puerperio Flashcards

1
Q

definição e fases do puerpério

A

período que se inicia do pós parto (com expulsão fetal E placentária) 4 até 6 semanas marcado pela readaptação à situação pré-gravídica do organismo feminino marcado por fenômenos catabolicos e involutivos das estruturas hipertrofiadas e hiperplasiadas

fase imediata até 2h pós parto
fase mediata 2h-10d pós parto
fase tardia > 10d pós parto

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2
Q

modificação involutiva do puerpério mediato no ÚTERO

A

● involução do tamanho uterino pela contração uterina e miotamponamento por diminuição das fibras musculares (redução citoplasma) e para promover miotamponamento (para hemostasia da ferida placentária ) além da liberação de ocitocina pela amamentação permitinddo a contração do miométrio ajudando na involução uterina pós parto que pode estar pouco acima ou a nível da cicatriz umbilical por isso a contração e a involução costuma ser mais rápida nas que amamentam

● geralmente o útero nas 12h que seguem o pos parto está a nível da cicatriz umbilical e contraído com involução total ao período pré-gravidico em 6semanas

●) fechamento do colo uterino com contrações. no período pós parto ainda da passagem para 1 ou 2 polpas mas com 1 semana não mais se permite a exploração digital. O OE do colo adquire aspecto em fenda transversa

1- contrações pós parto para fechar o colo
em 3-5 dias: 1 ou 2 dedos
1 semana: fechamento

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3
Q

modificações na parede abdominal

A

Ocorre geralmente flacidez musculatura abdominal com recuperação do tonus normal em semanas. Isso acontece pelo estiramento e afrouxamento que ocorrem durante a gravidez pela distensão prolongada do utero durante a gestação. Faixa abdominal e exercícios com 30d podem ser úteis para ajudar na recuperação.

Diástase de retos pode desenvolver se houver atonia e separação acentuada dos musculs reto abdominais

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4
Q

subinvolução uterina, quando suspeitar

A

Útero maior e macio que esperado ao toque e ao exame. Geralmente acontece por uma infecção ou retençaõ de restos placentarios ou sangramento pos parto que dificultam a involução.

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5
Q

alterações urinarias puerpério normal

A

●1-sensação esvaziamento incompleto pela distensão da bexiga e dilatação dos ureteres que regride em 2-8sem
●2-eliminaçaõ de agua retida pela gestação a partir do 2º dia
●3-diurese escassa nas primeiras 24h e risco maior de retenção urinaria e bexigoma pelo risco maior de retenção urinaria

    ----->

!!!risco de infecção e febre = alerta para suspeita ITU

Sempre avaliar retenção urinaria quando > 6h sem micção do pós parto vaginal ou >6h após remoção da sonda vesical pos cesarea. Pode ser por disfunção do nervo pudendo durante o parto. Queixas podem ser pequenos volumes urinários, frequência ou urgência, dor ou desconforto na bexiga, esforço para urinar, sensação de esvaziamento incompleto . Tratamento é cateterismo intermitente (a cada 4-6 horas ou quando o paciente sente vontade de urinar, mas não consegue.) É razoável interromper o cateterismo quando o volume de urina residual for <150 mL e não apresentar sintomas significativos de dificuldade de micção

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6
Q

Em quanto tempo após o parto o útero retorna para a pelve?

A

2 semanas.

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7
Q

como se caracteriza a função ovulatória no puerpério

A

retorno variável a fertilidade
em 6-8 sem se SEM AMAMENTAÇÃO pois Ciclos no período lácteo são anovulatórios

NÃO ESPERAR MENSTRUAÇAÕ, pois a ovulação é o primeiro fenômeno de retorno a fertilidade no puerpério e não a menstruação, daí não se deve esperar a menstruação para realizar anticoncepção

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8
Q

loquios e definição

A

secreções típicas do puerpério (NÃO É MENSTRUAÇAÕ) que acontecem nos primeiros 14dias, derivado do desprendimento de tecidos da camada superficial do endométrio que é eliminada com elementos celulares descamados e sangue após dequitaçaõ da placenta e durante involução uterina

●a) lóquio rubro (vermelho ) duração média 4 dias pela qtde de eritrócitos. Anormal se > 2 semanas (restos ovulares? USG ajuda a esclarecer diante de puerpera com febre ou sangramento)
●b) lóquio serosssang/fusca = 4-10d pela hb semidegradada
●c) lóquio flava ou alba (amarelo claro ou branco) = a partir do 10d pela incorporação de leucócitos

