P3. Exame objetivo ME Flashcards
Coluna
Inspeção
− Contorno da coluna – presença de cifose, perda de lordose lombar (pode contribuir para lombalgia)
− Procura de escoliose – pede-se ao doente para inclinar o tronco para a frente, mantendo-se de pé. Se houver escoliose, a coluna vertebral pode estar mais levantada de um lado do que de outro
Coluna
Palpação
− Palpar a área dos processos espinhosos da coluna vertebral, procurando áreas de maior sensibilidade (tenderness) − Com o polegar de um lado da coluna e os restantes dedos do outro lado, palpar a área paravertebral (dor nesta área sugere tensão nos músculos paravertebrais)
Coluna
− Sinal do tripé (radiculopatia L5-S1)
- Com o doente sentado, vamos tentar levantar o membro inferior do lado afetado.
- Se o doente tiver dor, ambos os braços vão fazer extensão – sinal positivo
Coluna
− Sinal da Straight Leg (radiculopatia L5-S1) (confirma o sinal do tripé)
- Com o doente deitado, elevamos o membro inferior afetado entre 30º e 60º.
- O elevar da perna deve despoletar dor se o doente tiver evidência de radiculopatia lombar significativa.
- Pode ainda baixar-se o membro em 15º e fazer dorsiflexão do pé – se despoletar dor, confirma o sinal positivo.
Coluna
− Femoral Stretch Test (radiculopatia L2-L4)
- Com o doente em decúbito ventral, pega-se no membro inferior do lado afetado e flete-se o joelho em 90º; agarra-se na base do joelho, e puxa-se a perna para cima.
- Se o paciente se queixar de dor na região anterior da coxa, considera-se um sinal positivo, sugestivo de radiculopatia entre L2-L4.
Coluna
Exame Neurológico (focado nas áreas de L4, L5 e S1) − Exame Motor
- L4 – com o doente em decúbito dorsal, pedimos-lhe para dobrar o joelho e dar um pontapé, enquanto lhe agarramos no pé. Este movimento é dependente do quadricípite, que é dependente de L4. Deve comparar-se sempre com o lado oposto.
- L5 – com o doente em decúbito dorsal, pedimos-lhe para fazer dorsiflexão do pé e do primeiro dedo. Com os nossos dedos no 1º dedo de ambos os pés, comparamos a força entre ambos os lados
- S1 – com o doente em decúbito dorsal, pedimos-lhe para fazer extensão do pé, empurrando as plantas dos pés contra as nossas mãos com a maior força possível, comparando ambos os lados
- L5 – pedimos ao doente para andar em calcanhares, enquanto olhamos para os dedos de ambos os lados, para procurar se algum dos lados descai. Quando há uma fraqueza de L5, um dos pés descai em relação ao outro
- S1 – pedimos ao doente para andar de bicos de pés, enquanto olhamos para os calcanhares para ver se algum descai. Quando há fraqueza de S1, um dos pés descai em relação ao outro
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Coluna
− Exame sensitivo – com um monofilamento ou agulha, vamos testar se há alguma diferença na sensibilidade entre os dois lados.
- L4 – porção lateral da coxa
- L5 – porção entre o primeiro e segundo dedos do pé, na região dorsal
- S1 – porção lateral do pé − Reflexos
- L4 – reflexo patelar
- L5 – reflexo do músculo isquiotibial medial (medial hamstring reflex)
- S1 – reflexo aquiliano
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JOELHO
Atrofia muscular – pode ser sugestivo de atrofia de desuso secundária a patologia articular ou lesão do segundo neurónio motor
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JOELHO
Toque patelar
- Com o joelho do paciente em extensão completa, esvazia-se a bursa suprapatelar, deslizando a mão esquerda pela coxa do doente até à margem superior da patela.
- Mantendo a mão esquerda em posição, utilizar a mão direita, com a ponta dos dedos, para pressionar a patela para baixo
- Se houver fluído, sentir-se-á um som distinto da patela batendo contra o fémur
JOELHO
Sweep test
Edema articular pequeno
- Posicionar o doente em decúbito dorsal, com a perna relaxada e joelho em extensão
- Esvazia-se a bursa suprapatelar, deslizando a mão esquerda pela coxa do doente até à margem superior da patela.
- Passa-se a mão sobre a porção medial do joelho para mover qualquer fluido em excesso para a porção lateral da articulação
- Passando a mão na porção lateral do joelho, o excesso de fluido vai mover-se novamente para a porção medial esvaziada. Isto causa a aparência de uma protuberância ou ondulação na porção medial, o que indica a presença de um derrame
JOELHO
Movimento ativo
- Flexão ativa – pedir ao doente para fletir o joelho o máximo que conseguir confortavelmente (“mova o calcanhar o mais próximo possível do seu rabo que conseguir”) o Intervalo normal de movimento: 0-140º
- Extensão ativa – pedir ao doente para fazer extensão do joelho, para que a perna esteja encostada completamente à cama (“estenda a sua perna para que fique encostada à cama”) o Intervalo normal de movimento: 180º (
JOELHO
- Flexão passiva – suportando a perna do paciente, fletir o joelho o máximo que se conseguir, observando sinais de desconforto o Intervalo normal de movimento: 0-140º
- Extensão passiva – se o paciente conseguir encostar a perna à cama, já demonstraram um intervalo normal de movimentos para a extensão. Para avaliar hiperextensão, segura-se a perna acima do tornozelo e, gentilmente, levanta-se a perna para cima; inspeciona-se o joelho para evidência de hiperextensão, sendo que menos de 10º é considerado normal. Hiperextensão excessiva do joelho pode sugerir patologia que afete a integridade dos ligamentos articulares
JOELHO
Posterior Sag sign
O ligamento cruzado posterior é responsável por prevenir deslocação posterior da tíbia ou deslizamento anterior do fémur.
o Para procurar o sinal, deve garantir-se que o doente está relaxado e depois pedir para fletir o joelho a 90º, com o pé colocado na cama. Deve inspecionar-se o aspeto lateral da articulação para procurar evidência deste sinal
o É importante procurar este sinal antes de fazer o teste da gaveta anterior, uma vez que uma rotura do ligamento cruzado posterior pode resultar num sinal da gaveta anterior falso positivo.
JOELHO
Teste da gaveta anterior
Ligamento cruzado anterior
o Posicionar o paciente em supinação com o joelho fletido a 90º
o Colocar as mãos em torno da tíbia proximal, com o dedo na porção posterior do joelho
o Colocar o antebraço na perna do doente para fixar a sua posição
o Posicionar os polegares na tuberosidade tibia
o Pedir ao paciente para manter as suas pernas relaxadas
o Puxar a tíbia anteriormente e sentir qualquer movimento anterior da tíbia no fémur. Com ligamentos cruzados saudáveis, não deve haver praticamente movimento. Quando há movimento significativo é sugestivo de laxidão ou rotura do LCA
JOELHO
Teste da gaveta posterior
• Teste da gaveta posterior – repetem-se os passos do teste da gaveta anterior, mas empurra-se a tíbia posteriormente. Se houver movimento significativo é sugestivo de laxidão ou rotura do LCP