Capítulo 41 Fraturas Pediátricas Flashcards
Quais deformidades remodelam pior nas fxs pediátricas?
Deformidades rotacionais tem pouco potencial de remodelação e persistirão se não tratados agudamente. Angulação no plano radioulnar é limitada, devido ao pouco movimento na articulação radioulnar
Fatores que favorecem remodelação nas fxs pediátricas?
○ A fise contribui para o remodelamento conforme ocorre crescimento ósseo. Grande potencial de remodelamento depende de inúmeros fatores
§ Desvio da fratura no plano de maior movimento da articulação adjacente
§ Proximidade da fise
Anos de crescimento restantes
Fratura pediátrica mais comum nas mãos:
○ 23 % das fraturas da mão são de falanges
○ 18 % das fraturas da mão são de metacarpos
Maiores taxas de fx múltiplas da mão pediátrica foram vistas entre qual faixa etária?
○ Maiores taxas de fx múltiplas da mão foram vistas entre 0 - 4 anos ( 29,8 % )
Maior pico de incidência das fraturas nas mãos pediátricas?
○ Pico de incidência de fraturas da mão → 10 - 14 anos
○ Maiores incidências de fraturas de mão foram vistas § Entre 15 - 19 anos no sexo masculino § Entre 10 - 14 anos no sexo feminino § Obs → pico de incidência em adolescentes devido ao acelerado crescimento ósseo e à maior participação em atividades recreativas e esportivas
Mecanismo de trauma mais encontrados nas fraturas da mão pediátrica?
○ Mecanismo de trauma mais encontrados
§ Lesão por esmagamento
§ Lesões relacionadas à esportes
Dedos mais fraturados pediátricos?
○ Dedos mais fraturados
§ Mínimo ( 52 % )
§ Polegar ( 23 % )
Qual a falange mais fraturada pediátrica?
○ Fratura de falanges
§ Falange proximal é a mais fraturada ( 67 % )
§ Acomete mais a metáfise proximal e a fise
Local de fratura mais comum no metacarpo pediátrico?
○ Fratura de metacarpos
§ Diáfise é a porção mais acometida
Salter Harris mais comum nas fraturas da mão pediátrica
○ 1/3 das fraturas da mão se propaga pela fise das falanges e metas
§ Salter-Harris tipo II é o padrão predominante
§ Mais comumente afetando a falange proximal
§ Barra óssea é incomum em lesões fechadas e isoladas
Quais os dois padrões principais de fratura na mão pediátrica?
○ DOIS PADRÕES PRINCIPAIS DE FRATURAS NA MÃO PEDIÁTRICA
§ Lesão por esmagamento da falange distal
§ SHII da falange proximal
Qual a luxação mais comum na mão pediátrica?
○ Luxações são incomuns em crianças - forças laterais transmitidas pela fise (menor resistência)
○ LUXAÇÃO DA MF DO POLEGAR é a mais comum
Quantos % das fraturas da mão pediátrica necessitam de cirurgia?
○ Apenas 10 - 20 % das fraturas da mão necessitam de tto cirúrgico
Como testar lesão de nervo digital em pacientes pediátricos?
○ Sensibilidade é difícil de ser testada em pacientes jovens
§ Teste de discriminação de 2 pontos só é factível em crianças > 8 anos
§ Para testar nervos digitais, imersão em água morna por 5 minutos pode ser tentada
§ Presença de enrugamento é positivo para presença de inervação
Onde ficam as fises dos metacarpos?
○ Fise do metacarpos
§ Distais do 2º ao 5º
§ Proximal no polegar
Aparecimento e Fechamento das fises na mão
○ Aparecimento das fises
§ Falange proximal → 10 - 24 meses
§ Falanges média e distal: 6 - 8 meses após FP
○ Fechamento das fises § Ocorre de distal para proximal § Entre 14 - 16 anos ○ 1º Metacarpo § Ossifica entre 24 - 36 meses
O que é pseudofise e locais mais comuns?
○ Pseudo fise
§ Não participam do crescimento longitudinal
§ Surge em crianças jovens e tipicamente se fundem à diáfise aos 7 anos de idade
§ Presente comumente
□ Metacarpo distal do polegar
□ Metacarpo proximal do indicador
O que é duplafise e locais mais comuns?
