Gineco 1 - ISTs Flashcards

1
Q

Qual a diferença entre uma colpite e uma vulvovaginite?

A

Colpite: somente a vagina

Vuvovaginite: vagina + vulva

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2
Q

Como é a secreção vaginal fisiológica?

A

Cor branca ou transparente, pH vaginal 3,8 - 4,5

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3
Q

Qual a bactéria predominante do meio vaginal?

Quais outras frequentes?

A

Lactobacillus acidophilus (GP)

Outras:
E. coli
Anaeróbicos (Gardnerella vaginalis, Enteroccocus)
Fungos (Candida)

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4
Q

Como o Lactobacillus acidophillus inibe a produãoo de outras bactérias do meio vaginal?

A

Produção de H2O2

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5
Q

Como o estrogênio influencia na secreção vaginal?

A

O estrogênio promove a maturação e diferenciação do epitélio vaginal. Aumentando a quantidade de glicogênio intracelular, e deixando o pH mais ácido, o que DIFICULTA A AÇÃO DE BACTÉRIAS NOCIVAS.

(Por isso, mulheres pré-púberes e pós-menopausa têm problemas com corrimento vaginal)

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6
Q

Quais as quatro etapas de exames COMPLEMENTARES para definir o diagnóstico de uma vulvovaginite?

A

1 - pH vaginal (cervical é alcalino)
2 - Exame a fresco
3 - Bacterioscopia com coloração de Gram
4 - Teste das Aminas

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7
Q

V ou F - Em exame a fresco de secreção vaginal, não se observam PMN.

A

Falso!

Pode haver, sim, uma pequena quantidade de leucócitos visíveis sob o microscópio

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8
Q

Qual o agente etiológico da vaginose bacteriana?

A

Gardnerella vaginalis

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9
Q

Qual a principal causa de corrimento vaginal não fisiológico?

A

Vaginose bacteriana

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10
Q

V ou F - A vaginose bacteriana pode ser considerada uma IST.

A

Falso

pelo menos pelo MS

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11
Q

O pH vaginal nos casos de vaginose bacteriana está…

A

Alcalino

o que facilita a volatização das aminas - cadaverina, putrescina e trimetilamina

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12
Q

Quais são os critérios de Amsel?

A

Para vaginose bacteriana (pelo menos 3/4)
1 - Corrimento branco acinzentado, homogêneo e fino
2 - pH > 4,5
3 - Teste das aminas +
4 - Presença de clue-cells no microscópio

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13
Q

O que são clue-cells?

A

Células epiteliais vaginais com sua
membrana recoberta por bactérias que se
aderem à membrana celular e tornam seu
contorno granuloso e impreciso.

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14
Q

Como tratar a vaginose bacteriana?

Esquema alternativo?

A

1 - Metronidazol 500 mg 12/12h por 7 dias

Alternativo: clindamicina

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15
Q

Como tratar a recorrência de VB?

A

Metronidazol gel 0,75% 2x/semana por 4 - 6 meses.

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16
Q

V ou F - DIP pode ser complicação de VB

A

Verdadeiro

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17
Q

V ou D - Cândida é um fungo gram-positivo

A

Verdadeiro

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18
Q

O pH vaginal na candidíase está…

A

Alto (ácido)

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19
Q

V ou F - A cândida não é uma IST

A

Falso (pode ser considerada uma IST)

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20
Q

Qual a segunda causa mais comum de corrimento vaginal?

A

Candida

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21
Q

Quais os fatores de risco para o aparecimento de candidíase vaginal?

A
Imunossupressão
má-higiene
Fatores que acidificam o meio:
1 - DIU
2 - Estrogênio em altas doses
3 - DM
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22
Q

Qual o principal sintoma da Candidíase vulvovaginal?

A

PRURIDO!

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23
Q

Como é o corrimento da Candidíase vulvovaginal?

A

Corrimento branco, inodoro e com aspecto de caseoso (coalhada)

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24
Q

Como é feito o diagnóstico de Candidíase vulvovaginal?

