( ligamento de Weitbrecht ), Radiossemilunar longo, Radiossemilunar curto.
Lig. Radioescafóide Origem e inserção
® Origem: margem anterolateral do rádio distal
Inserção: tuberosidade do escafóide
Radioescafocapitato ( ligamento de Weitbrecht ) Origem, Inserção, Função
□ Radioescafocapitato ( ligamento de Weitbrecht )
® Origem: margem anterolateral do rádio distal
® Inserção: aspecto volar do capitato
® Principal restritor da translação ulnar do carpo
Cursa pela concavidade palmar do escafóide formando uma corda por onde o escafóide roda
FAZ PARTE DO ESPAÇO DE POIRIER E LIG ARQUEADO ##
Principal restritor da translação ulnar do carpo
Radioescafocapitato ( ligamento de Weitbrecht )
Lig que cursa pela concavidade palmar do escafóide formando uma corda por onde o escafóide roda
Radioescafocapitato ( ligamento de Weitbrecht )
Radiossemilunar longo
® Origem, Inserção e orientação
□ Radiossemilunar longo
® Origem: margem anterolateral do rádio distal
® Orientação oblíqua
® Inserção: superfície volar do semilunar
Radiossemilunar curto
® Origem, Inserção e orientação
□ Radiossemilunar curto
® Origem: margem anteromedial do rádio distal
® Orientação vertical
® Inserção: fibras do radiossemilunar longo
espaço de Poirier entre quais ligamentos e importância
□ Obs: entre o ligamento radioescafocapitato e o radiossemilunar longo há sulco inter ligamentar ( espaço de Poirier ), que representa uma zona frágil por onde acontecem as luxações perissemilunares
Espaço de Poirier aumenta ou diminui com extensão do punho?
Espaço aumenta com extensão do punho e diminui com a flexão do punho
Ligamento radioescafossemilunar ( Kuentz e Testut ) localização e importância
feixe vascular que supre o canto palmar do polo proximal do escafoide. Não é um ligamento verdadeiro
§ 3 ligamentos ulnocarpais volares:
origem e inserção
□ Ulnocapitato ( lig superficial )
® Origem: base da estilóide ulnar
® Inserção: colo do capitato
(faz parte do lig arqueado)
□ Ulnopiramidal ( lig profundo ) ® Origem: borda palmar da FCT ® Inserção: aspecto volar do piramidal □ Ulnossemilunar ( lig profundo ) ® Origem: borda palmar da FCT ® Inserção: aspecto volar do semilunar
O que forma o ligamento arqueado punho:
ligamento arqueado
□ União de 3 ligamentos que formam um V ® Radioescafocapitato ® Ulno-capitato ® Piramidal-capitato
Ligamentos extrínsecos dorsais do punho:
Origem e inserção
§ 1 ligamento dorsal
□ Radiopiramidal dorsal ( também conhecido como lig radiocarpal dorsal ) ® Origem: borda dorsal do rádio distal ® Trajeto oblíquo ® Inserção: tuberosidade dorsal do piramidal
Pode ter fibras inseridas no semilunar, mas raramente no escafóide
Obs: não há ligamento dorsal ulnocarpal
Quem faz o efeito dos lig. colaterais no carpo
Devido o punho não ser uma articulação em dobradiça não há ligamentos colaterais longitudinais, sendo sua ausência supressa pela ação dinâmica do EUC medialmente e abdutor longo do polegar lateralmente
Ligamento de Testut: nome e função
Apesar de antigamente ser considerado um ligamento extrínseco, o radioescafossemilunar ou ligamento de Testut não é um ligamento verdadeiro, mas sim uma banda de tecido conectivo frouxo que contem vasos para suprir o aspecto volar do polo proximal do escafóide
Quais os tipos de ligamentos intrínsecos:
# Intercarpal transverso Conecta ossos da mesma fileira
# Mediocarpais Conecta ossos através das fileiras do carpo
Intercarpal transverso (2)
Escafossemilunar e Semilunopiramidal
Ligamentos Médiocarpais
Dorsal = intercarpal dorsal
Dorso lateral =
Anterior
◊ Dorsal 1) Ligamento intercarpal dorsal – Origem → piramidal – Cruza transversamente, distal ao lig escafopiramidal dorsal, e se insere no dorso do escafoide, trapézio e trapezóide ◊ Dorso lateral 1) Ligamento STT – Origem → tuberosidade do escafóide ◊ Anterior 1) Ligamento piramidal-hamato – Lig espesso com importante função de estabilidade da mediocarpica
2) Ligamento piramidal-capitato
– Lig espesso com importante função de estabilidade da mediocarpica
– Braço ulnar do ##lig arqueado##
3) Ligamento escafocapitato
– Origem → tuberosidade do escafóide
Ligamentos colaterais DA STT
Lig. Escafocapitato(ulnar) e Lig STT(radial)
Lig escafossemilunar componentes
□ Composto por 2 ligamentos intercarpais transversos ( volar e dorsal ) + membrana fibrocartilaginosa proximal, que conecta as partes volar e dorsal, não permitindo comunicação entre os espaços radiocarpal e mediocarpal
□ Membrana fibrocartilaginosa pode ser perfurada em idosos
Lig escafossemilunar força das respectivas partes em N.
