OBSTETRÍCIA 1 - SANGRAMENTOS NA GESTAÇÃO Flashcards

1
Q

Três principais causas de sangramento no 1º trimestre de gestação?

A

Abortamento (anomalias cromossômicas - aneuploidia)
Doença trofoblástica gestacional
Gravidez ectópica

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2
Q

Definição de abortamento?

A

Interrupção da gestação com feto <500 g ou IG < 22s

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3
Q

Qual a anomalia cromossômica mais frequente de causa de abortamento?

A

Trissomia do cromossomo 16

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4
Q

O que é abortamento precoce?

A

<12 SEMANAS

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5
Q

O que é abortamento tardio?

A

> 12 semanas

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6
Q

O que é abortamento habitual?

A

Ocorrência de três ou mais abortamentos em sequência

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7
Q

Qual a sequência de abortamento? (6)

A
1 - Ameaça de abortamento 
2 - Inevitável
3 - Incompleto
4 - Completo
5 - Infectado
6 - Retido
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8
Q

Ameaça de Abortamento

A

Sangramento PEQUENO + colo FECHADO + tamanho uterino = IG

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9
Q

Abortamento inevitável

A

Sangramento PEQUENO + colo ABERTO + tamanho uterino = IG

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10
Q

Abortamento Incompleto

A

Sangramento GRANDE (Restos ovulares) + colo aberto + USG mostrando restos ovulares

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11
Q

Abortamento completo

A

Sangramento GRANDE + colo FECHADO + tamanho uterino < IG

USG: espessura endometrial < 15 mm****

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12
Q

Abortamento Infectado

A

Presença de febre, útero amolecido, odor fétido, leucocitose + desvio à esquerda, secreção purulenta + colo aberto

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13
Q

Agentes mais comuns do abortamento infectado?

A

Anaeróbios e GN (E. Coli, enteroccocus)

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14
Q

Quais os graus de abortamento infectado?

A

Grau 1 - Infecção limitada ao conteúdo da cavidade
Grau 2 - Infecção atinge a pelve
Grau 3 - Sepse

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15
Q

Abortamento retido?

A

Sangramento ou não + colo FECHADO + USG sem vitalidade

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16
Q

O que fazer em casos de abortamento retido?

A

Repetir o USG em 2 semanas (geralmente o conteúdo é eliminado sozinho)

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17
Q

Conduta Ameaça de Abortamento.

A

Expectante

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18
Q

Conduta abortamento inevitável/abortamento incompleto?

A

Esvaziamento uterino

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19
Q

Conduta abortamento completo?

A

Acompanhamento ambulatorial

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20
Q

Conduta abortamento infectado?

A

Atb (gentamicina + Clindamicina) + Esvaziamento uterino

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21
Q

O que sempre deve ser feito em casos de abortamento, como prevenção?

A

Rhogam (imunoglobulina anti-RH 300 mg nos pacientes RH negativos)

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22
Q

Métodos de esvaziamento uterino cirúrgico?

A

1 - Aspiração Manual Intra-uterina (AMIU)
—-> Melhor em < 12s (abortamento precoce)

2 - Aspiração a vácuo

3 - Curetagem uterina (c/ ou sem misoprostol)

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23
Q

Até quantas semanas pode se usar apenas os métodos de esvaziamento uterino cirúrgico?

A

IG = 12 semanas

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24
Q

Como age o misoprostol?

A

É uma versão sintética de PGE1, exercendo ação nos receptores de progesterona, favorecendo o amolecimento e maturação do colo uterino.

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25
Q

Quando não utilizar o misoprostol? (contraindicações absolutas) (6)

A
Gravidez ectópica
Doença trofoblástica gestacional
Alto risco de rotura (cesárea prévia)
Presença de DIU
Alergia a prostaglandinas
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26
Q

O que fazer para a indução de parto em pacientes com contraindicação ao uso do misoprostol?