A

1 - Em lugares sem microscocopia:
-pH < 4,5 + KOH -

2 - Em lugares com microscopia:
-Exame a fresco com KOH 10% com demonstração de PSEUDO-hifas.

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25
Q

Quando solicitar a cultura em ágar-Sabouraud em casos de Candidíase vulvo-vaginal?

A

Candidíase recorrente

para avaliar a possibilidade de espécies não Albicans

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26
Q

Tratamento da candidíase vaginal?

A

MS:
1 - Miconazol creme 2% - 1 aplicador cheio à noite por 7 dias

2 - Nistatina 100.000 UI

3 - Fluconazol 150 mg VO (dose única)

4 - Itraconazol 100 mg VO 2 cps 12/12h (1d)

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27
Q

Como tratar candidíase NA GESTAÇÃO?

A

SEMPRE POR VIA VAGINAL!!!!!!!!!!

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28
Q

Tratamento de candidíase vaginal recorrente?

A

1 - Cremes vaginais pelo dobro do tempo (14 dias)

2 - Fluconazol 150 mg - nos dias 1, 4 e 7, depois, fluconazol 150 mg VO 1 x por semana por 6 meses.

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29
Q

Quantas vezes são necessárias para definir cândida recorrente?

A

Pelo menos 4 episódios em 1 ano.

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30
Q

V ou F - É sempre necessário investigar possível imunossupressão em candidíase vulvovaginal recorrente.

A

Verdadeiro

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31
Q

Qual a terceira principal causa de corrimento vaginal?

A

Tricomoníase

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32
Q

V ou F - Os homens são portadores sintomáticos de tricomoníase enquanto as mulheres são assintomáticas.

A

FALSO!
Homens = assintomáticos
Mulheres = sintomáticas

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33
Q

Como é o corrimento da tricomoníase?

A

Amarelo, mal-cheiroso e bolhoso

pH > 4,5

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34
Q

Qual o achado patognomônico da tricomoníase?

A

Colpite focal ou difusa (colo em framboesa ou morango) ao TESTE DE SCHILLER!

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35
Q

Diagnóstico da tricomoníase?

A

pH vaginal > 4,5
KOH +

Padrão-ouro: NAAT (Teste da Amplificação do Ácido Nucléico)

(Não é necessário, mas pode:
microscopia demonstrando o parasita flagelado)

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36
Q

Qual o meio de cultura para tricomoníase?

A

Cultura em meio Diamond

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37
Q

Quais os dois fatores que podem alterar o resultado de citologia oncológica (papa-nicolau)?

A

Tricomoníase e atrofia genital

tratar ambas antes de fazer a citologia

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38
Q

Tratamento da tricomoníase?

A

Metronidazol 500 mg 12/12h por 7 dias

Alternativamente (pelo CDC): Metronidazol 500 mg - 4 cps em dose única (total: 2g)

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39
Q

O que é a vaginite descamativa?

A

Vaginite purulenta crônica, que ocorre na ausência de processo inflamatório.

Mais comum pós-menopausa

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40
Q

Qual o principal organismo isolado em culturas de pacientes com vaginite descamativa?

A

Strepto beta-hemolítico (mas não é ele que causa a doença1)

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41
Q

Diagnóstico de vaginite descamativa

A

Conteúdo vaginal purulento em grande quantidade

pH vaginal alcalino (>7)

Ao microscópio:
1 - Processo descamativo vaginal intenso
2 - Ausência de lactobacilos (no lugar tem estreptococos)
3 - Aumento de PMN

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42
Q

Tratamento da vaginite descamativa?

A

Clindamicina creme 2% - 5g via vaginal por 7 dias

+

Estrogênio tópico diariamente por 2 semanas consecutivas (depois 1x por semana)

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43
Q

Qual o grupo mais acometido por vulvovaginites inespecíficas?

A

Crianças.