FICAR ATENTO SE ODOR FÉTIDO !!! = ENDOMETRITE ou vaginose bacteriana

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9
Q

cuiddaos com mamas

A

ingurgitamento, plenitude das mamas acompanhada de dor e sensibilidade nos primeiros 3d após parto pelo edema intersticial e produção de leite, o que pode elvar a pequeno aumento de temperatura (se febre, investigar infecção). compressas quentes antes de amamentaçaõ ou uso de analgesicos são importantes e evitar estase do leite

polimeriza aréolas coma agua e sabão neutro
●- lanolina tópica (Millar® )
●- esvaziamento da mama sem amamentar caso ate cicatrização da lesão

evitar estrogênio durante essa fase

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10
Q

orientação sobre atividade sexual e anticoncepção

no puerpério

A

è fisiológica a diminuição da libido nesse período

1-abstinência após 30-40d do parto
2-anticoncepção com progestágenos (minipílulas) por 40dias e depois método de barreira ou DIU após 4 semanas do parto
3- implantes Progestageno
4- DIU LNG ou Cobre (uso no pós parto imediato ou 40 dias após)
5- AMP IM (de preferencia 6 sem após parto)

Métodos de Estrogênio devem ser evitados pelo risco de TVE nas primeiras 3-6 semanas do pós parto e evitar durante os 6 meses da amamentação (*risco de TEV até 6 semanas após parto), sendo preferencia uso de métodos de Progesterona injetável após uso de minipílulas.

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11
Q

assistência hospitalar no pós parto

A

Avaliar
● temperatura (via oral) pois nas axilas tem gls mamárias em plena produção lactea
● útero contraído e localização
●loquios
●sangramento (de hora em hora nas primeiras 2h após parto e de 4/4 nas 24h seguinte)
●exame miii em busca de TVP
● Sintomas com falta de ar (62%) , dor pleurítica (55%), tosse (24%) e hemoptise pelo risco de TEP no puerpério
● mamas
● cefaleia pos raqui
● deambulação precoce para evitar TVP e permitir retorno da função intestinal
● sinais de infecção de FO ou de mastite
( inchada e eritematosa com um exsudato purulento. O tratamento consiste em abertura da ferida, drenagem, irrigação e desbridamento de material estranho e necróticotecido. Antibióticos se celulite )
● Higiene da FO e da região perineal após deambulação
● cefaleia com características de alarme
● Alta com 48h se vaginal e 72h se parto vaginal se todos critérios acima estiverem normais e orientar sinais de TVP/TEP, disuria, sangramento que aumentou, febre, piora da dor uterina

queixas clinicas normais no puerpério:
1- loquios: duração média 4 semanas pelo desprendimento dos tecidos da decídua
2- cólicas pós-parto: provocadas pela contrações uterinas geralmente se resolve com 1 semana. Podem referir dores nas costas (pela própria involução). As contrações são semelhantes ao TP, mas brandas. Elas pioram qdo amamentam em razão da ocitocina e são maiores nas multíparas pois nas nuliparas tendem a se manter em contração tônica

orientar
1- deambulação precoce (menor risco TVP e TEP facilita micção )
2- dor (analgésico se necessário)
3- dieta
4- cuidados com mamas (higienização e massageamento) para evitar fissuras
5-consulta ambulatorial no 7º e 30º dias pós parto

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12
Q

acompanhamento ambulatório do puerpério no pós parto

A

no 7 dia e com 1 mes após parto :

●7–10d
com retirada dos pontos se sinais de infecção
●40d para orientação anticoncepção
●atividade física com 30d após parto
●TOTG nas DMG com 6-8semanas após aprto
●limpeza com agua e sabão neutro além atenção com fissuras pois alem de tornar amamentação dolorosa, servem de portas de entradas de bactérias.
●Se irritação ou rachados, protetor mamilar . Se fissura grave, recomendado ordenhar até cicatrização

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13
Q

profilaxia da aloimunização do antígeno Rh

A

imunoglobulina anti-Rh IM até 72h pós parto para paciente Rh- e filho Rh+

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14
Q

como se caracterizaria a suspeita de subinvoluçaõ uterina/restos placentários

A

Achado sugestivo da presença de restos ovulares no pós-part: loquios avermelhados persistem após 2 semanas. Diante de mulheres puerperas com sangramento, o USg pode mostrar material ecogenico.

●cessação dos lóquios avermelhados se dá Até o 4º dia.