A

Método de Krause (inflar balão de SV)

Ocitocina IV

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27
Q

Quando indicar o tratamento clínico para abortamento?

A

> 12 semanas

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28
Q

Tratamento clínico para abortamento?

A

(SEMPRE ASSOCIAR CURETAGEM)
1 - Ocitocina IV - > 16 semanas

2 - Misoprostol VG 200 mcg a cada 4h

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29
Q

O número de receptores para ocitocina _______ (aumenta/diminui) com a idade gestacional, por isso é necessário usar doses ________ (maiores/menores) do fármaco para a expulsão fetal

A

Aumenta, maiores

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30
Q

Definição de insuficiência istmo-cervical?

Até quantas semanas o abortamento costuma ocorrer?

A

Falência do sistema que mantém o
colo uterino fechado, de tal forma que o colo
se abre, impossibilitando a retenção fetal até
o final da gravidez, o que geralmente culmina
com a expulsão fetal após 16 semanas
de idade gestacional.

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31
Q

Diagnóstico da incompetência istmo-cervical?

A

Fora da gravidez: HSG ou histerossonografia

Na gravidez: dilatação do colo na USG-TV + hx de abortamentos de repetição

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32
Q

Fatores de risco para incompetência istmo-cervical?

A

Lacerações, Conizações, cauterizações (geralmente iatrogenias)

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33
Q

Tratamento da incompetência istmo-cervical?

A

Circlagem uterina pela técnica de McDonald

sutura a nível da JEC + bolsa de tabaco

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34
Q

Contraindicações à circlagem uterina? (4)

A

1 - Dilatação > 4 cm
2 - Malformações incompatíveis com a vida
3 - Ruptura de membranas
4 - Infecção cervical

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35
Q

Qual o melhor período para se fazer a circlagem uterina?

Quando retirá-la?

A

12 - 16 semanas

Retirar com 36 semanas (ou se ruptura de membranas, a qualquer momento)

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36
Q

Critérios CLÍNICOS de Síndrome Anti-fosfolipídeo? (4)

A

1 - 1 ou mais episódios de trombose (comprovado por imagem)

2 - Pelo menos uma morte intrauterina após 10 semanas gestacionais

3 - Pelo menos um parto prematuro de fetos normais com IG < 34s em decorrência de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia

4 - Três ou mais abortamentos espontâneos com menos de 10 semanas

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37
Q

Critérios LABORATORIAIS de Síndrome Anti-fosfolipídeo? (3)

A

Anti-IgG ou IgM aumentados em duas situações (com 12 semanas de diferença)

Anticorpo lúpico anticoagulante em duas situações

Anticorpo anti-beta2 IgG em duas ocasiões

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38
Q

Tratamento da Síndrome Anti-fosfolipídeo?

A

Só tratar se altos níveis de anticorpos.

Tto: AAS 100 mg/dia + heparina (só se hx de trombose)

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39
Q

Para realizar um abortamento legal, o que é necessário?

A

Relato escrito por dois médicos e notificação à Comissão de Ética onde o procedimento será feito

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40
Q

Até qual idade gestacional pode se fazer o abortamento por casos de violência sexual?

A

20 semanas

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41
Q

Qual o segundo local mais comum de gravidez ectópica?

A

Istmo

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42
Q

V ou F - DIU é fator de risco para gestação ectópica

A

Verdadeiro

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43
Q

V ou F - Levonorgestrel de emergência é fator de risco para gestação ectópica

A

Verdadeiro

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44
Q

V ou F - O sangramento quase sempre está presente na gestação ectópica

A

Falso (dor abdominal é mais frequente + sangramento vaginal discretox)

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45
Q

Sinais da gestação ectópica?

A

Descompressão brusca
»» Sinal de Laffon (dor no ombro pela irritação do nervo frênico)
Sinal de Cullen
»» Sinal de Proust (dor a mobilização do colo e dor no fundo de saco)

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46
Q

Diagnóstico de gestação ectópica?