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44
Q

Quais os organismos mais identificados nas c

A

SAPRÓFITAS DA PRÓPRIA FLORA VAGINAL:

E. coli
S. epidermidis
Bacteroides
Enteroccocus

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45
Q

Clínica das vulvovaginites inespecíficas?

A

Leucorreia
Prurido vulvar
Disúria/polaciúria
Sinais de má-higiene

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46
Q

Como coletar secreção vaginal para o diagnóstico das

vulvovaginites inespecíficas?

A

NÃO FAZER ESPECULAR, POR RUPTURA HIMENAL!!!

-Sonda de nelaton acoplada a uma seringa

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47
Q

Tratamento das vulvovaginites inespecíficas?

A
  • Melhor prática de higiene
  • Evitar roupas sintéticas
  • Tratar ITU, se presente.
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48
Q

O que é a vaginose citolítica?

A

Corrimento vaginal caracterizado por AUMENTO EXCESSIVO DE LACTOBACILOS, citólise importante e ESCASSEZ DE LEUCÓCITOS

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49
Q

Quais os fatores de risco para vaginose citolítica?

A

Coisas que aumentam a produção de lactobacilos:

Fase lútea, gravidez, dm2

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50
Q

Clínica da vaginose citolítica?

A

As de sempre:

  • Prurido
  • Corrimento
  • Disúria
  • Dispareunia
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51
Q

Critérios diagnósticos da vaginose citolítica?

A
pH NORMAL (3,5 - 4,5)
Microscopia
-SEM ESPÉCIES PATOGÊNICAS
-Aumento do número de lactobacilos
-Citólise (núcleos denudos)
-Leucócitos raros
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52
Q

Tratamento da vaginose citolítica?

A

ALCALINIZAÇÃO DO MEIO VAGINAL

—-> Duchas vaginais com bicarbonato de sódio 2 - 3x por semana

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53
Q

O que é a vaginite atrófica?

A

Vaginite que surge pela deficiência de estrogênio

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54
Q

Clínica da vaginite atrófica?

A

1 - Prurido vulvar
2 - Dispareunia
3 - Conteúdo vaginal amarelo-esverdeado
4 - Sintomas de ITU (disúria, hematúria, etc.)

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55
Q

Quais são os SINAIS da vaginite atrófica?

A

Epitélio vaginal pálido e brilhante
Perda da elasticidade e turgor da pele
Ressecamento dos grandes e pequenos lábios
Eritema vulvar.

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56
Q

Critérios diagnósticos da vaginite atrófica?

A
pH vaginal > 5
Microscopia com solução salina:
-SEM PATÓGENOS
-GRANDE QUANTIDADE DE PNM<<<<<
-Presença maciça de células basais e parabasais.
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57
Q

Tratamento da vaginite atrófica?

A

Estrogênio tópico.

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58
Q

A Chlamydia trachomatis é um…

A

Bacilo GN intracelular obrigatório

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59
Q

Qual a principal manifestação no RN de mãe com cervicite?

A

Conjuntivite gonocóccica

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60
Q

Quais as complicações de infecção por clamídia durante a gravidez e pós parto?

A

Ruptura Prematura de Membranas
Endometrite puerperal
Conjuntivite neonatal
Pneumonia do RN

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61
Q

Por que geralmente o diagnóstico de cervicite é simplesmente clínico e o tratamento empírico?

A

Porque os testes diagnósticos são muito mais caros do que o tratamento em si.

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62
Q

Diagnóstico de cervicite por gonococo?

A

1 - Cultura em meio de Thayer-Martin modificado de amostras cervicais
2 - NAAT

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63
Q

Diagnóstico de oftalmia neonatal por gonococo?

A

Esfregaço corado por Gram do exsudato conjuntival

(Sim, o Gram é ruim para amostras do cérvix, mas neste caso é o melhor método - WTF?)

—-Mas geralmente não é feito, e o tratamento é empírico.

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64
Q

Diagnóstico de cervicite por clamídia?