No entanto, o USG não deve ser usado como ferramenta de investigação de restos placentários, pois algum material ecogênico no interior é normal, exceto na presença de febre ou sangramento puerperal

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15
Q

retenção urinaria no pós parto imediato é definido por

A

●cesárea: >6h após remoção da sonda vesical
●normal: > 6h depois do parto vaginal

Avaliar bexiga distendida indiretamento pelo aumento do fundo uterino ou pela palçaão da suprapubica

    • se paciente nao ruinar pode ser hematomas perineo ou trato genital. Sonda neses casos por 24hh permite recupeçaõ da sensibildiade bexiga;
  • após retirada doo cater e ainda nao urianr por 4h deve-se medido volume urinario e so retrirara se o vulmue drenado for < 200mL
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16
Q

ingurgitamento mamário, como manejar e identifiar

A

.dor mamaria + extravasamento de leite + febre (não persistente por mais de 16h)
(em mulheres que não estão amamentando)

dd; mastite

COnduta: compressa gelada + analgesico +

  • esvazaimento mama
  • continuar amamentar
  • ATB se ggrave ou fissura
  • drenagem se abscesso
17
Q

CARACTERISTICAS DA mastite e MANEJO TERAPEUTICO

A
S.aureus
- fonte do nariz ou garganta do bebe por penetração do mamilo na área de fissura ou abrasão
CAUSAS:
A) Estase láctea
B) fissuras mamárias (pega inadequada).

CLÇINICA

  1. Mastalgia;
  2. Sinais flogísticos;
  3. Febre.

CONDUTA:

  1. AINEs/analgesico
  2. Ordenha da mama afetada *
  3. ATB (cefalosporina de 1ª geração ou eritromicina ou vancomicina). 7-14d ATB
  4. sutiãs adequados que permitam suspensão das mamas

febre que não regride em ate 72h apos ATB para mastite ou presença de massa palpável na mama. É útil USG avaliar abscesso para drenagem + ATB

18
Q

definição de infecção puerperal e quais devem ser aventadas na presença de febre puerperal no pós parto

A

febre T ≥ 38ºC por mais de 48h a aprtir do 2º dia dentro dos primeiros 10d do puerperio. Maioria destes por infecção do trato genital inferior; Causas

a) febre do leite:
dura menos de 24h e associada a engurgitamento mamário sem alterações loquios, sem infecção de FO, sem alterçaões no leuco
b) infecção da FO
c) infecção da mama/mastite
d) infecção urinaria
e) infecção uterina (endometrite): MAIS COMUM
polimicrobiana pela invasão bacteriana que coloniza colo e vagina ao ter acesso a tecidos desvitalizados e LA

19
Q

fissuras mamarias e orientações

A

erosões em torno dos mamilos predispoem mastites e devem se a pega inadequada ou ingurgitamento mamario.

ordenha + lavagem mamas

20
Q

qual a dificuldade de avaliar a peritonite nas puérperas ? como fazer?

A

a rigidez abdominal nessas mulheres não é tão evidente pela lassidão da parede abdominal pos parto Idado o estiramento e afrouxamento que ocorrem durante a distensão prolongada do utero. A dor pode ser intensa mas os primeiros sintomas são de ileo adinamico, distensão intestinal.

Febre, palidez e dor pelvica intensa em BV que depois passa a todo abdome pode se encontrada nas pacientes com

Cirurgia: lesão intestinal, periton

21
Q

definição e clinica de endometrite puerperal (sepse puerperal) e tratamento inicial

A

infecção POLIMICROBIANA da decídua uterina nos primeiros 10d do pos aprto provocado por bactérias do canal vaginal e que acontece após TP pela comunicação direta com cavidade uterina mas cuja maior incidência é após cesárea (especialmente qdo após inicio TP) do que quando parto normal. Leva a processo inflamatório que se estende ao miométrio e paramétrio. Em partos normais, o risco aumenta quando há RPMO, TP prolongado, toques inúmeros, colonização por GBS. O risco é de que essa infecção leve a sepse, peritonite e abscesso abdominal

CLINICA e achados
● FEBRE (>38ºC) + taquicardia não atribuíveis a outra condição. A febre precisa acontecer a partir do 2º dia de puerpério pois é normal nas primeiras 24h
● dor abdominal e utero dolorido e amolecido
( dor abdominal pode acontecer pela própria cesárea e por isso não é muito especifico para quadro)
● leucocitose com desvio e que aumenta

22
Q

tratamento inicial e após ATB para tto da metrite endometrial espera-se a resposta ou complicação e complicações da endometrite

A

ATB:
●Clindamicina* + gentamicina
● Metronidazol + ampicilina* + gentamicina
* ampicilina sulbactam se GBS ou B. fragilis resistente a clinda