A

Clínica + Beta-HCG positivo + USG-TV sem nada no útero

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47
Q

Qual o nível de Beta-HCG para diagnosticar a gestação etópica?

A

> 1500 mUI/mL

que é quando o saco gestacional pode ser visualizado, mas obviamente não é visto nada no útero

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48
Q

O que fazer para a conduta, em relação ao Beta-HCG, em gestações ectópicas?

A

Não se observa duplicação dos valores a cada 48h.

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49
Q

O que é o sinal do halo?

A

Anel com centro anecoico e com ecogenicidade aumentada

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50
Q

O que é o pseudossaco gestacional?

Como diferenciar do saco gestacional verdadeiro?

A

Acúmulo de líquido entre as camadas do endométrio, sem gestação verdadeira.

Saco gestacional verdadeiro: localiza-se completamente dentro do endométrio.

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51
Q

Como é o doppler uterino em casos de saco gestacional verdadeiro?

A

Aumento do fluxo à artéria tubária (implantação verdadeira do trofoblasto)

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52
Q

O que é a reação de Arias-Stella?

É específica da gestação ectópica?

A

Hipertrofia das glândulas endometriais, causado por estímulos hormonais da gestação.

Não é específica da gestação ectópica (pode ser encontrada em gestações tópicas e ciclos de clomifeno)

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53
Q

Quais as opções de tratamento para gestação ectópica (paciente estável e sem rotura uterina)?

A

Salpingectomia (se não houver desejo de gravidez)

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54
Q

Quando fazer o tratamento clínico com metotrexate na gestação ectópica?

A

1 - Desejo reprodutivo futuro
2 - Beta HCG < 5.000 mUI/mL
3 - Feto sem atividade cardíaca
4 - Saco gestacional < 3,5 cm

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55
Q

Como fazer o acompanhamento da gestação após a injeção de metotrexate?

A

Dosar o Beta–HCG de forma seriada

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56
Q

Quais os exames que são sempre necessários antes do tratamento com metotrexate na gestação ectópica?

A

Hemograma, função hepática, função renal e coagulograma

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57
Q

Qual o hormônio produzido em excesso na doença trofoblástica gestacional?

A

Beta-HCG

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58
Q

Qual a forma BENIGNA e a MALIGNA da Doença Trofoblástica Gestacional?

A

Benigna: Mola hidatiforme (completa ou incompleta)

Maligna: Tumor Trofoblástico Gestacional
mola invasora, coriocarcinoma ou tumor do sítio placentário

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59
Q

3 fatores de risco para Doença Trofoblástica Gestacional?

A

Idade > 40a
Intervalo interpartal curto
SOP *
Mola anterior

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60
Q

Fator de PROTEÇÃO da Doença Trofoblástica Gestacional?

A

Filho anterior normal

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61
Q

Clínica da mola hidatiforme

A

Sangramento vaginal intermitente, com aspecto de SUCO DE AMEIXA

útero amolecido, indolor e MAIOR DO QUE A IG

Níveis de Beta-HCG muito altos

Formação de vesículas em cacho de uvas ou em tempestade de neve

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62
Q

V ou F - A ocorrência de toxemia gravídica (pré-eclâmpsia ou eclâmpsia) antes de 24 semanas sugere mola.

A

Verdadeiro

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63
Q

Qual a diferença da mola completa para a mola incompleta?

A

Completa: 46 XX (+ comum) ou XY
Incompleta: 69XXX, XXY ou XYY

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64
Q

V ou F - A imagem em cacho de uvas é mais característica da mola incompleta.

A

Falso

mais característico da mola COMPLETA

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65
Q

Em qual tipo de mola é mais comum a ocorrência de hipertireoidismo?

A
Mola completa
(por causa da semelhança estrutural do Beta-HCG com TSH)
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66
Q

Qual o tipo de mola que mais comumente evolui para Neoplasia Trofoblástica Gestacional?