○ Dupla fise
§ Variação anatômica, pode ser mal interpretada como fratura
§ Mais comumente vista no 1º e 2º metas
Quais as zonas da fise da epífise para a metáfise
○ Como os ossos crescem por ossificação encondral, as fises são divididas em zonas histológicas. Da epífise pra metáfise, temos § Zona de repouso § Zona proliferativa § Zona de hipertrofia § Zona de calcificação provisória
Local mais comum de fratura da fise por idade
§ SH I e II ocorrem mais em crianças jovens
§ SH III e IV ocorrem mais próximo a maturidade esquelética
○ Como a maior parte das fraturas ocorre na zona hipertrófica, sem perturbar a zona de repouso ou a proliferativa, distúrbios de crescimento pós-traumáticos são raros, exceto nos casos em que o traço de fratura atravessa a zona proliferativa ou de repouso ( Salter III, IV ou V ). Quanto mais velha a criança, mais irregular e calcificada se torna sua fise, a tornando mais propensa a Salter III e IV
O que é mais forte fise ou ligamentos?
○ Os ligamentos são mais fortes que as fises, tornando as lesões ligamentares menos comuns que as fraturas fisárias
§ Articulações IF
□ Ligamentos colaterais
® Origem →
® Inserção →
§ Articulações IF
□ Ligamentos colaterais
® Origem → recesso colateral do colo da falange proximal
® Inserção → epífise e metáfise da base da falange distal
§ Articulação MF □ LCR ® Origem → ® Inserção → □ LCU ® Origem → ® Inserção →
Só o LCU tem origem na epífise e metáfise do Metacarpo o resto tudo é epífise
§ Articulação MF □ LCR ® Origem → epífise do metacarpo ® Inserção → epífise da falange proximal □ LCU ® Origem → epífise e metáfise do metacarpo ® Inserção → epífise da falange proximal
Qual a importância da origem e inserção dos ligamentos colaterais MF e IF em relação ao padrão de fratura
§ IFs → lig colaterais inserem-se na epífise e metáfise na base da falange protegendo contra fraturas SHIII
§ MFs → lig colaterais se inserem na epífise, tornando essa articulação mais susceptível a SH III
Mais comum SH III na falange média ou proximal?
Proximal
§ MFs → lig colaterais se inserem na epífise, tornando essa articulação mais susceptível a SH III
§ Inserções tendinosas
□ Flexores profundos dos dedos e o FLP → □ Extensores dos dedos, ELP e ECP → □ ALP →
§ Inserções tendinosas
□ Flexores profundos dos dedos e o FLP → metáfise e epífise □ Extensores dos dedos, ELP e ECP → epífise da falange distal e proximal respectivamente □ ALP → metáfise e epífise da base do 1° meta
○ Remodelamento no plano sagital
§ < 10 anos →
§ > 10 anos →
○ Remodelamento no plano coronal →
○ Remodelamento no plano sagital
§ < 10 anos → 20 - 30°
§ > 10 anos → 10 - 20°
○ Remodelamento no plano coronal → maior que ou igual a 50 % do potencial no plano sagital
○ Fraturas de risco na mão pediátrica (4)
○ Fraturas de risco na mão pediátrica
1- Fraturas articulares desviadas, incluindo Salter-Harris tipo III da falange proximal 2- Fratura fisária da falange distal ( fratura de Seymour ) 3- Fratura do colo das falanges 4- Fraturas expostas
Fratura de Seymour o que é e tratamento:
□ Fratura de Seymour
® Tipicamente resulta de esmagamento
® São fraturas fisárias SH tipo I desviadas com laceração do leito ungueal
® Frequentemente há tecido interposto ( matriz germinativa )
® Tecnicamente é uma fratura fisária exposta
® Tto
1- Remoção do leito ungueal
2- LMC
3- Desbridamento
4- Liberação de tecido interposto
5- Redução aberta da fise
6- Reparo do leito ungueal
SH III falange distal indicação cirúrgica:
® Desvio importante com acometimento de > 40 % da superfície articular com subluxação volar do fragmento distal necessitam de tto cirúrgico
Indicações de tto cx fratura de falange proximal e média?