□ Dorsal → 260 N
□ Volar → 118 N
□ Membrana → 63 N
□ Componente dorsal mais forte
Lig Semilunopiramidal componentes
□ Composto por 2 ligamentos intercarpais transversos ( volar e dorsal ) + membrana fibrocartilaginosa proximal, que conecta as partes volar e dorsal, não permitindo comunicação entre os espaços radiocarpal e mediocarpal
□ Membrana fibrocartilaginosa pode ser perfurada em idosos
(igual para o E-SL)
Lig Semilunopiramidal força das respectivas partes em N.
□ Volar → 301 N
□ Dorsal → 121 N
□ Membrana → 64 N
Componente volar mais forte
Comparativo força das partes do E-SL e SL-P
□ Dorsal → 260 N
□ Volar → 118 N
□ Membrana → 63 N
□ Volar → 301 N □ Dorsal → 121 N □ Membrana → 64 N
Qual dos ligs E-SL e SL-P está sobre maior tensão
As fibras dos ligamentos lunopiramidais se encontram sob MAIOR tensão que as do lig SL, durante todo e qualquer arco de movimento
Ligamento entre CAPITATO E SEMILUNAR
→ não há ligamentos palmar ou dorsal entre o semilunar e o capitato
COLUNAS DO CARPO ( Navarro )
FUNÇÃO:
• COLUNAS DO CARPO ( Navarro )
○ Central § Semilunar + capitato + hamato § Responsável pela flexo extensão do punho (Semilunar-capitato) ○ Lateral § Escafóide + trapéio + trapezóide § Responsável pela estabilização do punho ○ Medial § Piramidal + pisiforme Coluna de rotação do carpo → controla prono-supinação (Centro de rotação é estilize ulnar)
Colunas do carpo Taleisnik
○ Taleisnik → modificou colunas de Navarro ( formato de “T” )
§ Coluna central □ Fileira distal do carpo + semilunar § Coluna lateral □ Escafóide □ Coluna móvel § Coluna medial □ Piramidal Coluna giratória
Quem flete mais durante flexão do punho: Escafoide ou SL
Raio do semilunar é maior do que o do polo proximal do escafoide. Assim, escafoide flete mais do que o semilunar durante a flexão do punho
□ Neutro → flexão máxima ® Escafóide → 70 % ® Semilunar → 46 % □ Neutro → extensão ® Escafóide → 72 % ® Semilunar → 42 %
A contribuição para flexo extensão é diferente entre as articulações mediocárpicas e radiocárpica
% central
% radial
§ A contribuição para flexo extensão é diferente entre as articulações mediocárpicas e radiocárpica
□ Na coluna central, na flexo-extensão 55 % do ADM ocorre na mediocárpica e 45 % na radiocárpica □ Na coluna radial, durante a flexo extensão 70 % do movimento ocorre na radioescafoide
Desvio radial e Desvio Ulnar do punho % movimento mediocarpica e radiocarpica
Desvio radial → 60 - 65 % do movimento ocorre na mediocárpica
Desvio ulnar → 65 - 80 % do movimento ocorre na radiocárpica
Flexão e extensão do punho % movimento mediocarpica e radiocarpica
§ Radiocárpica contribui para flexão e a mediocárpica para extensão
Extensão → 60 % ocorre na mediocárpica e 40 % na radiocárpica
Flexão → 60 % ocorre na radiocárpica e 40 % na mediocárpica
Punho com inclinação (radial e estendido) ou (inclinado ulnarmente e fletido) o escafóide e o semilunar encontram-se em neutro, devido serem forças antagônicas para a fileira proximal do carpo.
Movimentos, conhecidos como movimento de arremesso de dardo, toda mobilidade do punho acontece na mediocárpica, ficando a fileira proximal praticamente sem movimento.