A

Mola completa

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67
Q

Qual a imagem característica de mola incompleta no USG?

A

Ecos dispersos (cistos placentários) + feto

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68
Q

Como se forma a mola completa?

A

Fertilização de óvulo com núcleo ausente por espermatozoide normal (23 X)
(ocasionalmente, um óvulo sem núcleo e 2 espermatozoides)

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69
Q

V ou F - Na mola completa a carga genética vem completamente do pai.

A

Verdadeiro

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70
Q

Como se forma a mola INcompleta?

A

Fertilização de um óvulo por 2 espermatozoides

por isso há um tecido fetal viável e outro em degeneração

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71
Q

Qual o nível máximo de Beta-HCG numa gestação?
Em qual Semana?

Quais os níveis de Beta-HCG na mola?

A

Gestação normal: 100.000 UI/mL na 10ª semana

Mola: > 400.000 UI/mL

72
Q

Como diagnosticar a mola?

A

USG-TV

73
Q

Tratamento da mola?

A

1 - Avaliar comorbidades (pré-eclâmpsia)
2 - Esvaziamento uterino
3 - Rhogan
4 - Mandar pro AP

74
Q

O que fazer com os cistos ovarianos decorrentes da mola hidatiforme?

A

NADA!!!!!!

São decorrentes do estímulo exagerado pelo Beta-HCG e são autolimitados!

75
Q

O que fazer após o tratamento da mola (seguimento)?

3

A

Dosagem seriada de Beta-HCG por 6 meses (risco de malignização)

Raio X de tórax (risco de embolização das vesículas)

ACO

76
Q

Sinais sugestivos de malignização da mola hidatiforme?

A

1 - Elevação por 2 semanas do Beta-HCG ou estabilização em 4 dosagens

2 - Sem negativação após 6 meses de seguimento

3 - Metástases para a vagina ou pulmões

4 - USG mostrando imagem endometrial mista (em olhos de coruja)

77
Q

A mola invasora também é chamada…

A

Neoplasia trofoblástica gestacional persistente

principal tipo histológico

78
Q

Qual o 2º tipo mais comum de tumor trofoblástico?

A

Coriocarcinoma

GERALMENTE NÃO ESTÁ LIGADO A MOLA!!!!!!

79
Q

Principal local de metástase dos tumores trofoblásticos?

A

Pulmão

80
Q

Qual o principal marcador do tumor trofoblástico do sítio placentário?

A

Lactogênio placentário (não produz beta-hcg)

81
Q

O que fazer em casos de metástase por tumores trofoblásticos?

A

Quimioterapia

82
Q

Estadiamento dos tumores trofoblásticos?

A

I - Confinado ao útero
II - Invasão de anexos, vagina ou ligamentos
III - Extensão pulmonar ou genital
IV - Outros sítios de doença metastática

83
Q

Conduta em tumor trofoblástico estágio I

A

monoQT + Metotrexate + Ácido folínico

84
Q

Conduta em tumor trofoblástico estágio II

A

Baixo risco = estágio I

Alto risco = PoliQT

85
Q

Conduta em tumor trofoblástico estágio III

A

PoliQT

86
Q

Conduta em tumor trofoblástico estágio IV

A

PoliQT + cx adjuvante

87
Q

Quais os três principais diagnósticos de sangramento no 2º trimestre?

A

DPP
Placenta prévia
Roturas (uterinas, vasa prévia e rotura do seio marginal)

88
Q

Quais os tipos de implantação placentária?

A

Tópica
Heterotrópica (inserção em local anômalo no útero)
Ectópica (inserção fora do útero)

89
Q

Quais os principais tipos de implantação placentária heterotrópica?

A

Angular (ou cornual): nos ângulos da cavidade uterina

Baixa (ocupa o segmento inferior, SEM ALCANÇAR O ORIFÍCIO INTERNO)

Cervical: localizado na cavidade do colo

90
Q

Quais os três tipos de placenta prévia?