A

Cultura em células de McCoy (padrão-ouro)

Outros:

  • IF direta
  • PCR/ELISA p/ o DNA em amostra de urina
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65
Q

Segundo o CDC, quando deve se iniciar o screening para Clamídia?
De quanto em quanto tempo deve ser feito?

A

Pacientes (mulheres) sexualmente ativas com menos de 25 anos —> ANUALMENTE

Mulheres com fatores de risco (vários parceiros, outras ISTs, história prévia de DIP) —> ANUALMENTE

Gestantes

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66
Q

Tratamento de cervicite sem complicações?

A

Ceftriaxone IM 500 mg (dose única) ou ciprofloxacino 500 mg VO dose única

+

Azitromicina 500 mg - 2 cps dose única

67
Q

*Como tratar cervicite NA GRAVIDEZ?

A

NUNCA USAR CIPROFLOXACINO!!!

CDC:

Ceftriaxone 250 mg IM + azitromicina

Alternativas: amoxicilina/eritromicina

68
Q

Quais as três principais complicações pós-DIP?

A

1 - Infertilidade por fator tubário
2 - Aumento da incidência de gravidez ectópica
3 - Dispareunia e dor pélvica crônica

69
Q

V ou F - A DIP tem como agentes PRIMÁRIOS o gonococo e a clamídia, mas para o desenvolvimento do processo, há infecção polimicrobiana.

A

Verdadeiro

70
Q

Além de gonococo e clamídia, outra bactéria também pode causar DIP…

A

M. tuberculosis

no caso, a clínica é de uma dor CRÔNICA, não aguda, como nos outros casos, e NÃO RESPONDE AO TRATAMENTO PADRÃO DA DIP

71
Q

Qual é mais comum: clamídia ou gonococo?

A

Clamídia.

72
Q

V ou F - DIU é fator de risco para a ocorrência de DIP.

A

Verdadeiro
(pelo menos para o MS)

CDC discorda dessa afirmação

73
Q

Complicações da DIP aguda?

A

Abcesso tubo-ovariano ou em fundo do saco de Douglas

Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (abcessos na superfície hepática, com aderências em corda de violino)

74
Q

Por que a DIP costuma se manigestar mais comumente no período perimenstrual e pós-menstrual direto?

A

Abertura do colo

Fluidez pela ação estrogênica

75
Q

Diagnóstico de DIP (critérios)

A

Clínico!
—->Critérios - 3M + 1m ou qualquer um dos critérios elaborados.

Maiores:
Dor abdominal infraumbilical/dor pélvica
Dor a palpação de anexos
Dor à mobilização do colo

Menores:
T> 38,3ºC
Conteúdo vaginal anormal
Massa pélvica
Leucocitose
PCR/VHS aumetados
Comprovação laboratorial de infecção por gonococo/clamídia

Elaborados:
Evidência de endometrite
presença de abcesso tubo-ovariano em estudo de imagem
Laraparoscopia demonstrando DIP

76
Q

*Exames complementares para DIP

A

Leucocitose com desvio à esquerda
Aumento de VHS/PCR
NAAT ou cultura em meio de Thayer-Martin ou de McCoy
IF indireta para clamídia
US abdominal/pélvica
Videolaparoscopia (padrão-ouro APENAS NA SALPINGITE)

77
Q

Quais os achados à videolaparoscopia na DIP?

A

Edema/eritema tubário
Exsudato purulento nas trompas de falópio
Aderências peritubárias

78
Q

Como classificar uma DIP?

A

Classificação de Monif:
grau 1: endometrite/salpingite sem peritonite
grau 2: sapingite com peritonite
grau 3: Abcesso tubo-ovariano
grau 4: secreção purulenta na cavidade, abcesso > 10 cm, febre persistente

79
Q

A partir de qual grau de DIP considerar tratamento cirúrgico?

A

DIP grau IV ou falha no tratamento clínico

80
Q

Em qual grau de DIP fazer apenas tratamento a nível ambulatorial?

A

DIP grau I

81
Q

O que fazer nas DIP grau II e III?