® Indicam cirurgia
◊ Mais de 5 - 10° de angulação
◊ 1 - 2 mm de desvio articular
® Técnica ◊ Redução aberta ou fechada com fio K ou parafuso
Fraturas do colo da falange
1) Mecanismo mais frequente
2) Falange e dedos mais acometidos
3) Padrão de desvio mais comum
□ Mecanismo frequente → esmagamento na porta
□ Deformidade no plano sagital tem o maior potencial de remodelamento □ Deformidade é melhor tolerada na falange média, já que a IFD não precisa fletir o tanto que a IFP para fechar a mão ( cerrar o punho ) □ Mais acometidos ® Dedos das bordas ® Falange média ( diferentemente do restante que seria FP ) □ Fragmento distal desloca-se em extensão ( dorsalmente ) e ápice de angulação volar, com graus variados de rotação
Classificação de Al Quattan
□ Classificação de Al-Qattan’s
® Indica prognóstico e guia tratamento ® Tipo I ◊ Sem desvio ® Tipo II ◊ Parcialmente desviada ◊ Existe algum contato ósseo ou cortical ® Tipo III ◊ Completamente desviada ◊ Sem aposição óssea □ Tto ® Tipo I ◊ Imobilização ® Tipo II e III ◊ Redução fechada e fixação percutânea
Padrão de angulação nas fraturas diafisárias das falanges média e proximal
□ Forças deformantes
® Falange proximal
◊ Angulação volar
® Falange média ◊ Distal à inserção do FSD → angulação volar ◊ Proximal à inserção do FSD → angulação dorsal
Indicações tto cirúrgico fraturas diafisárias da falange pediátrica:
® Indicações ◊ Fraturas irredutíveis ◊ Fraturas instáveis ◊ Qualquer deformidade rotacional ◊ Angulação > 10°
Mecanismo de fratura falange pediátrica:
1) Falange distal
2) Colo falange média e prox
3) Diafise FM e FP
4) Fise FM e FP
5) MTC
1) Falange distal → Resultam geralmente de esmagamento
2) Colo falange média e prox → esmagamento na porta
3) Diafise FM e FP → Força angulação e/ou torção
4) Fise FM e FP → Força angulação e/ou torção
5) MTC → Força em angulação ou carga axial
○ Fratura do metacarpo
§ Mecanismo § Deformidade
○ Fratura do metacarpo
§ Mecanismo □ Força em angulação ou carga axial § Deformidade □ Angulação dorsal ® Devido musculatura intrínseca
Local mais comum de fratura do MTC pediátrica:
§ Fratura do colo
□ 56 - 70 % das fraturas de meta em crianças e adolescentes
□ Mecanismo comum: carga axial ( golpe com punho cerrado em superfície sólida ) □ Dedo mais acometido: mínimo □ Angulação: dorsal
Indicação de tto conservador fraturas do colo do MTC pediátrico:
□ Angulações aceitas para tto conservador ® 10° para indicador ® 20° para dedo médio ® 30° pra anular ® 40° para mínimo
Fratura da base do MTC mais comum pediátrica
§ Fraturas da base do meta
□ 13 - 20 % das fraturas do meta em crianças
□ Grande maioria acomete o dedo mínimo ( Benett reverso ) □ Melhor visualização da base dos metas → Rx oblíquo □ Indicações de tto cirúrgico ® Desvio rotacional ® Desvio amplo ® Fraturas múltiplas da base de metas adjacentes
□ Classificação de Kozin and Waters fratura da base do 1º MTC
A- Extra-fisária
B- SHII TH ulnar (mais comum)
C- SHII TH radial
D- SHIII ou IV ulnar (Bennet adulto)
Osso do carpo mais fraturado pediátrico e localização da fratura
Ossificação do escafóide ocorre de distal para proximal, isso explica maior número de fraturas no polo distal em crianças. Seguida por fraturas do terço distal e da cintura.
Idade mais frequente fratura distal do rádio pediátrica:
§ Ocorre frequentemente entre 10 - 14 anos, época de maior porosidade na metáfise devido acelerado crescimento nessa idade
○ Fraturas mais comuns de acordo pela idade § 0 - 4 anos → § 5 - 8 anos → § 9 - 12 anos → § 13 - 16 anos →
○ Fraturas mais comuns de acordo pela idade
§ 0 - 4 anos → fratura isolada em tofo da falange distal
§ 5 - 8 anos → fratura em tofo e diafisária da falange distal
§ 9 - 12 anos → falange proximal do 5º dedo
§ 13 - 16 anos → colo do 5º metacarpo
Relação do fragmento de Thurston-Holland com ruptura do periósteo nas fxs do rádio distal
Fragmento de Thurston-Holland nas fraturas tipo II está oposto à ruptura do periósteo
Potencial de crescimento da fise distal do rádio
No rádio, a fise distal é responsável por 70 - 80 % do crescimento longitudinal do rádio e 40 % do crescimento longitudinal do MS, assim explicando o grande poder de remodelação das fraturas no rádio distal
○ Aparecimento de centro de ossificação do carpo § 6 - 8 meses → § 2 - 3 anos → § 4 anos → § 4 - 5 anos → § 5 anos → § 6 - 8 anos →
Circulo começa no capitato e hamato (pula o pisiforme que é o ultimo) C/H=P=Sl=E=T/Tz=Ps ○ Aparecimento de centro de ossificação § 6 - 8 meses → capitato e hamato § 2 - 3 anos → piramidal § 4 anos → semilunar § 4 - 5 anos → escafóide § 5 anos → trapézio e trapezóide § 6 - 8 anos → pisiforme