A

Marginal

Prévia parcial

Prévia total

91
Q

Quando é possível firmar o diagnóstico de placenta prévia?

A

Depois de 28 semanas

antes disso a placenta ainda pode migrar

92
Q

Fatores de risco de placenta prévia (5)

A
Idade > 35a 
Multiparidade
Endometrite
Curetagem prévia ou cicatrizes (principal!!!! - Cesarianas)
Tabagismo
93
Q

Clínica da Placenta prévia?

A

Sangramento vaginal VERMELHO VIVO, ESPONTÂNEO, INDOLOR, E AUTOLIMITADO

94
Q

Quais os cuidados relativos ao exame físico em suspeita de placenta prévia?

A

NUNCA FAZER TOQUE VAGINAL

Fazer exame especular COM CUIDADO!

95
Q

Conduta (exame físico e complementares) da Placenta prévia? (6)

A
1 - Sinais vitais
1,5 - Exame físico abdominal e especular
2 - BCF
3 - CTG
4 - USG-TV ou abdominal
5 - Labs
96
Q

Labs da placenta prévia? (3)

A

Hematócrito e hemograma
Tipagem ABO/RH
Coagulograma

97
Q

Qual o nível máximo de localização da placenta em relação ao Orifício interno para permitir o parto vaginal?

A

Bordo anterior da placenta até 2 cm do OI.

mostrado no USG

98
Q

V ou F - Margem da placenta a <4cm do OI prenuncia hemorragia expressiva no pós-parto

A

Verdadeiro!

99
Q

Conduta de placenta prévia em gestação PRÉ-termo?

A

Expectante (se estável)

  • Não ter relação sexual nem atividades físicas
  • CTC pulmonar se < 34s
  • Tocolítico, se em trabalho de parto prematuro (terbutalina)
100
Q

Conduta de placenta prévia com instabilidade hemodinâmica?

A

Interrupção da gestação

101
Q

Conduta de placenta prévia em gestação a termo?

A

Interrupção da gestação

102
Q

Quando fazer o parto vaginal em placenta prévia? (3)

A

SOMENTE na placenta prévia BAIXA OU MARGINAL:

Borda placentária a > 2 cm do OI
Bordas placentárias FINAS
Apresentação cefálica

103
Q

V ou F - A amniotomia precoce (método de Puzos) pode melhorar o sangramento na placenta prévia

A

Verdadeiro

104
Q

O que é o acretismo placentário?

A

Qualquer aderência anormalmente firme à parede uterina

105
Q

Quais os três tipos de acretismo placentário?

A

Placenta acreta: penetração até a camada ESPONJOSA do endométrio

Placenta increta: Penetração até o miométrio

Placenta percreta: até a serosa

106
Q

Conduta na placenta acreta

A

Retirada manual da placenta, seguida de curetagem.

fail? —> histerectomia

107
Q

Conduta na placenta increta e percreta

A

Histerectomia (parcial ou total)

108
Q

Fatores de risco acretismo placentário (4)

A

Idade > 35a
Multiparidade
Defeitos endometriais (ex: síndrome de Asherman)
Leiomiomas submucosos

109
Q

Achados da placenta prévia acreta ao doppler? (4)

A

Fluxo lacunar intraparenquimatoso
Perda de sinais vasculares subplacentários
Lagos placentários de aspecto irregular
Protrusão de tecido placentário para dentro da bexiga

110
Q

O que fazer se incerteza de acretismo placentário À USG?

A

Solicitar RNM com contraste

111
Q

Quais os graus de DPP?