A

Internação e tratamento hospitalar

82
Q

Tratamento da DIP (ambulatorial)

A

“Coisa Do Mal”

  • Cefotaxime 500 mg IM ou ceftriaxone 500 mg IM
  • Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 14d
  • Metronidazol 500 mg 12/12h por 14d
83
Q

Tratamento da DIP (hospitalar)

A

Cefoxitina 2g IV 6/6h por 14 dias

Doxiciclina 100 mg Vo 12/12r por 14d

84
Q

Como tratar os parceiros da paciente com DIP

A

Do mesmo jeito

Ceftriaxone IM + azitromicina

85
Q

V ou F - Grávidas com DIP grau I serão tratadas ambulatorialmente.

A

FALSO!!!!!!

Todas as DIP em grávidas precisam de internação hospitalar!!!!!

86
Q

V ou F - Pacientes que usam DIU e apresentam DIP precisam retirar o dispositivo.

A

FALSO!!!!!!!!!!!

87
Q

V ou F - A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis ocorre meses após o episódio agudo de DIP.

A

FALSO

A síndrome é AGUDA

88
Q

Quais os outros nomes para uretrite gonocóccia?

A

Blenorragia ou blenorreia.

89
Q

Quais as uretrites não-gonocóccicas?

A

Chlamydia trachomatis «««
Ureaplasma urealyticum
Mycoplasma hominis
Trichomonas vaginalis

90
Q

O que é a síndrome de Reiter?

A

Uretrite + artrite + conjuntivite

91
Q

Diagnóstico da uretrite?

geral e etiologia

A

Coloração de Gram da secreção mostrando > 5 PMN

Esterase leucocitária > 10 PMN por campo

Especificamente para a etilogia:

  • NAAT
  • PCR clamídia ou gonococo
92
Q

O que fazer caso a paciente persista com uretrite e corrimento após 07 dias de tratamento correto para clamídia e gonococo?

A

Tratar trichomonas e outras causas menos comuns de uretrite.

93
Q

O Treponema pallidum é uma…

A

Espiroqueta anaeróbia

94
Q

Como é a classificação da sífilis?

A

Adquirida recente: Até um ano após a infecção
—-> Primária, secundária e latente recente (sem manifestações)

Adquirida tardia: Mais de um ano de evolução
—-> Latente tardia e terciária.

95
Q

Qual o período de incubação médio da sífilis?

A

21 dias (3 semanas)

96
Q

Além da lesão única da sífilis, qual outro comemorativo comum da sífilis primária?

A

Adenopatia regional NÃO SUPURATIVA, uni ou bilateral, móvel, INDOLOR, sem sinais flogísticos

97
Q

*Quais as lesões características da sífilis secundária?

A

Róseolas (manchas eritematosas)
Pápulas eritematoacastanhadas (sifílides)
Lesões pápulo-hipertróficas (condiloma plano)

+

Adenomegalia GENERALIZADA

98
Q

Quanto aparecem as lesões da sífilis secundária?

A

1 a 2 meses após o desaparecimento do cancro duro.

99
Q

Após o desaparecimento das lesões da sífilis secundária, dizemos que ela é…

A

Latente

100
Q

Principais manifestações da sífilis terciária? (4)

A

Gomas sifilíticas
Tabes dorsalis
Aneurisma aórtico
Artropatia de Charcot

101
Q

V ou F - A neurossífilis ocorre na sífilis terciária, apenas.

A

Falso, pode ocorrer em qualquer fase

mas a tabes dorsalis é mais comum na fase terciária mesmo

102
Q

Quais são os testes treponêmicos?

A

DETECTAM OS ANTICORPOS ANTI-ESPIROQUETAS

FTA-Abs, ELISA, testes rápidos (imunocromatografia), MHA-TP

103
Q

Após quanto tempo após a infecção o teste treponêmico positiva?

A

Após 1 semana

104
Q

Quando o VRDL começa a positivar?

A

Após 2 semanas do surgimento do cancro.