Quem gera esse plano oblíquo de movimentação do punho:
□ Esse plano oblíquo de movimentação do punho é gerado pelos extensores radiais longo e curto ( ERLC e ERCC ) e pelo flexor ulnar do carpo ( FUC ), e é um dos movimentos mais usados nas atividades do dia-a-dia ( QUESTÃO PROVA DE TÍTULO )
□ Centro de rotação deste movimento → centro da cabeça do capitato
§ No movimento contrário, arremesso de dardos REVERSO, flexão e inclinação radial para extensão e inclinação ulnar, todo o movimento ocorre na articulação radiocárpica, tendo como músculos geradores do movimento o extensor ulnar do carpo ( EUC ) e o flexor radial do carpo ( FRC )
Centro de rotação deste movimento → articulação lunocapitato
Prono supinação intracarpal músculos que realizam
Promovem pronação → EUC
Promovem supinação → ERLC e AbLP
Distribuição de carga mediocarpica e radiocarpica
Essas cargas variam conforme posição do punho. Em desvio radial, a fossa do escafóide é mais carregada. Em desvio ulnar, a fossa do semilunar. Na posição funcional do punho (extensão e desvio radial), o semilunar recebe mais carga que o escafóide.
Na fileira distal do carpo, cargas são transmitidas através da mediocárpica com essa distribuição
□ Escafocapitato e semilunocapitato → 50 %
□ Escafotrapeziotrapezoide (STT) → 30 %
□ Piramidal hamato → 20 %
Na fileira proximal do carpo, cargas são transmitidas
□ Fossa escafóide → 50 %
□ Fossa do semilunar → 35 %
□ FCT → 15 %
Papel principal do SL dorsal
evitar excessiva flexão-pronação do escafóide
Papel principal do semilunopiramidal volar
neutralizar a tendência de extensão do piramidal quando sob carga
Músculos supinadores e Músculos pronadores do carpo
Músculos supinadores do carpo → ERLC e ALP
Músculo pronador do carpo → EUC
□ Músculos supinadores
® Contrapõe a flexão e pronação do escafóide, sendo úteis no tratamento das instabilidades do escafóide
□ Músculos pronadores
® Contrapõe o colapso da fileira proximal do carpo em flexão, sendo importantes no tratamento das instabilidades do lado ulnar
Mecanismo de trauma das perilunares
hiperextensão, desvio ulnar e supinação intercarpal
Neutro ou Rotação Interna do MS. (RE mecanismo reverso, começa pelo SL-Piramidal 3 estágios)
Mayfield 1
Dissociação E-SL ou fratura do escafóide
# lig STT e SC, ainda intactos, estendem e supinam o escafóide, semilunar, preso pelo ligamento RL curto permanece no lugar. # dissociação SL completa, que geralmente acontece de volar para dorsal # Para definir dissociação completa SL, o ligamento SL dorsal deve estar rompido, já que a lesão acontece de volar para dorsal # Se o mesmo processo ocorrer com o punho em inclinação radial, quando o polo proximal do escafóide está constrito pelo ligamento REC, ao invés de dissociação SL, a fratura do escafóide é mais fácil de acontecer
Mayfield 2
Luxação perilunar DORSAL
o capitato sai da concavidade do semilunar e se dissocia dele
Quem limita a luxação dorsal do capitão na Mayfield 2
O limite da luxação dorsal é determinado pelo lig REC
Na maioria dos casos, a luxação dorsal da segunda fileira leva à uma lesão por estiramento na substância do ligamento RSC, que é quem limita a luxação dorsal
Sd de Fenton:
Transescafo-transcapitato com rotação de 180° da cabeça
Mayfield 3
Ruptura semilunopiramidal ou fratura do piramidal (SAGITAL)
Com a luxação dorsal da fileira distal, os ligamentos piramidal hamato e piramidal capitato tencionam, causando extensão e translação dorsal no piramidal.
® Estágio III se completa ao ocorrer ruptura total do lig LTq volar ( parte mais importante/ forte )
Resulta em separação semilunopiramidal ou fx do piramidal no plano sagital
Mayfield 4
Luxação semilunar
Somente a capsula dorsal e o ligamento RL volar seguram o semilunar
Lig RSC, força o capitato, deslocado dorsalmente, ao espaço radiocarpal, empurrando o semilunar volarmente para fora da fossa semilunar, assumindo seu lugar.
Mayfield 4 tipos:
◊ Tipo I → deformidade em flexão do semilunar < 90°
◊ Tipo II → deformidade em flexão do semilunar > 90° + capsula volar ( lig RL curto ) íntegros
◊ Tipo III → ruptura da cápsula e ligamento RL volares com enucleação volar do semilunar
Mecanismo oposto de luxação do carpo (“Mayfield”)
MT e Estágios I, II e III
MT: mão estendida se o MS estiver rodado externamente o apoio acontecer na eminência hipotenar
§ Nestes casos a força é aplicada na região hipotenar, com o pisiforme deslocando o piramidal para dorsal. Como o semilunar não pode se deslocar, por estar preso no rádio, cria-se um stress na articulação lunopiramidal. Nestes casos, se tem
□ Estágio I → Rotura do ligamentos lunopiramidais
□ Estágio II → Rotura dos ligamentos ulnocarpais + luxação do capitato
□ Estágio III → Dissociação escafolunar