A

Grau 0: assintomático (feito pelo histopatológico, com hematoma em placenta)

Grau I: Sangramento sem dor

Grau II: Sangramento + cólica + alterações posturais de pressão + feto OK

Grau III: Sangramento importante + hipertonia uterina + hipotensão + óbito fetal

  • —– IIIA: Sem coagulopatia
  • —– IIIB: Com coagulopatia
112
Q

Fatores de risco para DPP (5)

A

Não traumáticas

  • HAS materna (principal)
  • Tabagismo e cocaína

Traumáticas:

  • Brevidade do cordão
  • Versão fetal externa (procedimento para mudar a apresentação fetal)
  • Polidramnia com retração intensa após parto do 1º gemelar
113
Q

É inevitável a morte fetal quando, no DPP, há descolamento de mais de ______ da área placentária

A

50%

114
Q

Clínica do DPP (4)

A

Sangramento vaginal de coloração ESCURA + DOR +/- hemoâmnio +/- Hipertensão (pode estar chocada)

115
Q

O que é o útero de Couvelaire?

A

Útero com superfície arroxeada e com sufusões hemorrágicas (na peça do AP) após DPP

116
Q

Conduta DPP

A

1 - MOV + ABC
2 - Ressuscitação volêmica
3 - Palpação uterina + manobras de Leopold
4 - BCF + CTC

(diagnóstico é CLÍNICO!)

117
Q

Teste clínico para identificação rápida de coagulopatia (útil em caso de DPP)?

A

Teste de Weiner (esperar a coagulação em 8mL de sangue)

Coágulo que permanece depois de 15 minutos –> sem coagulopatia

Coágulo em 10 minutos com lise parcial em 1h –> fibrinogênio entre 100 e 150 mg%

Coágulo mole e frouxo, que se desfaz completamente em 1h –> fibrinogênio entre 60 - 100 mg%

Coágulo não se forma —> fibrinogênio < 60 mg%

118
Q

V ou F - A USG é indispensável no DPP

A

Falso, papel muito limitado (não visualiza direito o coágulo)

-É BOA PRA AFASTAR PLACENTA PRÉVIA

119
Q

V ou F - Na DPP sempre deve-se proceder à cesarea.

A

Falso (se contrações efetivas e parto iminente, pode-se tentar o parto vaginal, assim como em feto morto)

120
Q

V ou F - É sempre necessário fazer a amniotomia no DPP

A

Verdadeiro (melhora prognóstico)

121
Q

Qual o local mais comum de ruptura uterina?

A

Fundo do útero

122
Q

Fatores de risco para rotura uterina? (7)

A

Trauma (pós curetagem ou aborto provocado)

> > > Cirurgias do miométrio (principal: cesareana)

> > > Indução no parto com ocitocinas e PG

Adenomiose

DTG

Sobredistensão (gestação gemelar e poliidraminio)

123
Q

Contraindicações absolutas à
indução de parto em pacientes com
cesariana prévia (5)

A

. Cesariana anterior com incisão corporal.
• Ausência de dados sobre a vitabilidade fetal.
• Apresentações anômalas.
• Qualquer outra contraindicação para parto
vaginal, como: placenta prévia total, rotura
uterina prévia, múltiplas incisões uterinas e
desproporção fetopélvica

124
Q

Tipos de rotura uterina?

A
Rotura parcial (ou incompleta):
---preserva a serosa, associada à deiscência de cicatriz
Rotura total (ou completa):
--- rompimento de toda a parede uterina, incluindo a serosa
125
Q

Clínica da rotura uterina (5)

A
Dor súbita e muito forte
Parada súbita de contratilidade uterina
Sangramento
Sinais de hipovolemia 
Bradicardia ou BCF ausente <<<<
126
Q

O que é a Síndrome de Bandl-Frommel?

A

Sinais de iminência de rotura uterina:

Sinal de Bandl:
–Distensão do segmento inferior, fazendo o útero parecer uma ampulheta

Sinal de Frommel:
—Estiramento dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente

127
Q

O que é o sinal de Clark?

A

Enfisema subcutâneo

128
Q

O que é o sinal de Reasens?