105
Q

O achado de títulos baixos de VDRL (< 1/16) pode indicar um quadro de…

A

Sífilis muito recente
Sífilis muito antiga
Sífilis já tratada (cicatriz)

106
Q

Quais são os valores sugestíveis de infecção do VRDL?

A

->1:4 (1:8, 1:16, 1:32, etc.)
-Aumento em 4x os títulos anteriores
(Ex: 1:4 —> 1:16)
-Positivação (qualquer título) em paciente com sorologia anterior negativa

107
Q

Quais doenças podem sugerir um FALSO POSITIVO do VDRL?

A

Gravidez
LES e SAF
Chagas

108
Q

O que é o fenômeno prozona?

Como evitá-lo?

A

Quando há um soro com título muito grande de anti-cardiolipina (por excesso de treponema no sangue), pode não ocorrer aglutinação, gerando um VDRL FALSO NEGATIVO.

(falta espaço para que os anticorpos se liguem entre si)

Corrige-se o efeito prozona DILUINDO A AMOSTRA.

109
Q

Como fazer o diagnóstico de sífilis (segundo o MS)?

A

1 teste treponêmico (triagem) —> teste rápido

+

1 teste não treponêmico (VDRL, RPR ou TRUST)

(Sempre fazer a primeira dose da penicilina e VDRL 1 semana após a positividade do treponêmico)

110
Q

Se paciente tem teste rápido NEGATIVO para a sífilis e teve histórico de exposição, quando testar novamente?

A

Depois de 30 dias

ou na 28ª semana da gestação

111
Q

O que fazer caso haja discordância entre os testes?

(Teste rápido positivo e VDRL não reagente)?

A

Novo teste não treponêmico em 30 dias.

112
Q

VDRL + e TR -, o que fazer?

A

Teste treponêmico convencional (FTA-Abs)

113
Q

V ou F - Toda gestante deve iniciar o tratamento para sífilis com apenas um teste positivo.

A

Verdadeiro!!!!!

114
Q

Tratamento da sífilis

A

Primária, secundária ou latente recente:
Penicilina Benzatina 2,4 M

Latente tardia (ou de duração incerta), terciária:
Penicilina G Benzatina 2,4 M UI 1 1x por semana por 3 semanas

Neurossófilis
—> Penicilina G cristalina

115
Q

Quais as alternativas para o tratamento com penicilina p/ sífilis?

A

Doxiciclina

Ceftriaxone

116
Q

V ou F - Doxiciclina e ceftriaxone são alternativas válidas para o tratamento da sífilis em gestantes.

A

FALSO

—–> Em gestantes, é sempre feita a dessensibilização.

117
Q

V ou F - Pacientes com coinfecção sífilis/HIV podem ter cancros múltiplos e mais profundos e sinais/sintomas mais exuberantes.

A

Verdadeiro

118
Q

Quando pedir a punção liquórica em coinfecção sífilis/HIV?

A

Qualquer sinal/sintoma neurológico
Evidência de sífilis terciária ativa (aortite ou gomas)
Sífilis latente tardia
CD4 < 350

119
Q

Qual a resposta esperada ao tratamento da sífilis?

A

Queda de 4x (ou dois títulos) no VDRL em 3 meses

que é quando se faz o teste novamente

120
Q

Como fazer o seguimento do tratamento da sífilis?

A

Novo VDRL a cada 3 meses no primeiro ano,
e depois a cada 6 meses (só se ainda houver títulos)

Gestantes devem ter novo VDRL feito todo mês.

121
Q

O que é uma sífilis não tratada corretamente na gestação?

A

Tratamento realizado com qualquer medicamento
que não seja a penicilina benzatina;
 Tratamento incompleto, mesmo tendo
sido feito com penicilina benzatina;
 Tratamento inadequado para a fase clínica
da doença;
 Instituição de tratamento dentro do prazo,
em até 30 dias antes do parto;
 Parceiro sexual com sífilis não tratado
ou tratado inadequadamente.

122
Q

Qual o agente do Cancro mole?