Espera-se melhora com 48h-72h depois disso a persistência deve sugerir investigaçaõ de alguma complicação (abscesso pélvico ou da incisão, fleimão parametrial ou restos placentarios). USG ajuda a ver presença de restos placentarios (precis de curetagem) e TC ou RM a presença de massas anexiais e abdominai. Se confirmado, drenagem de abscesso e ATB por 10d

nos casos de endometrite após 1 semana do parto e sintomas leves:
● Amox-clav ou clindamicina VO

23
Q

DD endometrite

A

Mastite
Infecção FO
PAC
ITU

24
Q

principais causas de HPP e prevenção

A

●TONUS: atonia uterina (MAIS COMUM)
●TRAUMA: lacerações, hematomas
●TECIDO: retenção de tecido placenario*
●TROMBINA: coagulopatias

*TARDIO, os demais são precoces

MEDIDAS PREVENTIVAS
●10UI ocitocina IM (2 ampolas) após dequitação
●clampeamento do cordão após 60s
●Tração controlada cordão
●Massagem uterina
●Vigiar sangramento vaginal nas primerias 2h

25
diagnostico e tratamento da HPP
CLINICO, qualquer perda de sangue a ponto de causar instabilidade hemodinamica ou sintomas de hipovolemia (taquicardia, sudorese, palpitaçaõ, fraqueza, letargia, confusão mental) em até 24h do pós parto: a) leve (1-1,5L) : normal/agitada + PAS 80-90+ Fc 91-100 b) mod: agitada + PAS 70-89 + FC 101-120 c) grave(> 2L): letargica + PAS < 70 + FC > 120 IC (Fc/PAS) ≥ 0,9 : possibilidade de transfusão 1- uterotonicos: ocitocina metilergometrina, misoprostol retal) 2-acido tranexamico 1g ev lento em 10min 3- reposição volêmica SF ou RL AQUECIDOS até 1,5L com 2 acessos por jelco 14 ou 16 e ou hemoderivados por acessos calibrosos (se > 1,5L cristaloide e sem resposta) infundir a cada 250-500mL e avaliar reposta. 4- Ssvv e SVD para quantificar diurese 5- manobra de hamilton (esvaziar bexiga antes e anestesiar) e Balão de tamponamento 6- cirurgia se falha com medidas anteriores - Rafia de B-Lynch -embolização da aa uterinas -ligadura das aa hipogastricas - histerectomia METAS: Hb > 8 e Ht > 24% Plaquetas > 50.000 Fibrinogenio > 200 1 CH 1 PFC 1 CPC 1 PLaq
26
complicação tardia da HPP
necrose hipofisaria isquemcia (sd sheehan): hipotensão, hipoNA e Hipotireoidismo. Pode se manifestar com amenorreia e falha entrega leite pos parto.Avaliar adrenal se hipotensão refrataria
27
como identificar a causa etiológica (4T) de HPP
atonia ao exame físico mostrar útero subinvoluido acima da cicatriz umbilcial, amolecido e depressível com sangramento continuo. Cd: ocitocina + transamin --> + ergot --> + miso No caso de restos placentários (necessário curetagem), o útero não consegue reduzir seu tamanho pois estes dificultam as contrações e anovolução normal e isso facilita perdas sanguíneas e a USG pode mostrar imagens heterogêneas e irregulares no endométrio ou quando demora mais de 30min para dequitação necessitando extração manual. Avaliar canal de parto em busca de lacerações sou deiscencias não diagnosticada anteriormente.
28
causa mais comum de HPP com útero contraído e firme
lacerações genitais
29
edema vulvar
infecção pro S. grupoA piora do edema, induramento, febre, leucocitose e dor perineal
30
loquios + odor forte
a) vaginose bacteriana | b) endometrite (coloração achocolatada + febre)
31
alterações hematológicas no puerpério
leucocitose sem desvio até 25.000 pode acontecer por até 1 semana (devid a granulocitos) o problema é desvio para esquerda e que cresce Hb e Ht retorna normal em 6 semanas
32
cefaleia no pos parto
- Se sinais de alarme: pior da vida, que não cessa com nada, características de migranea, deficit focal ou visual. atentar para possibilidade ede eclampsia - fenômenos que pode ocorrer no pos parto nas 48h que se seguem nas gestantes com PE, HAS e Eclampsia - verificar se cefaleia pos raqui: A qualidade patognomônica dessa dor é sua natureza posicional, agravada ao sentar-se ou ficar em pé e aliviada ao se deitar. geralmente acontece após 72h da raqui