A

Subida da apresentação fetal

feto sai do útero e cai na cavidade abdominal

129
Q

O que são os vasos prévios?

A

Os vasos prévios descrevem os vasos fetais
das membranas que atravessam a região do
orifício interno do canal cervical e ocupam
uma posição à frente da apresentação.

Vasos laterais não são protegidos pela geleia de Wharton.

130
Q

Fatores de risco para vasa prévia?

A

Inserções marginais do cordão umbilical, placentas bilobadas

131
Q

Quando ocorre o sangramento da vasa prévia?

A

Somente após amniorrexe ou amniotomia.

132
Q

Como saber se o sangue é proveniente da vasa prévia?

A

Método de Wright
(esfregaço de sangue coletado, com pesquisa de hemácias nucleadas - presentes apenas no sangue do cordão, não no sangue materno)

133
Q

O que é a placenta bilobada e sucenturiada?

A

Bilobada = dois lobos

Suscenturiada = lobos adicionais

(Fatores de risco para vasa prévia)

134
Q

Como fazer o diagnóstico PRÉ-PARTO da vasa prévia?

A

Eco-doppler no pré-natal

135
Q

Principal fator de risco para vasa prévia?

A

Placenta de localização baixa

136
Q

Clínica da vasa prévia?

A

Sangramento vermelho vivo após amniorrexe ou amniotomia
INDOLOR
Bradicardia fetal «««<

137
Q

Prognóstico da vasa prévia?

A

Óbito fetal quase invariavelmente, risco alto de hemorragia materna fatal

138
Q

Conduta vasa prévia?

A

Cesareana eletiva com 36 semanas

139
Q

O que é o seio marginal?

A

Extrema periferia do espaço interviloso (borda da placenta)

140
Q

Quando pensar em rotura do seio marginal?

A

Clínica clássica de vasa prévia + laudo de USG de placenta normoinserida

141
Q

Qual a maior causa de sangramento na gravidez avançada?

A

Rotura do seio marginal

142
Q

Como fazer o diagnóstico de rotura do seio marginal?

A

Análise histopatológica pós-parto da placenta.

143
Q

Conduta rotura do seio marginal

A

Monitorização maternofetal e repouso

144
Q

Qual o antígeno eritrocitário determina o fator Rh?

A

Antígeno D

D = demônio

145
Q

Na doença hemolítica, é necessário mãe ____ e filho _______

A

Mãe Rh (-), filho (+)

146
Q

Para a doença hemolítica, o pai deve ser necessariamente ….

A

Rh (+)

147
Q

Quais são os anticorpos na incompatibilidade sanguínea maternofetal

A

Anti-D IgG

148
Q

Quando é mais provável a sensibilização materna dos anticorpos anti-Rh?

A

Máximo perto do parto

149
Q

Qual o tipo de IgG anti-D que causa maior gravidade nos casos de doença hemolítica fetal?

A

Tipo 1

150
Q

Qual o teste para detectar sensibilzação anti-D na mãe?

A

Coombs indireto

151
Q

Como é feito o teste de Coombs indireto?

A

Coloca-se o PLASMA da mãe em contato com sangue Rh +. Depois, é adicionado anti-Hu IgG, que causa aglutinação entre as hemácias.

Se houver aglutinação, o teste é positivo e a mãe possui anti-D.

152
Q

V ou F - IgG não atravessa a barreira placentária, apenas IgM

A

Falso!

IgM não atravessa a barreira placentária, apenas IgG

153
Q

Quais os dois quadros mais graves da doença hemolítica fetal?

A

Hidropsia fetal e kernicterus

154
Q

O que é a hidropsia fetal?

A

Extravasamento de líquido para o terceiro espaço, com anasarca.

155
Q

Por que ocorre hipertensão portal e hipoproteinemia na doença hemolítica fetal?

A

Por causa da hemólise, que gera anemia e necessidade de repor eritrócitos, que é suprida pelo fígado.