A

Haemophilus ducreyi (cocobacilo GN)

123
Q

Lesões do Cancro mole?

A

Lesões ulceradas, pustulentas, dolorosas, MÚLTIPLAS, com base amolecida e fundo irregular

+

Bubão (adenomegalia dolorosa) que FISTULIZA

124
Q

O que é o cancro misto de Rollet?

A

Cancro mole + cancro duro

125
Q

Diagnóstico do cancro mole?

A

CLÍNICO

(Se quiser, pode por corar a secreção com Gram ou Giemsa)

*Outros testes são ruins e o Haemophilus não cresce em meio de cultura

126
Q

Tratamento do cancro mole?

A

1) Azitromicina 1g VO (Dose única)
ou
Ceftriaxone 500 mg IM

2) Drenagem dos bulbões
3) Tratar o parceiro

127
Q

Qual o agente do linfogranuloma venéreo?

A

Chlamydia trachomatis

128
Q

Clínica do linfogranuloma venéreo?

A

Pápula, pústula ou exulceração INDOLOR, que desaparece SEM SEQUELA

+

Adenopatia inguinal ÚNICA e fistulizando (MÚLTIPLOS ORIFÍCIOS) APÓS o desaparecimento da lesão

129
Q

Diagnóstico do linfogranuloma venéreo?

A

Clínico

Se em dúvida –> ELISA, PCR ou células de McCoy

130
Q

O que é o teste da intradermorreação de Frei?

Ele é eficaz?

A

Tipo um Montenegro ou teste tuberculínico, só que para clamídia.

Tem baixa especificidade e sensibilidade.

131
Q

Tratamento do linfogranuloma venéreo?

A

Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 7 dias

Gestantes: azitromicina 1g 1x por semana por 3 semanas.

132
Q

Qual a principal complicação do linfogranuloma venéreo?

A

Fístulas anais.

133
Q

V ou F - As lesões do herpes genital podem ter associadas adenopatia unilateral.

A

FALSO!

As lesões do herpes genital podem ter associadas adenopatia bilateral

134
Q

Quais os dois nomes do agente causador da donovanose?

A

Klebsiella granulomatis (anteriormente
chamado de Calymmatobacterium
granulomatis)
(bacilo GN)

135
Q

*******Clínica da donovanose?

A

1 - Nódulos subcutâneos (pseudobulbão), UNILATERAL E INDOLOR

2 - Lesões vegetantes extensas e INDOLORES + lesões satélites (autoinoculação)

136
Q

Diagnóstico de donovanose?

A

Biópsia da lesão, mostrando corpúsculos de Donovan.

células mononucleares

137
Q

Tratamento da donovanose

A

Doxiciclina (1ª linhna do MS)
Azitromicina (1ª linha do CDC) 1g VO 1x/semana

+ Exame (não terapia profilática) dos parceiros p/ ver se há pseudobulbões também.

138
Q

Quais as duas lesões de IST que doem?

A

Herpes e cancro mole?

139
Q

Quais são os subtipos do HPV cobertos pela vacina?

A

HPV 6 e 11 (baixo risco oncogênico)

HPV 16 e 18 (alto risco oncogênico)

140
Q

Quantas doses de HPV são necessárias?

A

2 doses (0 e 6 meses)

141
Q

Até quando a vacina de HPV pode ser dada a mulheres?

A

Dos 9 aos 26 anos

mas somente depois dos 14 anos se já tiver dx de HIV

142
Q

Métodos diagnósticos do HPV

A
Colpocitologia oncótica de colo uterino
Citologia oncótica anal
Colposcopia
Anuscopia
Histopatologia (biópsia)
143
Q

V ou F - A remoção das verrugas de HPV é sempre necessária para evitar formas mais graves ou câncer.

A

FALSO

Não há evidência que a retirada das verrugas altere o prognóstico de HPV

144
Q

Como tratar as verrugas do HPV?