156
Q

Quando fazer o teste de Coombs na gestante?

A

1ª consulta no pré natal,
Depois: IG = 28, 32, 36, 40 s e pós parto imediato
(7 momentos, no total)

157
Q

Conduta caso Coombs indireto positivo e > 1:8.

A

Repetir o teste mensalmente até o parto + testes para o bebê (dopplervelocimetria)

158
Q

Conduta caso Coombs indireto positivo e MENOR OU IGUAL a 1:8.

A

Repetir mensalmente, apenas

159
Q

Como avaliar a presença de anemia fetal?

A

CTC (alterações tardias)
USG (alterações tardias)
Dopplervelocimetria

160
Q

Qual a alteração na CTC que indica anemia fetal?

A

Padrão sinusoide

fases avançadas

161
Q

Quais os achados na dopplervelocimetria que indicam anemia fetal?

A

Valores de velocidade máxima do pico sistólico acima do limite esperado para a IG (sangue espesso)

162
Q

Onde é feito preferencialmente a dopplervelocimetria?

A

ACM

163
Q

Quais as duas curvas que mostram os valores normais da dopplervelocimetria?

A

Curva de Mari (valores da Vmax)

Curva de Mari modificada (valores da mediana da Vmax do pico sistólico)

164
Q

O que fazer em cada um dos 4 pontos da curva de Mari da dopplervelocimetria?

A

Zona A Cordocentese imediata.
Zona B Repetir exame em 5 a 10 dias.
Zona C Repetir exame em 5 a 10 dias.
Zona D Repetir exame em 2 a 3 semanas.

165
Q

Quais as três faixas da curva de Mari modificada?

A

Mediana e valores acima (Zona A e B)

Zona A = entre 1,29 - 1,50 múltiplos da mediana?
Zona B = > 1,50

166
Q

O que fazer se valores da Vmax menores que a mediana?

A

Repetir o exame em 3s

167
Q

O que fazer se valores da Vmax entre a mediana e a zona A?

A

Repetir o exame em 5 a 10 dias

risco de anemia

168
Q

O que fazer se valores da Vmax entre a zona B e a zona B?

A

Cordocentese

hematócrito < 30%

169
Q
V ou F - 
Em gestantes com gestação anterior
com feto acometido, a gestação
subsequente não deve ser
acompanhada através do Coombs
indireto, pois o mesmo já não é
mais preditivo do grau de anemia
fetal.
A

Verdadeiro (acompanhar só com o doppler)

170
Q

Qual o padrão ouro para a determinação de anemia fetal?

A

Cordocentese

171
Q

Quando interromper o parto por causa da anemia fetal?

A

Proximidade com o parto (> 34s) ou hematócrito > 30%

Lembrar de fazer o tratamento após o nascimento com fototerapia e etc

172
Q

Quando fazer o tratamento com transfusão intrauterina?

A

Paciente < 24s ou com hematócrito < 30% (grave)

173
Q

Quais as indicações de exsanguineotransfusão em recém-nascidos?

A

Hemoglobina < 12g E bilirrubina > 4 - 5 mg

174
Q

Como é feita a prevenção da doença hemolítica do recém nascido?

A

Imunoglobulina anti-D a partir da 28ª semana e até 72h após o parto ou sempre que houver sangramento na gestação

(Repetir a dose se parto for feito após 40s)

175
Q

*

Cada ______ mcg de de imunoglobulina são capazes de neutralizar 1mL de sangue fetal

A

10 mcg

176
Q

O que é o teste de Kleihauer?

Para que ele serve?

A

identifica e quantifica hemácias
fetais na circulação materna
(Coloca-se ácido em amostra de soro materno, que desnatura apenas as hemácias da mãe, deixando as fetais intactas)

—>Serve para avaliar se houve contaminação de sangue fetal durante sangramento.
(NÃO SERVE PARA DETERMINAR ALOIMUNIZAÇÃO MATERNA)