A

Verrugas anogenitais em áreas úmidas ou intertriginosas —> terapêutica TÓPICA (ácido tricloroacético - ATA, podofilina)

Verrugas de áreas secas —> Excisão cirúrgica (principalmente se grandes ou múltiplas) ou eletrocautério

145
Q

Quando o HPV deve ser acompanhado por especialista?

A
Coinfecção com HIV (ou qualquer imunossupressão)
Grandes lesões
Grávidas
Imunossuprimidos
Crianças
146
Q

Qual tratamento p/ HPV não pode ser utilizado na gestação?

A

podofilina

147
Q

Nos casos de violência sexual, deverá ser colhido material para… (

A

Sorologia de sífilis, HIV, HCV e HBV
Coleta de esperma (conteúdo vaginal)
Transaminases e hemograma (se for começar o TARV)

148
Q

V ou F - A notificação de violência sexual é de notificação em até 1 semana.

A

Notificação IMEDIATA (até 24h)

149
Q

No caso de violência sexual a menores de 18 anos, encaminhar ao…

A

Conselho Tutelar.

150
Q

Quando deverá ser o seguimento dos testes de HIV, HBV e HCV?

A

anti-HIV: admissão, 6s, 3M, 6M
HBV: Admissão, 3M, 6M
HCV: Admissão, 3M, 6M

151
Q

Profilaxia das ISTs NÃO VIRAIS após violência sexual?

A

Sífilis - Penicilina G benzatina 2,4 M dose única
Gonorreia - Ceftriaxone IM 500 mg
Clamídia/cancro mole - Azitromicina 1g VO
Tricomoníase - Metronidazol 500 mg 4 comprimidos (dose única)

152
Q

Profilaxia das ISTs NÃO VIRAIS após violência sexual?

A

HBV: Se não vacinada –> Vacinação + IGHAHB no deltoide ou vasto lateral

153
Q

V ou F - a vacina de HBV e a IGHAHB não pode ser dadas no mesmo sítio.

A

Correto

154
Q

Quando não aplicar a PEP em violência sexual no caso de hepatite B?

A
  • Exposição crônica e repetida ao agressor
  • Quando o agressor sabidamente for vacinado
  • Quando for usado preservativo
155
Q

Até quando pode ser dado o TARV para exposição pós-HIV?

A

Até 72h

de preferência, o mais rápido possível

156
Q

V ou F - Nos casos de violência sexual exclusivamente por sexo oral, mesmo com ejaculação, não é necessário a PEP p/ HIV.

A

Verdadeiro

157
Q

Esquema de PEP p/ HIV?

A

TDF + 3TC (comprimido de 300 mg + 300 mg) + Atazanavir + ritonavir (300 mg + 100 mg) por 28 DIAS

158
Q

Qual o esquema de anticoncepção de emergência?

A

Lenorgestrel 1,5 mg VO 1cp

2nd line: etinilestradiol 50 mg/levonorgestrel 250 mg
por comprimido, dois comprimidos, VO, a
cada 12 horas (método de YUSPE)

159
Q

Até quando a anticoncepção de emergência pode ser feita?

A

Até 72h da agressão

160
Q

Qual a unica contraindicação absoluta à contracepção de emergência?

A

Gravidez ja definida

161
Q

Quais são os cinco termos a serem solicitados para o abortamento nos casos de violência sexual?

A
1 - TCLE
2 - Termo de responsabilidade
3 - Termo de Relato Circunstanciado
4 - Parecer Técnico
5 - Termo de aprovação de procedimento de interrupção da gravidez
162
Q

Como é o trâmite para a realização de abortamentos em caso de violência sexual em MENORES DE IDADE?

A

16 - 18 Anos: decisão ASSISTIDA pelos pais ou responsável

14 - 16 anos: decisão FEITA pelos pais ou responsável

<14 anos: comunicação ao Conselho Tutelar

163
Q

Até quando pode ser feito o abortamento?

A

Até a 20ª semana

164
Q

Até quando a IGHAHB pode ser administrada?

A

Até 14 dias após o contato suspeito.

mas preferivelmente nas primeiras 48h